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Versos na tarde – Dylon Thomas – 11/05/2013

Em meu Ofício ou Arte Taciturna Dylan Thomas¹ Em meu ofício ou arte taciturna Exercido na noite silenciosa Quando somente a lua se enfurece E os amantes jazem no leito Com todas as suas mágoas nos braços, Trabalho junto à luz que canta Não por glória ou pão Nem por pompa ou tráfico de encantos Nos palcos de marfim Mas pelo mínimo salário De seu mais secreto coração. Escrevo estas páginas de espuma Não para o homem orgulhoso Que se afasta da lua enfurecida Nem para os mortos de alta estirpe Com seus salmos e rouxinóis, Mas para os amantes, seus braços Que enlaçam as dores dos séculos, Que não me pagam nem me elogiam E ignoram meu ofício ou minha arte. Tradução: Ivan Junqueira ¹ Dylan Marlais Thomas * Swansea, País de Gales – 27 de Outubro de 1914 d.C + Swansea, País de Gales – 30 Maio 1953 d.C Considerado um dos maiores poetas do século XX em língua inglesa, juntamente com W.Carlos Williams, Wallace Stevens, T.S. Eliot e W.B. Yeats. Dylan Thomas teve uma vida muito curta, devido a exagerada boemia que o levou ao fim de seus dias aos 39 anos, mas, ainda teve tempo de nos deixar um legado poético que o tornou um dos maiores influenciadores de toda uma geração de escritores. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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