Arquivo

Maria Tereza Horta – Versos na tarde

Poema sobre a recusa Maria Tereza Horta ¹ Como é possível perder-te sem nunca te ter achado nem na polpa dos meus dedos se ter formado o afago sem termos sido a cidade nem termos rasgado pedras sem descobrirmos a cor nem o interior da erva. Como é possível perder-te sem nunca te ter achado minha raiva de ternura meu ódio de conhecer-te minha alegria profunda ¹ Maria Teresa Mascarenhas Horta * Lisboa, Portugal – 20 de Maio de 1937 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Morre o ex-Vice-presidente da República José Alencar

Faleceu agora a pouco em São Paulo, onde se encontrava internado no Hospital Sírio Libanês, o ex-vice-presidente da República José Alencar. José Alencar faleceu vítima de um câncer contra o qual lutava havia 13 anos. -> biografia de José Alencar [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Ipad: a sua banca particular de revistas e jornais

Numa manhã qualquer de 1967, o compositor Caetano Veloso reparou que o sol nas bancas de revista o enchia de alegria e preguiça. Perplexo, perguntou-se: quem lia tanta notícia? E fez a entusiasmada “Alegria, alegria”, hino do tropicalismo. Décadas depois, se a preguiça ainda for a mesma, agora Caetano não precisa nem mais descer à rua para comprar suas publicações preferidas e ler sobre o equivalente atual dos crimes, espaçonaves, guerrilhas e cardinales bonitas daquela época efervescente. A tradicional banca da esquina ficou ao alcance dos dedos, literalmente, na tela do Ipad, uma das traquitanas eletrônicas mais em evidência no momento. Menos de um ano depois do lançamento do aparelho nos Estados Unidos, as estantes digitais brasileiras já trazem uma oferta bem variada de títulos, a começar pelas revistas semanais de informação (Veja, Época, Istoé) e econômicas (Exame, Época Negócios, Istoé Dinheiro). Já há representantes das masculinas (Alfa, Auto Esporte) e das femininas (Elle, Casa Cláudia). Cintilam as fofocas de celebridades da Caras. Encontram-se hoje também vários dentre os jornais de maior circulação nacional. Exemplos: O Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico, Brasil Econômico, Estado de Minas, Zero Hora e Correio Braziliense.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Em todos, o denominador comum é a beleza gráfica. Na tela luminosa do Ipad, as fotos ficaram muito mais impactantes que na versão impressa tradicional. Ganharam em colorido e definição. Houve também valorização dos infográficos, que começam a ganhar animação e movimento, o que obviamente não acontecia na edição em papel. O contraste do texto preto em letras maiores sobre a tela branca facilita a leitura. Outra vantagem vem do próprio atributo portátil do Ipad. O usuário pode carregar seus jornais e revistas dentro da mochila ou da bolsa de maneira muito mais prática. A utilização do potencial multimídia do Ipad pelas publicações ainda se encontra numa etapa inicial. Em algumas delas, é possível acessar um vídeo relacionado ao tema da reportagem ou ouvir trechos da gravação feita com um entrevistado. Ou ainda, acompanhar atualizações de um assunto ao longo do dia ou da semana, em acréscimos feitos em paralelo às edições originais. O que evoluirá desse cenário só Deus sabe, mas, certamente, surgirá uma publicação digital muito diferente de tudo aquilo que você está acostumado a folhear. No estágio atual, várias dessas publicações deixaram de ser uma mera reprodução em fac-símile de seus produtos originais. Buscam-se caminhos para se adequar às possibilidades de navegação do tablet, nome genérico da categoria eletrônica da qual o Ipad faz parte. Pioneira entre as revistas no lançamento de versão para Ipad, a Época traz duas opções para leitura, seguindo as opções do aparelho. O horizontal é melhor para a exibição de galerias de fotos, gráficos interativos e vídeos. O vertical privilegia a leitura dos textos, sem interrupções ou conteúdos que desviem a atenção do leitor. A navegação se faz deslizando-se o dedo para cima ou para os lados. Há barras nas bordas superior e inferior que permitem acesso ao índice do exemplar em exibição ou edições anteriores. Setas avançam ou recuam o conteúdo, página a página, as quais podem também ser passadas rapidamente, exibindo-se na tela suas miniaturas. A Editora Abril traz um desenho elegante para vários de seus títulos. A Veja, por exemplo, passou do formato de três para duas colunas (horizontal) ou para uma coluna (vertical). Mantêm-se as referências gráficas da versão em papel, mas cada reportagem ou seção aparece com diagramação própria. Cada nota da seção Gente, por exemplo, ocupa uma página do tablet. Com atuação no mesmo segmento das revistas, a Editora Europa colocou à disposição seu leque variado de títulos, como Fotografe e Viaje Mais. A Folha de S.Paulo exibe sua edição diária de mais de 200 textos. A página de introdução traz a manchete principal, seguida de faixas correspondentes aos cadernos do veículo. Há ligeiras diferenças entre o impresso e o digital, como em alguns títulos. O jornal conseguiu introduzir tijolinhos de anúncio nas páginas, incorporados ao design sem agressividade. À versão matutina, somam-se três atualizações diárias. Em meio a esse movimento, surgiu a primeira publicação nacional concebida para o Ipad. É a Brasil247, inspirada no americano The Daily, de Rupert Murdoch. A produção cabe a uma equipe de 20 pessoas, entre redação e comercial. O número do título quer dizer 24 horas por 7 dias na semana – cobertura sem interrupção, portanto. por: Flamínio Fantini, jornalista blog do Noblat

Leia mais »

Guerra cibernética

Quando bits viram mísseis Países preparam-se para a guerra cibernética, em que ataques são lançados por crackers, como os que defenderam o WikiLeaks. Em 2010, a guerra mudou. Milhares de pessoas poderiam ter morrido em ataques aéreos e terrestres se um grupo de países liderado pelos Estados Unidos tivesse invadido o Irã. Havia o temor de que o programa nuclear defendido pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad servisse de fachada para o desenvolvimento de uma bomba atômica. Em vez de bombardear importantes centros de pesquisa como a usina de Natanz, usou-se um vírus para contaminar equipamentos. O Stuxnet dominou controladores eletrônicos da Siemens e danificou fisicamente parte das centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas. Foi também no ano passado que os protestos digitais ganharam características semelhantes às de uma guerrilha. Em vez de optar pelo pacifismo dos abaixo- assinados virtuais, internautas se mobilizaram para tirar do ar sites de cinco empresas. O grupo Anônimos coordenou uma ação em escala inédita, com a justificativa de defender a liberdade de expressão. Seus integrantes lançaram ataques de negação de serviço contra Amazon, PayPal, Visa, Mastercard e o banco suíço PostFinance. As companhias sofreram represália por terem negado hospedagem, bloqueado recursos financeiros ou vetado doações para o WikiLeaks, o serviço responsável pelo vazamento de mais de 250 000 documentos diplomáticos americanos. O site do WikiLeaks também acabou sendo derrubado por um ataque de origem desconhecida, mas os ativistas do Anônimos conseguiram colocá-lo no ar novamente e espelhá-lo centenas de vezes pela web.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A escalada de ações violentas nos meios digitais marca o início da guerra cibernética ou ciberguerra. Tanto os criadores do Stuxnet como os integrantes do grupo Anônimos foram bem-sucedidos. Além de terem provocado danos significativos, conseguiram manter sua identidade sob sigilo e seus alvos não tiveram como se defender. O Stuxnet foi mais eficiente do que uma mobilização militar tradicional e os ataques do Anônimos tiveram mais resultado do que um protesto online. Ações semelhantes têm ocorrido desde os anos 90, mas, em 2010, a frequência aumentou e o grau de sofisticação, também. Batalhas pela web As operações militares não estão sendo deixadas de lado. Os meios digitais e a web é que passaram a integrar o campo de batalha. “Ainda não estamos no meio de uma guerra cibernética global, mas percebemos uma capacidade crescente de criar ações violentas com potencial cada vez mais destrutivo”, afirma James Hendler, professor do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, e excientista- chefe da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa do Pentágono (Darpa). “Tenho esperança de que isso será contido. Mas tenho medo de não conseguirmos.” O tema é controverso. Para alguns especialistas, a guerra cibernética já ocorre em escala global, de forma pouco visível. Tentativas de invasão de sistemas estratégicos são cada vez mais comuns, e suspeita-se que os responsáveis trabalhem para países adversários. “O ciberespaço é disputado todo dia, toda hora, todo minuto, todo segundo”, disse o inglês Iain Lobban, diretor do Quartel- General de Comunicações do Governo (GCHQ), uma agência de inteligência britânica, durante uma palestra em outubro. Muitos dos crackers por trás dessas ações buscam dados confidenciais. Há também quem defenda que a ciberguerra não ocorre a todo momento, mas em situações pontuais. O conflito virtual entre Rússia e Estônia, em 2007, é classificado como a primeira guerra cibernética. “Ataques coordenados tiveram como alvo órgãos do governo, atingindo a infraestrutura de rede, serviços públicos e instituições”, diz o estoniano Linnar Viik, do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia. Tudo começou por causa da mudança de lugar de um monumento, o Soldado de Bronze de Tallinn. A estátua homenageia soldados soviéticos mortos na Segunda Guerra Mundial. De acordo com Viik, os ataques à Estônia dispararam um alerta para governos e organizações militares ao redor do planeta. “Todos passaram a reconsiderar a importância da segurança das redes para a doutrina militar moderna”, afirma. A partir daí, outros confrontos ocorreram. Em setembro de 2007, por exemplo, Israel lançou um ataque aéreo contra a Síria. Estranhamente, os aviões israelenses não foram detectados pelos radares. Suspeita-se que um programa de computador tenha ajudado a ocultar as aeronaves, mas nada ficou comprovado. “A maior diferença entre a guerra física e a cibernética é que, no mundo real, conseguimos dizer quem foi o autor de um ataque”, diz o professor Hendler. Inimigos invisíveis Descobrir o responsável por uma ação cibernética de guerra é muito complicado. “Pelo objetivo, você pode tentar deduzir quem seria o atacante”, diz Sandro Süffert, diretor de tecnologia da Techbiz Forense Digital, empresa especializada em cibersegurança. “Mas em uma guerra cibernética, um país pode até se passar por outro.” No mínimo 20 perguntas devem ser respondidas por quem procura definir a identidade de um agressor online. Um acordo internacional poderia criar uma metodologia padronizada. Embora a ameaça seja real, poucos começaram a se preparar para a ciberguerra. Nos Estados Unidos, começou a funcionar, em maio, uma divisão das Forças Armadas dedicada a esses confrontos, o USCYBERCOM. Entre os países que adotaram ações parecidas ou que planejam criar áreas especializadas estão Inglaterra, Alemanha, China, Israel, Rússia, Índia, Coreia do Norte e Irã. Muitos foram alvo de crackers ou são suspeitos de ter feito ataques. No Brasil, o Exército criou, em fevereiro de 2009, o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica (CCOMGEX) e, em agosto de 2010, o Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber). Dentro de alguns meses, um grupo de três a dez militares receberá um treinamento de uma semana em Bilbao, na Espanha, nos laboratórios da Panda Security. “Serão apresentados as ameaças que existem, como funcionam, de onde partem e o modo como são construídas. Também mostraremos nossas ferramentas forenses não-comercializadas”, afirma Eduardo D’Antona, diretor corporativo e de TI da Panda Security Brasil. O Exército evita dar detalhes sobre suas ações contra ciberguerra por motivo de segurança. A experiência com a Panda é apenas uma dentre várias medidas. “Iniciativas semelhantes estão sendo empreendidas com uma empresa nacional, cujo nome preferimos não divulgar”, diz o general Antonino dos Santos Guerra Neto,

Leia mais »

Horácio – Frase do dia

“Muitos heróis viveram antes de Agamenon, mas todos estão mortos, enterrados, desconhecidos porque lhes faltou entre os soldados um poeta.” Horácio

Leia mais »