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Design: Mobília compacta

Na era dos minúsculos “apertamentos” eis uma solução genial. Em três módulos quarto, cosinha e escritório. A criação, chamada de  Kenchikukagu, seja lá o que signifique em japonês, é dos designers da japonesa Atelier OPA. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Silvio Santos e o baú de otários

Brasil: da série “me engana que eu gosto”! Não lembro bem quem foi que cunhou, — palavra apropriada já que estamos falando de bancos e os senhores de todas as moedas — , que crime não é roubar um banco. É fundar um! Novamente a depauperada e infelicitada bolsa da república dos Tupiniquins é aberta para ‘salvar’ os trinta dinheiros de mais um banqueiro brasileiro. Assim, outra famosa frase — essa um mantra daquele ex-metalúrgico — “nunca na história desse país” se transforma em “mais uma vez na história desse país” o seu, o meu, o nosso sofrido dinheiro irá encher o baú dos espertos. O Editor O Baú da Felicidade A partir de agora, banqueiros podem quebrar e ainda assim preservar seu patrimônio Há décadas, o empresário Senor Abravanel é um dos homens mais admirados do Brasil. Ex-camelô, ele construiu no imaginário nacional a imagem do empreendedor que veio de baixo e ergueu um império graças ao próprio esforço. Com o passar do tempo, o filho de imigrantes assumiu uma nova identidade, a do carismático apresentador Silvio Santos. Um homem que, durante muitos anos, também foi o maior contribuinte do Imposto de Renda pessoa física do País. Três meses atrás, quando foi anunciado um rombo de R$ 2,5 bilhões no PanAmericano, essa admiração cresceu ainda mais, quando Silvio entregou todo seu patrimônio pessoal em garantia a um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que permitiria o resgate do banco.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] E o discurso do governo, capitaneado por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, veio na linha do “nunca antes na história deste país” um empresário demonstrou tanto desprendimento e desapego ao dinheiro. Na semana passada, descobriu-se que o rombo do PanAmericano era ainda maior: em vez de R$ 2,5 bilhões, inacreditáveis R$ 4 bilhões. E Silvio, que já não tinha mais patrimônio para oferecer em garantia, fez o maior negócio de sua vida. Sinalizou ao Banco Central que não faria qualquer movimento para impedir a quebra e a liquidação do banco. Imediatamente, o FGC e o governo, alegando “risco sistêmico”, começaram a se mexer. O Fundo ampliou os empréstimos ao banco, a Caixa Econômica Federal abriu um “cheque especial” de R$ 7 bilhões para o PanAmericano e, assim, foi possível encontrar um comprador: o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves. Na prática, Silvio Santos conseguiu trocar um banco falido pelo resgate de todo seu patrimônio, uma vez que as garantias foram liberadas. Mais ou menos o que ele fazia nos seus programas de auditório, quando um telespectador, preso a uma cabine, podia trocar uma bicicleta quebrada por uma pequena fortuna. Silvio fez o que qualquer empresário faria, mas o fato é que a solução encontrada no seu caso abre o que os economistas chamam de risco moral. A partir de agora, um banqueiro pode quebrar e ainda assim salvar seu patrimônio. Não custa lembrar que, há poucos dias, Edemar Cid Ferreira, que tem um filho casado com uma filha de Silvio, foi despejado de sua mansão – e o rombo anunciado pelo Banco Central no Banco Santos era bem menor do que o do PanAmericano. O dono do Baú da Felicidade, certamente, contava com mais reputação e poder de influência. E encontrou a sua porta da esperança num baú muito mais fundo. Leonardo Attuch/ISTO É

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Arte – Pintura – Leonid Afremov

A pintura “fauve” de Leonid Afremov ¹ clique na imagem para ampliar ¹ Leonid Afremov nasceu em 1955 na Bielorússia. Estabeleceu-se em Israel, onde estudou na Vitebsk Art School, uma escola fundada pelo também russo, Marc Chagal. Leonid atualmente vive em Miami. Seu trabalho usa cores fortes e brilho, criando imagenes visualmente impactantes. Usa espátulas no lugar de pincéis para aplicar inúmeras camadas de tintas sobre a tela. Fauvismo Fauvismo (do francês les fauves, ‘as feras’, como foram chamados os pintores não seguidores do cânone impressionista, vigente na época) é uma corrente artística do início do século XX, que se desenvolveu sobretudo entre 1905 e 1907. Associada à busca da máxima expressão pictórica, o estilo começou em 1901 mas só foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em 1905. Segundo Henry Matisse em “Notes d’un Peintre” pretendia-se com o Fauvismo “uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes”. Características / Principais artistas do movimento O Fauvismo, movimento principalmente francês, tem como características marcantes a simplificação das formas, o primado das cores, e uma elevada redução do nível de graduação das cores utilizadas nas obras. Os seus temas eram leves, retratando emoções e a alegria de viver e não tendo intenção crítica. A cor passou a ser utilizada para delimitar planos, criando a perspectiva e modelando o volume. Tornou-se também totalmente independente do real, já que não era importante a concordância das cores com objeto representado, e sendo responsável pela expressividade das obras. Os princípios deste movimento artístico eram: · Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos. · Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias. · A cor pura deve ser exaltada. · As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens. Características da pintura: * Pincelada violenta, espontânea e definitiva; * Ausência de ar livre; * Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade; * Autonomização completa do real. * Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas; * Pintura por manchas largas, formando grandes planos; Principais figuras do movimento Paul Gauguin,Georges Braque, Andre Derain, Jean Puy, Paul Cézanne e Henri Matisse, tendo este último encabeçado o grupo de fauvistas. Este grupo de pintores escandalizou os contemporâneos, ao utilizar nos seus quadros cores violentas, de forma arbitrária. A denominação do movimento deve-se ao crítico conservador Louis Vauxcelles, que, no Salão de Outono de 1905, em Paris, comparou esses artistas a feras (fauves). Havia ali uma escultura acadêmica representando um menino, rodeada de pinturas neste novo estilo, o que o levou-o a dizer que aquilo lhe lembrava “um Donatello entre as feras”. Tal denominação, inicialmente de carácter depreciativo, acabou por se fixar e passou designar o movimento. ->> aqui mais Leonid Afremov no blog [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Apagão: em 2009 Dona Dilma disse que isso não aconteceria mais

Segundo o ministro da lamparina não houve apagão e sim uma “interrupção temporária”. Não sei se rio ou se choro de tão cínica declaração. Mas, nada de espanto. Afinal trata-se de um lobo em pele de cordeiro, acólito do soba dos Timbiras. Da próxima vez que os Tupiniquins estiverem de lamparina em punho devem se lembrar da ‘boutade’ de suas ex-celências. Afinal, que escuridão não se ilumina com a tecnicidade de tão soberba explicação? No Brasil dessa turma o velho Diógenes teria seu lampião insistentemente requisitado. O Editor Em 2009, Dilma dizia que não haveria mais ‘apagão’. Pressionando aqui, você chega a um pedaço do áudio de entrevista concedida por Dilma Rousseff em 29 de outubro de 2009. Nessa época, Dilma ainda era chefe da Casa Civil de Lula. Falava ao programa ‘Bom Dia Ministro’, da estatal EBC (Empresa Brasileira de Comunicação). Perguntou-se a ela se os investimentos do governo em energia davam a “completa certeza” de que não haveria novo apagão no país. E ela: “Pode, sim, significar essa certaza. Primeiro, porque nós estamos, sistematicamente, fazendo como se faz na bicicleta…” “…A gente não pode parar de construir usinas hidrelétricas, usinas térmicas, usinas eólicas”. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Citou a construção de duas usinas: Santo Antônio e Girau. Juntas, disse ela, produziriam “mais de 6 mil megawatts” de energia. Prosseguiu: “Nós também temos uma outra certeza de que não vai ter apagão. É que nós, hoje, voltamos a fazer planejamento”. Escassos 12 dias depois dessa entrevista de Dilma, o Brasil arrostou o mais disseminado apagão de sua história. Foram desligados da tomada 18 Estados. Ficaram no escuro cerca de 70 milhões de brasileiros. Devolvida à boca da cena, Dilma, que jactava-se de ter reestruturado o sistema elétrico brasileiro quando fora ministra de Minas e Energia, perdeu a calma. Em nova entrevista, uma repórter inquiriu a então ministra sobre a declaração em que ela havia assegurado que o país estava livre do risco de apagão. Dilma discorria sobre a apuração das causas do novo apagão. Servia-se de dados divulgados à época pelo colega Edison Lobão. Lobão atribuíra o breu de 2009 a raios e trovões. Dilma aconselhava os repórteres a aguardarem pelo término da apuração. E quanto à sua declaração de que não haveria apagão?, perguntou a repórter. “Não teve”, redargüiu Dilma, elevando o tom de voz. “Você está confundindo duas coisas, minha filha. Uma coisa é blecaute. Trabalhamos com um sistema de transmissão de milhares de quilômetros de rede…” “…E interrupções desse sistema ninguém promete que não vai ter”. Dilma evocou, então, o racionamento de energia da Era FHC: “…O que nós prometemos é que não terá nesse país mais racionamento. Racionamento é barbeiragem… “…É barbeiragem porque racionamento implica que, com cinco anos de antecedência, não soube a quantidade de energia que tinha de entrar para abastecer o país”. Apertando aqui, você chega ao vídeo que lhe permitirá recordar o abespinhamento dessa Dilma pós-apagão de 2009. Pois bem. Na madrugada desta sexta (4), Dilma foi submetida ao primeiro apagão de sua presidência (ou blecaute, como ela prefere). Dessa vez, o breu atingiu sete Estados do Nordeste –algo como 90% da região. O suprimento de energia foi interrompido por até quatro horas. Dilma reagiu com um par de providências. Repassou-as aos repórteres por meio do porta-voz. Mandou reforçar a fiscalização e a manutenção do sistema. Considerando-se o “planejamento” que a Dilma-2009 dizia ter sido retomado, as medidas da Dilma-2011 sugerem a reiteração da “barbeiragem”. Em notícia veiculada neste sábado (5), a Folha revela: a quantidade de apagões graves como o que acaba de atingir o Nordeste cresceu 90% entre 2008 e 2009. O dado é oficial. Proveu-o o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Atribui-se o problema a duas causas: adversidades climáticas e falta de investimentos. Apenas no ano passado, registraram-se no país 91 desligamentos superiores a 100 MW. Equivale ao consumo médio de uma cidade com 400 mil habitantes. Em 2009, houve 77 desligamentos do mesmo tipo. Em 2008, ocorreram 48 quedas do sistema. Nesse ritmo, a Dilma presidente terá de ecoar muitas vezes a Dilma ministra: “Nós trabalhamos com um sistema de transmissão de milhares de quilômetros de rede. E interrupções desse sistema ninguém promete que não vai ter”. O que diferencia a nova Dilma da anterior é a condição funcional. Presidente, responde pela continuidade de uma gestão a que serviu ora como titular das Minas e Energia ora como supergerente de tudo. Falar de falta de planejamento agora é o mesmo que alvejar Lula e o próprio pé. A Era FHC é um ponto longínquo no retrovisor. blog Josias de Souza

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A mídia e as ditaduras amigas

O que vem acontecendo no Egito mais que expor a realidade, até aqui disfarçada, de uma ditadura que já se preparava para virar dinastia, serve para demonstrar a inacreditável desfaçatez com que a mídia tradicional embota a opinião pública mundial. Até então, a serviço das grandes negociatas transnacionais, ditaduras haviam no Irã, Líbia, Coréia do Norte, Cuba, etc., mas jamais se falou que Hosni Mubarak era um ditador, com um tempo de “reinado’ capaz de deixar, por longevo, com inveja os grandes Faraós que reinaram no Egito. Da mesma forma cínica e manipuladora, o ditador da China, Hu Jintao, é hipocritamente chamado de presidente. Para o professor Reginaldo Nasser da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), e especialista em relações internacionais no Oriente Médio, “falta apoio internacional para que seja derrubado de uma vez o governo ditatorial de Muhammad Hosni Said Mubarak, há 30 anos no poder.” E continua: “Os Estados Unidos têm papel dúbio, para não dizer hipócrita”, e o Brasil está igual aos Estados Unidos… Diz que torce para as coisas saírem bem e pronto”. O Editor PS 1.  Obama diz, pasmem, que Mubarak é um “patriota”! Putz! Por analogia, Fidel, Kim Jong Il, Kadafi, Rei Abdullah, Hu Jintao, Chaves…, também o são. Ou não? PS 2. Sei que novamente levarei um ‘puxão de orelhas’ seguido do inevitável “é a economia, estúpido”! Ignacio Ramonet/Carta Maior Uma ditadura na Tunísia? No Egito, uma ditadura? Vendo os meios de comunicação se esbaldarem com a palavra “ditadura” aplicada a Tunísia de Bem Alí e ao Egito de Moubarak, os franceses devem estar se perguntando se entenderam ou leram bem. Esses mesmos meios de comunicação e esses mesmos jornalistas não insistiram durante décadas que esses dois “países amigos” eram “Estados moderados”? A horrível palavra “ditadura” não estava exclusivamente reservada no mundo árabe muçulmano (depois da destruição da “espantosa tirania” de Saddam Hussein no Iraque) ao regime iraniano? Como? Havia então outras ditaduras na região? E isso foi ocultado pelos meios de comunicação de nossa exemplar democracia? Eis aqui, em todo caso, um primeiro abrir de olhos que devemos ao rebelde povo da Tunísia. Sua prodigiosa vitória liberou os europeus da “retórica hipócrita de ocultamento” em vigor em nossas chancelarias e em nossa mídia. Obrigados a tirar a máscara, simulam descobrir o que sabíamos há algum tempo (1), a saber, que as “ditaduras amigas” não são mais do que isso: regimes de opressão. Sobre esse assunto, os meios de comunicação não têm feito outra coisa do que seguir a “linha oficial”: fechar os olhos ou olhar para o outro lado confirmando a ideia de que a imprensa só é livre em relação aos fracos e aos povos isolados. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Por acaso Nicolás Sarkozy não teve a altivez de assegurar que na Tunísia “havia uma desesperança, um sofrimento, um sentimento de angústia que, precisamos reconhecer, não havíamos apreciado em sua justa medida”, ao se referir ao sistema mafioso do clã Ben Alí-Trabelsi? “Não havíamos apreciado em sua justa medida…” Em 23 anos…Apesar de contar, neste país, com serviços diplomáticos mais prolíficos que os de qualquer outro país…Apesar da colaboração em todos os setores da segurança (polícia, inteligência…) (2). Apesar das estâncias regulares de altos responsáveis políticos e midiáticos que estabeleciam ali descomplexadamente seus locais de veraneio… Apesar da existência na França de dirigentes exilados da oposição tunisiana, mantidos marginalizados como pesteados pelas autoridades francesas e com acesso proibido durante décadas aos grandes meios de comunicação… Democracia ruinosa… Na realidade, esses regimes autoritários foram (e seguem sendo) protegidos de modo complacente pelas democracias européias, que desprezaram seus próprios valores sob o pretexto de que constituíam baluartes contra o islamismo radical (3). O mesmo argumento cínico usado pelo Ocidente durante a Guerra Fria para apoiar ditaduras militares na Europa (Espanha, Portugal, Grécia e Turquia) e na América Latina, pretendendo impedir a chegada do comunismo ao poder. Que formidável lição das sociedades árabes revolucionárias aqueles que, na Europa, os descreviam em termos maniqueístas, ou seja, como massas dóceis submetidas a tiranos orientais corruptos ou como multidões histéricas possuídas pelo fanatismo religioso. E agora, de repente, elas surgem nas telas de nossos computadores e televisores (conferir o admirável trabalho da Al-Jazeera), preocupadas com o progresso social, não obcecadas pela questão religiosa, sedentas de liberdade, cansadas da corrupção, detestando as desigualdades e reclamando democracia para todos, sem exclusões. Longes das caricaturas binárias, esses povos não constituem de modo algum uma espécie de “exceção árabe”, mas sim se assemelham em suas aspirações políticas ao resto das ilustradas sociedades urbanas modernas. Um terço dos tunisianos e quase um quarto dos egípcios navegam regularmente pela internet. Como afirma Moulay Hicham El Alaoui: “Os novos movimentos já não estão marcados pelos velhos antagonismos como anti-imperialismo, anticolonialismo ou antisecularismo. As manifestações na Tunísia e no Egito são, até aqui, desprovidas de todo simbolismo religioso. Constituem uma ruptura geracional que refuta a tese do excepcionalismo árabe. Além disso, esses movimentos são animados pelas novas metodologias de comunicação da internet. Eles propõem uma nova versão da sociedade civil, onde o rechaço ao autoritarismo anda de mãos dadas com o rechaço à corrupção” (4). Especialmente graças às redes sociais digitais, as sociedades da Tunísia e do Egito se mobilizaram com grande rapidez e puderam desestabilizar o poder em tempo recorde. Ainda antes de os movimentos terem a oportunidade de “amadurecer” e favorecer a emergência de novos dirigentes entre eles. É uma das raras ocasiões onde, sem líderes, sem organizações dirigentes e sem programa, a simples dinâmica da exasperação das massas bastou para conseguir o triunfo da revolução. Trata-se de um momento frágil e, sem dúvida, as grandes potências já estão trabalhando, especialmente no Egito, para que “tudo mude sem que nada mude”, segundo o velho adágio de O Leopardo. Esses povos que conquistaram sua liberdade devem lembrar a advertência de Balzac: “Se matará a imprensa assim como se mata um povo, outorgando-lhe a liberdade” (5). Nas “democracias vigiadas” é muito mais fácil domesticar legitimamente um povo do que nas antigas ditaduras. Mas isso não justifica sua manutenção. Nem deve ofuscar o ardor de derrubar uma tirania. A derrocada da ditadura na Tunísia foi tão veloz que os demais povos magrebinos e árabes chegaram à conclusão de que essas autocracias – as mais velhas do mundo – estavam na verdade profundamente corroídas e não eram, portanto, mais do que “tigres de papel”. Esta demonstração está ocorrendo também no Egito. Daí esse impressionante levante

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