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Nietzsche – Filosofia na tarde

A Fragilidade dos Valores Nietzsche ¹ Todas as coisas “boas” foram noutro tempo más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes, conserva o jus primae noctis). Os sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os “valores por excelência”; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza. A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem ao direito! O “direito” foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbio. Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto hoje nos pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: “Nada custou mais caro do que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos envaidece”. Esta mesma vaidade nos impede de considerar os períodos imensos da “moralização dos costumes” que precederam a história capital e foram a verdadeira história, a história capital e decisiva que fixou o carácter da humanidade. Então a dor passava por virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão por virtude, e o bem-estar passivo por perigo, o desejo de saber por perigo, a paz por perigo, a misericórdia por opróbio, o trabalho por vergonha, a demência por coisa divina, a conversão por imoralidade e a corrupção por coisa excelente. Friedrich Nietzsche, in ‘A Genealogia da Moral’ ¹ Friedrich Wilhelm Nietzsche – Alemanha * Weimar, Alemanha – 15 Outubro 1844 d.C + Weimar, Alemanha – 25 Agosto 1900 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Ingleses trocam literatura por Facebook e Twitter, diz pesquisa

O estudo mostra que jovens têm em SMS, e-mails e redes sociais a maior fonte de contato com leitura Os jovens britânicos estão abandonando Dickens, Shakespeare e Keats em troca do Facebook e Twitter, e um em cada seis deles passa um mês sem ler livro algum, apontou uma pesquisa. O levantamento, que envolveu entrevistas com 18.141 crianças e jovens dos oito aos 17 anos, também constatou que menos de metade dos entrevistados optam por ler livros não obrigatórios para a escola ao menos uma vez por mês. A exposição do grupo à palavra escrita deriva principalmente de mensagens de texto, e-mails e de visitas a sites de redes sociais como o Facebook e o Twitter. A pesquisa foi realizada pelo National Literacy Trust, uma organização assistencial britânica. “Fazer com que essas crianças leiam e ajudá-las a amar a leitura é uma maneira de mudar suas vidas e lhes dar novas oportunidades e aspirações”, afirmou Jonathan Douglas, o diretor da organização, em comunicado. Os alunos mais velhos mostravam “probabilidade bem superior à dos mais novos” de não terem lido qualquer livro nos 30 dias anteriores, de acordo com a pesquisa. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]A tendência que isso revela pode ter consequências significativas para jovens a caminho de se tornarem adultos. “Estamos preocupados com a possibilidade de que um em cada seis adultos venha a enfrentar problemas de leitura sérios, porque sua capacidade de ler pode ser igual ou inferior à de uma criança de 11 anos”, disse Douglas. Dadas as indicações de que a frequência de leitura apresenta correlação direta com realizações pessoais, abordagens novas são “urgentemente necessárias” para encorajar os jovens a lerem mais, afirmou a organização. A organização descreveu uma proposta do secretário da Educação britânico, Michael Gove, para que os alunos de escolas britânicas leiam 50 livros por ano na faixa dos 11 anos de idade, como “um imenso desafio”, tendo em vista as constatações da pesquisa. Alice Baghdjian/Reuters

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Um general afinado com sua época

Eis um general de Exército realista, pragmático, e que não vai além dos seus chinelos. Trata-se do novo diretor-geral do Departameto Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Jorge Ernesto Pinto Fraxe. Sabatinado, ontem, no Senado, ele prometeu uma gestão voltada para coibir irregularidades, mas foi logo admitindo não ter autoridade para estender a “faxina ética” às superintendências regionais do Dnit controladas pelo PR. O PR mandou no Dnit até Dilma dizer chega. Então anunciou que adotaria uma postura de independência diante do governo e que devolveria os cargos que ocupa. A nova postura, de fato, começou a ser ensaiada. O líder do PR na Câmara dos Deputados assinou o requerimento para a criação da CPI da Corrupção.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Quantos ao cargos… Fora os que Dilma tomou, o PR não devolveu nenhum. Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, está empenhada em trazer o PR de volta à base do governo. Se for preciso contemplar o partido com novos cargos, tudo bem. De volta à sabatina do general. Ele estaria disposto a substituir dirigentes regionais do Dnit? – Não vou dizer: “Se ele (o superintendente) não for o líder que eu quiser, vou tirar, vou isso, vou aquilo”. Seria leviano da minha parte estar fazendo aqui gracinha, dizendo um negócio desses. Se estão ali, é porque foram indicados por negociação política – respondeu Jorge Ernesto. Eis um general contemporâneo. blog do Noblat

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