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Sylvia Plath – Versos na tarde – 16/02/2014

Eu sou vertical Sylvia Plath ¹ Mas não que não quisesse ser horizontal. Não sou árvore com minha raiz no solo Sugando minerais e amor materno Para a cada março refulgir em folha, Nem sou a beleza de um canteiro Colhendo meu quinhão de Ohs e me exibindo em cor, Desconhecendo que me despetalo em breve. Comparados a mim, uma árvore é imortal E um pendão nada alto, embora mais assombroso, O que eu quero é a longevidade de uma e a audácia do outro. À luz infinitesimal das estrelas, Flores e árvores trescalam seus frios perfumes. Eu me movo entre elas, mas nenhuma me nota. Chego a pensar que pareço o mais perfeitamente Com elas quando estou dormindo – Os pensamentos esmaecem. É mais natural para mim deitar. Céu e eu então animamos a prosa, Hei de servir no dia em que deitar afinal: E as árvores aí talvez em mim tocassem e as flores comigo se ocupassem. (28-11-1961) Sylvia Plath ¹ * Massachusetts, USA – 27 de Outubro de 1932 + Primrose Hill, Londres, Inglaterra – 11 de Fevereiro de 1963 d.C >> biografia de Sylvia Plath [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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