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Ministro Gilmar Mendes, 1º ano na presidência do STF

O atual presidente do STF, Gilmar Ferreira Mendes, 53, foi nomeado para o tribunal pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e passou a integrar a corte máxima do país em junho de 2002. Hoje Mendes completa um ano na presidência do Supremo. Ele também preside o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), instituição que faz o controle administrativo e disciplinar do Poder Judiciário. No período, ele ganhou notoriedade por se manifestar publicamente sobre temas jurídicos e políticos do país, e por muitas vezes causar polêmica com suas declarações. Antes de ingressar na corte, Mendes ocupou o cargo de advogado-geral da União no governo FHC, entre 2000 e 2002. O ministro do STF também já foi procurador da República, entre 1985 e 1988. Foi adjunto e consultor jurídico da Secretaria Geral da Presidência, no governo Collor (1990-1992). O ministro também é professor de direito constitucional da UnB (Universidade de Brasília) –onde se tornou bacharel em direito, em 1978. Mendes concluiu cursos de mestrado e doutorado na Alemanha. É natural de Diamantino (MT). do Direito do Estado

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Ministro Joaquim Barbosa – Perfil do 1º negro no STF

Joaquim Benedito Barbosa Gomes, 54, foi o primeiro negro a tomar posse como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), em junho de 2003. O magistrado é dos sete atuais integrantes da corte que foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos julgamentos do STF, Barbosa tem adotado posições fortes e já se envolveu em várias discussões acaloradas com outros membros do tribunal máximo do país. O magistrado é o relator da ação penal mais importante em andamento no tribunal: a do caso do mensalão. Para acelerar o desfecho dessa causa –que possui 39 réus– e evitar a prescrição dos crimes contra os acusados, Barbosa adotou inovações, como a digitalização total dos autos do processo. A carreira jurídica de Barbosa inclui a atuação como membro do Ministério Público Federal (1988-2003), como chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde (1985-1988) e como advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), entre 1979 e 1984. Barbosa é professor licenciado da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Possui os títulos de doutor e mestre em direito pela Universidade de Paris-2 (Panthéon-Assas). O magistrado nasceu na cidade mineira de Paracatu. do Direito do Estado

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Ciro Gomes é macho pra “cascalho”

Entre as muitas reações às medidas anunciadas pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), contra a “farra das passagens”, a do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) foi a mais “raivosa”. Indignado, ele chamou colegas de “babacas” e falou palavrões enquanto conversava com jornalistas. Ao negar em plenário que tenha emitido passagens de sua cota para a sua mãe ir a Nova York (EUA), Ciro foi mais moderado. “Trata-se de leviana e grosseira mentira aquilo que foi feito, envolvendo pelo menos o nome de minha mãe, octogenária”, disse. Minutos depois, no entanto, Ciro, ex-candidato a presidente da República, repetiu por diversas vezes aos jornalistas que creditavam a informação ao Ministério Público: “Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputados”. “Pode escrever o caralho aí”, disse. Ainda muito irritado, o deputado criticou as medidas, anunciadas ontem, que vetam o uso da cota por familiares, chamando alguns colegas, sem dar nomes, de “babacas”. “Até ontem era tudo [o uso de passagens] lícito, então por que mudou? É um bando de babaca”, disse. Em referência a Fernando Gabeira (PV-RJ), o deputado do Ceará também fez críticas a colegas que “se dizem do grupo dos éticos, mas dão passagens aos seus parentes”. Ciro disse que não só não usou sua cota para sua mãe como devolveu, desde 2007, R$ 189 mil aos cofres públicos. Na última pesquisa Datafolha, feita em março, Ciro aparece em primeiro ou em segundo lugar na corrida presidencial, a depender do cenário. Além dele, o deputado Sílvio Costa (PMN-PE) também fez fortes críticas a Temer. Ele afirmou que vai recorrer em plenário caso seja aprovado o ato da Mesa que acaba com o uso da cota para parentes. “Não é justo que mulher e filhos não possam vir a Brasília. Quer dizer que agora eu venho para Brasília e minha mulher fica lá? Assim vocês querem que eu me separe. É preciso acabar com essa hipocrisia. Ou a Câmara tem a coragem de falar a verdade ou cada dia vamos apanhar mais”, disse, para logo a seguir ser aplaudido por colegas. blog do Reinaldo Azevedo

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Severino Cavalcanti X Fernando Gabeira

Brasil: da série “só dói quando eu rio”! Sei não. Os Tupiniquins estamos assistindo uma tragédia que embora tenha ares de comédia, mais que uma farsa, é surrealismo puro. No momento em que o Severino Cavalcanti tem espaço para dar lições de ética… Severino fala sobre uso das passagens por Gabeira O Blog do Mello entrevistou com exclusividade o ex-deputado, presidente da Câmara dos Deputados e atual Prefeito de João Alfredo, município do estado de Pernambuco, Severino Cavalcanti, para saber o que ele tem a dizer sobre o mais recente escândalo da Câmara, especialmente em relação ao deputado Fernando Gabeira: “Sabe o que acontece? Eu não gosto de pisar em ninguém que está por baixo. Ele agora está sendo humilhado por ele mesmo. Eu vou preferir deixar passar a pose dele, ele repor o dinheiro que recebeu… É melhor eu não declarar nada agora não. (…) Isso aí você pode até dizer com relação a Gabeira, dizer que eu disse que ele não tem autoridade pra criticar ninguém. Porque até hoje eu estou…não tive nada… quando eu era presidente da Câmara, nunca dei passagem pra ninguém não. As passagens minhas quem gastava era eu, porque eu usava as passagens pra visitar minhas bases. Eu estava aqui: todo final de semana eu vinha pra Pernambuco. Ele que era o paladino, não podia nunca fazer isso, se mandar para a Europa…

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Senado discute forma do Código de Processo Penal

Sarney recebe projeto elaborado por grupo de advogados. Prevê, entre outras coisas, a extinção do foro privilegiado. Limita a três o nº de recursos judiciais – um por instância. Proposta vai à internet e à discussão em sessões públicas O presidente do Senado, José Sarney, recebe nesta quarta (22), às 11h, uma proposta de reformulação do Código de Processo Penal. Foi encomendada pelo Senado a uma comissão de nove advogados (veja os nomes no rodapé). Começaram a trabalhar em julho de 2008. Concluíram a tarefa na semana passada. O projeto que vai às mãos de Sarney sugere modificações em todo o código, baixado por decreto-lei, em 1941, sob o Estado Novo. Velho de 68 anos, o código sofreu inúmeras alterações ao longo dos anos. Mas vem sobrevivendo às tentativas de reforma abrangente. Deve-se a nova investida ao senador Renato Casagrande (PSB-ES). Partiu dele a idéia de constituir a comissão de especialistas. Diz Casagrande: “Desde 1941, tivemos a Segunda Guerra Mundial, o golpe militar de 64, a Constituinte de 88 e a redemocratização…” “…E o Código Penal foi apenas remendado. Mantém o espírito original. Está defasado. Chegou a hora de mudar”. Uma das inovações sugeridas é a imposição de um limite para os recursos em processos penais. Seriam apenas três-um em cada instância do Judiciário. Não é pouca coisa. Num debate travado no plenário do STF, em fevereiro passado, o ministro Joaquim Barbosa deu uma idéia do tamanho da encrenca. Discutia-se o recurso de um réu condenado. Pedia para responder ao processo em liberdade. Contrário à demanda, Joaquim Barbosa disse: “O leque de opções de defesa que o ordenamento jurídico brasileiro oferece ao réu é imenso, inigualável. Nenhum país no mundo oferece tamanha proteção…” “…Sou relator de um rumoroso processo de São Paulo. Só de um dos réus foram julgados 62 recursos no STF”. Vão abaixo outras sugestões de mudança inseridas no projeto que vai às mãos de Sarney: 1. Foro privilegiado: Propõe-se a extinção do privilégio dado a autoridades de ser processadas e julgadas apenas nos tribunais superiores. 2. Prisões provisórias: Impõe limites para a detenção de acusados antes da condenação. Hoje, considerando-se todos os prazos previstos no código, formou-se uma jurisprudência de que a prisão provisória pode durar, no máximo,81 dias. Porém, há no país casos de pessoas que ficam em cana, à espera de julgamento, por prazos superiores a cinco anos. São presos pobres, sem bolso para o advogado. 3. Juiz de Garantia: Seria um personagem novo no ordenamento jurídico. Participaria apenas da fase de investigação de delitos. Na hora da sentença, o processo iria às mãos de outro juiz. Supõe-se que, com a divisão de atribuições, assegura-se a imparcialidade do julgamento. 4. Inquéritos: O projeto prevê a desburocratização dos inquéritos, aproximando o Ministério Público da Polícia Judiciária. Hoje, procuradores e promotores dialogam com a polícia por meio do juiz. Passariam a se entender diretamente. 5. Cautelares: Hoje, o juiz só dispõe de três medidas cautelares: prisão provisória, fixação de fiança ou detenção domiciliar. O projeto cria outras 11 possibilidades. Entre elas: suspensão do exercício de função pública; interrupção das atividades de empresas… …Proibição de frequentar determinados locais públicos; suspensão da habilitação para dirigir, pilotar aviões ou conduzir embarcações; e afastamento do lar. 6. Tribunal do Júri: O projeto eleva de sete para oito o número de jurados. Com isso, evita-se que um réu seja condenado ou absolvido pela diferença de apenas um voto. E se der um empate de quatro a quatro? Nessa hipótese, o placar beneficiria o acusado, absolvendo-o. O projeto, por controverso, será levado à internet. Receberá sugestões por um período de 30 dias. Pretende-se realizar também audiências públicas. No Senado e nos Estados. A primeira, já aprovada, será feita na Comissão de Constituição e Justiça. Depois disso, o projeto começa a tramitar no Senado. “Em meio a essa fase de denúncias, pode contribuir para que tenhamos uma pauta positiva”, crê Casagrande. Deu-se na década de 80 a última tentativa de promover um ajuste amplo no Código de Processo Penal. Ibrahim Abi-Ackel, então ministro da Justiça, também encomendara uma proposta a uma comissão de juristas. Concluída, foi ao Congresso. Virou o projeto de lei 1.655, de 1983. O debate desandou. E a proposta foi retirada da pauta pelo Executivo. Hoje, escorregam pelos escaninhos do Congresso 200 projetos de alteração do código -66 no Senado; 134 na Câmara. Todos pontuais, contudo. Nenhum abrangente. – PS.: Eis a lista de integrantes da comissão do Senado: 1) Antonio Corrêa, juiz federal; 2) Antônio Magalhães Gomes Filho, advogado e professor da USP; 3) Eugenio Pacelli, procurador Regional da República; 4) Fabiano Augusto Martins Silveira, consultor legislativo do Senado; 5) Félix Valois Coelho Júnior, advogado e ex-Secretário de Justiça do Amazonas; 6) Hamilton Carvalhido, ministro do STJ; 7) Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Advogado e Professor da UFPR; 8) Sandro Torres Avelar, Delegado federal e presidente da ADPF; Tito de Souza Amaral, promotor de Justiça. blog Josias de Souza

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Assalto ou estupro

Um estranho caso de assalto e estupro envolvendo um criminoso e uma cabeleireira está mobilizando a polícia russa. Segundo o site “Life.ru”, uma cabeleireira de 28 anos identificada como Olga teve o salão invadido por um assaltante na terça-feira (14). Ela, que é treinada em artes marciais, conseguiu render o homem de 32 anos, identificado como Viktor, e levou-o para uma sala reservada. Olga teria usado um secador de cabelo para render o assaltante, e acabou prendendo-o, mas não chamou a polícia. Ela teria obrigado o criminoso a tomar o estimulante sexual Viagra, para depois abusar dele por diversas vezes, durante os dois dias seguintes. Depois de ser libertado, Viktor foi ao hospital para curar seu órgão sexual “contundido”, e depois registrou queixa contra Olga. No dia seguinte, foi a vez de Olga registrar queixa contra Viktor por assalto. A história fica ainda mais confusa, segundo o “Life.ru”, porque a polícia não tem certeza de quem é o verdadeiro criminoso nesse caso de assalto que terminou em “estupro”. do G1

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Obama e Tecnologia da Informação

Novo czar da tecnologia de Obama sinaliza maior transparência pública e antecipa debate sobre ética digital. Ao indicar o descendente de indianos Aneesh Chopra, 33 anos, como novo responsável pela política tecnológica do seu governo, o presidente Barack Obama mostrou que está disposto a ampliar o acesso do cidadão comum aos dados e informações do governo, acelerando o início de uma complexa discussão sobre privacidade e a nova ética digital. A indicação de Chopra mostra também que Obama está interessado em intensificar as relações com a empresa Google, que já está fazendo trabalho semelhante nas administrações estaduais da Virginia, Arizona, Utah e Califórnia. Tudo indica que o primeiro ocupante do cargo de Chefe do Escritório de Tecnologia (Chief Technology Officer) do governo norte-americano vai centrar sua gestão no desenvolvimento de parcerias público-privadas com o objetivo de agilizar a digitalização dos órgãos públicos, especialmente os que têm relação direta com os contribuintes. Chopra já vinha trabalhando com a Google desde 2007, quando foi indicado para o cargo de Chefe do Escritório de Tecnologia no estado da Virginia. A Google desenvolveu para o estado um novo sistema de indexação de dados públicos para torná-los mais acessíveis pelos mecanismos privados de buscas na Web. O Site Map Protocol viabiliza, por exemplo, a integração dos vários bancos de dados da área da saúde púbica na Virginia. Agora, qualquer pessoa interessada em marcar uma consulta com um médico em hospital público poderá saber se o profissional procurado tem processos na justiça ou no conselho médico nacional. Também saberá se existem reclamações de outros pacientes contra o mesmo médico. O sistema criado pela Google permite que buscas a uma página de um órgão do governo, acionem automaticamente buscas nos site de outros órgãos governamentais que tratem do mesmo tema procurado. Se por um lado, o sistema facilita as buscas dos usuários da internet e oferece aos jornalistas uma inédita transparência nos dados públicos, por outro tende a acelerar e aprofundar o debate em torno dos novos parâmetros da privacidade na internet. O acesso da Google a setores cada vez mais amplos da administração pública norte-americana transformará a maior empresa de buscas na internet num gigantesco repositório de dados públicos e privados. Nunca na história da humanidade uma empresa teve tanta informação acumulada em seus computadores. Esta situação torna compulsório um novo debate, em todo o mundo, sobre o papel da tecnologia na vida quotidiana dos cidadãos e nas suas relações com órgãos públicos. A transparência é uma faca de dois gumes: se por um lado é indispensável ao funcionamento da democracia e aos negócios contemporâneos, por outro, implica um novo comportamento de todos nós em relação à informação pessoal. A ampliação da transparência em todos os aspectos da vida moderna, tanto na internet, como nos governos e entre as pessoas, traz como corolário a valorização da ética como única ferramenta capaz de organizar as relações humanas. Estamos entrando na era das paredes de vidro, o que nos obriga também a discutir também uma nova moral para uma sociedade baseada na tecnologia e na informação. por Carlos Castilho – Observador da Imprensa

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STF avalia impor eleição indireta em caso de cassação

Parte dos ministros discorda da interpretação do TSE de que segundo mais votado deve assumir cargo Depois das cassações dos governadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Jackson Lago (PDT-MA), cresceu no Supremo Tribunal Federal (STF) o debate interno sobre se está ou não correta a interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que mandou os segundos colocados assumirem os Executivos da Paraíba e do Maranhão e descartou a necessidade de ser realizada uma nova eleição. Para os ministros que discordam da decisão do TSE, a Constituição não está sendo respeitada e a Justiça Eleitoral vem permitindo que políticos rejeitados pela maioria do eleitorado “vençam no tapetão”, sem que haja certeza de que as fraudes tenham sido decisivas para a vitória eleitoral. Com as cassações impostas pelo TSE, os governos dos dois Estados foram assumidos pelos segundos colocados na eleição de 2006, os ex-senadores Roseana Sarney (PMDB-MA) e José Maranhão (PMDB-PB), adversários dos governadores Jackson Lago e Cunha Lima, respectivamente. Mas, por provocação do PSDB, partido de Cunha Lima, o Supremo terá de decidir em breve se valida ou não as decisões do TSE. Desde fevereiro, a ação está na Procuradoria Geral da República aguardando parecer. O Estado apurou que há chances reais de o tribunal concluir que, depois da cassação, deveria ser realizada nova eleição, provavelmente indireta. Os ministros favoráveis a essa tese baseiam-se na própria Constituição. do O Estado de São Paulo – Mariângela Gallucci

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