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Nietzsche – Filosofia na tarde

Cultura é um fenômeno eterno Nietzsche ¹ A ávida vontade vai sempre encontrar um meio de fixar as suas criaturas na vida através de uma ilusão espalhada sobre as coisas, forçando-as a continuar a viver. Este se vê amarrado pelo prazer socrático do conhecimento e pela ilusão de poder, através do mesmo, curar a eterna ferida da existência; aquele vê-se envolvido pelo véu sedutor da arte ondeando diante dos seus olhos; aquele, por seu turno, pela consolação metafísica de que sob o remoinho dos fenômenos continua a fluir, imperturbável, a vida eterna: para não falar das ilusões mais comuns, e talvez mais vigorosas, que a vontade tem preparadas em qualquer instante. Aqueles três níveis de ilusão destinam-se apenas às naturezas mais nobremente apetrechadas, nas quais a carga e o peso da existência são em geral sentidos com um desagrado mais profundo e que podem ser ilusoriamente desviadas desse desagrado através de estimulantes selecionados. É nestes estimulantes que consiste tudo o que chamamos cultura. Friedrich Nietzsche, in ‘O Nascimento da Tragédia’. ¹ Friedrich Wilhelm Nietzsche – Alemanha * Weimar, Alemanha – 15 Outubro 1844 d.C + Weimar, Alemanha – 25 Agosto 1900 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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