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Raimundo Nonato e Raimundo Costa – Versos na tarde

O PLANETA MOVIDO A INTERNET – Cantoria Raimundo Nonato e Nonato Costa O visor como tela de TV, O teclado acessível como book Pra maiúsculo ou minúsculo é Caps “Look” (Lock) Pra mandar imprimir é Control P Com o micro” Sansung e LG e os programas que a Apple financia A indústria da datilografia nunca mais vai fazer máquina Olivetti E o planeta movido a internet é escravo da tecnologia Quem se pluga em milésimo de segundo E se conecta ao portal e seus asseclas Basta apenas tocar numa das teclas que o visor nos transporta a outros mundos Desde a terra dos solos mais fecundos Ao espaço onde o vácuo se inicia Quem formata depois cola, copia e prende o mundo na grade de um disquete O planeta movido a internet é escravo da tecnologia A indústria se auto-destruindo Descartou o compacto e LP Veio o surto da febre do CD e DVD mal chegou e já está saindo MD não há mais ninguém pedindo Nu a DAT gravar ninguém confia Fita BASF tem pouca serventia e ninguém quer mais nem ver videocassete E o planeta movido a internet é escravo da tecnologia Brasil SAT é mais uma criação que nos nossos vizinhos deu insônia O Sivam espiona a Amazônia evitando que haja outro espião É por via satélite a transmissão que não tem transmissão por outra via Uma antena seqüestra a sintonia pra DirecTV, Sky e Net O planeta movido a internet é escravo da tecnologia Transatlânticos no mar fazem cruzeiros E pelos micros das multinacionais Hoje tem conferências virtuais com os executivos estrangeiros O email é correio sem carteiros, tanto guarda mensagem como envia Os robôs usam chip e bateria e videogame é brinquedo de pivete E o planeta movido a internet é escravo da tecnologia Cibernética na prática e no papel deixa os seres online e ganham IBOPE Com Word tem Palm e laptop e ainda mais PowerPoint e Excel É possível quem mora em Israel pelo Messenger teclar com a Bahia Se os autômatos ganharem rebeldia tenho medo que a máquina nos delete O planeta movido a internet é escravo da tecnologia Pra prever terremotos e tufões os sismógrafos têm números numa escala E o trem-bala é veloz como uma bala numa linha arrastando dez vagões No Japão e na China as construções já suportam tremor e ventania Torre, ponte, edifício, rodovia são perfeitos do jeito da maquete E o planeta movido a internet é escravo da tecnologia Nosso pouso na lua foi suave, um robô foi a Marte e se deu bem Estão querendo ir ao Sol, mas o Sol tem de calor um problema muito grave Mas a NASA não tem espaçonave que suporte essa carga de energia, Se for feita de fibra, se desfia, e de alumínio o monstrengo se derrete O planeta movido a internet é escravo da tecnologia Motorola trocou técnica e conselho, Nokia e Siemens galgaram patamares Já estão fora de moda os celulares que têm câmera e visor infravermelho Reduzindo o tamanho de aparelho, a Pantech fez mais do que devia Que a memória de um chip não podia ser mais grossa que a lâmina de um Gillete E o planeta movido a internet é escravo da tecnologia Hoje a Bombardier não fere as leis e a Embraer mãe de Sênecas e Tucanos Invísivel aos radares há dois anos, já existe avião que a Sukhoi fez É da Nasa o XA-43 que voando tem mais autonomia Um piloto automático opera e guia o Airbus e o 747 O planeta movido a internet é escravo da tecnologia

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Remédios Antigos – Vinho de Cocaína

Quando foram descobertas, a Cocaína, morfina e até a heroína eram vistos como remédios miraculosos . Hoje são proibidas, mas estavam legalmente disponíveis no passado. Muitos dos fabricantes existem até hoje, e proclamavam até o final do século 19 que seus produtos continham estas drogas. O vinho de coca da Metcalf era um de uma grande quantidade de vinhos que continham coca disponíveis no mercado. Todos afirmavam que tinham efeitos medicinais, mas indubitavelmente eram consumidos pelo seu valor “recreador” também.

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Como salvar os jornais

Com o avanço da internet e principalmente dos blogs, os paquidérmicos jornalões, lerdos na divulgação dos fatos, começam a mostrar que estão ficando superados. A agilidade necessária para acompanhar um mundo cada vez mais tecnológico, não encontra guarida no lento processo de produção de notícias impressas. A notícia surge em tempo real, na internet e principalmente nos celulares. Afinal, o celular é o único aparelho que passa 24 horas com o usuário. Ninguém fica o tempo todo diante da TV nem do computador, mas porta o celular dia e noite. Milhares de amadores estão atentos para produzir conteúdo através das câmeras cada vez mais sofisticadas dos celulares. Daí a busca incessante para atingir o leitor através da telinha dos aparelhos que, eventualmente, servem para telefonar. Alguns estudiosos se aprofundam na análise do problema. O editor Como salvar os jornais (e o jornalismo) Walter Isaacson¹ – Estadão Durante os últimos meses, a crise no jornalismo atingiu proporções de derretimento. Agora é possível contemplar num futuro próximo uma época em que algumas grandes cidades não terão mais seu próprio jornal e as revistas e redes de notícias empregarão apenas um punhado de repórteres. Há, no entanto, um fato chocante e algo curioso a respeito desta crise. Os jornais têm hoje mais leitores do que nunca. O seu conteúdo, assim como o das revistas de notícias e de outros produtores do jornalismo tradicional, é mais popular do que jamais foi – até mesmo (na verdade, especialmente) entre o público jovem. O problema é que um número cada vez menor de leitores está pagando pelo que lê. As organizações jornalísticas estão distribuindo gratuita e alegremente as suas notícias. De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Pew, no ano passado houve uma virada marcante: nos Estados Unidos, as notícias gratuitas disponíveis na internet foram mais procuradas do que os jornais e revistas pagos que publicavam o mesmo conteúdo. Quem pode se espantar com isso? Até mesmo eu, um antigo viciado em publicações impressas, deixei de assinar o New York Times, porque se o jornal não acha justo cobrar pelo acesso ao seu conteúdo, eu me sentiria um tolo pagando por ele. Esse modelo comercial não faz sentido. Talvez esse sistema tenha dado a impressão de fazer sentido quando a publicidade eletrônica estava prosperando e qualquer editor parcialmente consciente podia fingir fazer parte do clã que “compreendia” as mudanças da época ao entoar o mantra de que “o futuro” estava na publicidade na internet. Mas quando a publicidade eletrônica entrou em declínio no último trimestre de 2008, o futuro do jornalismo parecia ser gratuito assim como um penhasco íngreme é o futuro de um bando de lemingues.

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