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Martha Medeiros – Versos na tarde

Quando chegar Martha Medeiros ¹ Quando chegar aos 30 serei uma mulher de verdade nem Amélia num ninguém um belo futuro pela frente e um pouco mais de calma talvez e quando chegar aos 50 serei livre, linda e forte terei gente boa ao lado saberei um pouco mais do amor e da vida quem sabe e quando chegar aos 90 já sem força, sem futuro, sem idade vou fazer uma festa de prazer convidar todos que amei registrar tudo que sei e morrer de saudade. ¹ Martha Medeiros * Porto Alegre, RS – 20 de agosto de 1961 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Renan Calheiros e Conselho de Ética do Senado

Não há muito do que se admirar. Afinal o que esperar de um colegiado que pela “enésima” vez coloca Sarney na presidência do Congresso Nacional? Nesse poder da República acredito que não mais existe o fundo do poço. O Editor Conceito de ética Dora Kramer – O Estado de S.Paulo Seria impreciso dizer que o Senado chegou ao fundo do poço quando decidiu constituir um Conselho de Ética ao arrepio do decoro indispensável à atividade parlamentar. Isso porque o poço em que o Poder Legislativo resolveu já há algum tempo jogar sua credibilidade parece não ter fundo. Entra ano, sai ano, entra escândalo, sai escândalo, os acontecimentos bizarros não têm fim, medida nem limites. A presença de oito processados na Justiça entre os 15 titulares do conselho soa como uma contradição em termos. Agride à lógica da vida normal, mas está absolutamente de acordo com as regras do Congresso. Mais: compõe perfeitamente o cenário da degradação. Todos os integrantes do conselho destinado a zelar pela ética na Casa são tão senadores quanto qualquer outro. A partir do momento em que seus pares não impuseram reparos a condutas julgadas no passado e os eleitores lhes confiaram delegação, podem participar de todas as atividades sem restrição.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A questão não é o que Renan Calheiros, que trocou a renúncia à presidência do Senado pela absolvição em processos por quebra de decoro, ou Gim Argello, investigado pela Polícia Federal e obrigado recentemente a renunciar à relatoria do Orçamento da União por suspeita de desvios na distribuição de emendas, estão fazendo no Conselho de Ética. A pergunta correta é o que esses e outros estão fazendo no Senado e o que o Senado faz consigo ao, entre outras façanhas, reconduzir à presidência da Casa José Sarney e seu manancial de escândalos, cuja mais recente leva data de dois anos atrás. Esse episódio do conselho ganhou repercussão, é tratado como um grande problema, mas é apenas parte do infortúnio que assola o Parlamento e, em boa medida, a sociedade que não exerce ela mesma o voto limpo enquanto não se institui de vez a obrigatoriedade legal da ficha limpa: a indiferença à ética, ao conjunto de valores que disciplinam o comportamento humano como atributo essencial à vida civilizada. Pública ou privada. Embora a completa ausência de pudor, ainda que em grau apenas suficiente para a manutenção das aparências em colegiado presumidamente ético, fira os espíritos mais sensíveis, não se configura uma novidade em face da revogação geral de quaisquer valores balizadores de condutas. Em ambiente onde um senador pode roubar um gravador – como fez Roberto Requião ao surrupiar o equipamento pertencente à rádio Bandeirantes e apagar do cartão de memória uma entrevista que não lhe interessava ver divulgada – e ainda assim ser defendido pelo presidente da Casa, não há poço que seja fundo o bastante para delimitar a fronteira entre a civilidade de fachada e a selvageria total

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Twitter vai punir falastrões

Twitter vai esconder mensagens seguidas de usuários falastrões Quando um usuário falastrão publicar várias mensagens seguidas no Twitter, elas serão agrupadas em apenas um tuíte, para evitar que poluam a timeline. O recurso é semelhante a um já existente no Facebook. Quando um tuiteiro publicar uma série de posts em um curto espaço de tempo, aparecerá apenas uma mensagem e, embaixo dela, a indicação de que há mais tuítes. As outras postagens só poderão ser vistas quando se clica no link –“6 More Tweets by @nomedousuario” (mais seis tweets do usuário), por exemplo. Em fase de testes, a funcionalidade está disponível apenas para uma pequena parcela de usuários. O Twitter ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto. Veja abaixo uma imagem do recurso em funcionamento:     Rafael Capanema/Folha de S.Paulo

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José Genoino é condecorado com Medalha da Vitória

Esse tipo de atitude é que alimenta a retórica furibunda de um Jair Bolsonaro. O que mais se pode esperar da avacalhação com que são distribuídas medalhas, comendas e títulos honoríficos na taba dos Tupiniquins? Quando chegará a vez do Fernandinho Beira-Mar? Uma “medalhada” dessa só pode ser algum tipo de gozação. O Editor Mais uma afronta à cidadania: Genoino, réu no Supremo por corrupção e formação de quadrilha, é condecorado pelo ministro da Defesa e ganha a Medalha da Vitória. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa O jornalista Ricardo Setti, em seu blog, chamou atenção para um importante assunto que passou meio despercebido pela chamada grande imprensa: o fato do ex-deputado José Genoino ter sido agraciado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, com a Medalha da Vitória. Esse tipo de honraria não é para qualquer um. Vejam o que diz o decreto presidencial que criou a condecoração: “Art. 1º Fica criada a Medalha da Vitória, em reconhecimento à atuação do Brasil em defesa da liberdade e da paz mundial, em especial na II Guerra Mundial. Art. 2º A Medalha da Vitória poderá ser conferida aos militares das Forças Armadas, aos civis nacionais, aos militares e civis estrangeiros, aos policiais e bombeiros militares e às organizações militares e instituições civis nacionais que tenham contribuído para a difusão dos feitos da Força Expedicionária Brasileira durante a II Guerra Mundial, participado de conflitos internacionais na defesa dos interesses do País, integrado missões de paz, prestado serviços relevantes ou apoiado o Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais.” Por gentileza, que alguém explique onde José Genoino está enquadrado aí acima, para merecer a medalha. Como o jornalista Ricardo Setti destacou, o ex-deputado José Genoino, assessor do ministro Nelson Jobim, é réu do escândalo do mensalão, tendo sido denunciado pelo procurador-geral da República pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. A denúncia foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal e está em processo de julgamento. A nomeação de Genoino para assessor do Ministério da Defesa já foi um escárnio. Mas a condecoração é muito mais grave, é uma ofensa à cidadania, um desacato a quem realmente merece a Medalha da Vitória e nunca recebeu. Fica parecendo que as autoridades brasileiras fazem questão de tripudiar sobre o cidadão, de mostrar quem manda neste país, de exibirem poder e demonstrarem menosprezo pela opinião pública. Decididamente, não têm pudor. Aliás, Francelino Pereira, já ia esquecendo: Que país é esse? Ora, meu amigo, é o país do dólar na cueca e do corrupto condecorado. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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