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Leila Mícollis – Versos na tarde

A seco Leila Míccolis ¹ Tem coisas que a gente só diz de porre se não o outro corre; mas passada a bebedeira, a gente acha que fez besteira, não devia ter falado, que se expôs adoidado, à toa e foi tolice. Finge-se então que se esquece o que disse, culpa-se a carência, a demência, a embriaguez responsáveis por tamanha estupidez. E é aceitando este estranho cabedal que quando se volta ao “estado normal”, cada vez mais sós, na defensiva, corroídos morremos de cirrose… afetiva. Leila Míccolis * Rio de Janeiro, RJ. d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Piso salarial dos professores será julgado hoje pelo STF

STF julga nesta 5ª ação contra ‘piso’ dos professores. STF incluiu na pauta da sessão desta quinta (18) a ação que questiona a constitucionalidade da lei que criou o piso salarial dos professores. Sancionada por Lula em 2008, a lei leva o número 11.738. Fixa o valor da menor remuneração dos professores da rede pública em todo o país. Há dois anos, o piso era de R$ 950. Hoje, vale R$ 1.187,97. Escorados na pendência judicial aberta no Supremo, vários Estados se esquivam de pagar. São signatários da petição protocolada no STF cinco Estados: Mato Grosso do Sul, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Alegam que os Estados dispõe de autonomia para legislar sobre a matéria. Questionam, além do piso, a redistribuição da carga horária dos professores. Pela lei, os docentes passam a dispor de até um terço de sua carga horária para atividades extra-classe –correção de provas e preparação das aulas, por exemplo. Os Estados dizem que a novidade impõe a contratação de novos professores. E não haveria disponibilidade orçamentária para cobrir os custos. Em texto levado à sua página na web, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) celebra a chegada do julgamento do STF. A entidade refere-se aos governadores que assinam a ação como “inimigos da educação” e “traidories da escola pública”. Anota que, se a decisão do Supremo for favorável aos professores, “a educação pública ganhará importante reforço para elevar sua qualidade a médio prazo”. Na hipótese de um resultado adverso, a CNTE informa que mobilizará os seus sindicatos. Vai pressionar o Congresso para que aprove. blog Josias de Souza

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Oposição em desespero: PSDB,DEM e PPS planejam fusão

Vai daqui uma sugestão para esse novo partido: Arena! Para outros, menos irônicos e mais ácidos, não há nada de estranho em tal união, pois afinal todos são farinha do mesmo saco. Fica a sensação surrealista de um náufrago cedendo o salva-vidas para outro que está se afogando. Ao PSDB resta reconhecer que é o partido do bem, e que os demais partidos são, ou eram, do mal. Os partidos envolvidos na provável fusão abrigam, com as exceções de praxe, as mais desalentadoras e autoritárias do universo político da taba dos Tupiniquins. O Editor Partidos: Movimento deve ser posto em curso depois de 2012 sob a liderança de Aécio O Democratas elegeu ontem presidente o senador José Agripino Maia (RN), no que pode ter sido uma das últimas convenções nacionais do partido, cujas origens remontam à antiga Arena do regime militar. A data-chave do DEM é a eleição municipal de 2012, após a qual a oposição deve abrir uma discussão sobre a fusão dos três partidos – além do Democratas, o PSDB e o PPS já conversam discretamente sobre o assunto, nos bastidores. O que se espera, entre os demistas, é que o senador tucano Aécio Neves, o mais provável candidato do PSDB em 2014, assuma o comando dessas articulações.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Embora a tendência seja o DEM atar seu projeto político ao de Aécio, outros atores tucanos ajudaram na recomposição e trégua provisória do partido, dividido entre as alas do ex-presidente da sigla Jorge Bornhausen (SC) e do até ontem presidente, Rodrigo Maia (RJ). O principal deles foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que atuou para desestimular deputados estaduais e federais do Democratas e estaduais do PPS a deixar seus partidos para seguir o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, na fundação de um novo partido (PDB). José Serra também ajudou, para tentar evitar que Kassab desencadeasse a ruptura no DEM. Aliado de Bornhausen, Kassab foi o grande ausente na convenção de ontem, reforçando a impressão de que sua saída do DEM é iminente. Externamente, os dirigentes do DEM afirmam que a fase mais aguda da crise que atinge o partido está superada. Em termos. Ao tornar públicas suas conversas com o governador Eduardo Campos (PE) sobre a fusão do novo partido que planeja criar com o PSB – uma espécie de partido “janela”-, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, praticamente inviabilizou a adesão de figurões como Jorge Bornhausen (SC), Kátia Abreu (TO), e do ex-senador Marco Maciel, que é adversário de Campos em Pernambuco. Todos estiveram presentes ontem à convenção. O risco, no entanto, não passou e a avaliação do DEM é que vai perder quadros para o partido de Kassab – se for efetivamente um partido e não apenas um instrumento de passagem para outra legenda – em função das situações locais, além do adesismo governista. Um exemplo: em Goiânia, o senador Demóstenes Torres é candidato a prefeito, mas quem domina a máquina partidária é o deputado Ronaldo Caiado, seu adversário. O problema afeta outros partidos, inclusive o PT (o deputado João Paulo, do Recife, é um exemplo). É nesse quadro que o partido de Kassab pode levar vantagem. O maior trunfo do Democratas é o tempo de televisão, o que uma legenda nova como seria a do prefeito de São Paulo não terá – só o tempo dos parceiros nas coligações ou do partido ao qual se fundir, como o PSB. Além do tempo de TV, também o fundo partidário permanece integralmente com o DEM. São com esses recursos e tempo de televisão no horário eleitoral gratuito que o DEM esperar obter o melhor resultado possível nas eleições municipais de 2012, a fim de entrar nas discussões sobre a sucessão presidencial com algum peso. Evidentemente, se o partido obtiver um resultado excepcional, o que não é esperado, a discussão sobre a fusão com os outros dois atuais partidos da oposição deve ser revista. A fusão também embute um outro risco, que depende da conjuntura pós eleitoral de 2012: se o governo Dilma Rousseff estiver muito bem avaliado, na ocasião, a tendência é que a oposição perca para o governo congressistas que não concordarem com a unificação (é uma justificativa aceita pela legislação eleitoral para a troca de partido). Em avaliações feitas no Democratas, no mapa a fusão seria um excelente negócio para PSDB e DEM: os partidos são complementares, onde um é fraco, outro é forte ou ainda mantém alguma estrutura capaz de sustentar um partido viável no plano estadual. Por exemplo, o PSDB é fraco no Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, todos Estados onde o Democratas é mais forte que o parceiro de oposição ao governo do PT. Em fase de reorganização e sem nomes à Presidência, outra avaliação corrente no DEM é que os polos de poder no país, no momento, são PT e PSDB. Logo, seja por meio da fusão ou de aliança, a tendência do partido em 2014 é novamente ficar com os tucanos na disputa presidencial, provavelmente com Aécio Neves. Os demistas, no entanto, reclamam da passividade até agora demonstrada pelo senador mineiro, mesmo reconhecendo que ainda não se passaram 90 dias de governo. Agripino foi eleito com apoio dos dois grupos divergentes do partido, numa tentativa de unir a legenda. Uma de suas tarefas é tentar evitar uma debandada de demistas com Kassab. Uma das armas é a ameaça de recorrer à Justiça para recuperar o mandato dos infiéis. Para isso, demistas têm pareceres jurídicos atestando que quem sai de um partido só pode se beneficiar da exceção à regra da fidelidade partidária se assinar o ato de fundação. No início, as notícias referiam-se à possibilidade de 70 prefeitos, 20 deputados, uma senadora e os dois governadores do partido o acompanharem. Agora, essa contabilidade caiu para menos de dez no caso dos deputados. E a senadora Kátia Abreu diz que, por enquanto, fica, dando um “voto de confiança” em Agripino. Os dois governadores – Rosalba Ciarlini (RN)

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