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Pablo Neruda – Versos na tarde – 26/01/2013

Cantas e a sol e a céu com teu canto Pablo Neruda ¹ Cantas e a sol e a céu com teu canto tua voz debulha o cereal do dia, falam os pinheiros com sua língua verde: trinam todas as aves do inverno. O mar enche seus porões de passos, de sinos, cadeias e gemidos, tilintam metais e utensílios, chiam as rodas da caravana. Mas só tua voz escuto e sobe tua voz com vôo e precisão de flecha, desce tua voz com gravidade de chuva, tua voz esparge altíssimas espadas volta tua voz pesada de violetas e logo me acompanha pelo céu. ¹ Neftalí Ricardo Reyes * Parral, Chile – 12 de Julho de 1904 d.C + Santiago, Chile – 23 de Setembro de 1973 d.C Prêmio Nobel de Literatura em 1971 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Protegendo seus documentos com senha no Word

É possível criptografar arquivos criados em todos os softwares do Office — aprenda a fazer isso em poucos passos. Este tutorial funciona nas versões 2011 e 2013 da suíte de aplicativos da Microsoft. Você sabia que, nas últimas versões do Word, é possível salvar um documento protegido por senha? Não apenas no Word, mas em todos os softwares do Office, é possível salvar os seus projetos de uma maneira mais segura, garantindo que só você (ou quem mais souber a senha) os abra. Diferente de softwares de criptografia, a proteção do Office é válida para qualquer computador. Se você mandar o documento protegido para outra pessoa, ela vai precisar da senha para abri-lo igualmente, sem precisar instalar nenhum programa especial para fazer isso. Proteja os seus documentos com senha ou restrições de edição (Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo) Se você usa o Office 2011 (para Windows apenas, já que a versão para o Mac é diferente) ou superior, clique na aba “Arquivo”, na parte de cima, para abrir as opções de edição do documento. Na guia “Informações”, clique em “Proteger Documento” para ver todas as opções de restrição existentes. Tome o controle dos seus documentos Existem quatro opções de proteção para os arquivos criados nos softwares do Office. Você pode marcá-lo como final (ele se torna somente para leitura, ou seja, pode ser visualizado mas não modificado); colocar uma senha; restringir a edição (é possível ler, colocar comentários e até editar o documento parcialmente); ou, por fim, adicionar uma assinatura digital, que comprova a autoria do arquivo. Se você colocar uma senha, lembre-se dela para usar posteriormente. (Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo) Se você está preocupado em proteger o seu patrimônio intelectual, use as opções de restrição de edição e assinatura digital, já que elas indicam exatamente o que você escreveu e todas as alterações feitas posteriormente. Já se o caso for não deixar que outros leiam o que você escreveu, use a senha e tenha a garantia de que o documento está longe do acesso das pessoas não autorizadas. Cada arquivo criado pode ter uma senha diferente, que precisa ser usada para abri-lo — mesmo como criador do arquivo, você não pode acessá-lo sem a combinação, portanto não perca a senha utilizada! Por Ana Nemes/TechMundo

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Abraham Lincoln, quem diria, era operador de mensalão

Quem diria! O filme Lincoln do premiado Spielberg revela as entranhas do funcionamento do Congresso norte-americano. O filme mostra como Lincoln comprou votos, por meio de ofertas de cargos a parlamentares do Partido Democrata, oposição, para aprovar a lei da abolição da escravatura nos USA, e garantir sua reeleição. Haverá quem diga que por uma causa tão nobre… Paciência! Ninguém minimamente informado acredita que a guerra civil acima do Rio Grande foi por causa da abolição da escravatura. O mais insignificante tijolo de Wall Street sabe que a questão era econômica. O norte estava comprando algodão por um preço muito alto aos fazendeiros do sul. Alguns historiadores afirmam que presidente americano também teria sofrido uma insidiosa campanha pelo fato de não ter tido uma boa formação e não ser oriundo da classe dominante. O falso moralismo é o último recurso dos imorais, e a política sempre foi movida a grana. A história sempre surpreende, e fica provado que nenhuma verdade pode ser escondida do tempo. José Mesquita – Editor Ps. Será que alguma publicação da época estampou a foto de Lincoln com o texto de “Chefe de Quadrilha”? Filme Lincoln faz lembrar compra de votos do mensalão Por João Ozorio de Melo ¹ Lincoln, o filme produzido e dirigido por Steven Spielberg, terá um sabor especial para os brasileiros. As salas de cinemas do Brasil serão tomadas por uma impressão de déjà vu: a principal trama da história é um esquema de “compra” de votos de parlamentares para aprovar a 13ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, a da abolição da escravatura. O filme, para os críticos de cinema americanos e ingleses, descreve as habilidades políticas de um grande presidente americano. Para uma audiência brasileira, será impossível deixar de sentir um cheiro de “mensalão”.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O filme se baseou, em parte, na biografia de Lincoln, escrita por Doris Kearns, Time de Rivais: o Gênio Político de Abraham Lincoln (The Political Genius of Abraham Lincoln). Toda a trama se desenrola nos meses finais do primeiro mandato do 16º presidente dos EUA, Abraham Lincoln, então já reeleito para um segundo mandato. A Guerra Civil americana, que se iniciou com o primeiro mandato de Lincoln, se aproxima do fim, com uma evidente vitória da União, abolicionista, sobre os 11 estados antiabolicionistas e, consequentemente, separatistas. A União já sabe que os confederados, praticamente derrotados, estão prontos para se render e assinar o tratado de paz. Essa visão é comemorada pelos políticos da União, que querem o fim imediato da guerra sangrenta e partir para o segundo projeto do governo, o de reintegrar o país. Porém, a visão de Lincoln é mais ampla do que a de seus aliados. Ele percebe que o fim da guerra também significa o fim de seu projeto político principal, o de abolir a escravatura no país. Ele entende que sua Proclamação da Emancipação dos escravos, assinada em 1863, só é respeitada pelos estados confederados por força da guerra — ou do poder que lhe confere a guerra. Assinado o tratado de paz, os estados contrários ao abolicionismo podem voltar a explorar a escravatura, porque ele não dispõe de nenhum mecanismo jurídico (nem belicoso) para obrigá-los a aceitar a emancipação dos escravos. O único recurso é aprovar a emenda constitucional, antes da declaração do fim da Guerra Civil. Mas as dificuldades para conseguir a aprovação da emenda são enormes — impossíveis de serem vencidas na opinião de assessores e políticos mais próximos de Lincoln. São necessários os votos de dois terços dos parlamentares para aprovar o projeto. E, apesar do Partido Republicano de Lincoln, maioria no Congresso, estar praticamente fechado com ele, faltam 20 votos. Enfim, para aprovar a emenda até o final de janeiro de 1865, antes do final da legislatura, é necessário conseguir esses votos dentro da oposição, o Partido Democrata, que é contrário ao abolicionismo. Para assegurar todos os votos republicanos e conseguir negociar com democratas, Lincoln conta com um poderoso aliado, o fundador do Partido Republicano, Francis Preston Blair. Porém Blair, só tem uma vontade na vida: iniciar negociações de paz com os confederados e por fim à guerra civil. Em troca do indispensável suporte declarado de Blair à emenda da abolição da escravatura, Lincoln o autoriza a iniciar as negociações de paz. Mas isso traz duas complicações para o projeto de Lincoln: o tempo passa a urgir; e para os republicanos radicais é um contrassenso terminar a guerra sem abolir a escravatura, porque, afinal, um dos principais motivos da guerra foi a abolição da escravatura. Um anúncio do fim da guerra irá anular os esforços para aprovar a emenda. A saída é aprovar a emenda, de qualquer maneira, antes que uma eminente assinatura de tratado de paz se torne pública. E isso terá de ser feito com a ajuda de democratas que concordem em votar contra a orientação de seu partido. E um plano é arquitetado: negociar a adesão dos lame ducks, parlamentares (no caso, democratas) que estavam em fim de mandato, porque não foram reeleitos. Afinal, eles não precisam se explicar com seus eleitores, porque, de qualquer forma, já foram excluídos da carreira política, por falta de votos nas eleições parlamentares do ano anterior. Ainda há resistência de políticos mais próximos a Lincoln, que preferiam voltar a submeter a emenda à próxima Legislatura, mas o presidente dá um murro na mesa e anuncia que a emenda vai à votação. Agora é correr contra o relógio. O secretário de Estado William Seward, o homem que mais compartilha o dia a dia com o presidente, assume o comando da operação. Lincoln e Seward consideram inapropriado oferecer dinheiro, em moeda corrente, aos parlamentares. Decidem oferecer cargos no governo que vai se instalar com a posse de Lincoln para o segundo mandato (o que significaria renda mensal). O secretário contrata três agentes experimentados em lidar com parlamentares, que passam a fazer todos os tipos de manobras para contatar e negociar favores com os parlamentares, em troca de seus votos. Lincoln também contata parlamentares, mas

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