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Dora Ferreira da Silva – Versos na tarde

Valsas de Esquina de Mignone Dora Ferreira da Silva ¹ Só um pássaro e seu peso de orvalho tocando o chão como se foram teclas. Passa onde a graça ilumina a cidade de ferro subitamente atenta a essa beleza. Nos jardins teimam rosas delicadamente. Violetas africanas salpicam de ouro muros escuros e as princesas purpúreas espiam dos balcões verdes nas paredes florescidas: dançam pétalas dança a vida nos jardins contentes não termina a partitura que se repete sempre. ¹ Dora Ferreira da Silva * Conchas, SP. – 1 de julho de 1918 d.C + São Paulo, SP. – 6 de abril de 2006 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Líbia: o cinismo do bombardeio salvador

Após dividirem o Sudão – norte e sul, sendo que no sul estão as reservas de petróleo – os libertários” neocolonialista tentam destronar o ditador Kadaffi, sentado que está em “zilhões” de barris de petróleo. “E la nava va!” O Editor Delenda Kadafi: A última Guerra Neocolonial Perderam a vergonha e o senso comum. Antes justificavam a guerra como necessária para salvar civis inocentes, agora dizem que estão lutando pelo futuro da Líbia. Mas quando foi, nos últimos mil anos, que eles pensaram por um segundo nos civis e no futuro da Líbia? Agindo descaradamente como lobistas de seus aviões e outras armas ou como espertos politiqueiros de olho nas próximas eleições, Obama, Sarkozy, o pilantrinha francês, e Cameron, o cínico premiê britânico, escreveram, a seis mãos (que ridículos) um artigo que está sendo do publicado hoje na França. O título sujestivo: “Com Kadafi a Líbia não tem futuro”. O subtítulo poderia ser: O último berro de um neocolonalismo que está sendo atropelado pela História. Como já disse várias vezes, mas é bom repetir sempe, não estou aqui para defende este Kadafi, um ditador grotesco nem melhor nem pior que dúzias de tiranos que, há trinta anos, vem sendo cinicamente sustentados pelos EUA e pela Europa, na África e no Oriente Médio. Mas não posso deixar de lembrar que foi em defesa da Civilização e do futuro da África e do Oriente Médio que esta corja colonial e neocolonial vem, nos últimos 500 anos, destruindo, com método e esmero, este continente e esta região. Enfim, são canalhas para a História que não esquece nem perdoa. por: Chico Barreira blog fatos novos nova ideias

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Ministro Luiz Fux diz ser desnecessário novo plebiscito sobre desarmamento

Novo plebiscito sobre armas é desnecessário, diz Luiz Fux. Ministro do STF defende ‘solução legislativa, sem plebiscito’. Para ele, ‘povo votou errado’ em 2005 ao manter comércio de armas. O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux durante entrevista ao G1 (Foto: Débora Santos/G1) O mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse em entrevista ao G1 que não deve ser feita nova consulta popular sobre desarmamento em razão da tragédia de Realengo, no Rio de Janeiro. Defensor do desarmamento, ele avalia que o “povo votou errado” ao manter, no referendo de 2005, o comércio de armas de fogo. A proposta de novo plebiscito foi apresentada nesta semana pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo ele, o “novo contexto” após a tragédia justifica repetir a consulta. A pergunta que Sarney propõe para o novo plebiscito é a mesma de 2005: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Para Fux, que assumiu o posto de ministro do STF em março por indicação da presidente Dilma Rousseff, o desarmamento é “fundamental”, mas, para isso, não é necessário plebiscito e sim aplicar a lei e se estabelecer uma política pública de recolhimento de armas. “Não [se] entra na casa das pessoas para ver se tem dengue? Tem que ter uma maneira de entrar na casa das pessoas para desarmar a população”, afirmou ao G1. Na entrevista, o ministro também disse que considerou “lamentável” a crítica que sofreu de setores da sociedade por ter votado contra a validade da Lei da Ficha Limpa na eleição de 2010. Com o voto dele, o julgamento no STF terminou com seis votos contra e cinco a favor da aplicação da lei no ano passado. “Eu achei lamentável ter que passar por isso em razão da desinformação. Não vou negar que eu acusei o golpe”, declarou. Leia abaixo os principais trechos da entrevista. G1 – Quase dois meses depois de empossado, como o sr. se sente na posição de ministro do STF? Como lida com pressões sociais e de outros poderes? Luiz Fux – Depois de uma semana e meia, já [se] é ministro há muitos anos. O volume é tão grande que você aprende no tranco. Eu tenho me sentido muito à vontade no Supremo. Salvante os princípios-regra, [no Supremo] é um julgamento de valoração de interesses, de ponderação de valores éticos e que conferem legitimidade social à solução. No caso da união homoafetiva, você tem que sopesar o valor da família, a liberdade sexual, o princípio da não discriminação. Sobre feto anencéfalo, eu li um artigo e até guardei. Essa escritora usou uma expressão forte: será que uma mãe é obrigada a ficar realizando o funeral do seu filho durante nove meses? Eu acho que isso deveria ser uma questão plebiscitária feminina. As mulheres tinham que decidir. É um consectário [resultado] do estado democrático de direito. Não podemos julgar à luz da religião, porque o estado é laico. G1 – Como o sr. viu a tragédia de Realengo, que antes era um tipo de crime muito comum em outros países, mas inédito no Brasil? Fux – Nos Estados Unidos, tem o monitoramento de pessoas potencialmente perigosas. Hoje, com esse acesso à internet, a esses sites de redes terroristas, pessoas desequilibradas têm acesso a informações que exacerbam seu desequilíbrio. Olha essas fitas que antecederam a essa tragédia, onde esse sujeito gravou isso? É um sujeito que não podia estar solto nunca. Tinha que ter uma medida restritiva de liberdade. Será que ninguém viu isso? Porque não acharam antes isso? Esse homem não tinha um pendor para aquilo? Será que ninguém teve oportunidade de denunciar isso? É um problema que interessa à família e ao Estado também. A causa disso é o acesso que esse rapaz teve a essas redes internacionais que alimentam uma série de psicopatias. Nessa rede mundial de computadores, você tem acesso a tudo. A polícia tinha que ter, por exemplo, uma comunicação de que um sujeito acessou o site da Al Qaeda. Esse sujeito tem alguma coisa. Agora, o leite está derramado. G1 – Para o sr., o massacre de Realengo é um motivo suficientemente forte para ensejar uma nova consulta à população? Fux – Eu acho que tinha que vir uma solução legislativa, sem plebiscito mesmo. Todo mundo sabe que o desarmamento é fundamental. G1 – Mas em 2005 a maioria da população decidiu manter o livre comércio de armas. Fux – É um exemplo de defesa do povo contra o povo. Eu acho que o povo votou errado. Para que serve você se armar? Quando você se arma, pressupõe que se vive num ambiente beligerante. Muito melhor é uma sociedade solidária, harmônica. Eu acho que os políticos têm que avaliar o clima de insegurança do país. E já há o Estatuto do Desarmamento. Tem que fazer valer a lei, implementar políticas públicas no afã de desarmar a população. Não tem que consultar mais nada. O Brasil é um país que tem uma violência manifesta. Tem que aplicar essa lei e ter política pública de recolhimento de armas. Não [se] entra na casa das pessoas para ver se tem dengue? Tem que ter uma maneira de entrar na casa das pessoas para desarmar a população. G1 – O sr. tem porte de arma? Já teve arma em casa? Fux – A arma na mão de uma pessoa que tem seus instintos, fraquezas, ela vai reagir. Depois a pessoa cai em si e vê que tirou uma vida e vai sofrer para o resto da vida. São posturas que a gente tem que evitar ao invés de reprimir. Melhor do que reprimir o porte de arma, é evitar o porte de arma. [Como magistrado], eu sempre tive o porte de arma, mas nunca andei armado. Era importante ter o porte de arma, porque a gente ia sozinho para comarca do interior, não tinha cultura de segurança, mas eu não ia armado. Eu entendo que o povo tem que estar

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