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Empédocles de Agrigento – Reflexões na tarde – 19/08/2013

Mas vá, contempla os testemunhos do meu discurso anterior, não se dê o caso de nele ter faltado beleza: o Sol, quente ao olhar e todo ele ofuscante; todos os imortais que se banham no calor e nos raios brilhantes; a chuva em tudo sombria e gelada; e as coisas enraizadas e sólidas que brotam da terra. Na Cólera tudo é de diferentes formas e está separado, mas no Amor todas as coisas se unem e se desejam umas às outras. Delas procede tudo o que existiu, existe e existirá no futuro – surgiram as árvores e os homens e as mulheres, as feras e as aves e os peixes que na água se criam, e também os deuses de longa vida, superiores em honrarias. Pois só estes existem, mas, correndo uns através dos outros, tomam formas diversas: de tal modo os altera a sua mistura. Empédocles de Agrigento * Agrigento, Itália – c. 490 a.C + Peloponeso, Grécia – 430 a.C >> Biografia de Empédocles de Agrigento [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Ecochatos, não. A onda agora são os Scuppies, os novos “verdes”

Esqueça a figura do bicho-grilo em roupas puídas e com aversão ao banho. Também enterre o conceito do ‘ecochato’ panfletário. Os novos ‘verdes’ são jovens profissionais bem-sucedidos e antenados nas últimas novidades do consumo – socialmente responsável, é claro. Eles são os scuppies, a última palavra em comportamento de consumo e mais nova tribo que começa a ganhar espaço nas grandes cidades. Scuppie é a sigla para Socially Conscious Upwardly-mobile Person“, algo como “pessoa socialmente consciente e ligada nas novidades tecnológicas”. Quem inventou a expressão foi o americano Chuck Failla, um executivo do mercado financeiro que já está capitalizando em cima da nova “filosofia” – além de um site onde conta tudo sobre a tendência, Failla está prestes a lançar um “Manual do Scuppie”, que ao que parece, tem tudo para virar best-seller. O scuppie é o cara que não abre mão do conforto e das facilidades tecnológicas, desde que os rótulo ‘ecofriendly’ esteja embutido em suas compras. Dirigem carros híbridos, fazem compras na Whole Foods (rede de varejo especializada em orgânicos e produtos naturais em geral), só vestem roupas de fibras naturais – cânhamo vale – e trocam as fraldas descartáveis dos filhos pelas de pano (humm, será?). A mesa do escritório é de mogno certificado e o café – da Starbucks – é de programas de comércio justo. São consumistas sim, mas é tudo – ou quase tudo – “pelo bem do planeta”… Business as usual Essas tipificações auxiliam um bocado o trabalho dos publicitários, e não poderiam ter nascido em outra pátria senão os EUA – quem não se lembra dos hippies e yuppies? Mas estereótipos à parte, o chamando consumo verde (green consumerism)ganha espaço e críticas na mesma proporção mundo afora. “O consumo verde é uma contradição”, diz Paul Hawken, um dos mais renomados pensadores da sustentabilidade, autor dos livros “Capitalismo Natural” e “A Ecologia do Comércio”. Apesar das vantagens das lâmpadas fluorescentes e da comida orgânica, o que se vê é o mesmo estímulo ao consumo ‘business as usual’, mas com aquela maquiagem ecologicamente correta. Ao mesmo tempo, já começam a ganhar espaço grupos que estão se engajando em movimentos anti-consumo. Andrea Vialli/Estado de São Paulo [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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