Governo americano deu resposta negativa à construção da ‘Estrela da Morte’ À sombra de abaixo-assinados virtuais que reivindicam a renúncia de políticos acusados de corrupção ou o fim do desmatamento de florestas, há, na rede, milhares de outras petições com pleitos curiosos e inusitados. Os temas das campanhas variam desde a construção da “Estrela da Morte”, a gigantesca estação espacial do filme Guerra nas Estrelas, à reanexação do Brasil a Portugal. Notícias relacionadas Brasileiros têm reivindicações atendidas com abaixo-assinados online Brasil vive boom de petições virtuais Confira algumas. Estrela da Morte No final do ano passado, a Casa Branca recebeu uma petição que reivindicava a construção da Estrela da Morte, a gigantesca estação espacial do filme Guerra nas Estrelas, capaz de aniquilar planetas.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A proposta foi pensada como uma alternativa para os Estados Unidos contornar a crise e reaquecer a economia do país. Como o número de pessoas que aderiu à causa foi alto, o governo americano teve de elaborar uma resposta, assinada pelo chefe do Departamento de Ciência e Espaço da Presidência dos EUA, Paul Shawcross. A resposta, carregada de ironia, foi negativa. Pelos cálculos de Shawcross, a Estrela da Morte custaria US$ 850 quadrilhões, o que, ao fim e ao cabo, ampliaria o déficit americano, causando desemprego. Metallica Em abril deste ano, um fã brasileiro da banda de rock Metallica endereçou um abaixo-assinado à presidente Dilma Rousseff pedindo que o hino brasileiro seja substituído pela canção Justice for All do grupo americano. Segundo ele, o hino brasileiro, apesar de sua música linda, possui uma letra “que raros brasileiros entendem”. “Seu vocabulário arcaico e rebuscado faz com que os brasileiros simplesmente cantem o hino por cantar, sem entender o que estão falando”, completa o usuário. “Justice for All, do Metallica, é escrito em bom inglês, a língua universal dos dias de hoje, e traz uma letra marcante que clama por justiça”, acrescenta. Até agora, a petição obteve pouco mais de 9 mil assinaturas. Leia mais: Brasil vive boom de petições virtuais Portugal Fã brasileiro fez petição para substituir o Hino Nacional por música da banda de rock Metallica Em abaixo-assinado destinado à presidente Dilma Rousseff e ao primeiro-ministro de Portugal, Cavaco Silva, um usuário advoga pela “devolução do Brasil” à sua ex-metrópole. Ele argumenta que, enquanto Portugal “ainda não se livrou da crise financeira”, o Brasil “sofre por um ser um país periférico sem acesso e contato com o Velho Continente”. O convite à reanexação teve pouco mais de 300 assinaturas desde que foi criado, no final de abril. Fumaça preta Durante o conclave da Igreja Católica que escolheu o novo papa Francisco, um usuário lançou um abaixo-assinado pedindo o fim do que chamou de “racismo na simbologia do Habemus Papam”. Segundo sua justificativa, a petição propunha rever “o simbolismo da Fumaça preta que é solta pelo Vaticano durante o conclave para simbolizar um aspecto negativo (a não escolha de um novo papa), e a Fumaça Branca para simbolizar um aspecto positivo (a escolha de um novo Papa). “Fica claro que existe um racismo histórico implícito nessa ação. Queremos o fim da associação forçada entre a cor preta e o que é negativo”. A petição obteve apenas 67 assinaturas. Leia mais: Brasileiros tem reivindicações atendidas com abaixo-assinados online Games Uma petição encabeçada pela Associação Comercial, Industrial e Cultural dos jogos eletrônicos do Brasil (ACIGAMES) pede à ministra da Cultura, Marta Suplicy, a inclusão dos games no vale-cultura. Segundo o presidente da entidade, Moacyr Alves Júnior, Suplicy autorizou “que o dinheiro investido na produção de games seja deduzido do imposto de renda como investimento em cultura, mas não quer que o brasileiro possa comprar games com o Vale-Cultura. Isso é um contrassenso”. Como forma de protesto, um dos estúdios de produção de jogos eletrônicos criou um game em que o usuário tem de acertar um alvo com a palavra “cultura”, porém, é impedido por um boneco que imita a ministra. Até agora, o abaixo-assinado já obteve cerca de 8 mil assinaturas. Luís Guilherme Barrucho/BBC Brasil