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Claudia Câmara – Prosa na tarde

Entenda Claudia Câmara ¹ Você quer saber quando, eu digo de modo permanente e peço desculpas pela inexatidão das palavras. Não as minhas, ou as que lhe digo (que palavras pertencem a ninguém), mas na armadilha escondidas em todas elas. Todas elas são traiçoeiras e escondem significados. Matam intensidades fechando em copas sentimentos profundos. Odeio as palavras. Não vivo sem elas. Sei que peço que as diga, que as repita, mas é culpa do silêncio dos nossos corpos que não conversaram nunca mais. Você exige saber: quando. E eu urro a plenitude da palavra sempre e você pensa que sou evasiva quando, ao contrário, estou definitiva como um ponto final. Você metáfora dizendo que o sempre e o nunca se encontram na mesma impossibilidade. E então, vencida pela sua razão, me calo. ¹ Claudia Câmara * Belo Horizonte, MG [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Twitter. Pra que serve?

Para que serve o Twitter ? Com a palavra o editor chefe do The Guardian Durante palestra no Royal Symposium o editor-chefe do The Guardian, Alan Rusbridger, elencou 15 razões que explicam a importância do Twitter para o jornalismo, a saber: 1. É uma forma incrível de distribuição – Não se distraia com a limitação dos 140 caracteres, os melhores tweets oferecem links para o conteúdo. O Twitter é uma ferramenta de distribuição instantânea, um meio onde podemos divulgar a informação de forma rápida. 2. É onde as coisas acontecem primeiro – As chances dos leitores saberem de uma notícia primeiro no Twitter é grande, isso porque o compartilhamento, a filtragem ocorre de forma colaborativo e por milhares de pessoas. 3. É um motor de busca, rival do Google – Em alguns aspectos é melhor utilizar o Twitter para descobrir as coisas do que o Google, isso porque o Google é baseado em algoritimos e o Twitter nas pessoas. 4. O Twitter agrega – Rusbridger brinca e diz que o Twitter não é apenas busca (conforme item acima) ele pode ser também o seu feed de notícias personalizadas. “Você pode sentar e deixar que outras pessoas, que você admira ou respeita, encontre conteúdo relevante para você”, pontua.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] 5. É uma grande ferramenta de comunicação – A sabedoria da multidão pode ajudar os jornalistas no processo de elaboração de suas materias. “Eles sabem mais do que nós”, diz. 6. É uma forma fantástica de marketing – Se as pessoas gostarem do que leem, veem ou sentem irão repassar a informação para suas redes. Rusbridger não cita o termo “viralização” mas destaca esse aspecto, focando no poder do Retweet e ampliação do alcance de determinada informação. 7. É uma série de conversas – O Twitter possibilita uma reação imediata aos seus comentários. O mais importante não é a transmissão, e sim, a comunicação. 8. Diversidade – O Twitter dá “voz” a qualquer pessoa, enquanto a mídia tradicional a poucas. 9. Muda o tom da escrita – A plataforma fortalece o tom pessoal das conversas, mais humor, mistura-se o comentário analítico com o fato. 10. Igualdade – O Twitter tem a capacidade de reunir em torno de pessoas “desconhecidas” uma legião de seguidores. Um nome reconhecido pode atrair, inicialmente, muitos seguidores. Porém, uma pessoa “desconhecida”, a depender da qualidade e tema dos seus tweets pode atrair “iguais”. 11. A valoração de notícias é diferente – As escolhas dos jornalistas nem sempre refletem o interesse do público, e este, a depender da sua movimentação no Twitter pode pautar o mainstream midiático ou demandar dos jornalistas mais dedicação a determinado assunto. 12. Alarga a atenção – O Twitter não é apenas um fluxo efêmero de informação. Ao usuário escolher uma determinada hashtag, por exemplo, indica aos jornais a escassez de informação que possuem sobre determinado tema. 13. Cria comunidades – Ou melhor, comunidades se constituem em torno de questões específicas. Podem ser comunidades fortes e/ou fracas, temporárias ou duradora. 14. Muda a noção de autoridade – Os usuários “aceitam” informações não apenas das autoridades – nós, os jornalistas – mas, sobretudo, daqueles que elas julgam confiavéis e importantes para elas. 15. É um agente de mudança – O Twitter é uma síntese de como a mídia colaborativa mudou as rotinas das empresas e a relação com o público. “Fechar os olhos para essa ‘mídia livre’ é um erro muito grave”, finaliza.

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Energia do lixo abasteceria 18 milhões de casas no Brasil

Parodiando Hamlet, há muito mais em comum entre o lixo e a energia do que supõem nossos parcos conhecimentos. Até quanto a problemas. Tanto o lixo como a energia fazem parte de discussões ambientais e econômicas. Aquele por que está sendo gerado em excesso, essa por não estar sendo gerado em quantidade suficiente para atender a demanda. No Brasil, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), 70,77% da matriz energética do país, é produzida por hidrelétricas, mas fica-se na dependência da ocorrência de chuvas para se manter o nível dos reservatórios. Estudos revelam que no Brasil há grande potencial para geração de energia elétrica a partir de resíduos sólidos – lixo – o qual se devidamente aproveitado poderia aumentar a oferta de energia em torno de 50 milhões de megawatt-hora por ano, o que representa mais de 15% do total. Isso é 1/4 do que é gerado atualmente pela usina de Itaipu. O Editor Para que o metano presente nos lixões e aterros desativados não gere riscos, como está ocorrendo no Shopping Center Norte, em SP, é preciso que o terreno possua um sistema de captação de gás. Esse gás pode ter dois fins: a queima simples, que gera créditos de carbono, e a produção de energia por meio de motores a combustão. Levantamento realizado pela consultoria Andrade & Canellas revela que o Brasil deixa de produzir entre 3.050 e 3.660 GW/hora de energia todos os anos com base no biogás gerado pela decomposição do lixo urbano. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2010 as cidades foram responsáveis pelo descarte de 61 milhões de toneladas de resíduos em lixões e aterros sanitários em todo o País. A energia gerada com base nesse montante seria suficiente para abastecer até 18,3 milhões de casas, considerando o consumo médio residencial de 200 kW/h por mês. Quando aproveitada adequadamente, cada tonelada de resíduo pode gerar entre 50 e 60 kW/hora de energia elétrica.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “Os empreendedores optam pela queima pura e simples, em vez de escolherem a geração de energia, porque o investimento inicial é pesado”, diz a gerente do núcleo de energia térmica e fontes alternativas da Andrade & Canellas, Monica Rodrigues de Souza. “Se fôssemos comparar a energia obtida por meio de queima de biogás com a gerada com base no vento, do gás natural ou da biomassa, a energia do lixo não seria competitiva. Mas a energia do biogás tem desconto na tarifa de transmissão, o que pode compensar sua desvantagem no mercado livre (venda direta)”, explica Monica. O Estado de São Paulo

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