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Redes Sociais: Constrangimento e Morte

O uso inadequado de ferramentas digitais está virando uma arma perigosa. Literalmente. Em alguns casos mais graves que outros. Tem matado. Menos complicado quando é de vergonha. Mas em muitos casos é tirando mesmo a vida das pessoas. Pesquisadores da Universidade de Utah (EUA) dizem que uso do celular enquanto se dirige é quase tão perigoso quanto uma pessoa alcoolizada no volante. Eles mostraram que aliar celular e direção quadruplica o risco de acidente. A isso se soma uma enxurrada de outros tipos de constrangimentos: mensagens postadas no ardor de uma insatisfação profissional ou pessoal; desabafos tornados públicos depois de uma briga; opiniões compartilhadas com o teor de doses etílicas, vazamento de dados estratégicos. O fato é que o tema merece um debate maior. Por vergonha, profissionalismo ou por amor à vida, é bom começar a prestar mais atenção nesses desdobramentos. Esta semana a imprensa mostrou um filme em que adolescentes se dividem entre dirigir o carro e enviar torpedos no celular. A sequência pavorosa que se segue ao descontrole do carro “dirigido” pela dona do celular está se tornando comum em várias estradas: carros batendo, capotando, gente quebrada, sangrando e morrendo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O Programa “Mais Você” mostrou esse vídeo chocante e abordou o tema esta semana: http://glo.bo/itCixe O alerta é vermelho. Não se trata mais só de usar a parte de voz do celular ao volante – vício mais antigo, perigoso e passível de multa – e sim de se tentar acessar conteúdos mais complexos, enviar SMS e postar nas redes sociais, preterindo a estrada. Outro exemplo recente é o patético uso que os jogadores de futebol começaram a fazer do Twitter. Historicamente mal preparados para a comunicação, na rede eles repetem o comportamento: postam desde insatisfação com o banco de reservas até rixas clubísticas que tem incendiado chefes de torcidas nas arquibancadas. E fica o pior: ajudam a aumentar o patamar da beligerância que voltou a tomar conta do clima dos jogos de futebol, com brigas violentas que são marcadas antecipadamente pelas torcidas, em comunidades nas redes sociais. Tem sido recorrente. Há também situações vexatórias que algumas instituições – e empresas – têm vivido com “acidentes” na publicação de comentários pessoais em perfis corporativos. Casos constrangedores recentes envolveram os senadores José Sarney e Aécio Neves. E, aí, danou-se. A rede não “conjuga” o verbo “apagar”. Vira manchete na rede e no offline. No âmbito privado a confusão não tem sido menor. As demissões se multiplicam por justa causa. Nos EUA chegam a 7% do total. Motivo? Vazamento de dados estratégicos. Seria diminutivo creditar esses problemas à ampliação do uso das redes sociais e do celular no país. A questão está mais no patamar da educação: em casa, institucional e corporativa. São pais permissivos com seus filhos conectados e sem limites; profissionais mal orientados pelos clubes e empresas; cidadãos que não são punidos com o necessário rigor porque usam seus lindos smartphones enquanto dirigem. São, enfim, profissionais sem preparo que são responsáveis por publicar conteúdos em redes que representam posicionamentos oficiais de empresas e instituições sérias. E que precisam zelar por sua reputação também no ambiente digital. As redes sociais e os celulares se transformaram em grandes conquistas recentes que a tecnologia trouxe para melhorar nossa vida. Transformá-los em arma de morte e constrangimento é uma estupidez e uma distorção que precisa ser debatida e tratada. Afinal, a inclusão digital é um caminho irreversível. Blog do Noblat/Risoletta Miranda é jornalista e diretora executiva da FSB PR Digital Website: http://www.fsb.com.br

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Facebook corrige bug que vazou dados pessoais de milhões de usuários

Falha no antigo sistema de autenticação, usado por dezenas de milhares de aplicativos, permitia ignorar as configurações de privacidade dos cadastrados na rede social. O Facebook permitiu o acesso a milhões de fotos, perfis e outras informações pessoais de seus usuários, devido a um bug que existe há anos e ignora as configurações de privacidade, dizem pesquisadores da Symantec. A falha, que os pesquisadores estimam ter afetado centenas de milhares de aplicações, expôs os “tokens” de acesso dos usuários para anunciantes e outros. Esses tokens são chaves usadas por aplicativos conectados ao Facebook para realizar determinadas ações em nome do usuário, como enviar mensagens para o mural ou enviar respostas a eventos. Há anos, muitos apps que usam uma antiga forma de autenticação entregam essas chaves para terceiros, dando-lhes a capacidade de acessar dados que os usuários podem ter configurado como “privadas”. Os pesquisadores da Symantec disse que o Facebook já resolveu o bug, mas alertou que os tokens já expostos ainda estão disponíveis. “Não há como estimar quantos tokens já vazaram desde o lançamento dos apps no Facebook, em 2007”, escreveu Nishant Doshi, da Symantec, no blog oficial. “Acreditamos que muitos desses tokens ainda estão disponíveis em arquivos de log dos servidores de terceiros ou ainda estão sendo usados ​​por anunciantes.”[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Leia também: “Facebook é uma terrível máquina de espionagem”, diz criador do Wikileaks Apesar de muitas dessas chaves de acesso expirarem logo após a emissão, o Facebook também fornece tokens de acesso off-line que são válidos por tempo indeterminado. Para resolver o problema, basta mudar a senha na rede social, o que imediatamente revoga todas as chaves emitidas anteriormente. A falha reside em um esquema de autenticação anterior ao lançamento de um novo padrão conhecido como OAuth2.0. Aplicativos do Facebook que empregam esse sistema antigo e usam certos códigos vão vazar os tokens em URLs que são abertas automaticamente pela ferramenta. Um porta-voz da rede social disse que não há nenhuma evidência de que o bug tenha sido explorado de forma a violar a política de privacidade, onde se lê que “Nós nunca compartilhamos suas informações pessoais com os nossos anunciantes”. O Facebook também anunciou que está revogando a antiga rotina de autenticação. Doshi disse que não há maneira de saber exatamente quantos aplicativos ou usuários do Facebook foram afetados pela falha. Ele estima que, até o mês passado, quase 100 mil aplicativos permitiam o vazamento das chaves. Ao longo dos anos, “centenas de milhares de aplicações podem inadvertidamente ter vazado milhões de tokens para terceiros.” IGG Now

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