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Pablo Neruda – Versos na tarde – 12/09/2014

Soneto XXVII Pablo Neruda ¹ Cantas e a sol e a céu com teu canto tua voz debulha o cereal do dia, falam os pinheiros com sua língua verde: trinam todas as aves do inverno. O mar enche seus porões de passos, de sinos, cadeias e gemidos, tilintam metais e utensílios, chiam as rodas da caravana. Mas só tua voz escuto e sobe tua voz com vôo e precisão de flecha, desce tua voz com gravidade de chuva, tua voz esparge altíssimas espadas volta tua voz pesada de violetas e logo me acompanha pelo céu. ¹ Neftalí Ricardo Reyes * Parral, Chile – 12 de Julho de 1904 d.C + Santiago, Chile – 23 de Setembro de 1973 d.C Prêmio Nobel de Literatura em 1971 [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Leonardo da Vinci era travesti?

No momento no qual o governo da França pensa em vender a Mona Lisa “para fazer caixa”, volta à tona a polêmica “maldição Da Vinci”: Historiadores voltam a tentar desenterrar o corpo do artista florentino em busca de desvendar o sorriso da Mona Lisa Há cinco séculos discute-se quem seria a mulher de sorriso enigmático retratada em Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci. Mona Lisa (La Gioconda) 02 c. 1503-05 77 x 53 cm OSM Musée du Louvre Paris – França A explicação mais aceita é que se trate de Lisa Gherardini, mulher de um comerciante florentino. Mas nem todo mundo se convenceu e alguns historiadores acreditam que a resposta pode estar com o próprio Leonardo. E para isso querem analisar o crânio do gênio da Renascença, para confirmar — ou descartar — a suspeita de que a Mona Lisa é um retrato do próprio artista. Uma equipe do Comitê Nacional Italiano para a Herança Cultural pediu permissão a autoridades francesas para abrir o túmulo do artista, enterrado no castelo Amboise, no Vale do Loire, na França. Outras tentativas de exumar Leonardo já foram feitas antes, mas essa é a primeira vez que um grupo prestigiado de pesquisadores faz o pedido. — Se conseguirmos encontrar o crânio, podemos reconstruir a face de Leonardo e compará-la com a de Mona Lisa — explica o antropólogo Giorgio Gruppioni, integrante do comitê italiano. Antes da recriação do rosto, a equipe teria outro desafio à frente: certificar-se que o túmulo de Da Vinci é realmente ocupado pelo pintor. O renascentista foi enterrado originalmente em uma igreja, que, em 1789, foi demolida durante a Revolução Francesa. Seus restos mortais, então, teriam sido levados a uma pequena capela do castelo Amboise em 1874.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas nem mesmo as inscrições presentes no local dão certeza se aquele seria realmente o descanso definitivo do artista. Ele morreu em Cloux, em 1519, aos 67 anos. Leonardo passou os últimos três anos de sua vida na França, onde estava a convite do rei Francisco I. Caso o corpo seja exumado e o crânio tenha sido preservado, haverá uma tentativa de extrair DNA, que será comparado com os de descendentes da família de Da Vinci em Bolonha, na Itália. Se for comprovada a identidade, peritos poderão recriar a face e compará-la com a de Mona Lisa. Com informações do O Globo  

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Arte – Pintando com fita adesiva

O ucraniano Mark Khaisman deixou a arquitetura para seguir uma carreira de artes plásticas. Sua paixão pelo cinema, seviu de inspiração para a confecção de retratos de celebridades usando diversas camadas de fita adesiva para compor as imagens. A técnica é bastante simples de explicar: através da justaposição de um número diferente de camadas de fita adesiva, chega-se a sombras de intensidade distinta que, através da iluminação posterior, criam a ilusão de imagens reconhecíveis pelo espectador. O artista chega a usar 100 metros de fita adesiva para compor um quadro. Mark Khaisman reside atualmente em Filadélfia, Estados Unidos. Os seus quadros podem ser encomendados no seu website oficial. Enquanto que as reproduções de cenas cinematográficas previamente executadas custam 200 dólares, os quadros personalizados podem chegar aos 10.000. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Arte – Pintura – Magritte

A pintura surrealista de René Magritte ¹ Sem título – óleo sobre tela ¹ René Magritte * Lessines, Bélgica – 21 de Novembro de 1898 d.C + Lessines, Bélgica – 15 de Outubro de 1967 d.C Filho mais novo de Léopold Magritte. Em 1912, sua mãe cometeu suicídio por afogamento no rio Sambre. Magritte estava presente quando o corpo de sua mãe foi retirado das águas do rio. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Esquerda”]Em 1916, ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde estudou por dois anos. Foi durante esse período que ele conheceu Georgette Berger, com quem se casou em 1922. Trabalhou em uma fábrica de papel de Parede, e foi designer de cartazes e anúncios até 1926, quando um contrato com a Galerie la Centaure, na capital belga, fez da pintura sua principal atividade. Nesse mesmo ano, Magritte produziu sua primeira pintura surrealista, Le jockey perdu, tendo sua primeira exposição apresentada no ano seguinte. René Magritte praticava o surrealismo realista, ou “realismo mágico”. Começou imitando a vanguarda, mas precisava realmente de uma linguagem mais poética e viu-se influenciado pela pintura metafísica de Chirico. Magritte tinha espírito travesso, e, em A queda, seus bizarros homens de chapéu-coco despencam do céu absolutamente serenos, expressando algo da vida como conhecemos. Sua arte, pintada com tal nitidez que parece muitíssimo realista, caracteriza o amor surrealista aos paradoxos visuais: embora as coisas possam dar a impressão de serem normais, existem anomalias por toda a parte: A Queda tem uma estranha exatidão, e o surrealismo atrai justamente porque explora nossa compreensão oculta da esquisitice terrena. Mudou-se para Paris em 1927, onde começou a se envolver nas atividades do grupo surrealista, tornando-se grande amigo dos poetas André Breton e Paul Éluard e do pintor Marcel Duchamp. Quando a Galerie la Centaure fechou e seu contrato encerrou, Magritte retornou a Bruxelas. Permaneceu na cidade mesmo durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial. Seu trabalho foi exposto em 1936 na cidade de Nova York, Estados Unidos, e em mais duas exposições retrospectivas nessa mesma cidade, uma no Museu de Arte Moderna, em 1965, e outra no Metropolitan Museum of Art, em 1992. Magritte morreu de câncer e foi enterrado no Cemitério Schaarbeek, em Bruxelas. Obra Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, ultilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos. Suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes em sua obra, tais como o torso feminino, o chapéu côco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros mais, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.

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