Arquivo

Yeats – Versos na tare – 05/02/2013

E daí? Yeats ¹ Estudante, os mais íntimos colegas Já viam nele um grande gênio então; Ele também; e agiu segundo as regras Passando em claro as suas noites negras. E daí? canta a sombra de Platão. Seus escritos lhe dão notoriedade; Ao cabo de alguns anos ganha tão Bem que não passa mais necessidades; Seus amigos, amigos de verdade. E daí? canta a sombra de Platão. Seus sonhos todos vêm à luz do dia: Casa boa, mulher, filhos, carrão, Horta e pomar onde tudo crescia, Poetas e Sábios sobre ele choviam. E daí? canta a sombra de Platão. Obra completa, já maduro, tosse: “Meu projeto de jovem concluí; Que os tolos clamem; um senão que fosse; Pois algo ao nível do perfeito eu trouxe.” E a voz mais alto: E daí? E daí? Tradução: Ivo Barroso ¹ William Butler Yeats * Dublin, Irlanda – 13 de Junho de 1865 d.C + Menton, França – 28 de Janeiro de 1939 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Dilma Rousseff diz que não discrimina oposição

Que oposição? Que bicho é esse? Com Tucanos e Demos votando no Calheiros? Há, há, há. As oposições no Brasil optaram pela liberdade política servil! Ilustração – es.paperblog.com Desse jeito a “tchurma” da estrela vai ficar no poder até que Diógenes não tenha mais lume no lampião. O Gustavo Fruet e Eduardo Paes, tucanos d’antes dos mais emplumados, eram os mais incisivos acusadores do PT na CPI dos correios. Ou era um filme de ficção o que eu assistia? Eles hoje são Dilma Futebol Clube desde criancinhas. Já passaram o Zé, na seara dos capachos. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Apple perde direito de uso da marca iPhone no Brasil

Vitória da Gradiente Segundo decisão que deve ser publicada pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – Inpi, a Apple não poderá mais usar no Brasil o nome “iPhone” em celulares ou em produtos de segmentos próximos à telefonia móvel. A informação foi divulgada pelo o jornal “O Globo”. A Gradiente, que registrou o pedido de uso do nome “iphone” antes da Apple, lançou em dezembro passado um celular batizado de “Gradiente Iphone” A decisão será publicada na RPI (Revista da Propriedade Industrial) – publicação semanal do Inpi que funciona como o “Diário Oficial” do órgão brasileiro de patentes. Sua publicação será uma vitória da IGB Eletrônica – dona da marca Gradiente no país -, que já havia pedido o registro da marca “gradiente iphone” em março de 2000. As solicitações da Apple para uso da marca “iphone” no Brasil foram feitas em 2006, 2007, 2010 e 2011. O órgão não informar quais dos 11 pedidos pendentes serão negados à Apple, mas adianta que estão na “lista negra” os que remetem a aparelhos celulares. Entre as solicitações, estão o direito sobre “dispositivos eletrônicos digitais móveis”, “projetos de desenvolvimento de hardware e software”, “computador e periférico” e “Find My iPhone”, aplicativo que vem instalado no aparelho.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Há dois anos, a companhia ganhou o direito de aplicar o nome em “artigos de vestuário, calçados e chapelaria” e manuais de instrução, mas o Inpi ainda não havia concluído o julgamento dos pedidos que pudessem levar a categorias móveis. A Apple ainda deve recorrer. O instituto informa ser provável que a empresa obtenha exclusividade em segmentos diferentes, como embalagens e serviço de varejo, cuja decisão deverá ser publicada na edição da revista que circula em 14 de fevereiro. A polêmica entre as duas empresas teve início em dezembro, com o lançamento de um parelho da Gradiente com o termo “iphone”. O telefone da empresa brasileira chegou ao mercado recentemente. Ele é vendido nas lojas por R$ 700. fonte: Diário do Nordeste

Leia mais »

Jornalismo e a voz do dono

Jornalismo cordato. Ecoando a voz do dono Um dos exercícios mais interessantes na análise da imprensa é a busca de pontos em comum entre o noticiário e os editoriais e artigos. Nos jornais de sexta-feira (25/1), por exemplo, algumas das coincidências estão expostas nas reportagens sobre o projeto de redução da tarifa de energia elétrica. O tom do material publicado, sobre um pronunciamento da presidente da República anunciando que o Tesouro Nacional vai garantir o corte de custos da energia, induz o leitor a uma interpretação negativa da decisão do governo. Artigos e editoriais repetem quase literalmente declarações de representantes da oposição e o tom geral do conteúdo dos jornais tende a inverter o sentido da iniciativa e transformá-la em algo condenável. Os fatos vêm à luz para serem interpretados, e tanto podem produzir apoio como rejeição. Mas o que se observa aqui é a homogeneização do discurso jornalístico, com a imposição de um viés dominante e a eliminação do contraditório. No caso da proposta de redução da tarifa de energia, o assunto frequenta o noticiário desde o primeiro trimestre de 2012, como parte dos debates sobre o aumento da competitividade da economia brasileira e a necessidade de evitar a volta da inflação. O corte nos gastos operacionais das empresas era uma demanda apoiada pela imprensa, dentro do discurso recorrente sobre o conjunto de valores que é chamado comumente de “custo Brasil”.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O tema foi manchete nos três principais jornais de circulação nacional, com uma pequena diferença do Globo, que diz o seguinte: “BC diz que luz cairá 11% em média ao ano”. A proposta editorial, legítima, é apontar uma possível diferença entre o anúncio da presidente da República, que prevê um desconto de 18% nas contas de luz dos consumidores domésticos, e as projeções do Comitê de Política Monetária do Banco Central, divulgadas na quinta-feira (24/1). No entanto, como seus concorrentes e consortes Folha de S.Paulo e o Estado de S.Paulo, o Globo transforma em editorial a opinião manifestada por representantes da oposição, afirmando que a presidente aproveitou o anúncio da medida para fazer um discurso eleitoral. O mesmo tom é repetido por colunistas dos jornais, produzindo um coro que denuncia a falta de diversidade de opiniões na imprensa. Redações em uníssono Em seu livro recentemente lançado, intitulado Ah! – atestado de óbito do Jornal da Tarde e outras histórias, o jornalista Vital Battaglia observa que a decadência da imprensa brasileira começou quando os proprietários das empresas de comunicação retiraram do comando dos jornais os profissionais que haviam participado da resistência contra a ditadura e, julgando-se também jornalistas, impuseram-se às redações. Observada sob esse ponto de vista, a história recente da imprensa no Brasil faz mais sentido, pelo motivo muito simples de que o jornalismo de qualidade exige certo espírito rebelde e questionador, que a presença intimidadora do dono tende a desestimular. Jornalistas conformistas ou adesistas tendem a condicionar seu espírito crítico ao viés do patrão. O advento das tecnologias digitais de comunicação e informação se deu quase ao mesmo tempo em que as principais empresas de mídia brasileiras começaram a trocar seus comandos e reduzir a autonomia das redações, escolhendo para as principais tarefas profissionais mais cordatos com relação à opinião do dono. Em alguns casos, como no Estado de S.Paulo, o projeto de modernização realizado no final dos anos 1980 e início dos 1990 foi conduzido o tempo todo em meio a um conflito aberto entre acionistas e os profissionais encarregados da mudança. Depois disso, o que se viu foi o processo de domesticação da redação, até o ponto em que foi entregue a um diretor que culminou uma sucessão de desmandos com o assassinato de uma ex-namorada. O mesmo olhar, dirigido a todos os outros jornais, vai mostrar um processo semelhante, com algumas diferenças no método: aqui se deve destacar o caso do gaúcho Zero Hora, onde foi determinado que os membros da família proprietária que pretendessem participar diretamente da atividade jornalística deveriam buscar a melhor formação profissional possível. Ainda assim, a melhor qualificação não substitui a exigência fundamental do jornalismo: a capacidade de divergir, de se opor à corrente, de questionar certas convicções e se manter aberto a idiossincrasias. Essa é uma condição que praticamente desapareceu das empresas brasileiras de comunicação. As edições de sexta-feira (25/1) dos três jornais de circulação nacional demonstram que a voz do dono é a única ouvida nas redações. Luciano Martins Costa/Observatório da Imprensa

Leia mais »