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Manoel de Barros – Versos na tarde

Manoel de Barros ¹ “(…) E, aquele Que não morou nunca em seus próprios abismos Nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas Não foi marcado. Não será exposto Às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.” ¹ Manoel Wenceslau Leite de Barros * Cuiabá, MT. – 19 de Dezembro de 1916 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Influência do meio ambiente sobre o câncer pode ser maior que se pensava

Especialistas refutam antigas estimativas de que apenas 6% dos tipos de câncer estariam relacionados a exposições ambientais e ocupacionais Traços de produtos químicos comumente relacionados ao câncer estão à espreita em todos os lugares. Mas, após décadas de pesquisa, o número de pessoas realmente vitimadas por eles permanece uma incógnita. Acredita-se que o fumo e os maus hábitos alimentares respondem por 60% das mortes por câncer, a doença mais letal no mundo. E quanto ao resto? A influência do meio ambiente vem sendo debatida há três décadas por cancerologistas e epidemiologias ambientais. Segundo antigas estimativas, as exposições ambientais e ocupacionais se relacionam a apenas 6% dos óbitos. Mas a questão voltou à tona no começo de maio após a publicação de um relatório do Presidents Cancer Panel, um comitê de especialistas encarregados do Programa Nacional contra o Câncer que se reporta diretamente ao presidente. O relatório afirma que o valor da estimativa é defasado e subestimado, e, considerando que a exposição a poluentes, a genética e o estilo de vida parecem todos entrelaçados, os cientistas provavelmente jamais saberão a influência dos contaminadores ambientais sobre a doença.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “É como olhar os fios de uma teia de aranha e decidir qual é o importante”, disse o Dr. Ted Schettler, diretor da Science and Environmental Health Network, organização sem fins lucrativos que defende a aplicação da ciência às políticas ambientais. No mundo todo, desde antes do nascimento até a velhice, as pessoas se expõem a incontáveis cancerígenos por meio da comida, do ar, da água e de produtos de consumo. De acordo com o 11º Relatório sobre Cancerígenos dos Estados Unidos, os National Institutes of Health classificaram 54 compostos que causariam ao menos um tipo de câncer. As maiores exposições seriam ocupacionais e não ambientais, apesar de estas também ocorrerem. O poluente benzeno, por exemplo, comum nos gases de exaustão de veículos, é uma conhecida causa de leucemia. O radônio, gás radioativo natural encontrado em muitas casas, eleva o risco de câncer de pulmão. O arsênico, presente em algumas redes de água potável, é ligado a câncer de pele, fígado, bexiga e pulmão. Outros conhecidos cancerígenos humanos incluem asbesto, cromo hexavalente, aflatoxinas e cloreto de vinila. Desde 1981, agências e institutos citam as mesmas estimativas para avaliar fatores cancerígenos no ambiente de trabalho, no meio ambiente e nos produtos de consumo: cerca de 4% das mortes por câncer (ou 20 mil mortes por ano) poderiam ser atribuídas a exposições ocupacionais, e 2% (ou 10 mil mortes por ano), a exposições ambientais. Em seu novo relatório, o comitê indicado pelo ex-presidente George W. Bush disse que essas estimativas são “lamentavelmente defasadas”, e “o verdadeiro peso do câncer induzido pelo meio ambiente tem sido grosseiramente subestimado”. Para a American Cancer Society, essa afirmação não tem consenso científico. “Baseados em que eles dizem grosseiramente subestimado? É uma possibilidade, mas muitas hipóteses têm sido propostas. Sem prova real, não se pode afirmar nada”, argumentou o Dr. Michael Thun, vice-presidente honorário de epidemiologia e pesquisa de vigilância de risco da American Cancer Society. Segundo ele, o comitê presidencial exagera a preocupação sobre as causas ambientais, quando a melhor forma de se prevenir o câncer seria combater os maiores riscos enfrentados pelas pessoas: fumo, alimentação e sol. Já os epidemiologistas ambientais dizem que o questionamento dos números seria mera tática diversionista da American Cancers Society, que endossaria o mesmo princípio dos grupos industriais – o de que não se deve agir sem prova absoluta. Mas muitos epidemiologistas defendem o princípio da prevenção: é preciso reduzir a exposição das pessoas aos poluentes ambientais mesmo sem provas concretas dos riscos. Tentar relacionar cada produto químico a um tipo específico de câncer é uma “prática errônea” e uma “tentativa de calcular uma ficção”, diz Richard Clapp, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Boston e co-autor de resenhas sobre as causas ambientais e ocupacionais do câncer. “Por que continuar martelando o mesmo ponto, se podemos avançar e colocar outras coisas em prática?”, ele questiona. Dados da American Cancer Society indicam que, a cada ano, surgem cerca de 1,5 milhão de novos diagnósticos de câncer nos EUA, dos quais mais de meio milhão terminam em óbito. A maioria estaria ligada a fatores de estilo de vida, como fumo, alimentação e álcool. Sozinho, o fumo responderia por ao menos 30% das mortes; outro terço é atribuído a alimentação, obesidade e inatividade física. Mas são os tipos restantes – cerca de um em cada três – que esquentam a polêmica. Um relatório de 1981 dos cientistas Sir Richard Doll e Sir Richard Peto, publicado no Journal of the National Cancer Institute, avalia que 2% das mortes por câncer são atribuídas a exposições a poluentes ambientais, e 4% a exposições ocupacionais. Em 2009, essas porcentagens representaram cerca de 30 mil mortes nos EUA. “Se você considerar o número de mortes por dia, elas equivalem a um desastre aéreo que mereceria manchetes nacionais”, disse Clapp. Escrito por Brett Israel Fonte: Scientific American

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Bolsonaro: mais para oportunista eleitoreiro que racista

Na taba dos Tupiniquins cada vez mais as pessoa são julgadas pelo que dizem e não pelo que fazem. Volto a constatar que no Brasil, também cada vez mais, a fama precede a virtude. Considerando que o escatológico e furibundo Enéas foi, até hoje, o maior campeão de votos para a câmara federal, fica patente que o que dá votos é dizer, bobagens, coisas polêmicas ou que chamam a atenção. Assim, concluo que o deputado Jair Bolsonaro não seja um racista, nem tão pouco um idiota. Vejo-o como um oportunista. Um Tiririca menos ingênuo. Ambos populistas. Ambos exercendo o direito constitucional da liberdade de expressão. Gostemos ou não. Suas (dele) declarações escatológicas e insanas irão atrair “um caminhão” de votos da turma da extrema direita, dos racistas e outros que vivem de alimentar o ódio contra diferenças. O ex-capitão Bolsonaro, “sabidamente”, está ocupando um vazio na direita mais xenófoba brasileira. Cada país tem o Jean-Marie Le Pen que merece. O Editor PS. Não concordo com o que o sujeito diz, mas deixem o Deputado Bolsonaro falar. Para que ele entenda como somente em uma democracia ele pode falar o que pensa. Fosse em uma ditadura, regime aliás, que o deputado tanto louva, ele já estaria “hospedado” nos porões da repressão. Querer cassá-lo é uma violência. Liberdade de Expressão é cláusula pétrea da Constituição. Aliás, a verborréia de Jair Bolsonaro é até pedagógica para que as novas gerações conheçam que tipo de mentalidade era dominante nos anos de repressão no Brasil. Bolsonaro, Tiririca e o discurso ambíguo das esquerdas. Há, desde logo, um ponto em comum entre Tiririca e Bolsonaro: o estigma. Bolas da vez da mídia e dos “formadores de opinião”, estão sendo caçados assim como em algum momento Maluf e Sarney o foram, o que não impediu que eles estejam aí, firmes e fortes. No momento, os “politicamente corretos” só têm olhos e munição para o “palhaço” e para o “fascistão”. O problema é que esses nossos inquisidores modernos são mais políticos do que corretos e, donos da verdade, estabeleceram uma espécie de código parecido com o das boas maneiras de antigamente: isso pode , isso não pode. Parece que essa Ditadura Politicamente Correta surgiu nos EUA (anos 80) onde intelectuais de esquerda (liberais) fizeram um index das princípios posições ou manifestações retrógradas da Direita Republicana cada vez mais envolvida com um fascismo implícito, misturado com negociatas e um fanatismo religioso (fundamentalista) da pior espécie. O resultado disso tudo é que, na falta do inimigo comunista visível para combater, os EUA continam agindo como Polícia do Mundo e um presidente negro e democrata usa a DPV ( Ditadura Politicamente Correta) para agredir militarmente a nação que bem entender. É claro, portanto, que não concordo com o enfoque que está sendo dado aos casos Tiririca e Bolsonaro. Talvez eu esteja sendo rigoroso demais com nossos bons PCs (Polticamente Corretos). Acontece que eles recorrem demasiado aos clichês. E tenho ugeriza ao clichê, esta arma predileta dos ignorates, dos preguiçoso e dos hipócritas. O fato é que tudo fica na superfície dos fatos. Mas vamos adiante. O Tiririca sofreu um ataque inicial, desferido por preconceituosos e presunsosos “educadores” que se indignaram com o fato de ele ter sido indicado para a Comissão de Educação e Cultura da Câmara, sem notarem que a arte circense é uma importante manifetação cultural. Atualmente ele está sendo alvo de novas investidas a partir da mídia hipócrita e de alguns colegas santarrões, só porque ele fez rigorosmente o que todos (eu disse todos) os outros parlamentres fazem: nomear assessores para cargos de confiaça, sem fixação de horas diárias trabalho. É como se o palhaço não pudesse ter acesso às espertezas do resto da curriola. Quanto a Bolsonaro, os PCs já escancararm quase tudo. Só ainda não disseram que um sujeito que usa uma peruca como a dele não pode ser normal e que, no fundo, ele tem ódio de negros e homossexuais porque teme ou suspeita seus filhos sintam atração por eles. São explicações fáceis de encontrar em qualquer manual de vulgarização dos conceitos freudianos. Mas falvez não seja politicamente correto dizer essas coisas. Entretanto, o que realmente está pegando é que as esquerdas do PT e o PSOL, por exemplo, estão tratando estes episódios de forma enviezada, quase leviana. Parece que todos querem apenas pegar carona para exibir seu bom-mocismo, suas posições politicamente corretas. Ningúem toca no fundo das questões. No caso do Tiririca, o enfoque é meramentetne moralista. O líderes mais midiáticos do PSOL viram-se, dedo em riste, para o palhaço, bem à moda da velha UDN que, na sua origem, coabitava, com os socialistas, a antiga Esquerda Democrática. Tiririca (e aqui falo do fenômeno político e não do deputado ou do palhaço profissional) provavelmente não repetirá, em 2014, a votação do ano passado. Sua eleição deu sequência a um hábito arraigado do eleitorado paulista e que remonta ao Macaco Tião e ao Cacareco. Trata-se de um modo debochado (mais alienado que debochado) de manifestar um eventual protesto ou, simplesmente, um jeito estranho de não respeitar o próprio voto. Já em relação ao Bolsonaro, é necessário dizer claramente que ele não destoa muito do pensamento e do sentimento que permeia parte de uma sociedade que rapidamente se torna preponderantemente de classe média. Aliás, de classe média baixa, de recente ascensão social e que vai adquirindo, como que por atavismo, as caracterísicas ideológicas clássicas da chamada pequena burguesa: egoísta, inconsequente, preconceituosa e isensivel à solidariedade de classe. Para completar, parece sentir atração irresitível pelas seitas fundamentalistas que oferecem curas individuais no lugar das sociais e reinauguram o obscurantismo na modernidade. Este é o resultado inexorável da inclusão paternalista, concentida sem a mobilização e a decorrente conscientização social, o que conduz à irrelevância das ideologias. De outra parte, não se pode ignorar, também, que Bolsonaro, com seu discurso grotesco, interpreta um forte e persistente sentimento no interior das Forças Armadas. É impossível determinar o grau e a extensão desse posicionamento corportivo, mas também político e ieológico. É certo,

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