Arquivo

Carlos Drummond de Andrade – Versos na tarde

O amor e seu tempo Carlos Drummond de Andrade ¹ Amor é privilégio de maduros Estendidos na mais estreita cama, Que se torna a mais larga e mais relvosa, Roçando, em cada poro, o céu do corpo. É isto, amor: o ganho não previsto, O prêmio subterrâneo e coruscante, Leitura de relâmpago cifrado, Que, decifrado, nada mais existe Valendo a pena e o preço do terrestre, Salvo o minuto de ouro no relógio Minúsculo, vibrando no crepúsculo. Amor é o que se aprende no limite, Depois de se arquivar toda a ciência Herdada, ouvida. amor começa tarde. ¹ Carlos Drummond de Andrade * Itabira do Mato Dentro, MG, – 31 de Outubro de 1902 d.C + Rio de Janeiro RJ, – 17 de Agosto de 1987 d.C ->> biografia [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Google Twitter se aliam no Egito contra a ditadura

Google e Twitter se aliam para colaborar com egípcios Companhia cria ferramenta para ‘tuitar’ mensagens de voz dos egípcios O Google anunciou nesta segunda-feira que desenvolveu uma ferramenta para que os cidadãos egípcios possam seguir com o Twitter, apesar de as autoridades do país terem interrompido a telefonia móvel e os serviços de internet. A companhia colocou à disposição três telefones internacionais nos quais os usuários podem deixar uma mensagem de voz que o serviço instantaneamente “tuitará” com o tema #egypt. Para a criação do projeto, o Google trabalhou durante o fim de semana junto a um grupo de engenheiros do Twitter e do SayNow, empresa que a gigante da tecnologia adquiriu recentemente. Com o sistema, não é preciso internet e os interessados podem escutar as mensagens chamando os mesmos números de telefone disponibilizados ou visitando a página twitter.com/speak2tweet desde qualquer ponto de mundo. “Esperamos que isto de alguma maneira ajude o povo no Egito a permanecer conectado neste momento tão difícil”, indicou a companhia. Estado de S.Paulo [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Prouni: a universidade para todos bate recordes

A multiplicação do acesso via ProUni Em 2011, o ProUni bateu recorde: mais de 1 milhão de estudantes disputam as bolsas em 1,5 mil instituições A expansão do acesso ao ensino superior privado pela população de baixa renda se deve em grande parte ao Programa Universidade para Todos (ProUni), a maior iniciativa de financiamento não reembolsável de todo o Brasil. Os números do programa são superlativos. Este ano, o ProUni bateu recorde de inscrições. Mais de 1 milhão de estudantes disputam 123.170 bolsas em 1,5 mil instituições privadas, que ganham isenção de quatro tributos federais ao aderir ao programa. Até hoje, foram concedidas em torno de 748 mil bolsas; dessas, cerca de 440 mil estão vigentes.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] São Paulo é o Estado com o maior número de beneficiários: são 137.434, total que supera o de estudantes matriculados nas três universidades estaduais – cerca de 109 mil. Com 53.834 bolsas, Minas Gerais vem em segundo. A mineira Edlene Machado, de 28 anos, é uma dessas bolsistas. Da segunda vez que fez o Enem, a nota foi suficiente para conseguir a bolsa que a isenta da mensalidade de R$ 650 do curso noturno de Educação Física da Unileste-MG. “Ter a mensalidade paga é um alívio enorme. O curso tem muito estágio, não dá para trabalhar o dia todo”, afirma Edlene, que está no 4.º ano do curso, trabalha meio período e ganha R$ 700 por mês. A professora Márcia Lima, do Departamento de Sociologia da USP e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), estuda a situação de bolsistas do ProUni que se formaram em 2009 e 2010. Ela considera o programa uma política interessante, mas diz que precisa de ajustes, em especial em relação à qualidade das instituições participantes. “Melhorar o acesso ao ensino superior é importantíssimo, mas há cursos muito fracos que se creditam e isso é desperdício de dinheiro público. As instituições devem ser fiscalizadas, pois recebem isenção significativa.” Segundo ela, os problemas da política do ProUni estão ligados à estrutura do ensino superior do País, que tem formação concentrada nas ciências humanas, cujos cursos são mais baratos. “O ProUni poderia ajudar a promover uma distribuição mais proporcional entre as diversas áreas.” Preconceito – A concessão de bolsas do ProUni teve uma consequência ruim, principalmente em instituições de elite. Em novembro, a estudante negra Meire Rose Morais, de 46 anos, recebeu 34 e-mails racistas e ofensivos de uma colega da PUC-SP, onde concluiu o curso de Direito em 2010. “Ser pobre é um problema para eles. Quem é bolsista não fala com medo do preconceito. Eu assumi que era, então sempre sofri preconceito”, conta Meire, que entrará na Justiça contra a sua colega. Logo depois que o caso veio a público, a Faculdade de Direito criou o Fórum Permanente de Inclusão Social e Ações Afirmativas. Para Márcia Lima, da USP, o preconceito tem a ver com a fase inicial do ProUni, quando houve diversas críticas ao programa. “Muitos falavam que haveria uma queda da qualidade do ensino por causa dos bolsistas, mas vários estudos constataram que isso não procede. Acho que há diferenças dependendo do curso e da universidade, se é mais elitizada ou com mais alunos pobres.” Ana Bizzotto e Carlos Lordelo/O Estado de S.Paulo

Leia mais »