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Governador do PSDB é contra CPI da Petrobras

O Governador de Alagoas, Teotônio Vilela, PSDB, é contra a CPI da Petrobras “Essa CPI não ajuda o Brasil”. O governador tucano de Alagoas, Teotônio Vilela, que inclusive foi presidente nacional do PSDB, é totalmente contrário à instauração da CPI da Petrobras no Senado. A CPI tem como objetivo investigar a legalidade das recentes manobras contábeis, que a dispensaram do recolhimento de cerca de R$ 4 bilhões em impostos, e várias denúncias, como irregularidades no pagamento de royalties de petróleo e a suspeita – investigada pelo Tribunal de Contas da União – de superfaturamento de R$ 85 milhões nas obras de infraestrutura da refinaria de Abreu e Lima (PE). Na quinta e na sexta-feira, ele procurou os líderes do partido para ponderar sobre os riscos de investigações na estatal. Seu esforço foi inútil. Vilela alegou que a CPI pode tornar a Petrobras “vulnerável”, fragilizando-a perante os concorrentes. coluna Claudio Humberto

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Agripino Maia: um senador inflamável

Nelson Rodrigues o genial cronista e teatrólogo já dizia que “não há virgens na zona”. Quanto mais auto alardeada a pose de vestal, de guardião inabalável da moral, da probidade e dos bons costumes, maior a chance de estarmos diante de um sepulcro caiado. Nada mais PMDB do que o DEM, ops, quer dizer, PFL. Não? O editor Por trás da inusitada parceria do DEM com o governo para abortar a CPI da Petrobras, tucanos enxergam interesse específico do líder “demo” José Agripino Maia (RN). Alegam que a investigação invevitavelmente esbarraria nos negócios da Comav (Comércio de Combustível para Aviação), empresa cujo sócio majoritário é o deputado Felipe Maia, filho do senador. A Comav tem contratos com a BR Distribuidora para abastecer os aeroportos de Natal e Mossoró. A CPI também poderia bater nos negócios do empresário Sinval Moreira Dias, filiado ao DEM e sócio da família Maia. Para completar, em 2010 a Comav terá de renovar seu contrato com a Petrobras. da Folha de São Paulo

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Pedofilia e internet

Pedofilia atinge uma em cada cinco crianças que acessam web, diz associação O secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré, afirmou que uma em cada cinco crianças que navegam pela internet é alvo de pedófilos anualmente. A declaração foi feita nesta sexta-feira (15). “Além disso, três de cada quatro crianças estão dispostas a compartilhar on-line informação pessoal sobre eles mesmos e sua família, em troca de bens e serviços”, afirmou Touré, em comunicado divulgado hoje, por ocasião da celebração do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, em 18 de maio. Associação afirma que uma em cada cinco crianças que acessam web são alvo de pedofilia. A proteção das crianças no ciberespaço será o eixo central dessa comemoração, que “pretende garantir que as crianças possam acessar a internet e seus valiosos recursos sem ser assediadas por pessoas sem escrúpulos”. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que “o mundo virtual oferece excitantes possibilidades para educar a infância e ajudar as crianças a se tornarem seres adultos criativos e produtivos. Porém, temos que ficar atentos aos perigos que podem deixar cicatrizes indeléveis em suas vidas”. Nesse sentido, Ban lembrou que “as crianças e os jovens estão entre os usuários mais prolíficos da internet e celulares”. “Sem a devida proteção, suas valiosas vidas correm graves riscos no perverso mundo dos ‘ciberdeliquentes’ e dos pedófilos, que sempre estão em busca de presas fáceis”, observou Ban. Para acabar com essa ameaça, Touré defendeu a criação “de uma rede mundial que proteja as crianças na internet, aplicando legislações nacionais, aumentando a sensibilização do público e melhorando a capacidade de reação dos países em matéria de informática”. Além disso, o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação procura “sensibilizar a população sobre o potencial das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) em matéria de desenvolvimento e de economia, assim como sobre o papel de internet como recurso mundial”, detalhou o responsável da UIT. Com mais de 600 milhões de usuários na Ásia, 130 milhões na América Latina e no Caribe e 50 milhões na África, Ban Ki-moon assegurou que “a internet se transformou em um meio de comunicação em constante expansão”. Entre as atividades programadas para esse dia, a UIT premiará três personalidades por “terem aproximado os benefícios da internet a cada ponto do planeta, protegendo, por sua vez, os interesses dos usuários, especialmente as crianças”. Na próxima segunda-feira, será lembrada também a fundação da União Internacional de Telecomunicações, criada em 17 de maio de 1865. Agência EFE

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Juízes e a boa vida dos dignitários de araque

Brasil: da série “O tamanho do Buraco”! A boa vida dos dignitários de araque Assinado por Wagner Cristiano Moretzsohn, chefe da representação do Superior Tribunal de Justiça no Rio, o ofício encaminhado em 3 de dezembro de 2008 ao gerente da Air France no aeroporto do Galeão exibe a delicadeza enganosa assimilada por togas que se tratam por Vossa Excelência enquanto trocam pontapés debaixo da mesa. “Solicito a Vossa Senhoria”, começa uma das provas que amparam a reportagem da revista IstoÉ, “que seja providenciado sala VIP, dessa conceituada empresa, atendimento especial e check-in com assento no up deck para o embarque do Dr. Carlos Gustavo Vianna Direito e Dra. Daniella Alvarez Prado, Juízes de Direito e dignitários do Exmo° Sr. Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do Supremo Tribunal Federal“. Seguem-se o número do voo, a hora da partida e uma informação relevante: “Haverá um funcionário desta corte, evidamente credenciado pela Infraero, para acompanhá-los no referido embarque”. Abstraído o assassinato do plural pelo “seja providenciado”, as pancadas em vírgulas e o sumiço de artigos, o texto avisa que signatário sabe usar o juridiquês castiço para camuflar patifarias degradantes. “Dignitários é a palavra usada para identificar portadores de títulos honoríficos, ocupantes de cargos que lembram pompas e fitas, autoridades merecedoras de honrarias especiais. Não é o caso da dupla de passageiros. Carlos Gustavo é juiz de Direito e filho do ministro Direito. Daniella é juíza de Direito e amiga do filho do ministro Direito. Ambos são tão dignitários quanto uma aeromoça aprendiz. É mais que um disfarce costurado com vogais e consoantes. É uma gazua muito eficaz para o arrombamento dos cofres que guardam privilégios de alto custo. Paga-se R$ 19,6 mil por uma passagem de ida e volta na primeira classe entre o Rio e Paris. O bilhete permite ao portador esperar na sala VIP a hora do embarque. Graças ao palavrório de Moretzsohn, os ilustres passageiros desfrutaram desses confortos por R$ 6,2 mil, se compraram bilhetes da classe econômica, ou R$ 9 mil, caso tenham optado pela executiva. Esmoleres graduados são espertos. O chefe da representação do STJ não solicita claramente a transferência para a primeira classe. Só pede que os dois fregueses sejam acomodados em “assentos no up-deck”. A expressão em inglês batiza a parte superior do avião. Ali ficam as melhores poltronas da primeira classe. Segundo a reportagem, nove doutores cariocas saboreiam comprovadamente a vida mansa de dignitários. Além de Direito pai, de Direito filho e sua amiga, o elenco inclui a mulher, a nora, a filha e uma amiga da filha do ministro do STF. Há também o núcleo do STJ, formado pelo ministro Luiz Fux, pela filha promotora e por uma juíza amiga da filha. Com ofícios remetidos à chefia da Polícia Federal, da Infraero e da Receita Federal no aeroporto do Galeão, Moretzsohn também livra o grupo de eleitos de esperas em filas, inspeção de documentos no embarque, revistas da bagagem no desembarque e outros incômodos. Na ida, não carregam malas: para isso existe o funcionário do tribunal credenciado pela Infraero. Na volta, saem do avião diretamente para o carro estacionado na pista. Sem escalas em qualquer guichê, em segundos estarão correndo para o abraço na parentada autorizada a esperá-los em áreas privativas. A empresa aérea é escolhida livremente por um dignitário, comprovam solicitações encaminhadas à British Airways ou à TAM. Mas a Air France tem preferência, talvez pela presteza com que atende a qualquer pedido. A empresa é parte em 111 processos no STJ. No STF, são 50. Três deles estão sob a guarda do ministro Carlos Alberto Direito. blog do Augusto Nunes

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