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Internet – Google e You tube

YouTube e o fim da inocência.Por Ricardo Calil – http://olhaso.nominimo.com.br/?p=283Até a semana passada, o YouTube era uma brincadeira. Divertida, imensamente popular e levada a sério pela maioria de seus praticantes. Ainda assim, uma brincadeira. Nesta semana, o jogo mudou. Perdeu a inocência. Deixou de ser uma daquelas coisas que, como diz a propaganda de cartão de crédito, não tem preço.Como se noticiou ontem, o site de compartilhamento de vídeos acaba de ser vendido pela espetacular soma de US$ 1,65 bilhão ao Google, o gigante das buscas na internet. Na segunda-feira, ver um vídeo no YouTube era uma forma de partilhar imagens, talvez ideais, em uma comunidade global independente. Hoje, significa que você se tornou cliente de um negócio corporativo bilionário.E o aspectos mais surpreendente na notícia da venda do YouTube nem é tanto a cifra. Mas o fato de que o site de compartilhamento de vídeos levou apenas um ano para chegar a esse valor – pouco mais de 12 meses entre o nascimento e a precoce maturidade.Outro dia, o bilionário norte-americano Mark Cuban disse que qualquer um que pagasse US$ 1 bilhão pelo YouTube seria um idiota. Ele devia saber do que está falando, pois fez fortuna vendendo seus empreendimentos tecnológicos para outras empresas.Mas será difícil encontrar alguém que use esse termo para se referir a Larry Page e Sergey Brin, criadores do Google, exemplo maior de sucesso da internet. Ou aos donos da Microsoft e da Viacom, outras empresas que participaram do leilão para comprar o YouTube e lançaram o preço do site ao espaço.Ao depreciar o valor do YouTube, Cuban chamou atenção para dois problemas do site. Primeiro, o fato de que ele pode se transformar em uma bomba de efeito retardado por problemas de direitos autorais, já que 99% do conteúdo do site é oferecido sem autorização legal.Como Page e Brin não são idiotas, eles já começaram a atacar o problema. Um dia antes de sua venda, o YouTube fechou contratos para oferecer vídeos dos catálogos da Sony, Universal e CBS. A empresa já negocia acordos similares com outras empresas.O objetivo é evitar o efeito Napster – o site de compartilhamento de música que virou fenômeno com a mesma velocidade em que entrou em decadência por prolemas de direitos autorais.O segundo problema a que Cuban se referia é de solução mais difícil: não existe nenhuma garantia de que o YouTube possa se tornar um negócio rentável.A dupla do Google enxergou o óbvio potencial do YouTube: 649 milhões de acessos e 30,5 milhões de visitantes únicos em julho passado (contra respectivamente 60 milhões e 7,5 milhões do GoogleVideo, o serviço similar da companhia).Mas ainda não há uma fórmula aprovada para fazer dinheiro com vídeos na internet, já que as experiências de propaganda nesse formato ainda são incipientes e pouco lucrativas. Esse será a principal questão que Brin e Page terão que enfrentar em seu novo empreendimento.No aspecto conceitual, o casamento entre Google e YouTube é perfeito porque complementar. O primeiro tem uma série de ferramentas excepcionais, a começar pela busca, mas seu ponto fraco é justamente a parte de comunidade (exceção feita ao Orkut no Brasil), considerado hoje o principal filão da rede. Já o segundo virou, ao lado do MySpace, o principal símbolo do espírito comunitário da rede, mas poderia melhorar algumas funcionalidades.Há outra vantagem na parceria. As duas empresas têm uma ótima imagem junto ao povo da internet, portanto sua integração tem tudo para ser bem recebida pelos principais interessados.Mesmo sendo hoje uma corporação bilionária, o Google ainda é visto como uma empresa bacana e uma marca querida – o mesmo não pode ser dito, por exemplo, da News Corporation, o conglomerado de mídia do reacionário Rupert Murdoch, que comprou o MySpace.O gigante das buscas conseguiu dar uma face mais amigável ao capitalismo contemporâneo, ao oferecer excelentes serviços sem cobrar por eles e ao se manter como o melhor em sua área há mais de cinco anos – uma eternidade para os padrões da internet.Hoje dá imaginar a vida sem Coca-Cola ou McDonalds, para citar dois velhos símbolos do imperialismo americano. Mas é virtualmente impossível pensar em um cotidiano sem o Google, para quem vive da ou na internet.No caso do YouTube, esse é o maior desafio da companhia: torná-lo imprescindível por um longo tempo, não deixar que ele se torne mais uma febre passageira da rede. Se daqui a cinco anos as pessoas ainda digitarem automaticamente o endereço do site na hora de ver vídeos, como fazem com o Google para buscas, o US$ 1,65 bilhão terá sido bem gasto.

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Eleições 2006 – 2º turno – Perguntas que não querem calar.

Será que o Jornal Nacional teria coragem de fazer estas perguntas ao Alckmin no Domingo? 1) O senhor que promete um banho de ética, não percebeu que sua filha trabalhava com a maior quadrilha de contrabandistas de roupas, a Daslú? 2) O Senhor não percebeu que sua esposa recebeu 400 vestidos de luxo, em troca sabe-se lá de que, e depois, sem jeito, ela declarou que havia doado para instituições de caridade, o que foi negado pela instituição? 3) O senhor ao assumir o segundo mandato, afirmava que a segurança pública era o maior problema do Estado. Porque menosprezou o PCC, e permitiu que a população vivesse dias de pânico com os ataques? 4) O que o senhor acha a respeito dos secretários do seu Governo negociarem com bandidos durante os ataques? 5) Enquanto Governador, por que a bancada de seu partido não permitiu a criação de nenhuma CPI, o senhor não acha que as CPIS são importantes? 6) Por que o senhor e seu partido privatizaram todas as empresas estatais de São Paulo, como as estradas, que cobram pedágios astronômicos, com as empresas elétricas, o Banespa… Se assumir a presidência o senhor vai privatizar a Petrobrás como FHC fez com a Vale do Rio Doce, e até hoje ninguém sabe onde foi parar o dinheiro? 7) Se o senhor for Presidente, vai invadir a Bolívia com o exército e se alinhar aos EUA, liderando a política de opressão aos povos da AL? 8) Por que o senhor gastava tanto dinheiro com publicidade numa revista insignificante, que por coincidência era de seu acupunturista? 9) Por que o senhor superfatura o pagamento para os empresários que exploram os restaurantes de comida a R$ 1,00, pagar mais R$ 3,50 por prato para o dono do restaurante, que tem uma clientela garantida de mais de 1.000 refeições por dia, além de algumas benesses do Estado, não é um assalto ao bolso do contribuinte? 10) O senhor que fala tanto em choque de gestão, por que está deixando um rombo de 1 bilhão e duzentos mil no estado de São Paulo, que pode levar seu vice, Cláudio Lembo, para a cadeia? Ainda neste tema, o que o senhor achou da declaração do recém eleito José Serra, dizendo que vai cancelar a privatização da Nossa Caixa, iniciada na surdina pelo senhor durante seu governo?

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