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Brasil – O tamanho do buraco.

Como o meu, o seu, o nosso dinheirinho, some pelo ralo. O Deputado Inocêncio ─ esse nome em tão indigesto cidadão é um acinte (culpôncio seria mais apropriado) ─ Oliveira (PFL-PE), 1º secretário da Câmara, gasta “apenas” em média R$ 28 mil em selos, por mês. A quota de deputados é R$ 4,2 mil, mas, para os membro da mesa diretora não existe limite.

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Ongs – Mais uma.

Quanto mais Ong, menos governo. O Panglociano* Senador Roberto Saturnino (PT-RJ) que não se reelegeu, sai do Senado, mas pretende continuar sua (dele) trajetória insossa. Fundou a ONG Instituto Solidariedade Brasil para discutir o sexo dos anjos, quer dizer, ética, igualdade e democracia. Arg! *Pangloss personagem da história “Cândido ou o Otimismo”, de Voltaire.Na obra, a alegoria do otimismo é apenas um pretexto para a investigação filosófica de Voltaire.Por trás de eventos e personagens, o filósofo diz que afirmar que Deus tem um plano-mestre para o mundo, além de ser uma idéia absurda, nos faz cair em contradições se analisarmos sobre a questão do mal. Cândido é um jovem criado por Pangloss, seu preceptor, e que lhe oferece uma visão otimista de que todos vivem no melhor dos mundos. Um dia, eles são expulsos do castelo onde viviam, e passam por terríveis atribulações – entre elas, Cândido presencia a destruição de Lisboa. De fracasso em fracasso, o protagonista passa a desacreditar na tese de Pangloss, uma espécie de representação da filosofia de Leibniz.

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Como ganhar pontos com sua mulher.

Obs. quando a pontuação é (0), significa que você não está fazendo mais que sua obrigação. Tarefas simples.Você faz a cama (+1).Você deixa a tampa da privada levantada (-5).Você troca o papel higiênico que acabou (+2).Você vai ao mercado só pra comprar papel higiênico (+5).Na chuva (+8).Mas retorna com cerveja (-15). Tarefas domésticas.Você levanta de noite, mas o barulho não foi nada (0).Você levanta de noite e o barulho era de um rato (+5).Você mata o rato (+10). Social.Você fica ao lado dela a festa inteira (0).Você vai beber ao lado dos amigos (-2).Entre os amigos está uma mulher chamada Fernandinha (- 4).Fernandinha é loira e magra (-16).Fernandinha o conhece (-180). Passeio com amigos.Você sai com um amigo (-5).O amigo é solteiro (-14).O amigo é cheio de namoradas (-27).O amigo dirige um conversível (-180).A Fernandinha vai junto (-500). Uma noite fora.Você a leva para o cinema (+2).Para ver um filme que ela gosta (+4).Para ver um filme que ela gosta e você odeia (+6).Você a leva para ver um filme que você gosta (-2).O filme se chama “O massacre da serra elétrica III” (-13).Você mentiu e disse que seria um filme francês de amor (-135).Na saída do cinema você encontra a Fernandinha e ela faz aquela” cena: Queriiiiiiiidooooo, há quanto tempo! (-750). O aniversário dela.Você a leva para jantar fora (0).Leva para jantar fora e não é o restaurante de sempre (+1).É o restaurante de sempre (-2).É um boteco (-3).É um boteco e a TV está mostrando futebol (-10). Grandes questões.Ela pergunta “Eu estou gorda?” (-1) (é, você perde um ponto de qualquer jeito!).Você pensa antes de responder (-10).Você diz que não (-35).Você diz que gosta dela mesmo que ela esteja gorda (-280).Você faz comentários a respeito do corpo da Fernandinha (-450). Ela quer contar algo.Você ouve com uma expressão atenta (0).Você ouve por mais que 30 minutos (+5).Ouve por mais que 30 minutos s/ olhar para a TV (+10).Ela percebe que você está dormindo de olhos abertos (-320).Você balbucia o nome da sua querida amiga “Fe…Fernandinha”, enquanto está dormindo de olhos abertos (-1.000.000 + divórcio e pensão pro resto da vida).

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MPB – Os mais belos versos.

“Dorme, fecha este olhar entardecente”. Orestes Barbosa “Serenata” foi uma das primeiras composições da dupla Silvio Caldas e Orestes Barbosa. É um típico exemplo da “modinha” da metade do século XX. Foi cantada pela primeira vez, por Silvio Caldas, em 1935. O verso faz parte da primeira estrofe:“Dorme, fecha este olhar entardecente / não me escutes nostálgico a cantar / pois não sei se feliz ou infelizmente / não me é dado, beijando, te acordar”.

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Crônica – Ivan Lessa.

Nas malhas da rede *Ivan Lessa – BBC London No mundo inteiro, não se fala de outra coisa: o Windows Vista, novo sistema operacional da Microsoft, começa a ser vendido na quinta-feira. Só a versão para empresas, conforme já anunciou esta página na qual me encontro incrustado como jornalista no começo da invasão do Iraque. O sistema para uso doméstico só em janeiro. De qualquer forma, pode ser um excelente presente de Natal e quem vai, ou quer, receber já olha atravessado para a atual versão XP do Windows. O mundo é novidadeiro. O XP me acolhe aqui na BBC e em casa. Comecei no pobre do Windows 98, que morreu de morte natural, a velhice, e eu lamentei quase tanto quanto lamentei o atropelamento da primeira cachorrinha que tive, a Susy. Aliás, naquela época, nunca me ficou claro na cabeça se era Susy ou Susie. Era, como hoje, semiletrado. De esquemas como XP, manjo um pouquinho mais. Não chego a ser o proverbial “nerd”. “Nerd”, aliás, já traduziram no Brasil? Procuraram um equivalente? Informática A gente passa direto para os “chat rooms” em que se transformaram nossos velhos e simpáticos butecos (sim, com U mesmo) e vamos deletando o português brasileiro cada vez mais. Tem gente que gosta dos neologismos anglo-informáticos. Gente que acha que aumentam nosso vocabulário, nosso léxico, nossas blogueadas por esse mundo de Deus e Bill Gates. Só há dois argumentos contra: primeiro, que a preguiça de procurar um equivalente faz mal à alma e à mente, e, segundo, que cada neologismo que se toma emprestado e se incorpora ao nosso idioma significa uma palavrinha dizendo adeus, sendo atropelada em frente à Colombo de Copacabana, num domingo, feito a minha bassê. (Eu devia ter deixado “basset”.) Noel diante da tela Eu vivo citando nosso cancioneiro (nunca “songuibuque”) para exemplificar tudo e nada. Noel Rosa cantou que o cinema falado foi o grande culpado da transformação. Referia-se, o poeta da Vila, ao fato de que o samba não tem tradução e que o amor, lá no morro, era, e ainda deve ser, espero, amor pra chuchu, inclusive que suas rimas não tinham e não têm tradução. Mais: essa história de “alô, boy, alô, Johnny” só podia ser conversa de telefone. Tinha razão o grande Noel. Pena que não pegou os anos 50 e a televisão para saber o que diria, ou melhor, cantaria e comporia. Internet? Só de pensar, tenho arrepios. Uma coisa é certa: Internet é palavra de rima rica. Não me ocorre nenhuma no momento a não ser “mete”, do verbo “meter”, mas isso é culpa da ignorância e falta de vergonha na cara de minha mente. 15 segundos de progresso Negócio seguinte: um estudo completíssimo, como só os estudos britânicos são completos, revelou uma brusca mudança nos hábitos mediáticos dos cidadãos destas ilhas. Os ingleses, galeses, escoceses e irlandeses do norte, sem combinar nada, baixaram os jornais, fecharam os livros, desligaram a televisão e foram lá para diante das telas cada vez maiores dos computadores. Baixam, ou “download” (daumloudum?) tudo, conforme está na moda. Filme, filminhos e ate mesmo filmões, que estão na bica de começar. Não, os cinemas não estão às moscas. Não, os jornais não estão apenas embalando peixe. Há mais de um senhor aposentado na biblioteca do bairro. Mas houve uma mudança. E sensível, para os donos das mídias. Que, é claro, já correram e há muito para chegar em primeiro lugar na Net, tentando dar aquilo que os irriquietos internautas querem. Não deve ser tão difícil assim. Um dado mudou pouquíssimo: o tempo que um internauta passa diante de um sítio (ou “site”) passou de 40 segundos para 55. Nada contém o progresso. Nada retém a regressão. *Nota do editor do blog. Ivan Pinheiro Themudo Lessa (São Paulo, 9 de maio de 1935) é um jornalista e escritor brasileiro. Filho da jornalista e cronista Elsie Lessa e do escritor Orígenes Lessa. É bisneto do escritor e gramático Julio Cézar Ribeiro Vaugham, autor, entre outros, do romance naturalista A Carne, além de criador da Bandeira Paulista. Ivan foi editor e um dos principais colaboradores do jornal O Pasquim, onde assinava as seções Gip-Gip-Nheco-Nheco, Fotonovelas e “Os Diários de Londres”, escritos em ‘parceria’ com seu heterônimo Edélsio Tavares. Publicou três livros: Garotos da Fuzarca (contos, 1986), Ivan Vê o Mundo (crônicas, 1999) e O Luar e a Rainha (crônicas, 2005).Ivan Lessa mora em Londres, onde escreve crônicas três vezes por semana para a BBC.

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Criatividade – Engenhocas lúdicas.

O Telembau de Paulo Nenflidio Artista múltiplo, Paulo Nenflidio é inventor e construtor de “engenhocas sonoras”. Promovendo um fusão da eletrônica, com música, tecnologia e artes plásticas, ele cria e fabrica instrumentos interativos. As “engenhocas” de Paulo Nenflidio, a partir de estímulos do vento, emitem sons e ou provocam mudanças de luz com a participação do visitante. O trabalho de Nenflidio pode ser visto na Galeria Fortes Vilaça em São Paulo, na exposição denominada Protótipos, em cartaz até o dia 8 de dezembro.

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Tecnologia – Notebook Asus.

A Asus apresenta seu novo “notebook”, cuja principal inovação é uma pequena tela externa que permite que o usuário consulte seus e-mails sem precisar ligar o aparelho e sem abri-lo. O Asus W5Fe que já é vem configurado para receber o novo Windows Vista.

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