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Edilmar Leão – Versos na tarde – 20/11/2013

Sobrevivência Edilmar Leão¹ De uma pequena e singela semente Transformo-me em algo majestoso e belo Fornecendo, folhas, flores e frutos diversos Formando uma verdadeira aquarela Desenvolvo ramificações complexas Firmo-me profundamente Em busca de água e alimento Realizo trocas benéficas Fornecendo a matéria orgânica ao solo Em troca de vitaminas essenciais Respiro o ar poluído Em troca do ar puro Realizo a fotossíntese um dos milagres da vida Alimento os pássaros, os animais, as abelhas, os insetos E até mesmo os ditos seres humanos Amenizo ate mesmo as suas dores e ate curo suas doenças Os pássaros me dão prazer No seu majestoso cantar ao amanhecer Os animais me fazem sentir útil E em troca me fazem companhia Às abelhas forneço néctar e em troca Elas me alegram no dia a dia Ate os insetos me dão alegria Formando suas enigmáticas colônias Os seres humanos em troca me fazem cortes profundos Das minhas artérias jorram seivas Que me faz murchar de tristeza Estou sem defesa, procuro de alguma forma Restabelecer-me, mais a luta é desigual Logo vem algo em forma de calor Que são as famosas e destrutivas queimadas Que a tudo destrói: plantas, pássaros, animais, abelhas, insetos E ate mesmo o próprio ser que se diz racional Como lutar essa luta desigual? Parar de germinar seria o ideal? Parar de crescer e florescer? Não fornecer alimentos? Parar de respirar o ar poluído? Deixar de fornecer o ar puro? Não realizar a essencial fotossíntese? Quem terá as respostas? Os pássaros? Os animais? As abelhas? Os insetos? Ou os ditos seres racionais terão E de tão arrogantes e egoístas que são nunca dirão. ¹Edilmar Leão *Picos, PI leaodopiaui.blogspot.com [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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