Mário Quintana – Versos na tarde – 11/08/2014
Poema Mário Quintana ¹ Um elevador lento e de ferragens Belle Époque me leva ao antepenúltimo andar do Céu, cheio de espelhos baços e de poltronas como o hall de qualquer um antigo Grande Hotel, mas deserto, deliciosamente deserto de jornais falados e outros fantasmas da TV, pois só se vê, ali, o que ali se vê e só se escuta mesmo o que está bem perto; é um mundo nosso, de tocar com os dedos, não este – onde a gente nunca está, ao certo, no lugar em que está o próprio corpo mas noutra parte, sempre do lado de lá! não, não este mundo – onde um perfil é paralelo ao outro e onde nenhum olhar jamais encontrará… ¹ Mário de Miranda Quintana * Alegrete, RS. – 30 de Julho de 1906 d.C + Porto Alegre, RS. – 5 de Maio de 1994 d.C >> biografia de Mário Quintana [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]