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Cássia Janeiro – Versos na tarde

Chuva Cássia Janeiro ¹ Há dias em que chove dentro de mim. Não uma tempestade, Mas uma garoa fina e fria que me Toma de assalto. Nesses dias a vida sofre para viver. Nada pode ser feito, Nada agasalha a alma doída, Ao relento. É antes uma névoa que me impede A expressão, Do que a ausência do que se pode Expressar. Em dias assim eu me recolho incompleta E não me exponho ao sol, Posto que seus raios não me penetram. Em dias assim devo pensar: isso passa. Nesses dias, deixo-me chover e escoar. ¹ Cássia Janeiro * São Paulo, SP. – 1964 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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ONGS e Governo: uma promiscuidade que deve ser proibida

Da série: “Acorda Brasil”! Foi-se o tempo em que pra ficar rico na taba dos Tupinquins, só trabalhando, uma minoria, ganhando na loteria, outra minoria, ou corrupção, nessa estão sobrando beneficiados. Agora surge um esquema mais sofisticado e com aspectos filosóficos ‘pseudamente’ nobres. As ONGs. As tais Organizações não Governamentais, que são mais governamentais que os órgãos oficiais do governo, são além de um paradoxo, uma imoralidade canalha. O anárquico e baderneiro MST é uma das ONGs que apojada nas fartas tetas governamentais. A estrutura operacional dessa organização se enquadra claramente no Código Penal, na tipificação que vai desde formação de quadrilha, passando por bando, e desaguando em crime organizado — quem quiser entender desse ‘jurisdisquês’ basta ler o Art. 288 do CP. Hoje um grande negócio não são nem as ONGs em si. O filão começa no negócio lucrativo de fundar uma ONG, onde “escritórios de assessoria” dão todo o suporte para que queira montar uma, cobrando colossais valores para viabilizar essa tunga no seu, no meu, no nosso sofrido dinheirinho. O Editor Ps. ONG não tem que receber dinheiro público. Simples assim. GOVERNOS TÊM DE SER PROIBIDOS DE FAZER CONVÊNIOS COM ONGs. AS POUCAS HONESTAS SOBREVIVERÃO! Só há sem-vergonhice no país porque há sem-vergonhas a dar com pau na política e porque encontram terreno fértil para atuar, especialmente na era do lulo-petismo, já demonstrei aqui. Quando o sujeito é safado, perverte até as Santas Escrituras. Precisamos é de instituições sólidas o bastante e de limites legais que coíbam a ação dos larápios. Quando se abrem as portas aos malandras, aparecem os… malandros!!! Querem ver? Os meus leitores sabem que não morro de amores pelas tais ONGs. Sei que existem as sérias etc. e tal, mas acho essa história de “Terceiro Setor” (nem público nem privado) uma das grandes falácias do nosso tempo — e em escala internacional. São raras, muito raras, as que não evoluem para a pilantragem. Comecemos do princípio. ONG, como o nome diz, tem de ser mesmo “não-governamental”. Se faz convênio com o Estado para receber ou repassar recursos públicos, então é uma mera entidade privada contratada sem licitação. Sigamos: se a dita-cuja também não é privada, então não poderia receber, sob nenhum pretexto, recurso de empresas. Sua única fonte de financiamento deveriam ser as doações de cidadãos.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Não é o que acontece nem aqui nem lá fora. Ao contrário. Algumas das entidades mais barulhentas do ambientalismo, por exemplo, são solidamente financiadas por empresas privadas que têm interesse no conteúdo de sua militância. Já escrevi aqui um post sobre uma ONG americana chamada “Union of Concerned Scientists”, algo assim como “União dos Cientistas Preocupados”. Preocupados com o quê? Ora, com o meio ambiente. Tanto é assim que um lemazinho vem agregado ao nome: “Cidadãos e Cientistas por (em defesa de) Soluções Ambientais”. A UCS tem um aura quase divina porque nasceu no lendário MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, nos EUA. Como falar deles sem que nos ajoelhemos em sinal de reverência? Marina Silva, Alfredo Sirkis e congêneres são amigos da turma, como vocês poderão constatar numa rápida pesquisa feita no Google. A UCS tem uma excelente impressão sobre si mesma. No “About us”, diz combinar pesquisa científica com a atuação de cidadãos para que se desenvolvam soluções seguras e inovadoras em defesa de um meio ambiente mais saudável e de um mundo mais seguro. Certo! A gente acredita em tudo isso. Quem haveria de duvidar de “cientistas independentes” e de “cidadãos preocupados” que só querem o bem da humanidade? Marina, por exemplo, não duvida. O endereço da dita ONG está aqui. O que ela quer? Pois acreditem! O site da UCS publica um documento cujo título é literalmente este: “Fazendas aqui; florestas lá”. O “aqui” de lá são os EUA; o “lá” de lá são o Brasil e os demais países tropicais. Sim, o texto defende com todas as letras que o certo é o Brasil conservar as florestas, enquanto os EUA têm de cuidar da produção agrícola. O estudo tem um subtítulo: “O desmatamento tropical e a competitividade da agricultura e da madeira americanas”. Não faço como Marina Silva; não peço que vocês acreditem em mim. O documento está aqui. Quem financia a turma? Ora, os produtores rurais dos EUA! Uma das chefonas do tal estudo foi a negociadora americana para o Protocolo de Kyoto – aquele que os EUA não assinaram. Mas volto ao leito. Voltando ao leito Dei o exemplo da tal ONG dos “cientistas preocupados” para evidenciar como boa parte do onguismo internacional está mesmo metido numa guerra comercial e como, de fato, mal existe algo como um “terceiro setor”. Ou o dinheiro que financia a turma é público ou pertence a empresas e lobbies. O escândalo do Ministério do Turismo, para seguir uma rotina dos últimos tempos, tem uma ONG no meio, o tal Ibrase (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável). Aliás, coloque-se a palavra “sustentável” em qualquer picaretagem para assaltar os cofres públicos, e as chances do batedor de carteira aumentam enormemente. Políticos, partidos e lobbies são hoje os maiores criadores de ONGs aqui e lá fora. Elas são uma fachada perfeita para a contratação de serviços privados sem licitação. As ONGs se transformaram nos principais veículos de assalto ao dinheiro público. Todos os partidos, mas muito especialmente os de esquerda, recorrem a elas para, na prática, embolsar em proveito da máquina partidária o dinheiro que deveria chegar aos cidadãos. Uma equipe de repórteres deveria investigar quanto, oficialmente, os diversos ministérios do governo Lula repassaram a ONGs nos últimos quatro anos — ou nos últimos oito. Achei números de 2003 a 2007: R$ 12,6 bilhões! Trata-se de uma soma espantosa de dinheiro. Até este 2011, já com Dioma no comando, é provável que este volume tenha duplicado. Para vocês terem uma idéia, o Bolsa Família custou em 2010 pouco mais de R$ 13 bilhões; atinge direta ou indiretamente perto de 40 milhões de pessoas. Onde foi parar aquela soma fabulosa repassada às ONGs? Viraram serviço para

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Um ministro medíocre e a era Sarney

Nenhum cacique comanda a taba por mais de cem anos. Eis a esperança dos Tupiniquins. Por outro lado tempo as presas carrapateiras do literário Timbira estão fincadas em todos os setores da máquina governamental, garantindo a seus herdeiros loga vida nas tetas públicas. O Editor  Um deputado medíocre, de 82 anos, comandando um ministério, só poderia dar nisso. O único benefício é que a derrocada de Pedro Novais marca o fim da Era Sarney. A política brasileira vive uma fase surrealista, nem é preciso entrar em detalhes. Mas certas coisas eram bem previsíveis, já que a presidente Dilma Rousseff, atendendo às pressões de seu mentor Lula e da apodrecida base aliada, através de Michel Temer, conseguiu montar um dos piores ministérios já formados. Aliás, jamais na História do Brasil se viu nada igual. A nomeação do deputado Pedro Novais, por exemplo, foi uma excrescência, única e exclusivamente para agradar o senador José Sarney, que nem está mais com esse poder todo que lhe atribuem. O cacique maranhense (ou amapaense?) já completou 82 anos, está magro, trêmulo, hesitante, sente como poucos o peso da idade. Seu amigo Novais é da mesma idade, também devia descansar, deitado numa rede em São Luís, observando aquela extraordinária subida das marés e comendo uma casquinha de caranguejo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Ao invés de se recolher à insignificância que tanto merece, o deputado Pedro Novais fez essa besteira de aceitar ser ministro do Turismo, vejam só a que ponto chegamos. Agora, assiste à derrocada de sua longa carreira política com um final patético, pois nomeou uma verdadeira quadrilha para fazer o trabalho que lhe caberia, se tivesse forças e qualidades, é claro. A chamada Operação Voucher, da Polícia Federal, não indica apenas o fim de linha para Pedro Novais, mas também representa o início do desmoronamento do império político de José Sarney, que chegou à Presidência da República por acaso e está destinado a ser um nome sempre lembrado de forma negativa pelos historiadores. Novais só não foi preso por uma questão de piedade. Os policiais federais tiveram pena, esta é a realidade, já que ele não tem mesmo condições de ser chefe de uma quadrilha tão numerosa, quanto mais de ser ministro, guindado ao cargo apenas por ser compadre de Sarney. A Polícia Federal preferiu prender apenas 33 dos quadrilheiros. Daqui a mais um pouco, logo se chegará aos 40 ladrões do Ali Babá. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, disse que o atual secretário-executivo do Turismo, Frederico Costa, seu antecessor Mário Moysés, e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foram presos preventivamente, ou seja, para evitar a eliminação de provas e com prazo maior de detenção. “Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser mais robustas do que as prisões temporárias”, explicou o delegado. Por determinação da Justiça Federal, todos que foram presos preventivamente estão sendo encaminhados a Macapá, onde a investigação está centralizada. A investigação da PF começou em abril deste ano, mas a corrupção desenfreada vem de longe, e um dos presos será secretário-executivo do Ministério na gestão de Lula. No total, a Justiça expediu 38 mandados de prisão -19 temporárias e 19 preventivas-, mas até agora só 33 foram detidos, outros sete estão sendo procurados. Em Brasília, dez membros da gang foram presos preventivamente, enquanto sete estão detidos temporariamente e deverão ser soltos após prestarem depoimentos. De acordo com a investigação, a ser finalizada entre duas semanas e um mês, um dos convênios fraudados surripiou R$ 4,45 milhões do ministério e foi celebrado com o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável), no Amapá, qué a filial do império decadente de Sarney. “O dinheiro era repassado pelo ministério ao Ibrasi, que usava empresas do grupo ou fictícias. A partir desse repasses, os treinamentos não eram executados”, disse o delegado. Na casa do diretor do Ibrasi, em São Paulo, foram apreendidos R$ 610 mil, e um dos objetivos da operação era justamente buscar dinheiro vivo. A PF, contudo, disse que não informará nomes dos envolvidos nem especificará a conduta de cada um. Se esses tipos de convênios forem investigados em outros ministérios, será uma festa. Os ministros Carlos Lupi (PDT), do Trabalho, e Orlando Silva (PCdoB), do Esporte, estão com as orelhas em pé. Podem ser os próximos da lista, pois já não faltam provas contra os dois, denunciadas fartamente pela imprensa e aqui no blog da Tribuna. O mais interessante é que, acertadamente, a Polícia Federal está agindo com total independência em relação ao governo. Questionado se a presidência da República sabia com antecedência da investigação, o diretor-executivo da PF afirmou que as informações só foram repassadas após a deflagração da operação. De acordo com o delegado Paulo de Tarso, a PF é “apartidária” e tem autonomia para investigar. Esse delegado merece ser aplaudido de pé. Bravo!!!, Bravíssimo!!! Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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