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Adalgisa Nery – Versos na tarde

Repouso Adalgisa Nery ¹ Dá-me tua mão E eu te levarei aos campos musicados pela canção das colheitas Cheguemos antes que os pássaros nos disputem os frutos, Antes que os insetos se alimentem das folhas entreabertas. Dá-me tua mão E eu te levarei a gozar a alegria do solo agradecido, Te darei por leito a terra amiga E repousarei tua cabeça envelhecida Na relva silenciosa dos campos. Nada te perguntarei, Apenas ouvirás o cantar das águas adolescentes E as palavras do meu olhar sobre tua face muito amada. ¹ Adalgisa Maria Feliciana Noel Cancela Ferreira * Rio de Janeiro, RJ. – 29 de outubro de 1905 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 7 de junho de 1980 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Arquitetura – A casa de recicláveis

A casa criativa do designer Sérgio Cabral e da arquiteta Bia Hajnal. Uma casa onde uma velha mangueira de gás se transforma em um puxador de porta… E vai por aí. Confira no vídeo abaixo. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Motocicletas antigas

Greyhound 1909 clique na imagem para ampliar Moto Guzzi GT Norge500 1928 clique na imagem para ampliar ->> mais motocicletas antigas no blog [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Um mensaleiro do PT na CCJ para intimidar o STF?

Brasil: da série “só doi quando eu rio!” O deputado João Paulo Cunha do PT — acusado e indiciado em processo penal em andamento no Supremo Tribunal Federal, conhecido como escândalo do mensalão — acaba de ser guindado à presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Mais que um acinte a moralidade, tal investidura na mais importante comissão técnica da Câmara Federal, é um claro deboche da classe política, cujos tentáculos amorais bordejam a sarjeta do cinismo explícito, à cidadania. Para se ter uma ideia da importância da CCJ, é ela que analisa os projetos apresentados pelos deputados e decide se são constitucionais ou não — os projetos só têm tramitação se são considerados constitucionais. Recomenda a prudência — baseada no princípio constitucional da presunção da inocência — que suas ex-celências aguardassem o resultado do julgamento no STF, para só então, se absolvido, o referido deputado assumisse a presidência da CCJ. O Editor O governo e o Congresso tentam constranger o STF com a absolvição simbólica dos mensaleiros. Augusto Nunes/Veja Vista de longe, a ascensão do deputado João Paulo Cunha à presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara parece uma patifaria a mais na rotina de obscenidades que transformou o Congresso numa Casa do Espanto. Se um José Sarney preside o Senado, se reuniões de líderes frequentemente lembram rodas de conversa em pátio do presídio, se o corregedor da Câmara chegou ao posto por ter sido o melhor aluno do professor de bandalheiras Severino Cavalcanti, não há nada de espantoso na entrega do comando da mais importante comissão a um parlamentar acusado de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no processo sobre o mensalão que corre no Supremo Tribunal Federal. Sim a escolha feita pela bancada do PT não surpreendeu ninguém: essa gente não não desperdiça chances de debochar dos brasileiros honestos. Mas a exumação festiva do presidente da Câmara do Mensalão não foi um ultraje qualquer, alerta a contemplação menos ligeira do episódio. Associada a meia dúzia de infâmias recentes, a afronta atesta que está na fase dos arremates a ofensiva, concebida em parceria pelo governo e pelo Congresso, destinada a constranger o STF e livrar do merecidíssimo castigo a quadrilha que protagonizou o maior escândalo da história da República.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Em 17 de julho de 2005, depois de 40 dias de sumiço e mudez impostos pelo dilúvio de revelações desencadeado pelo deputado Roberto Jefferson, Lula recuperou a voz em Paris para explicar que onde todos viam uma roubalheira de dimensões amazônicas ele só conseguia enxergar um caso de caixa 2. Em agosto, num pronunciamento transmitido pela TV, o presidente ainda na defensiva declarou-se “traído” sabe-se lá por quem, reconheceu que o PT cometera “erros” e recomendou ao partido que pedisse desculpas ao país. Mudou abruptamente de rumo em janeiro de 2010. “O mensalão não existiu”, decidiu a metamorfose ambulante. Como é que é?, deveriam ter berrado em coro milhões de brasileiros estarrecidos com o colosso de provas e evidências expostas nas conclusões da CPI dos Correios, na denúncia encaminhada ao STF pelo procurador-geral da República Antonio Fernando Souza e no processo conduzido pelo ministro Joaquim Barbosa. Num país menos surreal, o assassino da verdade seria alvejado por pilhas de depoimentos e malas abarrotadas de dinheiro. Aqui, a frase virou manchete. (Abro um parêntese para registrar que o azar de Al Capone foi ter nascido um século mais cedo e no lugar errado. Caso agisse no Brasil deste começo de milênio, poderia afirmar sem medo de réplicas que a máfia só existiu na cabeça de um bandido chamado Elliot Ness, e garantir que trata o Fisco com tamanho respeito que acabou de ser convidado para cuidar das declarações de renda das carmelitas descalças. Terminaria a entrevista como forte candidato a acumular a superintendência da Receita Federal com a chefia Casa Civil. Fecho o parêntese). A frase de Lula, sabe-se agora, foi a senha para o início da operação destinada a premiar os pecadores com absolvições simbólicas antes que o bando dos 40 fosse julgado pela última instância do Judiciário. No banco dos réus, estariam bons companheiros inocentados pelo Executivo e pelo Legislativo. “O mensalão não existiu”, repetiram Dilma Rousseff, José Sarney e Marco Maia até que o mantra se transformasse em síntese da versão partilhada pelos dois poderes. Se o mensalão não existiu, não houve crimes. Se não houve crimes, não há criminosos a punir. Há injustiças a reparar e injustiçados a redimir. Como João Paulo Cunha. ESPERTEZA PERIGOSA É ele o terceiro da lista que começou com José Dirceu, prosseguiu com José Genoíno e será completada por Delúbio Soares e Sílvio Pereira. Dirceu recuperou o direito de entrar no Planalto pela porta da frente e foi incorporado à coordenação da campanha de Dilma Rousseff. Rebaixado pelas urnas a suplente de deputado federal, Genoíno foi convidado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, para servir ao país como assessor especial. No processo que o STF promete julgar ainda neste ano, Dirceu se destaca como “chefe da organização criminosa sofisticada” e Genoíno, então presidente do PT, capricha no papel de gerente da fábrica de dinheiro sujo. Ambos acusados de formação de quadrilha e corrupção ativa, um já virou conselheiro da presidente e outro logo estará aconselhando o ministro que, envergando uma toga, presidiu o Supremo nos piores momentos do escândalo. Falta agora reconduzir Delúbio e Silvinho à direção do PT. Consumada a reabilitação da dupla, os cinco oficiais graduados do bando dos 40 poderão sentar-se no banco dos réus exibindo na lapela o crachá com a inscrição “inocente”. “Não há pena definitiva ou perpétua”, declamou nesta semana o deputado Marco Maia. “O Delúbio, como outros dirigentes do partido, já pagaram uma pena altíssima pelas atitudes que tiveram”, prosseguiu o assassino da verdade e da gramática. “Precisamos dar oportunidade ao Delúbio ou a qualquer outro que tenha passado por essa situação a reconstruir sua vida política”. Uma pausa ligeira e, de novo, o mantra: ” Tenho dito em todos os momentos que essa questão de mensalão não

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Aviões para a Força Aérea Brasileira dependem da situação econômica

Mais que a questão técnica ou política, o que está mesmo “pegando” na questão da compra de aviões de caça para o reaparelhamento da FAB, é a questão financeira, a popular falta de grana, que está impedindo a decolagem do bilionário negócio. O Editor Aperto fiscal no governo faz Dilma suspender decisão sobre os caças Quatro ministros confirmam ao ‘Estado’ que a presidente não vê clima para anunciar neste ano a compra dos caças, um negócio de R$ 13 bilhões, num momento em que são impostos cortes de R$ 50 bilhões na máquina pública para frear inflação O Planalto suspendeu a compra de 36 caças para integrar a Força Aérea Brasileira (FAB) enquanto estiver em vigor o período de austeridade fiscal. Após anunciar um corte no orçamento de R$ 50 bilhões, a presidente Dilma Rousseff avaliou que não há “clima” para se pensar em uma despesa militar da ordem de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), relataram quatro ministros ao Estado.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O governo decidiu não estipular prazo para a suspensão do debate, mas, na prática, qualquer decisão importante só deve ocorrer a partir de 2012. O consenso na área econômica é que o ciclo de ajuste – contingenciamento orçamentário e subida dos juros – deve se estender por todo o ano de 2011. A compra dos caças é bombardeada especialmente pela equipe econômica. Dilma Rousseff avalia que o assunto pode ficar para depois, disseram os auxiliares. Para a presidente, a compra dos caças, no atual momento, poderia ser vista como uma “incoerência” do governo. Ministros relataram que a presidente vai aproveitar a suspensão da compra para analisar com mais rigor pontos do acordo de compra dos caças. Em um almoço no Planalto, ela disse ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que tem “muitas dúvidas técnicas” sobre o projeto de compra dos caças. A presidente não quer que a decisão de suspender a compra seja vista como um desprestígio do ministro da Defesa. “Jobim sabe que não é adequado comprar caças agora”, disse um ministro. Lobby francês. Ao receber em Brasília o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em setembro de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a prioridade era comprar caças Rafale, da francesa Dassault. A sueca Saab e a norte-americana Boeing estão na disputa para vender caças ao governo brasileiro. O Planalto não está preocupado com uma reação de Sarkozy. A própria Dilma observa que a parceria com o governo francês vai além da compra dos caças e que o presidente tem de entender a atual conjuntura brasileira. “Nesta situação, um país respeita as decisões soberanas de outro”, disse um ministro. O projeto de compra dos caças se arrasta desde o governo Fernando Henrique e foi o primeiro a ser adiado pelo ex-presidente Lula quando assumiu em 2003. É dentro desta mesma perspectiva que ele vem sendo tratado por ministros como “um gasto”, acrescentando que levá-lo adiante neste momento, afetaria as contas públicas, prejudicando a meta do governo para reduzir gastos e segurar a inflação. Tânia Monteiro e Leonencio Nossa/O Estado de S.Paulo

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