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Ivan Junqueira – Versos na tarde – 26/03/2013

Cinco movimentos – I Ivan Junqueira ¹ Que amor é esse que, desperto, dorme e quando acorda faz-se ambíguo sonho, transfigurando o belo no medonho e em noite espessa a vida multiforme? Então amor é só o que suponho, o que não digo por ser tão informe que fôrma alguma lhe é jamais conforme como este molde em que teimoso o ponho? Será amor o que se esquiva à fala ou à linguagem que o pretende claro? E o que seria esse tremor mais raro que ao aflorar parece que se cala? Amor oblíquo que olha de soslaio, mas que ilumina e queima como raio… ¹ Ivan Junqueira * Rio de Janeiro, RJ. – 3 de novembro de 1934 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Fernando Henrique Cardoso e “essa gente”

O ex-presidente Henrique Cardoso foi no mínimo infeliz ao tecer comentários sobre a competência, ou a incompetência, do PT em governar. Textualmente: “Essa gente não sabe governar o País.” Essa gente? Que soberba! Um intelectual, um sociólogo não deveria se referir a outro grupo de seres humanos como “essa gente”. Independente do juízo de valor que se tenha “dessa gente”. É incompatível com um estadista também. E no meu entender independente também, em que contexto tenha sido usada a expressão depreciativa. O ex-presidente tem domínio suficiente da língua portuguesa para aplicar outro adjetivo mais condizente com a educação que possui. Lamentável para quem escreveu obras da importância de “Dependência e Desenvolvimento na América Latina” de 1969, e “O mundo em português” de 1998, leituras obrigatórias que não podem faltar em nenhuma biblioteca que se preze. Quero deixar claro que minha crítica não trafega por ideologias, simpatias ou antipatias partidárias, nem muito pelos por valoração de competências. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Academia Brasileira de Letras e FHC

A ABL não tem de há muito, a menor importância. Certo esteve Capistrano de Abreu – Maranguape, CE. 23 de outubro de 1853/13 de agosto de 1927 – que recusou tomar posse na ABL. Sabia das coisas o conterrâneo de Chico Anísio. A tal academia abrigou/abriga além de Sarney, o General Lyra Tavares, Paulo Coelho e Merval Pereira, entre outros “literatos” que devem ter feito Machado de Assis se revirar na tumba. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Eleições 2014: PSDB oposições e a sucessão

Somente uma assepsia renovadora pode desanuviar o nevoeiro no qual o país dos Tupiniquins está mergulhado. E não há uma réstia de luz do sol visível. Não há como considerar Aécio Neves um político com o perfil adequado para isso. Está mais para o neto do Tancredo do que para estadista. Se possuísse um mínimo de visão política, já teria dado adeus ao PSDB, pois o partido tucano já foi  PSDB, pois paulitizado há anos, transformado em feudo exclusivo dos grãos senhores Serra, Alckmin e FHC. Aecinho no máximo, talvez, possa dar conta de uma sub-prefeitura em Ipanema. Eduardo Campos na verdade é um PT que procura se mostrar como um não PT, mas não passa de um petista exibindo um verniz “ligth”. Serra já foi defenestrado pelos próprios irreconciliáveis e vaidosos tucanos. Marina me poupem. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Crack: o câncer social

Impressionante a inoperância da sociedade e, conseqüentemente a dos governos. Essa droga é a mais letal. Está dizimando crianças e adolescentes, principalmente, e já se infiltrou em todos os segmentos sociais.

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OIT aponta ganho de produtividade com trabalho em casa

Para muitos empregados, trabalhar em casa garante economia e mais flexibilidade Trabalhar de casa, em vez de ter que ir ao escritório, pode não servir para todos os empregados ou empresas, mas pesquisas indicam que o trabalho remoto pode aumentar a produtividade e oferecer vantagens para os empregados, diz um artigo publicado nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O argumento dos autores do artigo, Jon Messenger, pesquisador-sênior da OIT, e Laura Addati, especialista da entidade sobre relações de trabalho e família, é de que a prática do chamado “teletrabalho” traz economias para empresas e melhora a satisfação dos empregados (ao permitir-lhes mais flexibilidade para cuidar da família e reduzir o tempo e dinheiro gastos em transporte). As conclusões do artigo – que segundo a OIT apresentam “fortes razões” para que as empresas ofereçam a possibilidade aos funcionários – se baseiam em uma compilação de cerca de 500 estudos sobre teletrabalho nos EUA feita pela consultoria Global Workplace Analytics. Alguns desses estudos, dizem a consultoria, apontam que até dois terços dos entrevistados gostariam de trabalhar em casa; um terço inclusive escolheria o benefício em vez de um aumento salarial. Entre os empregadores, os levantamentos indicam que o trabalho em casa ajudou a aumentar a retenção de funcionários e a reduzir despesas com faltas, demissões e contratações, bem como o tempo perdido com reuniões presenciais ineficientes. Na empresa americana de telecomunicações AT&T, funcionários que ficam em casa chegam a trabalhar cinco horas a mais do que seus pares, dizem os estudos. Nas companhias Best Buy, British Telecom e Dow, trabalhadores remotos são entre 35% e 40% mais produtivos. Caso Yahoo! O debate sobre flexibilidade no trabalho ganhou combustível em fevereiro, quando a executiva-chefe do Yahoo!, Marissa Mayer, vetou que seus funcionários continuassem trabalhando de casa, alegando que a prática prejudicava a comunicação e a colaboração entre os funcionários. De um lado, defensores do teletrabalho dizem que a medida pode ajudar uma empresa em situação complicada e “precisando de novas ideias”, como definiu a revista Businessweek. De outro, críticos dizem que o veto de Mayer é um retrocesso para pessoas que precisam de flexibilidade ou gastam muito tempo para ir e voltar do trabalho – e que veem o teletrabalho como uma conquista. Ao mesmo tempo, há quem diga que a questão vai além: no Vale do Silício, onde ficam as sedes das principais empresas de tecnologia dos EUA, é comum que executivos trabalhem em casa, mas além de – e não em vez de – trabalharem turnos longos no escritório. No Brasil, o trabalho remoto aumentou, mas ainda está em “maturação”, diz uma pesquisa divulgada em novembro passado pela consultoria em RH Robert Half. Nela, 64% das empresas pesquisadas declaram permitir algum tipo de trabalho remoto, ainda que esporadicamente e apenas para alguns cargos. Mas só 52% das empresas têm de fato políticas e orientações para gerir o teletrabalho. E 92% dos diretores de RH entrevistados acham mais desafiador coordenar uma equipe remotamente do que presencialmente. Desafios Essa e outras preocupações não são exclusivas do Brasil, sugere o artigo da OIT. “Apesar de haver uma tendência de (favorecer o) trabalho em casa, e de a maioria dos gerentes dizer que confia em seus funcionários, um terço da gerência diz preferir ver suas equipes, para ter certeza de que elas estão trabalhando”, aponta o texto. Do lado dos funcionários, há também o temor de, ao ficar em casa, isolar-se dos colegas de trabalho e prejudicar o avanço de sua carreira. Por fim, muitos questionam: no caso de pais com filhos pequenos que queiram passar mais tempo com a família, dá mesmo para trabalhar em casa e cuidar de crianças simultaneamente? Nesse caso, dizem Messenger e Addati, teletrabalhadores precisam ter um espaço em casa definido para o escritório e saber que “o trabalho à distância não é um substituto para creches ou cuidadores, ainda que ajude os pais a lidar com suas responsabilidades familiares”. Quanto ao temor de isolamento, a tecnologia é a solução, opina o artigo. “Com a lista de inovações disponíveis – videoconferências, mensagens instantâneas, e-mail e o bom e velho telefone -, combinadas com eventuais encontros cara a cara e instrumentos de monitoramento de performance, as vantagens do teletrabalho são fortes.” Essa defesa é reforçada por indícios que dizem que o teletrabalho favorece também funcionários deficientes, aposentados que queiram continuar trabalhando porém com menos estresse e empregados que, em vez de faltar para resolver problemas familiares, podem lidar com esses problemas sem perder um dia de trabalho. BBC

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