Yeats – Versos na tarde – 21/06/2014
A canção do delirante Aengus (1899) Yeats ¹ Eu fui para uma floresta de nogueiras, Porque minha mente estava inquieta, Eu colhi e limpei algumas nozes, E apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo; E, quando as claras mariposas estavam voando, Parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas, Eu lancei framboesas, como gotas, em um riacho E capturei uma pequena truta prateada. Quando eu a coloquei no chão E fui soprar para reativar as chamas, Alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir, E, alguém me chamou pelo meu nome: Apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente Com flores de maçãs nos cabelos Ela me chamou pelo meu nome e correu E desapareceu no ar, como um brilho mais forte. Talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos Por tantas terras cheias de cavernas e colinas, Eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi, E beijar seus lábios e segurar suas mãos; Caminharemos entre coloridas folhagens, E ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo, colhendo As prateadas maçãs da lua, As douradas maçãs do sol. ¹ William Butler Yeats * Dublin, Irlanda – 13 de Junho de 1865 d.C + Menton, França, 28 de Janeiro de 1939 d.C >> biografia de Yeats [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]