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Eleições 2006 – 2º turno – Saiu na mídia.

“Lula é a escolha popular”, diz Alencastro.Historiador da Paris-Sorbonne acredita que um segundo mandato petista precisa ser focado em transformação social. “Quebrou-se um tabu: um presidente candidato à reeleição não é imbatível; as sondagens mostram que os eleitores acham isso bom” RAFAEL CARIELLO – DA REPORTAGEM LOCAL Após apertar o 13 em todos os turnos de todas as eleições em que Luiz Inácio Lula da Silva disputou a Presidência do Brasil, o historiador Luiz Felipe de Alencastro diz que repetirá o gesto no próximo dia 29. Só que, desta vez, afirma, votará “com um pé atrás”, por causa dos “erros e atos delituosos da direção do PT”. O professor da Universidade de Paris, ao mesmo tempo, não poupa o candidato do PSDB de críticas. Afirma ver no comportamento de Geraldo Alckmin “a habitual arrogância tucana”, ao não apresentar um programa claro de governo, por considerar que “basta repetir que a esquerda é burra e, ainda por cima, desonesta”. Para o historiador, Alckmin apresentou nesta campanha “uma imagem de farmacêutico do interior num filme de Mazzaropi”. A seguir, trechos da entrevista. FOLHA – Em quem o sr. votou?LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO – Votei em Lula, como nas eleições precedentes em que ele se candidatou. Penso que o PT e Lula são portadores de um projeto democrático de transformação social que foi parcialmente realizado no primeiro mandato e poderá ser completado num segundo mandato. Votarei novamente em Lula no dia 29 de outubro. Mas, agora, com um pé atrás. Os erros de Lula e os atos delituosos da direção do PT suscitam reflexões pessimistas. Mas o impulso para o progresso social e a confiança no processo democrático, explicitados no voto majoritário que Lula obteve entre as camadas populares e a população negra, geram o otimismo da vontade de mudança. FOLHA – O que achou do resultado do primeiro turno?ALENCASTRO – Consolidaram-se duas mudanças positivas: o sistema de dois turnos, garantia de resultados não sujeitos à contestação, e o instituto da reeleição. Quebrou-se um tabu: o presidente candidato à reeleição não é imbatível. Lula levou uma fubecada e foi empurrado para o segundo turno. As sondagens mostram que 66% do eleitorado acha isso bom. O eleitorado aprendeu a manejar os dois turnos e quer mais explicações. Lula deve estar preparado para explicar o mensalão e o “dossiegate”. Mas Alckmin talvez seja levado a formular os esclarecimentos que FHC não deu sobre as privatizações e a compra de votos para a emenda da reeleição. FOLHA – O que lhe parece a candidatura Alckmin?ALENCASTRO – Alckmin só chegou no segundo turno por causa das manobras calamitosas e suicidas do PT. No seu comportamento há a habitual arrogância tucana: não é preciso detalhar um programa de governo -procedimento essencial para todo postulante sério à Presidência-, basta repetir que a esquerda é burra e, ainda por cima, desonesta. FOLHA – É possível explicar como um candidato constantemente apresentado como antipopular chega a angariar 40% dos votos?ALENCASTRO – Alckmin representa um arco de alianças partidárias cujo potencial pode abarcar mais da metade do eleitorado brasileiro. Sua representatividade partidária é real. Mas foi ele próprio que forjou sua imagem de ator secundário da política brasileira. Foi ele que se projetou como um político de reserva, eterno vice-governador. Alckmin também aparece como um político provinciano que jamais se preocupou -ao contrário de Lula, FHC ou Serra- em estabelecer contato com lideranças políticas estrangeiras. Com a forte inserção do Brasil na diplomacia e no comércio internacionais, isso é uma lacuna grave. Ele é despreparado neste terreno e já deu vexame numa entrevista a um canal de TV australiano, fugindo de suas responsabilidades no governo de São Paulo. Sua propaganda eleitoral, mostrando a casinha de Pindamonhangaba, pagou o mico. Instalou uma imagem de farmacêutico do interior num filme de Mazzaropi. No debate da Bandeirantes, ele tentou consertar, falando grosso e grosseiramente. Gerou um conflito de imagens que provocou sua queda nas sondagens. FOLHA – Lula opôs constantemente, no primeiro turno, o “povo” e a “elite”. Faz sentido o discurso?ALENCASTRO – Faz todo o sentido. Afinal o que se está querendo neste país? Que os evangélicos e a polícia resolvam os problemas gerados pela miséria e as desigualdades? É fundamental que essas opções sejam assumidas por um partido inserido no jogo democrático, por um presidente respeitador das instituições. A idéia de conflito de interesses é fundamental no funcionamento da democracia. Por minha parte, sempre achei que os objetivos do PT e de Lula devem ser os mesmos de toda esquerda democrática: transformar a maioria social do país em maioria política.

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Tecnologia – Tv out.

Televisão de hoje sairá de moda, diz Bill Gates.Agência Reuters.Bill Gates prevê para a indústria do entretenimento um futuro em que a transmissão tradicional de televisão vai se tornar obsoleta. É uma visão positiva, entretanto, porque, na visão dele, estão surgindo novos e melhores modelos de negócios que se tornaram possíveis devido à tecnologia.“A televisão transmitida em rede está sendo desafiada. Isso não é novidade para ninguém”, disse Gates. “Você sabe, a ABC era mais valiosa pela sua franquia de esportes (ESPN) do que pela sua franquia de transmissão, mesmo anos atrás”.Isso foi reconhecido.As redes ainda têm uma posição tranqüila, superinteressante, mas em breve não vai ser como hoje.”A diferença fundamental, segundo ele, será a morte dos conceitos atuais referentes a canais e programações. “A idéia de ter apenas aquela coisa linear – você não muda o seu canal e segue a programação, e as notícias locais alavancam a audiência de toda a programação – está saindo de moda, mas devagar”.Tecnologia e conteúdoGates explica que hoje essa mudança vem sendo causada pelos gravadores digitais de vídeo e pela amplitude dos canais de cabo e satélite disponíveis. Mas, num futuro próximo, a chegada da edição 2005 do Media Center para Windows XP, da Microsoft, e de outras tecnologias oferecerá mais opções e flexibilidade tanto para os criadores como para o público.“O ideal para quem cuida do conteúdo seria uma tecnologia para pôr o seu conteúdo na internet e relacionar-se diretamente com o público”, disse Gates. “Esse modelo para um pequeno volume de conteúdo é o futuro”.Isso significa, de acordo com Gates, que a Microsoft está trabalhando mais estreitamente do que nunca com os estúdios e distribuidores. A empresa vem adotando ações tais como criar um grupo de convergência para mídia, entretenimento e tecnologia e trazer o veterano em entretenimento Blair Westlake para chefiá-lo.Gates acrescentou que ele e o diretor-presidente da Microsoft, Steve Ballmer, têm conversado com os diretores dos estúdios, enquanto Hank Vigil, vice-presidente corporativo para estratégia de consumidor e parcerias, e Westlake vêm fazendo o mesmo com seus correspondentes.“Estamos conversando com eles sobre novas formas de criatividade”, disse Gates, ressaltando que é importante “deixar claro que o papel deles e o nosso são bastante diferentes e complementares”.“Estou muito satisfeito com o relacionamento que temos com os estúdios. Também precisamos trabalhar com os distribuidores e as empresas de TV a cabo e satélite. Não se pode ignorar nenhuma das partes desse ecossistema”.TestesEle mencionou alguns dos projetos que a ABC realizou, como o que criou interatividade em duas telas, de modo que o consumidor usava um computador e assistia à televisão simultaneamente, e o que criou interatividade em uma só tela, possibilitada pelo Windows Media Center.Mas ele está ansioso para ver o que as mentes criativas da indústria de entretenimento produzirão à medida que as ferramentas se tornarem mais disseminadas.“Fizemos mais painéis de aparência futurista com esse material do que qualquer um, mas isso ainda é uma coisa desconhecida”, disse Gates.Acredito totalmente nessa tecnologia.“A Microsoft identificou diversos problemas que devem ser solucionados para que sua visão se torne uma realidade. Um deles é a boa vontade dos estúdios para disponibilizar conteúdo.”Estamos tentando conseguir que eles sejam mais agressivos na colocação de títulos de vídeo na internet em resoluções cada vez melhores”, disse ele. “E estamos examinando as diversas abordagens de direitos digitais e o modo como deviam ser.”Proteção antipiratariaOutro problema é trabalhar com os proprietários de conteúdo para determinar a próxima geração de mídia física, que oferecerá alta definição, provavelmente no formato Disco Ótico Avançado (AOD Advanced Optical Disk) ou blu-ray.O nome blu-ray vem do laser azul utilizado na nova tecnologia. Os CDs e DVDs atuais utilizam laser de cor vermelha. A principal vantagem do uso de um laser azul é que ele possui um comprimento de onda mais curto (405 nanômetros) do que o do laser vermelho (650 nanômetros), o que significa que é possível focar o feixe de luz com muito mais precisão.Isso permite que os dados sejam armazenados mais próximos uns dos outros no disco. Isso torna possível guardar mais dados em um disco do mesmo tamanho.“Seria bom ter uma geração após o DVD, mas acho que eles estão, corretamente, insistindo para que o novo formato tenha um sistema de proteção contra cópia melhor que o DVD”, disse Gates. “Eles não achavam que o DVD fosse tão vulnerável quanto ele acabou se revelando.”Receita publicitáriaInfluenciando tudo isso está a publicidade. “Você realmente afeta as coisas quando muda a sua fonte de recursos”, disse Gates. “É preciso pensar na publicidade para entender como o valor dessas franquias vai mudar.”Publicidade que os consumidores ou pulam ou não vêem até que seja tarde demais são, na opinião de Gates, financeiramente “equivalentes à pirataria”. “Estamos dizendo a eles que a tecnologia vai mudar o modelo publicitário e permitir a criação de publicidade personalizada, direcionada”, disse Gates.“Isso vai tornar os anúncios mais interessantes, de modo que tenham mais impacto e diminuam chances de serem pulados, pois serão direcionados às pessoas que, de fato, o anunciante quer atingir”.Outro projeto da Microsoft adota essa abordagem ainda mais individualizada e com um potencial ainda mais amplo. Trata-se do TV2: A idéia do projeto é fazer uma transmissão de alta-definição direcionada, específica para cada casa. Isso é algo espantoso.Também conhecida como IPTV, essa tecnologia entrega televisão diretamente nas casas pela internet e, portanto, desvia-se dos serviços existentes de TV a cabo e por satélite. A Microsoft está realizando testes em parceria com a subsidiária da Swisscom, a Bluewin, na Suíça, com a SBC, nos Estados Unidos, e com a Reliance Infocomm, na Índia; outras empresas de banda larga estão planejando ampliar os testes antes do final do próximo ano.“A infra-estrutura de cabos e telecomunicações tem de ser ampliada. Assim você poderá transmitir publicidade personalizada”, diz Gates. “Não custa nada dizer: “OK, a essa família vamos enviar este anúncio, àquela, este outro”.E, se o espectador quiser parar e interagir com o anúncio, tudo bem: a programação vai continuar disponível para ele.”Outras frentesA Microsoft está envolvida em muitas outras atividades

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"Boutade"

Diz-se que Geraldo é da Opus Dei. E Aécio, seria da Opus Night? E o Lula é da Opus Copus? Enviado por Sérgio Franco – Salvador,BA.

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Frasário.

“Seja sua fala melhor do que o silêncio, ou então fique calado”.Dionísio “in As Bacantes”. Eurípedes – Dramaturgo* Salamina, Grécia – 23 Setembro 480 a.C.+ Macedônia – ? 406 a.C

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