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Octavio Paz – Versos na tarde

Entre ir e ficar Octavio Paz ¹ Entre ir e ficar duvida o dia, enamorado de sua transparência. A tarde circular é já baía: em seu quieto vaivém se mexe o mundo. Tudo é visível e tudo é efusivo, tudo está perto e tudo é intocável. Os papéis, o livro, o copo, o lápis repousa à sombra de seus nomes. Bater do tempo que em minha têmpora repete a mesma teimosa […] ¹ Octavio Paz * Cidade do México, México – 31 de Março de 1914 d.C + Cidade do México, México – 20 de Abril de 1998 d.C Prêmio Nobel de Literatura de 1990 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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11 de Setembro: em defesa da verdade

11 de Setembro, dez anos depois, e a decisão de não se contar a verdade acerca do que aconteceu nos Estados Unidos. Por: Paul Craig Roberts Economista, ex-editor do Wall Street Journal e secretário assistente do Tesouro dos EUA. Fonte: Resistir.info Estamos no décimo aniversário do 11 de Setembro de 2001. De que forma resistiu o relatório oficial do governo americano ao longo da última década? Não muito bem. O presidente, o vice-presidente e o principal advogado da Comissão do 11 de Setembro escreveram livros distanciando-se parcialmente do relatório. Dizem que a administração Bush pôs obstáculos ao seu trabalho, que lhes foi sonegada informação, que o presidente Bush se dispôs a testemunhar apenas na condição de ser acompanhado pelo vice-presidente Dick Cheney e de nenhum dos dois estar sob juramento, que o Pentágono e os oficiais da Administração Federal da Aviação (FAA) mentiram à Comissão e que esta chegou a considerar a denúncia desses falsos testemunhos para investigação por obstrução à justiça. No seu livro, o presidente e o vice-presidente da Comissão, respectivamente Thomas Kean e Lee Hamilton, escreveram que a investigação do 11 de Setembro foi “feita para falhar”. O advogado da Comissão, John Farmer Jr., escreveu que o governo americano tomou “a decisão de não contar a verdade acerca do que aconteceu” e que as fitas do Comando Americano de Defesa Aeroespacial (Norad) “contam uma história radicalmente diferente daquela que nos foi contada e tornada pública”. Ken disse que: “Até hoje não sabemos porque é que a Norad nos disse o que disse, estando tão longe da verdade” A maioria das questões levantadas pelas famílias das vítimas ficou sem resposta. Testemunhas importantes não foram chamadas. A Comissão apenas ouviu aqueles que subscreviam a versão do governo. A Comissão foi uma operação politicamente controlada e não uma investigação baseada em provas e acontecimentos reais. Os seus membros eram ex-políticos. Nenhum especialista foi nomeado para a Comissão.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Outro membro da comissão, o senador Max Cleland, respondeu desta forma às restrições impostas à Comissão pela Casa Branca: “Se estas decisões se mantiverem, eu, enquanto membro da Comissão, não poderei olhar nenhum americano nos olhos, especialmente os familiares das vítimas, e afirmar que a comissão teve carta branca. Esta investigação está, de agora em diante, comprometida”. Cleland preferiu demitir-se a ver a sua integridade igualmente comprometida. Para ser claro, nem Cleland nem qualquer outro membro da comissão sugeriu que o 11 de Setembro fosse um golpe montado a partir do interior do governo e destinado a promover uma agenda belicista. Porém, nem o Congresso nem os jornbalistas, pelo menos não em voz alta, por que presidente Bush não quis se apresentar à Comissão sob juramento ou sem Cheney, por que o Pentágono e os oficiais da Força Aérea mentiram à Comissão, ou, se não mentiram, por que a Comissão ficou com a impressão de que eles mentiram, ou ainda por que a Casa Branca resistiu durante tanto tempo à criação de uma qualquer Comissão de Investigação, mesmo que esta estivesse sob o seu controle. Seria legítimo pensar que, se um grupo de árabes tivesse conseguido enganar não apenas a CIA e o FBI, mas todas as 16 agências de informação americanas e todas as agências de informação dos nossos aliados, incluindo a Mossad, o Conselho Nacional de Segurança, o Departamento de Estado, a Norad, a segurança do aeroporto quatro vezes numa manhã, o controle aéreo, etc., o Presidente, o Congresso e os jornalistas gostariam de saber como foi possível que um evento tão improvável se produzisse. Pelo contrário, a Casa Branca mostrou grande resistência a que tal fosse descoberto e tanto o Congresso como os jornalistas mostraram um interesse diminuto. EM DEFESA DA VERDADE Durante a última década, foram organizadas muitas associações que apelam para que se diga a verdade sobre o 11 de Setembro. Temos os Arquitetos e Engenheiros pela Verdade do 11/9, os Bombeiros, os Pilotos, os Professores, a Associação de Memória do Edifício 7 e o Grupo de Nova York, que inclui os familiares das vítimas. Estes grupos apelam a que seja feita uma verdadeira investigação. David Ray Griffen escreveu 10 livros, fruto de uma cuidada pesquisa, documentando problemas no relatório governamental. Os cientistas notaram que o governo não tem explicação para o aço fundido. O Instituto Nacional de Normas e Tecnologia (NIST) foi forçado a admitir que o World Trade Center 7 (WTC) estava em queda livre durante parte do seu declínio e uma equipe de cientistas liderado por um professor de nano-química da Universidade de Copenhagen anunciou ter encontrado vestígios de nanomateriais intermoleculares metaestáveis [nanothermites ou NIM] na poeira dos edifícios. Larry Silverstein, locador dos edifícios do World Trade Center, disse, num programa da PBS, que a decisão de “derrubar” o edifício 7 tinha sido tomada nessa mesma tarde de 11 de Setembro. O chefe dos bombeiros disse que não foi feita nenhuma investigação forense sobre a destruição dos edifícios e que a ausência de tal investigação constituía uma violação da lei. Têm sido feitos alguns esforços no sentido de explicar algumas das provas que contradizem a versão oficial, mas a maioria dessas provas são simplesmente ignoradas. Resta que o ceticismo de diversos especialistas não parece ter tido qualquer efeito na posição do governo, para além da sugestão feita por um membro da administração Obama, segundo a qual o governo deve se infiltrar nas organizações para a verdade sobre o 11 de Setembro no sentido de as desacreditar. A prática tem sido a de estigmatizar como “teóricos da conspiração” todos os especialistas que manifestem dúvidas em relação à versão oficial. Mas, evidentemente, a própria versão do governo é uma teoria da conspiração, que se torna ainda menos crível quando nos apercebemos da extensão dos erros de informação e segurança necessários à sua verificação. As falhas sugeridas são incrivelmente extensas; no entanto, ninguém foi ainda responsabilizado. Além disso, o que têm a ganhar os 1.500 arquitetos e engenheiros em serem ridicularizados como “teóricos da conspiração”? Certamente nunca voltarão a executar nenhuma obra pública

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As cidades e as memórias

Por: Carlos Costa Artista plástico multimídia, arquiteto e colaborador bissexto desse blog. Não é preciso ter a visão dos antigos, ser um vidente das extintas civilizações primevas para desvendar o que nos trouxe dos meados do séc XVII até hoje. A cidade de hoje que já foi a de Nossa Senhora de Assunção mostra em toda a sua plenitude a face do desleixo, desmazelo e desprezo com que foi tratada nestas inumeras decadas de existência. Se não devemos imputar responsabilidades apenas aos seus dirigentes não podemos deles subtrai-las sob o risco de estarmos falseando a nossa história. Mas é essa mesma história que traz em seus tomos o relato da nossa incuria. A cidade que abrigou nossos antepassados e ainda é nosso sagrado lar há muito foi profanada também pela negligência, alienação e desleixo de quem aqui nasceu, fincou raizes, constituiu familia, abriu negocios, cresceu e multiplicou-se. No decorrer dos tempos a despeito de atos solidários e ações benfazejas de muitos, à construção e manutenção da integridade fisica desta capital outro contingente; este em maior número e a um só tempo corrosivo e mutilador, escolheu o caminho da des-memória e consequente depredação erroneamente respaldados numa equivocada leitura de modernidade-pós modernidade que gradualmente foi imposta à malha urbana e seu acervo arquitetonico. A partir destas ações bucaneiras e insensatas foi-se arrastando de roldão os redutos da natureza mais ancestral, icones de salubridade ambiental, que porisso mesmo deveriam desde o sempre, terem sido resguardados como patrimônio pessoal de cada um de nós Poderiamos ir longe neste no relato destes agravos à nossa cidade mas com isso estariamos talvez insultando a inteligência de tantos que leem estas postagem do ‘Estetica’. Sem duvida somos poucos os que compreendem e aceitam sem pejo, demonstrar seu afeto e amor por este rincão. Enquanto cidadãos e filhos desta taba de Alencar estamos preparados para lutar por sua preservação. Mesmo em menor numero que ‘as saúvas’ que consomem aos montes com insaciável agressividade não podemos esquecer a nossa vocação de guerreiros evocada na poesia de Thomaz Lopes contida em uma das estrofes do Hino do Estado do Ceará que assim; adverte, ensina e comanda: “Que importa que o teu barco seja um nada Na vastidão do oceano, Se à proa vão heróis e marinheiros. E vão no peito corações guerreiros?” [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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