Arquivo

Pedro Simon pede ‘aposentadoria’ de ex-governador

Até tu Pedro? Não eras a rocha sobre a qual se erguiam todas as fortalezas do moralismo e probidade republicanas? Mais um lapidar exemplo do cada vez mais contumaz “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”! Todos querem mesmo é morder um naco do dinheiro dessa pobre e desvalida taba Tupiniquim. O Editor Ex-governador do Rio Grande do Sul (1987-1990), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) requereu aposentadoria 20 anos depois de ter deixado o cargo. O repórter Graciliano Rocha conta, na Folha, que Simon requereu o benefício há três meses, em novembro de 2010. Desde então, graças aos quatro anos que ficou sentado na cadeira de governador, Simon passou a beliscar R$ 24,1 mil mensais. No final do ano, amealhou R$ 52 mil. Referem-se ao “atrasado” de novembro, ao mês de dezembro, mais R$ 4 mil de décimo terceiro proporcional. Pense num brasileiro comum. Imagine que, mais afortunado que a maioria, ele seja profissional exitoso e regiamente remunerado. Suponha que esse ele recolha mensalmente à Previdência contribuições calculadas pelo teto.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Pois bem. Se um brasileiro como esse, comum, mas bem-posto, for hoje a um guichê do INSS para requerer sua aposentadoria, receberá escassos R$ 3.264,86. A exemplo de Simon, há cerca de 60 brasileiros “especiais” que recebem pensão dos Estados que um dia governaram. Valores polpudos e vitalícios. Alega-se que tais benefícios estão previstos em leis estaduais. No caso da legislação gaúcha, há uma peculiaridade. Prevê que, optando pela folha do Estado, o ex-governador terá de abrir mão de salários que eventualmente receba de órgãos públicos ou empresas estatais. Por ora, não se sabe se Simon, senador até 2015, mandou interromper o depósito que pinga mensalmente em sua conta no Senado. Em novembro, quando requereu a aposentadoria gaúcha, Simon recebia como senador R$ 16,5 mil mensais. Antes da virada do ano, porém, os congressistas elevaram seus próprios salários para R$ 26,7 mil. A legalidade da aposentadoria de ex-governadores é duvidosa. Em 2007, o STF derrubou, por inconstitucional, a de Zeca do PT (MS). A imoralidade é inquestionável. A OAB, a propósito, recolhe dados para requerer no Supremo a interrupção do descalabro. Em Brasília, Pedro Simon notabiliza-se pela conduta lisa. Ao menor desvio ético, abre-se no plenário do Senado uma contagem regressiva. O senador Pedro Simon não tardará a escalar a tribuna para vergastar os usurpadores. Esse Simon implacável, velho conhecido dos brasileiros, aparentemente só existe em Brasília. No Rio Grande do Sul, há outro Simon, mais maleável. O que dirá da tribuna o Simon brasiliense sobre a aposentadoria do Simon dos pampas? blog do Josias de Souza/Folha de S.Paulo

Leia mais »

Vírus que atrasou programa nuclear do Irã foi criado pelos EUA e por Israel

‘Stuxnet’ é considerada a praga digital mais sofisticada já criada. Segundo jornal ‘New York Times’, ‘missão’ do vírus foi bem-sucedida. Usina nucleares do Irã teria sido alvo do vírus”Stuxnet”. (Foto: AP) O vírus “Stuxnet“, considerado por especialistas a praga digital mais sofisticada já criada, teria sido resultado de uma operação conjunta dos Estados Unidos com Israel, segundo reportagem do jornal “New York Times”. O periódico afirma que a missão do vírus era causar danos às centrífugas da usina nuclear iraniana de Natanz, e que esse objetivo foi alcançado, atrasando o programa nuclear iraniano em pelo menos cinco anos. O “Stuxnet” atacava controladores lógicos industriais da Siemens, alterando suas configurações para sabotar as centrífugas das usinas. De acordo com o jornal, a companhia teria auxiliado a criação do vírus, embora sem ter intenção, quando compartilhou dados de vulnerabilidades em seus produtos com um programa do governo dos Estados Unidos que buscava aumentar a segurança de sistemas industriais. Israel teria testado o código do vírus em instalações de Dimona, usando centrífugas e controladores idênticos aos iranianos. O jornal observa que nenhum especialista norte-americano ou israelense consultado confirmou a origem do vírus, mas que, ao mesmo tempo, “nenhum deles conseguiu esconder um sorriso de orgulho” ao comentar sobre as dificuldades impostas no avanço do programa nuclear iraniano. Russos temem ‘Chernobyl iraniano’ O jornal “The Daily Telegraph” diz ter obtido um relatório escrito por cientistas russo preocupados com os estragos causados pelo vírus “Stuxnet”. Segundo eles, não há dados suficientes para determinar se as usinas nucleares estão em condições seguras de operação. A usina de Bushehr começou a ser preparada em outubro e deveria fornecer energia elétrica para os iranianos a partir da metade deste ano. Relatos afirmam que a usina também teria sido atacada pelo “Stuxnet”, gerando as preocupações dos russos que estão auxiliando o programa nuclear do Irã. No documento, os cientistas se dizem preocupados com a possibilidade de um “Chernobyl iraniano”, em referência ao acidente ocorrido na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, que na época estava sob responsabilidade russa como parte da União Soviética. O acidente, ocorrido em 1986, causou 56 mortes diretas e até 4 mil mortes indiretas, segundo estimativas, além de ter deixado a região inabitável. Os cientistas pedem ajuda ao Kremlin e afirmam que o governo do Irã não pretende permitir que novos testes de segurança sejam realizados, porque o programa nuclear já está com uma década de atraso. Altieres Rohr/G1

Leia mais »