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Carlos Nejar – Versos na tarde

Desassossegos Carlos Nejar ¹ Abandonei-me ao vento. Quem sou, pode explicar-te o vento que me invade. E já perdi o nome ao som da morte, ganhei um outro, livre, que me sabe quando me levantar e o corpo solte o seu despojo vão. Em toda a parte o vento há de soprar, onde não cabe a morte mais. A morte a morte explode. E os seus fragmentos caem na viração e o que ela foi na pedra se consome. Abandonei-me ao vento como um grão. Sem a opressão dos ganhos, utensílio, abandonei-me. E assim fiquei conciso, eterno. Mas o amor guardou meu nome. ¹ Luís Carlos Verzoni Nejar * Porto Alegre, RS. – 11 de Janeiro de 1939 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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