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Patativa do Assaré – Versos na tarde

O Burro Patativa do Assaré¹ Vai ele a trote, pelo chão da serra, Com a vista espantada e penetrante, E ninguém nota em seu marchar volante, A estupidez que este animal encerra. Muitas vezes, manhoso, ele se emperra, Sem dar uma passada para diante, Outras vezes, pinota, revoltante, E sacode o seu dono sobre a terra. Mas contudo! Este bruto sem noção, Que é capaz de fazer uma traição, A quem quer que lhe venha na defesa, É mais manso e tem mais inteligência Do que o sábio que trata de ciência E não crê no Senhor da Natureza. ¹Antônio Gonçalves da Silva * Assaré, Ceará, – 1909 d.C + Assaré, Ceará, – 2002 d.C >> biografia de Patativa do Assaré

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Lei Maria da Penha – Denúncias de violência contra as mulherem crescem

Segundo governo, mais de 24.523 pessoas relataram agressão em 2008. Em 2007 foram registrados 20.050 relatos de agressão. A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres divulgou nesta segunda-feira (12) o balanço do atendimento pelo Ligue 180 em 2008. O número atende mulheres que sofreram agressões e ameaças. Em 2008, 24.523 pessoas relataram as agressões sofridas para as atendentes. Em 2007 foram registrados 20.050 relatos. Esses casos, segundo o governo, são de mulheres que aceitam relatar como foram agredidas, quantas vezes e por quem. Segundo o levantamento, mais de 269,9 mil pessoas ligaram para o 180, o que representa um aumento de 32% em relação a 2007. A Secretaria Especial acredita que a procura maior por auxílio está diretamente relacionada com a sanção da Lei Maria da Penha em 2007. Desse total, 6.499 telefonemas foram para relatar ameaças de morte ou agressão. Outras 13.785 ligações foram para contar agressões leves, graves ou gravíssimas. A maior parte das mulheres que relatou as agressões por telefone (64,9%) disse que é agredida diariamente. Cerca de 16% revelaram sofrer alguma agressão semanalmente. Contudo, na maior parte das vezes as ligações são apenas para pedir informações sobre onde fazer as denúncias contra os agressores ou para solicitar a indicação de serviços de atendimento para vítimas. Em 2008, 140.075 telefonaram para o Ligue 180 pedindo informações de como deveriam proceder nos casos de violência familiar e doméstica e crimes contra mulher. Nesses casos, segundo a Secretaria Especial, as vítimas procuram ajuda depois de terem sofrido a agressão, mas não relatam os detalhes da violência. As ligações também são feitas para ter informações sobre seus direitos depois do advento da Lei Maria da Penha. Outros 102.146 mil ligaram para o 180 pedindo indicação de serviços de atendimento específico, como a localização de postos de saúde que ajudem vítimas de abuso sexual, por exemplo. Desses mais de 102 mil atendimentos, em 45.067 casos as vítimas queriam saber o endereço da delegacia da mulher. Ou seja, nesses casos elas também já teriam sido agredidas e buscavam apoio para fazer a denúncia. do G1

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Celulares investem no padrão iPhone

Parece mesmo que os concorrentes do iPhone, decidiram que mercadologicamente a única saída é adotar o visual e a funcionalidade do aparelho da Apple. As características comuns a todos eles é são a tela sensível ao toque e acesso rápido à internet. Na CES, feira de tecnologia de Las Vega,EUA, foram apresentadas poucas inovações. As poucas foram um celular-relógio e um aparelho de plástico reciclado. Sony Xperia X1 O Xperia vem com um teclado, caso o usuário não queira digitar na tela do aparelho. Custando US$ 700, a belezura usa sistema operacional da plataforma móvel do Google e teclado deslizante que fica embutido embaixo da tela. Medindo 17 mm de espessura o aparelho vem câmera de 3,2 megapixels. O Incite LG e o A3100 Motorola W233, da Motorola, usa plástico reciclado de garrafas pet.

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Cinema Nacional – Filme “Se eu fosse você 2”

Recorde no cinema brasileiro A estréia do filme “Se eu fosse você 2” foi vista por 575.000 pessoas, recorde para filmes brasileiros em catorze anos. Foi do tipo arrasa-quarteirão o fim de semana de estreia de “Se eu fosse você 2” exibido em 330 cinemas. O filme é dirigido por Daniel Filho. Foi o melhor resultado de público do cinema brasileiro numa estreia desde meados dos anos 90, quando ocorreu a chamada retormada. Supera, assim, Carandiru, até agora o número 1, com 468.000 espectadores no primeiro fim de semana. A continuação tem tudo para ir além da versão original, que alcançou 3,6 milhões de espectadores e foi o filme nacional mais visto de 2006. da Veja

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Monitoramento Remoto – Pais ausentes, filhos presentes

Pais vigiam acampamento pela web Colônias para crianças e adolescentes oferecem de fotos a imagens em tempo real dos filhos em atividades Pode até parecer neurose ou mesmo excesso de zelo, mas eles, os pais, estão cada vez mais cuidadosos na hora de decidir mandar os filhos para um acampamento de férias. Entre os quesitos fundamentais – como ser uma empresa idônea, com boa orientação pedagógica, instalações confortáveis e excelente comida – , exigem ferramentas que possibilitem vigiar a prole o tempo todo, mesmo a distância. Não por outro motivo, hoje, os acampamentos oferecem desde sites com jornais atualizados diariamente, com fotos da garotada nas atividades, até câmeras que transmitem em tempo real tudo que se passa por lá. “Antes, o mundo não era tão violento e os pais não tinham à disposição tantas ferramentas de controle como hoje”, explica Rodrigo Oehlmeyer, diretor do acampamento Eterna Amizade. “Começamos com um jornalzinho eletrônico, mas os pais ligavam reclamando que os filhos quase não apareciam ou que na foto não estavam sorrindo. Passamos a dar close e fazer vídeos das atividades.” Em geral, os acampamentos têm programação tão intensa que as crianças acabam esquecendo até que estão longe de casa e dos pais. Elas passam o dia divididas entre gincanas, futebol, vôlei, brincadeiras na piscina e atividades de aventura, como arvorismo. “Quando minha mãe liga, eu falo rapidinho porque estou sempre brincando e não quero perder tempo”, diz Ada Manoel, de 14 anos, que está fazendo as malas para mais uma temporada de férias. “A primeira vez que Ada acampou fiquei com o coração na mão”, diz a mãe, Viviane, de 36 anos. “Telefonei todos os dias, mandei e-mails e assisti a tudo que passava no site do acampamento.” Até que um dia, a filha escreveu que não estava com saudades e que ela não precisava mais ligar. “Fiquei decepcionada.” Mesmo com a retaliação da filha, ela continua ligando, quando Ada vai acampar. “Eu tenho saudade. A casa fica muito vazia”, explica. “Não gosto nem de ajudá-la a fazer as malas.” Alguns acampamentos como o Eterna Amizade proíbe que as crianças levem celular. “Queremos que ela faça novas amizades. O celular atrapalha”, diz Oehlmeyer. Mas, para os pais, acostumados a controlar os filhos pelo telefone na cidade, isso é mais um motivo de insegurança. “Mesmo com toda tecnologia que oferecemos, flagrei uma mãe dentro do acampamento, escondida atrás de uma árvore, vigiando o filho.” No acampamento Estância Peralta, em Brotas, o celular foi proibido por questão de segurança. “O aparelho não é mais apenas um telefone, mas uma ferramenta multimídia“, diz a proprietária Maria Pia Coimbra, de 67 anos. “Tenho medo, por exemplo, que uma das meninas seja fotografada no banho e que sua imagem vá parar na internet.” Na sua quinta temporada no acampamento, Taísa Marques Figueiredo Luna, de 12 anos, explica que, quando quer ligar para sua mãe, vai ao orelhão, que fica à disposição de todos. “Também mando e-mail para os meus pais.” Mesmo sabendo das regras, há pais que mandam celulares escondidos dentro da mala. “Mas as crianças brincam tanto que se esquecem do aparelho. Não ligam e não atendem. Daí, eles ficam mais preocupados”, diz Maria. O Peralta chegou a instalar câmeras em quase todos os ambientes de atividades, como a piscina, o ginásio e o refeitório, para mandar imagens em tempo real para os pais. “Os adolescentes ficaram revoltados, achando que se tratava de uma invasão de privacidade.” Para contentar pais e filhos, Maria deixou a câmera só no refeitório, que é ligada duas vezes ao dia, no jantar e no almoço. “Um dos objetivos do acampamentos é estimular a independência, novas amizades e o senso de responsabilidade dos acampantes”, diz Ricardo Moraes, de 39 anos, gerente-geral do Paiol Grande. As crianças se submetem a regras, como arrumar o quarto, a mala e cumprir horários. “Hoje os pais são mais preocupados que antes.” Há 60 anos, quando o Paiol começou não existia celular nem internet e a estrada que leva a seus alojamentos, em Campos do Jordão, era de terra. “Os pais encontraram também nesses recursos um jeito de participar da diversão de seus filhos”, diz a psicóloga Lídia Aratangy, autora de livros de relacionamento entre pais e filhos. “Eu acompanho pelo computador minha filha ficando moreninha, brincando na piscina, sendo feliz”, diz o bancário Henrique Frigo, de 29 anos, pai de Camila, de 7 anos. “Mandá-la para um acampamento é ficar longe, mas dar espaço para Camila fazer o que tem vontade, só que com a internet consigo ainda participar desse momento bom, o que me dá alegria.” do Estadão

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Aquecimento global, Cadê?

Alguém aí pode informar aos Europeus e aos cara pálidas das pradarias do Bush que o frio, no qual eles estão virando picolé, é somente impressão? Informem, risos, que o mundo tá derretendo, risos, por causa do aquecimento global, risos, causado pelo desmatamento da Amazônia, risos, e “otras cositas mas” como a flatulência, risos, dos grandes rebanhos bovinos! Ah!, aproveitem e informem aos “verdes” que os sem teto em Chicago, — aliás, segundo as “otoridades” de lá, este é o inverno mais frio dos últimos 30 anos — para se aquecer, estão fazendo fogueira com o livro sobre aquecimento global, “Uma Verdade Inconveniente”, do eco chato Al Gore. O livro é vendido nos camelôs por us$50 cents. Literalmente uma “queima”. Risos às escâncaras, como dizia Machado. O de Assis, no calorzinho amigável do Cosme Velho do século XIX.

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Guerras, governantes e órgãos de inteligência

Fica patente que, apesar da história ser escrita pelos vencedores, o avanço da tecnologia na divulgação mais ampla e imparcial dos fatos, vai proporcionado à humanidade a possibilidade de, mais acuradamente, formar opinião mais isenta sobre a história contemporânea. A internet proporciona o acesso a informação não necessariamente escrita nos gabinetes da ditas agências de “inteligência”. Diabólicos Nesses tempos de crise e de guerras, sugiro uma parada estratégica para ler “Curveball” (Editora Novo Conceito, 270 páginas), do jornalista norte-americano Bob Drogin, já traduzido para o português. Você vai encontrar ali, detalhe por detalhe, a novela completa e chocante de como os órgãos de inteligência dos Estados Unidos conduziram George W. Bush e Colin Powell ao desastre da guerra do Iraque. Porque queriam ser conduzidos… Com Israel jogando bombas sobre escolas da ONU e sobre cabeças de mulheres e crianças, ameaçando transformar a faixa de Gaza no “maior cemitério do mundo”, como se tem dito, um foco do livro se torna cruelmente atual: os órgãos de inteligência – ou melhor, de espionagem – dos EUA, da Alemanha, da Inglaterra e de Israel trocam informações o tempo inteiro. Trabalham unidos. E erram unidos . Azar dos adversários comuns. No caso norte-americano, é assustador, petrificante, saber como eles produziram uma teia imensa de órgãos de espionagem que, em vez de se completarem, disputam entre si e fazem ouvidos moucos a tudo o que contraria o que eles próprios querem ver, ler, ouvir. Há a Cia, civil, a Dia, militar, o serviço Humint (que cuida de agentes desertores) da Dia, a NSA (Agência de Segurança Nacional). Sem contar que a própria ONU é infestada de agentes. Cada um desses órgãos corre para um lado, como linhas paralelas. O BND, da Alemanha, “descobriu” um desertor iraquiano (apelidaram-no de “Curveball”) que era engenheiro e se dizia importantíssimo, um peixe n’água nos escalões que projetavam e executavam umas tais “fábricas móveis” de produção de diabólicos agentes biológicos para disseminar antraz, toxina botulínica, cólera e sabe-se mais o que contra exércitos e populações inimigas. Desde o início havia indícios mais do que suficientes de que o tal cara era um amalucado, mentiroso contumaz, que adaptava suas histórias mirabolantes ao gosto do freguês, ou seja, dos agentes alemães. Ele era viciado em internet, colhia dados sobre agentes biológicos em documentos da própria ONU e falava o que eles, na verdade, queriam ouvir. Construía uma versão. Eles compraram alegremente. Os depoimentos eram em árabes e traduzidos para o alemão, o que já é uma ginástica. Depois, eram traduzidos novamente, desta vez para o inglês. No fim, viravam resumos aproveitando só o “sumo” do que ele dissera. Sem, portanto, todas as ressalvas, as dúvidas, as incongruências. E eram assim que desembarcavam nos altos escalões políticos de Washington. Os alemães nunca abriram o verdadeiro nome da “fonte” para os americanos nem permitiram que eles os entrevistassem diretamente antes da guerra. Pasme! Colin Powell foi ao Conselho de Segurança da ONU com um discurso que varou o mundo e entupiu as telas de TV justificando a invasão do Iraque com base numa única fonte, ao qual os EUA nunca tiveram acesso e da qual nem sequer sabiam o nome. É possível? Foi. O governo Bush invadiu o país alheio, gastou bilhões de dólares, matou milhares de iraquianos e de americanos com base no disse-que-disse. Depois, se viu que o Iraque, coitado, não tinha armas atômicas, nem armas químicas, muito menos armas biológicas. Era tudo pura estória da carochinha. Crianças acreditam em Papai Noel. O governo Bush quis acreditar em “Curveball” (bola com efeito), o iraquiano biruta e oportunista que estava louco para ganhar uma Mercedes dos alemães. O único (e grande) pecado iraquiano era Saddam Hussein, o ditador sanguinário que acabou humilhado e enforcado. Mas este não era um problema da Casa Branca. Muito menos lhe dava o direito de invadir a casa alheia. Bem, mas leia o livro. É imperdível, principalmente agora que as grandes potências assistem de braços cruzados Israel reagir “desproporcionalmente”, como todos admitem, aos “terroristas” do Hamas e a seus foguetes de fabricação praticamente caseira. A guerra do Oriente Médio é daquelas em que os dois lados têm razão, e nenhum dos dois lados tem razão nenhuma. Falta dialogar. Mas quem está por trás deles é infinitamente culpado. Força é poder. E força inebria, embriaga e pode gerar tragédias que marcam a história de pessoas, de famílias, de países e do próprio mundo para sempre. O pior disso é que a força, nesses nossos tempos, vem de informações de órgãos e pessoas completamente irresponsáveis e fora de si. A guerra do Iraque é um escândalo. Mas será que alguém aprendeu alguma coisa com ela? por Eliane Catanhede – Folha Online

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