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Íbico – Versos na tarde – 17/01/2014

Poema Íbico¹ Alçam-se os marmeleiros na primavera, E os romanzeiros na vazão dos rios, Onde o jardim das virgens sensualizam rosas. Dulçura exorbita em gomos, sob os pâmpanos. Contudo, a mim, jamais o amor me adoça ou passa. Tortura-me deus Eros, como o Bóreas trácio, Quando seus trovões da Cípria assopra Roucos, indefensáveis, tenebrosos, e sob as pálpebras de névoa, Eros, por cima, cálido me espia, Para lançar-me aos laços de Afrodite, Aos mansos passos de Eros estremeço Qual cavalo velho, fatigado das vitórias, E que em carro alucinado, contrafeito, Lança em últimas contendas a carcaça. Tradução: Antônio Medina Rodrigues ¹Íbico de Régio * Grécia – Sec. VI a.C + ? Poeta lírico coral grego, tendo nascido na primeira metade do século VI a.C. Inicialmente compôs poemas de temática mitológica, mas é mais conhecido pelos de tema levemente eróticos. Segundo a lenda, foi morto por assaltantes perto da cidade de Corinto, mas umas garças, tendo visto o crime, vingaram-no matando seus assassinos a bicadas. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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