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Semônides de Amorgos -Versos na tarde

Fragmento 1 Semônides de Amorgos ¹ O que mais belo disse o homem de Quios, “Os homens passam como as folhas passam”, muito poucos mortais, de quantos o ouvem, o imprimem n’alma. Agita-os a esperança, que dos moços no peito sempre viça. Ao que orna a flor gentil da juventude, o ânimo inconsequente muitos sonhos nutre impossíveis. Nem sequer lhe ocorre que há de um dia morrer, tornar-se velho ou ferí-lo a doença. Loucos, esses! Não veem quão breve a quadra e curta a vida! Mas tu que sabes estas cousas, a alma com virtudes dispõe para a velhice. Tradução de Aluízio Faria de Coimbra Os Elegíacos Gregos: De Calino a Crates, vol.1, São Paulo, 1941 ¹ Semônides de Amorgos * Samos, Grécia – Sec. VII a.C + ? [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Censura! Cuidado, jornalista: criticar pode dar cadeia

Blogueiro no Rio Grande do Norte sofre três condenações a prisão, por críticas a prefeita, numa história que é uma aula de Brasil. E continua na moda, pelo país afora, o uso do Judiciário como instrumento para constranger a liberdade de expressão Pra entrar no clima, só abrindo com pontos de exclamação. Treze, pra afastar assombração. O velho Aurélio aqui ao lado, deliciosamente jurássico em suas amareladas páginas de papel, esclarece: “exclamação. Ato de exclamar; voz, grito ou brado de prazer, alegria, raiva, tristeza, dor” Tirando o prazer e a alegria, tudo a ver. Vontade de gritar. De tristeza, dor, raiva e, principalmente, de espanto. A história é uma aula de Brasil. Você acha que é ofensa alguém dizer de uma autoridade pública, eleita pelo voto, que ela “paga o preço por seu despreparo”? Ou que anda “empazinada de ansiolíticos e com vida em boa parte reclusa”? E se, sem citar nomes, o sujeito fala que o “sumo pontífice e sacerdotisa da Seita Songamonguista do Reino Azul-turquesa” devem “ajustar seus rituais”? Ofensa?[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A juíza Welma Maria Ferreira de Menezes, do Juizado Especial Criminal de Mossoró (Rio Grande do Norte), entendeu que as três afirmações eram ofensivas, sim. E, por causa delas, condenou a cadeia, em três processos diferentes, o blogueiro Carlos Santos, 47 anos de idade e 26 de atuação profissional como jornalista. As punições foram iguais: um mês e dez dias de detenção, em cada uma das ações penais, com permissão para cumprir a pena fazendo doações (no valor de R$ 2.040,00 por processo) a entidades filantrópicas. Com cerca de 250 mil habitantes e uma das mais prósperas cidades do Nordeste, Mossoró é o segundo município do estado – só perde para Natal – em população e força econômica. Esta, derivada em especial do petróleo, da extração de sal, da produção de frutas, do comércio e do turismo. Uma cidade situada a meia distância (entre 260 e 270 km) da capital potiguar e Fortaleza e que se orgulha de ter importantes edificações históricas e uma indústria de comunicação expressiva: quatro jornais locais, dez emissoras de rádio e duas de TV aberta. Uma cidade que… vai que é tua, Brasil… é administrada há 63 anos pela mesma família. Desde 1948, portanto. A família Rosado, a mesma da prefeita Fátima Rosado (DEM) e do seu irmão e chefe de gabinete, Gustavo Rosado (PV). E também da deputada federal Sandra Rosado (PSB), que lidera a oposição a Fátima. E, ainda, da governadora e ex-senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que se elegeu prefeita em 2000 disputando contra a Fátima, mas a ela se aliou nas duas eleições seguintes (2004 e 2008), e a quem Carlos Santos exime de responsabilidade em relação ao calvário que enfrenta. O chefe de gabinete, Fátima e seu marido, o médico e deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), elegeram Carlos Santos como alvo de nove interpelações e 27 ações judiciais (cíveis e criminais). Uma foi arquivada, as outras 26 estão em andamento. Somente no dia 23 de abril do ano passado o trio deu entrada em 11 processos contra o jornalista blogueiro. Que é um fenômeno da internet local. Embora precária, quase heroicamente, Carlos consegue sobreviver com a publicidade que seu blog amealha. E o faz por causa da boa audiência, superior à de qualquer portal mantido na internet pelos tradicionais grupos de comunicação de Mossoró. Sylvio Costa/Congresso em Foco/blog do Noblat

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Redes sociais, ditaduras e liberdade de expressão

Os recentes acontecimentos na Tunísia e no Egito, além de porem fim a ditaduras hereditárias, vieram demonstrar a importância das mídias sociais como instrumento relevante na mobilização das massas a revelia da censura impostas pelos déspotas. Nesse contexto, as novas tecnologias, notadamente celulares e internet, tornam obsoletas as truculentas tentativas das ditaduras de impor censura. Redes sociais como o Twitter e o Facebook estão cada vez mais burlando o autoritarismo dos Estados com governos assentados no autoritarismo. A geração que cresceu com essas novas mídias, faz fotos dos protestos nas ruas, grava declarações e testemunhos dos manifestantes, e posta tudo no Facebook e/ou Twitter, tornando obsoleto o cerceamento a informação imposto pelos ditadores de plantão. Segundo a empresa de pesquisas comScore, dos estimados 2 bilhões de internauta em todo o mundo, 72% participam de alguma rede social. Para se ter idéia do tamanho da “encrenca” armada contra os ditadores e demais “donos oficiais da verdade”, somente o Facebook tem 596 milhões de usuários, os quais compartilham mensalmente 30 bilhões de notícias, fotos, links e vídeos. O Editor Censura: USA Hillary anuncia US$ 25 milhões para ajudar internautas a driblar censura Dias depois de Facebook e Twitter ajudarem a mobilizar manifestantes no Egito, os Estados Unidos anunciaram uma nova política para a liberdade na internet, injetando mais US$ 25 milhões este ano para ajudar cyber dissidentes a burlar a censura on-line. Na Universidade George Washington, a secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que os EUA vão aumentar seus apelos por direitos humanos e democracia. Na semana passada, o governo americano já havia lançado posts no Twitter em árabe e farsi, e agora vai mirar também em internautas em China, Rússia e Índia. Hillary sugeriu que governantes repressores poderiam ter o mesmo destino de Hosni Mubarak.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] – A História nos mostra que a repressão lança as sementes para a revolução – disse Hillary. – Aqueles que ergueram barreiras contra a liberdade na internet vão acabar se vendo encurralados. Vão enfrentar o dilema do ditador, e terão que escolher entre deixar as paredes caírem ou pagar o preço para mantê-las de pé. Esse preço, segundo ela, tanto pode ser a opressão maior quanto se fechar a novas ideias econômicas e políticas. Em seu segundo grande discurso sobre internet, Hillary disse que as manifestações mobilizadas pela rede em Egito, Tunísia e Irã mostram que os governos não podem escolher que liberdades oferecer aos cidadãos. Os US$ 25 milhões vão se somar aos US$ 20 milhões já destinados a tecnologias, ferramentas e treinamento para derrubar barreiras impostas por governos repressores. Segundo Hillary, os EUA veem a liberdade na internet como um direito, embora lide com as consequências, como o vazamento de documentos pelo grupo WikiLeaks. Ela defendeu a busca de um código de conduta, sem limitar a liberdade. – O Irã não é terrível porque as autoridades usaram o Facebook para capturar membros da oposição. É terrível porque seu governo rotineiramente viola os direitos de seu povo. O Globo

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