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Abgar Renault – Versos na tarde

Como quem pede uma esmola Abgar Renault ¹ Preciso de uma palavra. Em que dia ou em que noite estará essa, que almejo, ideal palavra insabida, a única, a exclusiva, a só? Dela me sinto exilado todas as horas por junto, com minha face, meu punho, meu sangue, meu lírio de água. Soletro-me em tantas letras, e encontrá-la deve ser encontrar a criança e o berço, a unidade, a exatidão, o prado aberto na rua, a rua galgando a estrela. Preciso de uma palavra, uma só palavra rogo, como quem pede uma esmola. Em florestas de palavras os calados pés caminham, as caladas mãos perquirem, os olhos indagam firmes. Em que parábola cruel, em que ciência, em que planeta, em que fronte tão hermética, em que silêncio fechada estará viajando agora – mariposa de ouro azul – a palavra que desejo? Lâmina sexo cristal fulcro pântano convés voraginoso fluvial Antígona circunflexa catastrófico crepúsculo ênula ventre rosal sibila farol maré desesperadoramente nenhuma será nem é aquela do meu anseio. Como será, quando vier, a palavra entrepensada, necessária e suficiente para a minha construção de lápis, papel e vento? Dura, espessa, veludosa ou fina, límpida, nítida? Asa tênue de libélula ou maciça e carregada de algum plúmbeo conteúdo? Distante, insone e cativo, debaixo da chuva abstrata, eu me planto decisivo no tráfego confluente, aéreo, terrestre, marítimo, e espero que desembarque, triste e casta como um peixe ou ardendo em carne e verbo, e pouse na minha mão a áurea moeda dissilábica, a noiva desconhecida, a coroa imperecível: a palavra que não tenho. ¹ Abgar de Castro Araújo Renault * Barbacena, MG. – 15 de abril de 1901 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 31 de dezembro de 1995 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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A marcha da insensatez – Afeganistão

O Império conta-ataca. Helicóptero CH 47 CHinook dos USA no Afeganistão. Falta saúde para o povo nos USA e 47% da população está abaixo da linha de pobreza. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Tráfego gerado pela atualização do iOS 5 e do iCloud quase tirou a internet do ar

O iOS 5 foi lançado na última quarta-feira (12) cercado de expectativas. Mas ninguém esperava que a ânsia pela atualização de iPhones, iPads e iTouchs, por parte dos usuários, fosse tão ávida: o sucesso do novo sistema operacional para os dispositivos móveis da Apple foi tanto que o tráfego na página da empresa de Cupertino quase “quebrou a internet”. Durante toda a noite de quarta-feira engenheiros da companhia de internet AAISP, em Londres, publicaram em sua página de incidentes e status mensagens que mostram como o “boom” causado pelo lançamento do iOS 5 foi grande. Segundo eles, que admitiram que foram pegos de surpresa, nunca houve tanto tráfego como este em um “evento da internet”. – Isso é pior do que o tráfego na Copa do Mundo. A única pista é que é de algo novo do iOS 5. Se essa realmente for a causa, estou impressionado. A utilização da internet simplesmente alcançou níveis sem precedentes. Ao que tudo indica, a demanda foi enorme não só no Reino Unido como em diversos locais em todo o mundo.   Nunca vimos nada como isso – escreveram. Na manhã desta quinta-feira, engenheiros da AAISP confirmaram que o tráfego de dados na internet em Londres subiu de um pico natural de 18 GB por segundo para 28 GB por segundo. Problemas para alguns usuários A própria Apple teve problemas de instabilidade em seus servidores pouco depois do lançamento. Muitos proprietários de ‘iGadgets’ reclamaram em redes sociais e nos próprios fóruns da Apple sobre diversos incidentes – não só enquanto tentavam fazer o download do iOS 5, como também após sua instalação. Uma mensagem de erro do iTunes e o congelamento e/ou não funcionamento de alguns aplicativos estavam entre os assuntos mais comentados. A Apple, que lançou também o iCloud, novo processo de conexão e sincronização de dados com os smartphones, não comentou as reclamações dos clientes até o momento. Thiago Barros Para o TechTudo [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Brasil: lixo eletrônico irá para o lixo

Apesar de ainda engatinhar no que se refere ao consumo de equipamentos eletrônicos, a Taba dos Tupiniquins gera 380 mil toneladas/ano de lixo eletrônico. Calcula-se que sejam 3,5 kg por pessoa. É um material altamente poluente e difícil de ser reciclado. A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo desenvolve um importante projeto que beneficia, além do ambiente, mais diretamente os catadores de materiais recicláveis da cidade de São Paulo e de alguns municípios da região metropolitana, que poderão ter a renda aumentada em até 100 vezes mais na coleta e venda de produtos eletrônicos descartados. Trata-se do Projeto Eco-Eletro – Reciclagem de Eletrônicos. O principal foco do projeto é promover a capacitação desses trabalhadores informais, proporcionando-lhes além de um aumento de renda, evitar que o material de informática seja descartado em locais inadequados, causando problemas ambientais. O Editor Nos próximos 15 dias, o Ministério do Meio Ambiente espera recolher 50 toneladas de “lixo eletrônico” em quatro capitais: Brasília, São Paulo, Rio e Belo Horizonte. A coleta será feita em postos instalados em estações de metrô. Começa nesta quarta (12) e vai durar 15 dias, até 26 de outubro. O objetivo é tirar de circulação parte da quinquilharia eletrônica que os brasileiros guardam em casa –de celulares e computadores a videocassetes e torradeiras. São equipamentos que carregam matérias primas que, mal descartadas, resultam em contaminação do ar, da água e do solo –mercúrio, chumbo e fósforo, por exemplo. Fechado em julho de 2009 e divulgado no início de 2010, relatório do Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente) acomodou o Brasil em posição desconfortável. De acordo com o documento, o mercado brasileiro é o que mais produz lixo eletrônico entre os emergentes, à frente da China e da Índia. Atribui-se o fenômeno a um efeito colateral do crescimento do país e do consequente aumento do poder aquisitivo da classe média. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Entre os emergentes, o Brasil tornou-se líder no descarte de geladeiras. Disputa também o título de campeão no rejeito de celulares, impressoras e televisores. Na estimative da ONU, só o abandono de computadores pessoais produz no Brasil 96,8 mil toneladas de lixo por ano. A China, mais populosa, produz um monturo maior: 300 mil toneladas. Porém… …Porém, considerando-se o consumo individual, o brasileiro produz mais lixo do que o chinês –meio quilo por ano, contra 0,23 quilo. Pelas contas do Ministério do Meio Ambiente, consome-se anualmente no Brasil algo como 120 milhões de equipamentos eletrônicos. Estima-se que 500 milhões de produtos obsolotetos encontram-se guardados nas casas dos brasileiros. É parte desse “lixo” que o ministério deseja eliminar. Para estruturar o plano de coleta, o ministério firmou parcerias com as companhias que gerem os metrôs e um grupo de empresas privadas. Os equipamentos coletados serão descartados ou destinados à reciclagem, conforme o caso. Deseja-se estimular na alma do brasileiro um valor novo, o “consumo consciente”. “Nós, consumidores, somos parte da cadeia produtiva. Não tem como se eximir da responsabilidade ambiental”, diz a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente). “A Constituição diz que cuidar do meio ambiente é dever de todos. É o nosso futuro que está em jogo”, ela acrescenta. O governo acorda tarde. O relatório da ONU realça que, diferentemente do que se passa nos países ricos, os emergentes não se estruturaram para tratar adequadamente o seu lixo. Nste sábado (15), celebra-se o ‘Dia do Consumidor Consciente’. O governo aproveitou-se da data para converter outubro em ‘Mês do Consumo Sustentável’. Para marcar a iniciativa, auxiliares da ministra Izabella farão no sábado, nas estações de metrô, o lançamento oficial da campanha de coleta deflagrada nesta quarta. Se você mora numa das quatro capitais selecionadas e tem “lixo eletrônico” a descartar, eis os pontos de coleta: São Paulo: Estação do Tucuruvi, Linha 1-Azul; Rio de Janeiro: Estação da Carioca, centro; Belo Horizonte: Estação Eldorado; e Brasília: Estação Galeria. Serviço: Aqui, a íntegra do relatório vem do Programa da ONU para o Meio Ambiente. Infelizmente, em língua inglesa. blog Josias de Souza

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