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João Cabral de Melo Neto – Versos na tarde – 09/07/2014

Tecendo a Manhã João Cabral de Melo Neto ¹ 1 Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos. 2 E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação. A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão. inA Educação pela Pedra ¹ João Cabral de Melo Neto * Recife, PE. – 9 de Janeiro de 1920 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 9 de Outubro de 1999 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Meio ambiente: água, pra que te quero?

Água. Quando você estiver tomando aquele banho demorado, ou lavando a calçada ou o carro com água tratada, lembre-se que em alguns lugares ela já não existe mais. Ou está cada dia mais escassa. Nova Delhi, Índia Os glaciais que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esqui do glacial de Pitztal, na Áustria, cobrem o glacial com uma manta especial para proteger a neve e retardar seu derretimento durante os meses de verão… As águas do delta do rio Níger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo. Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, agora é um cemitério poeirento de embarcações que nunca mais zarparão… Esses barcos estão a 20 km da atual margem do lago. Até 1970 aí era um ancoradouro de barcos de pesca. O Baikal fica sul da Sibéria, Rússia. Com 31 500 km², tem atualmente 636 km de comprimento, 80 km de largura e 1.6oo metros de profundidade. É o maior lago de água doce da Ásia, o maior em volume de água do mundo, o mais antigo (25 milhões de anos) e o mais profundo da terra. Aldeões na ilha de Coronilla, Kenya, cavam poços profundos em busca do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salgada. Dois sudaneses bebem água do pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim,com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsáveis pela enfermidade da lombriga de Guiné. O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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