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Maiakovski – Versos na tarde – 07/02/2013

Blusa fátua Maiakovski ¹ Costurarei calças pretas com o veludo da minha garganta e uma blusa amarela com três metros de poente. pela Niévski do mundo, como criança grande, andarei, donjuan, com ar de dândi. Que a terra gema em sua mole indolência: “Não viole o verde das minhas primaveras!” Mostrando os dentes, rirei ao sol com insolência: “No asfalto liso hei de rolar as rimas veras!” Não sei se é porque o céu é azul celeste e a terra, amante, me estende as mãos ardentes que eu faço versos alegres como marionetes e afiados e precisos como palitar dentes! Fêmeas, gamadas em minha carne, e esta garota que me olha com amor de gêmea, cubram-me de sorrisos, que eu, poeta, com flores os bordarei na blusa cor de gema! Tradução: Augusto de Campos ¹ Vladimir Vladimirovitch Maiakovsk * Georgia, Rússia – 19 de Julho de 1893 d.C + Moscou, Rússia – 14 de Abril de 1930 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Heróis vilões e a mídia oportunista

Impressionado fico a cada dia com a agilidade servir, venal, oportunista e banal da mídia Tupiniquim. O Indiciado em processos na justiça que assumiu a presidência da Câmara Federal passou de vilão a herói em menos de 24h. E tudo, para meu mais desbragado espanto, por que a ex-celência disse que iria cumprir a constituição. Que país! Que Res-pública! É notícia? Não? É uma indecência contra a cidadania. O reconhecimento da falência do óbvio, o fato de tal declaração ser motivo de regozijo e manchetes. Ps. Obrigação constitucional não é opção. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Saara e Afeganistão

Sei não. Quer dizer, penso que sei. Pelo andar da carruagem quer dizer dos beduino$, o Saara equatorial caminha para ser um novo Afeganistão. Haverá petróleo sob as escaldantes areias? Divaga Zé Bêdêu, o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira em Fortaleza. A angelical criatura acredita até que o senador boiadeiro é vítima de campanha insidiosas de adversários políticos. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Lula rateia entre partidos, os mais altos cargos da República

Lula rateia entre partidos, os mais altos cargos da República, o BC e o Ministério da Fazenda se desmoralizam ou se contradizem. Dona Dilma assiste tudo em silêncio. Ninguém levou em consideração a afirmação de Dona Dilma: “2013 será totalmente administrativo, política só em 2014”. Como as afirmações, as ações e os compromissos da presidente não são levados a sério, continuaram e até aumentaram as artimanhas e o malabarismo “ético” da politicalha e do que se convencionou chamar de “toma lá, dá cá”. Assistindo a tudo, sem parecer participar de coisa alguma, mas arquivando o que acontecia, a presidente mudou rápida e completamente de posição e de caminhada, o que é trivial no seu comportamento. Mas nesse caso há uma visível justificativa, a mudança (e a provocação) não partiu direta ou inicialmente dela. Não tem nem cacife para enfrentar o cacique da sua vida política e eleitoral. Sem qualquer respeito ou constrangimento, o ex-presidente e grande eleitor de Dona Dilma e não apenas em 2010, retumbou ostensivamente: “Posso disputar a presidência em 2014”. Dona Dilma percebeu que estava obrigada a abandonar 2013 como “ano administrativo”, aumentou a ação política que havia limitado para 2014, decretou: “A partir de agora, todo dia é dia de política presidencial”.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Lula apressadamente e desmentindo sua reconhecida habilidade nos bastidores da baixa política, afirmou com grande repercussão: “Posso ser candidato a presidente em 2014”. Foi surpreendente, embora rigorosamente verdadeiro: se confirmar essa intenção, o PT lhe dará a legenda e a preferência. Para Dona Dilma restará o vácuo e o vazio. Compreendendo que Lula não estava brincando, Dona Dilma disse para si mesma e para os dois ou três assessores ou ministros nos quais pode (?) confiar: “Diante do lançamento da candidatura Lula, não tenho chance de vitória. Assim, completamente perdida e antecipadamente derrotada, tenho que enfrentá-lo publicamente”. Estava mais ou menos atritada com o governador de Pernambuco, isso não tinha a menor importância, chamou-o ao Planalto. Também sem assunto para conversar, esse Eduardo Campos (PSB) já havia sido publicamente contraditório, impenetrável e incompreensível: “Estou firme com a Dilma em 2014, mas depende de 2013”. Como está valendo tudo na política brasileira, Dilma e Eduardo Campos conversaram no Planalto, 30 minutos se passaram, nenhum dos dois tinha alguma coisa para dizer ou para ouvir, o encontro parecia encerrado, Dona Dilma se levantou para levar o governador até a porta. Como o gabinete é enorme, no meio Dilma parou e disse para Campos: “Tenho uma revelação. Sou candidatíssima à reeleição em 2014”. Deram mais alguns passos, Dilma terminou: “Mas isso é confidencial”. Se despediram, os dois satisfeitíssimos. Ela sabendo que ele divulgaria tudo, ele convencido de que a revelação da “confidência” era obrigação sua. Consumada a publicação, Lula perplexo, também usou da confidencia, só que para o pessoal do seu Instituto: “Não sabia que a Dilma tivesse a coragem de me enfrentar dessa maneira. Temos que recolocar a casa em ordem”. O que Lula quis dizer: “Vou falar que me interpretaram mal, minha candidata para 2014 é a Dilma”. E também colocou um adendo para os companheiros ou funcionários-empregados-apaniguados-subordinados: “Faltam dois anos, o quadro pode mudar, ou poderemos mudá-lo”. Vannuchi, ex-ministro de Lula, por contra própria acrescentou: “Se a crise aprofundar, Lula terá que ser chamado e voltará, ele não foge”. Duas conclusões óbvias. 1 – Quer dizer que Lula considera que o país está em crise? 2 – E que, se essa “crise” se aprofundar, Lula tem que ser chamado? Dona Dilma é apenas uma suplente (como os 21 do Senado que votaram no elefante branco que é Renan Calheiros) para tempos de bonança ou de calmaria? Lula então mergulhou na identificação de nomes para os cargos mais importantes. O primeiro a ser premiado foi Renan. Estava a perigo, Dona Dilma não queria apoiá-lo. Chegou a sugerir: “Renan, por que você não concorre a governador? Tem o meu apoio”. Renan não quer se isolar no estado agora, lembrou que já foi derrotado para governador e para prefeito. Lula falou com Dilma, ela apoiou, mas contabilizou politicamente. Com isso, sofreu forte desgaste eleitoral e popular. A seguir Lula envolveu Eduardo Campos no jogo, para se vingar da “confidência” revelada. O sonho de Campos é ser vice de Dilma (ou de Lula, tanto faz) em 2014. Sabe que como cabeça de chapa em 2014 só pode aparecer em 2018, e além do mais, com todas as incertezas. Para colocar o governador de Pernambuco na vice, Lula tem que tirar Temer, quase impossível. Eleitoralmente Temer é um poste (não tem votos nem para deputado), mas politicamente quase invencível. Renan e Eduardo Alves (e podem acrescentar o outro Eduardo, o Cunha) saíram de sua cabeça maligna. Que Temer tenta impingir como “veia poética”. O final da palavra lembra ÉTICA, nada a ver. Lula também trata da eleição de São Paulo, escolhendo “candidatos” fora do PT. Sabe que no PT (além dele mesmo, se Dilma for inarredável) sobraram Dona Suplicy e Mercadante. Ela, agora Ministra da in-Cultura sem dar um voto a Haddad, já perdeu duas vezes para prefeito. A primeira, no cargo, a outra no segundo turno, mesmo com apoio de Maluf. Mercadante estava no auge em 2002. Eleito senador, o suplente se preparava para assumir, Mercadante seria Ministro da Fazenda. Não foi nada em oito anos, pediu demissão IRREVOGÁVEL da liderança, teve que se desdizer, Lula obrigou-o a dizer que a palavra IRREVOGÁVEL tem que se interpretada. Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

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Seis conselheiros do CNJ votam por proibir patrocínio em evento de juízes

É inacreditável que um órgão como o Conselho Nacional de Justiça tenha que se pronunciar sobre o óbvio. O mais bisonho estudante de ética sabe que o patrocínio de empresas a eventos envolvendo membros da magistratura é no mínimo amoral. O mais espantoso é haver um conselheiro que ainda peça vistas do processo. José Mesquita – Editor Análise de resolução foi suspensa por pedido de vista; há 15 conselheiros. Proposta da corregedoria também prevê maior transparência dos gastos. O corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, e mais cinco integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) votaram nesta terça-feira (5) pela proibição do patrocínio privado da hospedagem e transporte de juízes em eventos e congressos de magistrados. A análise da resolução pelo CNJ foi suspensa por um pedido de vista (mais tempo para apreciar o processo) do conselheiro Carlos Alberto Reis de Paula. A previsão é de que o plenário do CNJ retome a discussão do assunto no dia 19, na próxima sessão do órgão. Quinze conselheiros integram o colegiado, incluindo o presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, que acumula suas funções no órgão com o comando do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu voto, Francisco Falcão propôs que o CNJ proíba os magistrados de usarem transporte ou hospedagem gratuitos ou subsidiados por pessoa ou empresa, mesmo quando intermediário por associação de classe, para participar de encontros, eventos, almoços, jantares, homenagens e eventos similares. saiba mais Supremo decide por 6 a 5 que CNJ tem autonomia para investigar juízes CNJ fará consulta pública sobre participação de juízes em eventos “A Constituição é taxativa em proibir que magistrado receba qualquer título, qualquer contribuição, qualquer patrocínio da iniciativa privada. Juiz tem de ser imparcial, isento e se portar de forma a dar o exemplo para a sociedade”, ressaltou Falcão ao final da sessão que suspendeu a apreciação de sua proposta. Apesar de impor limites aos eventos da magistratura, o corregedor abriu exceções aos encontros organizados com verba exclusiva das associações de classe de juízes ou àqueles realizados por instituição de ensino das quais o magistrado atue como professor, entre outras situações. Confraternização sob suspeita Em dezembro, Falcão determinou a abertura de uma investigação para apurar se juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo receberam brindes oferecidos por empresas públicas e privadas em uma festa promovida pela Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), no Clube Atlético Monte Líbano, que contou com mais de 1 mil convidados. “É uma verdadeira vergonha esse evento de São Paulo, que deve ser repelido e reprimido com todo o rigor que a lei determina. Magistrado não pode receber carro, cortesia de passagem de avião, cortesia de cruzeiro em transatlântico. Magistrado tem de viver com o salário e patrocinar do próprio bolso suas viagens e suas despesas pessoais e de seus familiares”, criticou o corregedor. Nesta terça, o corregedor nacional sugeriu que o CNJ exija maior transparência na contabilidade dos eventos organizados pela magistratura. Falcão propõe que os gastos e as receitas dos encontros que envolvam a participação de juízes sejam divulgados previamente. Segundo ele, episódios como o da festa do TJ de São Paulo seriam “inconcebíveis” em outros países. “Isso dá cadeia nos Estados Unidos”, enfatizou. Conflito ético O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, adiantou nesta terça que irá votar a favor da resolução proposta pela Corregedoria Nacional e disse haver “mais do que” um conflito ético no fato de juízes receberem brindes de empresas. Se a resolução elaborada pelo corregedor for aprovada, todos os eventos realizados por órgãos subordinados ao CNJ sofrerão controle prévio do órgão. Além disso, a documentação referente aos encontros ficará à disposição dos tribunais de contas dos estados e da União. O único tribunal do país que não terá de se subordinar a eventual resolução do CNJ é o Supremo Tribunal Federal. As determinações do Conselho não têm efeito sobre a mais alta corte do país. Mesmo sem jurisdição sobre o STF, o corregedor nacional defende que os ministros do principal tribunal do país também deveriam seguir as regras. “Não posso emitir opinião sobre o Supremo Tribunal Federal, que está acima do Conselho Nacional de Justiça. Mas me parece que essa resolução vale para todo mundo”, ponderou Falcão. As novas regras, se aprovadas, entrarão em vigor somente 60 dias após a publicação da ata do julgamento. Fabiano Costa – Do G1, em Brasília

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Energia solar

EUA testam estrada pavimentada com painéis solares Uma proposta ousada para geração de energia acaba de receber verba para entrar em fase de testes. Se a ideia do engenheiro eletricista Scott Brusaw der certo, rodovias do futuro poderão ser pavimentadas não com asfalto, mas com painéis solares para gerar eletricidade. Não é algo tão inusitado quanto parece, diz Brusaw, que criou a empresa Solar Roadways para tocar a empreitada. Dependendo da escala, essa seria uma solução viável para substituir usinas a carvão e gás e ajudar a frear o efeito estufa. Divulgação Lâmpadas sinalizam pista em tempo real, em protótipo a ser construído nos EUA de estrada pavimentada com painéis solares O engenheiro recebeu agora US$ 100 mil do Departamento de Transporte dos EUA para fazer um protótipo. É pouco, levando em conta que o metro quadrado de asfalto já custa cerca de R$ 30 (o preço pode variar bastante). O “metro quadrado” de painel solar, no Brasil, custa mais de R$ 2.000.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Um quilômetro de uma hipotética rodovia solar de pista dupla, porém, produziria energia suficiente para suprir uma cidade de 5.000 habitantes –3 milhões de kWh por ano (um metro quadrado de painel solar produz cerca de 0,7 kWh por dia). O problema é que esse quilômetro sai por R$ 30 milhões. Brusaw, por isso, deve começar numa escala modesta. “Esperamos começar a instalar os painéis em estacionamentos em dois anos”, disse o engenheiro à Folha. “Queremos aprender primeiro com veículos leves se movendo devagar. Se der certo, vamos “pavimentar” estradas com painéis solares em cerca de cinco anos.” Pode parecer uma meta ousada, mas especialistas ouvidos pela Folha acreditam que o custo pode cair. “Para aplicações generalizadas, a energia solar não é a mais barata. Mas ela é limpa. Uma análise fria de custo não considera impacto ambiental”, diz Celio Vaz, diretor da Orbital Engenharia. A longo prazo, a tendência é que a ideia se torne mais barata. “O custo dos painéis vem caindo bastante nos últimos tempos. Se o mercado crescer, o preço dos painéis diminuirá mais”, diz Elizabeth Pereira, física da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Os painéis solares que a Solar Roadways quer fazer têm lâmpadas que podem ser programadas para fazer toda a sinalização da via: a faixa central em amarelo dividindo quem vem de quem vai, as mensagens de “pare”. Mais do que isso: as mensagens poderiam ser em tempo real. Ou seja, poderiam oferecer informações como “Rebouças congestionada”. Em lugares onde neva, a pista poderia esquentar para derreter parte do gelo. Os painéis, se fossem incorporados também às ruas da cidade, poderiam acabar com a fiação. Se um dia o asfalto for abandonado, não deixará saudade: é caro, não oferece nada em troca da área que impermeabiliza e requer petróleo. Além disso, tem vida útil que varia entre 5 e 10 anos. Os painéis duram 25. Ricardo Mioto/colaboração para a Folha de S.Paulo

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