Não tem como esconder. Era só uma questão de tempo. Embora a carga da imprensa parcial tenha sido em cima dos petralhas, mensaleiros e cuequeiros valerianos, o tempo vai levantando o tapete da cachorrada dos financiamentos via caixa 2. Em todos os partidos! O site Às Claras, revela o tamanho do buraco imoral de suas (deles) ex-celências: Nas eleições municipais de 2008, as empresas do grupo doaram R$ 5,96 milhões. O campeão foi o comitê financeiro do DEM de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab era o candidato. Tamanho da ‘ mão grande’: R$ 3 milhões. Doações diretas para os candidatos: o prefeito de Curitiba, Beto Richa, do ético PSDB , pegou R$ 300 mil; pra não ficar atrás da mamata a canditada do PT Gleisi Hoffmann (PT), mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, embolsou de recursos não contabilizados R$ 500 mil; o também petista João da Costa (PE), com R$ 200 mil. A Camargo Corrêa já havia sido a maior doadora individual da campanha à Prefeitura de São Paulo de José Serra (PSDB) em 2004, com R$ 1,016 milhão. Kassab era o vice de Serra. Ao todo a desinteressada empreteira Camargo Corrêa doou, R$ 4,18 milhões em 2004. Dos 10 candidatos que mais receberam, 5 eram do PT, 3, do PSDB e 1, do então PFL (hoje DEM). Os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que, na corrida presidencial de 2006, empresas do grupo doaram R$ 3,54 milhões para o comitê de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu R$ 400 mil. Em 2006, foram mais de R$ 13 milhões doados. O senador Garibaldi Alves (PMDB) recebeu R$ 400 mil, o governador Aécio Neves (PSDB-MG) e a senadora Roseana Sarney (PMDB), R$ 300 mil, cada um. O senador Aloizio Mercadante (PT), R$ 200 mil, assim como o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). A desinteressada empreiteira fez a doação de toda essa grana por pura filantropia. Jamais passou na cabeça de seus dirigentes nenhuma intenção de obter vantagens futuras com tais ínclitas e éticas figuras públicas. Não escapa ninguém. Interessante que sempre se aponta o corrupto. Nunca o corruptor. Um, não existe sem o outro. Agora começam a surgir os abastecedores dos caixas 2. E nós que pensávamos que “castelos” eram coisas somente do deputado Edmar Moreira. O editor Camargo é a ‘doadora-mãe’ de campanhas A empreiteira Camargo Corrêa, alvo da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, foi a “doadora-mãe” da campanha de 2006, financiando candidatos de todos os partidos. A construtora gastou perto de R$ 7,3 milhões em doações para figuras ilustres do PSDB (R$ 1,7 milhão para 25 candidatos), PFL (R$ 1,5 milhão, treze campanhas). PT e PMDB (R$ R$ 1,3 milhão cada) para 14 e 16 candidatos, respectivamente. ‘Investimentos’ A Camargo Corrêa ajudou a eleger uma bancada e tanto: 46 deputados federais, 26 estaduais e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Bancada petista Alguns petistas receberam doações da empreiteira: Arlindo Chinaglia (R$ 120 mil), Janete Pietá (R$ 250 mil) e Cândido Vacarezza (R$ 43 mil). Ex-ministro também O ex-ministro da Educação de FHC Paulo Renato Souza (PSDB) recebeu R$ 100 mil da Camargo Corrêa para sua última campanha. coluna Claudio Humberto
Aguente aí meu caro Tupiniquim. Veja só para onde vai o seu, o meu, o nosso sofrido dinheirinho. Só não entendo porque esses 81 “inocentes” — não tem unzinho deles que confesse ter conhecimento de tanta maracutaia. Portando são todos omissos e coniventes — não são denunciados por formação de quadrilha. Esses caras são cegos e surdos? Tanto tempo no senado e não desconfiavam de nada? Ainda ouvimos, e lemos, alguns desses elementos discursando e escrevendo sobre moral e ética. Ô corja! O editor Nos últimos 14 anos, atos assinados por três senadores ajudaram a inchar o Senado, que hoje tem cerca de 10 mil servidores para atender a apenas 81 congressistas. Deste total, cerca de 4.000 vagas foram criadas a partir de 1995 e são preenchidas por indicação política, os chamados comissionados. Nem todas as vagas são preenchidas. Mesmo assim, o número atual de comissionados (3.000) e terceirizados (3.500) é 116% maior do que os 3.500 concursados. A multiplicação dos cargos de livre nomeação no Senado começou a partir do primeiro mandato de (PMDB-AP), e continuou nas gestões de José Sarney, Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) e Renan Calheiros (PMDB-AL). Por atos administrativos, criaram cargos e permitiram aos senadores dividirem as novas vagas. A divisão possibilitou que com o salário de um cargo (o maior valor é de R$ 10.869,34), os senadores pudessem contratar até oito pessoas com salários menores. O pagamento de hora extra cheia (R$ 2.650) para servidores do Senado é uma forma de aumentar os salários, que ficam menores com a divisão dos cargos. Os pagamentos de hora extra e outros adicionais não são registrados nem nos contracheques para evitar a divulgação do subterfúgio. Sarney inaugurou a prática da multiplicação dos cargos no seu mandato de 1995 a 1997, repetida por outras gestões. Por isso atualmente cada gabinete pode contar com até 53 servidores nomeados, além de até nove efetivos, o que corresponde a números de uma pequena empresa, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Na Mesa Diretora, que reúne sete senadores, com essa regra, cargos comissionados podem chegar a 692. A média salarial destes servidores sem concurso é de R$ 8.000. da Folha de São Paulo
Da série ” O tamanho do buraco“ Até servidores exonerados insistem em permanecer nos apartamentos funcionais da Casa. Confiam na “boa vontade” de deputados influentes para continuar no imóvel, apesar da ordem de despejo De Izabelle Torres: A ação de despejo anunciada pela Mesa Diretora da Câmara para retirar 24 servidores dos imóveis funcionais, mostrou um quadro de loteamento repleto de apadrinhamento político e uma insistência sem fim em morar às custas dos cofres públicos. Prova disso é o fato de que três desses funcionários que continuam nos apartamentos foram exonerados em fevereiro e sequer constam na lista de servidores da Casa. Outros 13 moradores não fazem parte do quadro efetivo e ocupam cargos de livre provimento. Amparando nomeados e exonerados estão padrinhos influentes como o segundo-secretário Inocêncio Oliveira (PR-PI), o ex-segundo-vice Ciro Nogueira (PP-PI) e o atual presidente Michel Temer (PMDB-SP), que deixou dois servidores nos quadros de estrutura da Casa durante seu primeiro mandato à frente da Presidência. Mas, quem mais surpreende pela capacidade de influenciar a distribuição dos apartamentos é o ex-deputado e ex-quarto-secretário João Caldas, que mantém o sobrinho Luiz Carlos Silva em um apartamento na 203 Sul, apesar de o estudante ter sido exonerado em 17 de fevereiro, segundo o Boletim Administrativo. Frequentador assíduo do apartamento em nome de Luiz Carlos, João Caldas é tratado pelos porteiros do prédio como o “simpático deputado do apartamento 102”. Para justificar a proximidade do ex-parlamentar com o imóvel que consta em seu nome e o fato de não o ter desocupado depois da sua exoneração, o estudante é evasivo. “Não sei por que conhecem o João Caldas tanto assim. Quem mora lá sou eu. Não fui embora porque estamos articulando minha volta. Acho que vou ser nomeado de novo em outro cargo”, comenta. do Noblat