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Marina Colasanti – Versos na tarde

Frutos e flores Maria Colasanti ¹ Meu amado me diz que sou como maçã cortada ao meio. As sementes eu tenho é bem verdade. E a simetria das curvas Tive um certo rubor na pele lisa que não sei se ainda tenho. Mas se em abril floresce a macieira eu maçã feita e pra lá de madura ainda me desdobro em brancas flores cada vez que sua faca me traspassa ¹ Marina Colasanti * Asmara, Etiópia – 26 de Setembro de 1937 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Sites de notícias lucram mais que jornais nos EUA, diz estudo

A internet cada vez mais incomoda a receita dos grandes grupos de mídia impressa. O jornal de papel, como conhecemos, parece estar com os dias contados. A média diária de exemplares vendidos nos EUA caiu de 62 milhões a 49 milhões desde que há 15 anos a Internet foi se tornando acessível a todos. O ex-diretor de redação do Washington Post, hoje a cargo de investigar fórmulas digitais para reinventar o negócio do jornalismo, destaca o grande paradoxo que atravessa a imprensa mundial: “Vivemos uma época horrível para os jornais, mas uma idade de ouro para o jornalismo. Os sítios da Internet dos grandes jornais diários registram um enorme crescimento do numero de leitores”. O Editor Leitores já preferem a internet, que vem ganhando espaço rapidamente, segundo o instituto de pesquisa de mídia Pew Research Center. Pela primeira vez, mais norte-americanos estão lendo notícias na Internet do que em jornais impressos. Com maior audiência, os veículos online também tiveram receita publicitária superior aos resultados dos jornais online nos Estados Unidos em 2010. As afirmações são do estudo “State of the News Media”, elaborado pelo instituto de pesquisa Pew Research Center, que analisa tendências mundiais da mídia. Entre os norte-americanos entrevistados, 46% disseram que preferem ler notícias em sites de Internet, enquanto 40% afirmam que têm preferência pelo jornal impresso. “As pessoas estão gastando mais tempo com a notícia do que nunca. Mas quando se trata da plataforma de leitura, a web está ganhando terreno rapidamente, enquanto outros setores estão perdendo”, diz o estudo, que está na oitava edição. Veja também: * Venda da “Newsweek” encerra uma era * Crise acentua problemas estruturais dos jornais impressos * Em ano de PIB recorde, circulação de jornais cresce 1,5% * Procura por notícias na internet cresce 67% nos EUA * AOL compra “The Huffington Post” Acompanhando a tendência, a receita publicitária de jornais impressos caiu 6,4% nos Estados Unidos em 2010, passando a US$ 22,8 bilhões (R$ 38,2 bilhões). Nos últimos quatro anos, a queda foi de 46%. Enquanto isso, o faturamento com publicidade dos sites de notícias cresceu 13,9% no ano passado e atingiu US$ 25,8 bilhões (R$ 43,2 bilhões). “Pela primeira vez, mais dinheiro foi gasto com publicidade online do que com propagandas no jornal impresso”, diz o Pew Research Center. “Enquanto menos norte-americanos estão lendo jornais impressos, mais estão usando celulares e computadores em formato tablet, como o iPad, para obter notícias e informações locais.” Segundo o estudo, a circulação dos impressos caiu 5% nos dias da semana e 4,5% aos domingos. A estimativa dos pesquisadores é que as receitas dos jornais fiquem estáveis ou caiam ligeiramente em 2010, depois de terem tido uma queda de 10% de 2003 a 2009. Os pesquisadores também preveem o corte de empregos nos jornais impressos. “Esperamos uma perda de cerca de 1.100 a 1.500 pessoas, ou 3% a 4% do total.” Enquanto isso, os veículos online estão contratando funcionários, segundo o estudo, que cita os sites AOL, Yahoo! e “The Huffington Post”, que foi comprado pela AOL por US$ 315 milhões (R$ 528 milhões). fonte: IG

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Usinas Nucleares e segurança

Uma questão de segurança O debate sobre construir maciçamente usinas nucleares no Brasil é complexo, mas tem uma preliminar. Um país onde qualquer chuva mais forte em certas regiões é sinônimo de mortes em profusão tem providências anteriores a adotar O impressionante terremoto no Japão e a consequência para os equipamentos nucleares daquele país vão provocar reflexões adicionais sobre o programa nuclear brasileiro. A energia nuclear para fins pacíficos é essencial, e nenhum país deve ser impedido de acesso à tecnologia, nas condições impostas pela necessidade de evitar a proliferação bélica. No nosso caso a questão é bem central para a estratégia de abastecimento de energia. Nosso maior potencial de energia limpa, ainda inexplorada, está na Amazônia. Mas a construção de usinas hidroelétricas no norte do país enfrenta dura resistência ambiental.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O governo tem lutado e buscado avançar, mas o exemplo de Belo Monte mostra que as dificuldades tendem a crescer. Desde a crise de abastecimento no começo da década passada os governos brasileiros recorrem à termoleletricidade. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso, na origem do problema, e foi também assim com Luiz Inácio Lula da Silva, administração em que o ramo estava a cargo da hoje presidente Dilma Rousseff. Termoeletricidade no Brasil é um contrassenso, principalmente por queimar combustíveis fósseis. Mais ou menos poluentes, são todos mais prejudiciais ao meio ambiente do que, por exemplo, a hidroeletricidade. As pressões sociais têm imposto restrições ao tamanho dos reservatórios das hidroelétricas, para adaptá-las a critérios de correção ambiental e social. Certas fontes, como solar e eólica (ventos), ainda não demonstraram capacidade de suprir a demanda, então uma alternativa bastante discutida nos últimos anos é a nuclear. Que enfrenta também forte resistência dos ambientalistas, notadamente pelo desafio de armazenar em segurança o lixo atômico. O terremoto/tsunami japonês coloca, para nós aqui, um ponto adicional no debate. A preliminar de qualquer decisão é a existir uma defesa civil eficiente, provada e que consiga a confiança da sociedade. Tenho sido favorável à construção de usinas nucleares no Brasil, pois parece haver algo de obscurantismo na rejeição pura e simples de uma tecnologia. Nos transgênicos o Brasil superou o desafio, com resultados benéficos para nossa agricultura. Uma decisão adotada lá atras e que agora mostra plena utilidade, nesta era de crescente demanda por alimentos. O problema não está nas tecnologias, mas na capacidade de usá-las de modo ambiental e socialmente responsável. As recentes chuvas no Rio de Janeiro exibiram o total despreparo e irresponsabilidade das autoridades daquele estado e da maioria dos municípios atingidos. Revelou-se também que um plano federal para prevenir consequências de desastres vinha dormindo havia anos na gaveta. O grande número de mortes não teve maiores consequências políticas, pois ali a mão federal e a estadual se lavaram mutuamente. Afinal são aliados. Agora temos a promessa de que, finalmente, vai acontecer. Vamos ter um bom sistema de alerta. Dados os antecedentes, a sociedade tem o direito de desconfiar. Os governos, em primeiro lugar o federal, precisam mostrar serviço. Para só depois pedir crédito de confiança. O debate sobre construir maciçamente usinas nucleares é complexo, mas tem uma preliminar. Um país onde qualquer chuva mais forte em certas regiões é sinônimo de mortes em profusão tem providências anteriores a adotar. blog do Alon

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