Por mais fundo que seja o “buraco” em que você se encontra, sorria, enquanto não houver terra por cima.
Um casal de velhinhos está deitado na cama. A esposa não está satisfeita com a distância que há entre eles. Ela lembra:- quando éramos jovens, você costumava segurar a minha mão na cama.Ele hesita e, depois de um breve momento, estica o braço e segura a mão dela. Ela não se dá por satisfeita.– quando éramos jovens, você costumava ficar bem pertinho de mim. Uma hesitação mais prolongada agora e, finalmente, resmungando um pouco, ele vira o corpo com dificuldade e se aconchega perto dela da melhor maneira possível. Ela ainda insatisfeita:– quando éramos jovens, você costumava morder minha orelha…Ele dá um longo suspiro, joga a coberta de lado e sai da cama. Ela se sente ofendida e grita:- aonde você vai?Ele responde:– buscar a dentadura, véia chata !!!
Por Leandro Fortes, de Salvador. “Pense em algo excêntrico, inusitado, em algum absurdo qualquer: ele já aconteceu na Bahia”. A frase é de Otávio Mangabeira, governador do estado em meados do século XX, representante de um tempo em que a política baiana ainda nutria gosto pela gentileza e pelo bom humor. A frase, há muito, inclusive, deixou de ser singular. É repetida Brasil afora, com alguma constância, por folclore ou resignação, mas tem ganhado um sentido pleno nesses tempos de CPIs – menos pelos absurdos cometidos pelos acusados, mais pela qualidade dos acusadores. Prova disso é a presença diária da bancada baiana do PFL na corte televisiva da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios. É uma turma que engrossa a voz no Congresso Nacional e faz ouvidos moucos às denúncias de maracutaia na Terrinha. Nem uma única palavra, por exemplo, sobre um esquema semelhante ao duto de Marcos Valério Fernandes montado na Bahia e descoberto, este ano, por um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Antecedentes.“Pense em algum absurdo e ele já aconteceu na Bahia”, dizia Otávio Mangabeira, em frase banalizada com a ascensão de ACM O conselheiro em questão chama-se Pedro Lino. Foi secretário de governo do ex-governador e senador Antonio Carlos Magalhães e do atual governador, Paulo Souto, ambos do PFL. Indicado para o TCE por ACM, dele se afastou aos poucos, por alegada grosseria e falta de modos do ex-chefe, até se firmar como uma das poucas vozes independentes dentro do tribunal. São dele as auditorias que causaram as maiores polêmicas sobre licitações e concorrências ligadas ao governo baiano, sobretudo nas áreas de educação e cultura. Em junho deste ano, um relatório de Lino, em particular, deixou incomodada a entourage carlista. À frente de um grupo de técnicos, o conselheiro produziu mais de 200 páginas sobre estranhas relações contratuais entre o governo baiano, a agência de publicidade Rede Interamericana/Propeg, do publicitário Fernando Barros, e organizações não-governamentais formadas por servidores públicos. No centro da investigação está a Bahiatursa, estatal de turismo local subordinada à Secretaria de Cultura e Turismo do estado. O relatório do TCE aponta uma movimentação, entre 2003 e abril de 2005, de R$ 101 milhões por meio de uma conta bancária não registrada no sistema de controle do Erário baiano. Quase o dobro dos R$ 55 milhões movimentados por Marcos Valério no chamado “escândalo do mensalão”. O dinheiro, segundo o relatório, foi utilizado para fazer pagamentos irregulares, uma vez tratar-se de recursos para aumento de capital da estatal. É o que, tecnicamente, chama-se de “créditos de acionistas para aumento de capital”, destinados, exclusivamente, para dar musculatura financeira às empresas. Via de regra, no caso da Bahiatursa, trata-se de dinheiro público, dos cofres estaduais. As despesas não tinham nenhuma relação, portanto, com a finalidade expressa dos recursos, esclarece o documento do TCE. Desses R$ 101 milhões, R$ 48,1 milhões foram depositados nas contas da Rede Interamericana/Propeg, do publicitário Fernando Barros – homem intimamente ligado ao clã dos Magalhães e ao PFL baiano, além de ser um campeão local de licitações. Para ter uma idéia dessa ligação, nos primeiros quatro meses de 2005, 62% de todos os recursos da Bahiatursa foram para a Propeg. Além disso, a estatal, uma empresa dependente do governo estadual, gastou 94,55% do orçamento apenas no primeiro quadrimestre deste ano. De acordo com o relatório do conselheiro Pedro Lino, a conta 0800-1, do Bradesco, por onde circulou a dinheirama toda, não está registrada nem no Sistema de Informações Contábeis e Financeiras (Sicof) nem no Sistema de Gestão de Gastos Públicos (Sigap), que controlam e fiscalizam os gastos públicos na Bahia. O caminho do dinheiro configura um esquema clássico de caixa 2. A Bahiatursa recebe recursos do Tesouro estadual e os repassa para pagamento de despesas e transferências para empresas privadas por meio de convênios pouco ou nada confiáveis. O TCE fez uma radiografia dessas movimentações e descobriu coisas interessantes. Um delas diz respeito a uma certa Oficina das Artes, ONG formalmente responsável por “atividades artísticas de fomento às ações culturais e conscientização turística, organização, promoção e realização de eventos artísticos e culturais”. Na prática, faz oficinas com instrumentos musicais de plástico para jovens de baixa renda do centro histórico de Salvador. Detalhe: os cinco sócios e os dois membros do conselho fiscal da entidade são funcionários da Secretaria de Cultura e Turismo (SCT) da Bahia, à qual, vale relembrar, a Bahiatursa é subordinada. Sobre o tema, o conselheiro Pedro Lino escreveu: “O fato de constar no seu quadro social e no Conselho Fiscal da mesma (Oficina das Artes), parcela significativa de servidores públicos vinculados à SCT ou às entidades integrantes de sua estrutura, situação que, conforme verificou-se, permanece até o presente exercício (2005), evidenciando o comprometimento da impessoalidade no desenvolvimento da política pública nessa área”. Tradição. Mascarenhas, da Fazenda, justifica-se e diz que a conta fantasma da Bahiatursa existe há “duas décadas” Uma das sócias, segundo o relatório, Maria de Fátima Dantas Gaudenzi, é irmã do atual secretário estadual de Cultura, Paulo Gaudenzi, também ex-presidente da Bahiatursa. Outras duas, as irmãs Tânia e Vânia Redig Lisboa, são servidoras da Bahiatursa. Os demais são Eulâmpia Reiber, Carlos Américo Machado, Ivonete Maria Campos e Nidalvo Quinto dos Santos. Este último, membro do Conselho Fiscal, é da equipe técnica da SCT que assina, ao lado do secretário Gaudenzi, a publicação Século XXI: consolidação de turismo – estratégia turística da Bahia (2003 a 2020). Os documentos do TCE indicam que a Oficina das Artes recebeu, entre 2003 e 2005, R$ 10,5 milhões por intermédio da Rede Interamericana/Propeg. De acordo com o relatório do conselheiro Pedro Lino, a figura do intermediador cultural tem dado um prejuízo inexplicável para a Bahiatursa e, por extensão, aos cofres públicos baianos. A estatal tem de pagar 4% de comissão sobre o valor de cada fatura apresentada pela Oficina das Artes. Apenas entre janeiro e abril deste ano, diz o TCE, os custos dos eventos patrocinados pela Bahiatursa foram onerados em R$ 111,4 mil por conta dessa circunstância. Situações
O primeiro vírus de computadores, o Brain, fez vinte anos ontem, dia 19 de janeiro.Segundo o Register http://www.theregister.co.uk/ ele era relativamente inócuo e, claro, era distribuído naqueles floppy disks enormes.
O Senador Leonel Pavan, PSDB, um dos “paladinos da moral e da ética no Senado Federal e candidato à vice governador no Paraná, e um dos “dedos” mais duros nas acusações das CPMIs, aparece, hoje, em matéria do Jornal Gazeta de Joinvile, http://www.gazetadejoinville.com.br/ em reportagem comprometedora. O Jornal publica foto do Senador, abraçado em confraternização com o chefão de drogas mexicano Ernesto Plascência, ou “Lúcio Rueda-Busto”.Preso pela PF de Curitiba, Ernesto Plascência, é investigado nos EUA.
Pesquisadores japoneses do Instituto de Tecnologias Industriais Avançadas criaram um novo equipamento de visão artificial que permite a construção de cadeiras de rodas capazes de evitar sozinhas o choque com objetos no caminho, independentemente do controle do cadeirante. O equipamento também poderá ser utilizado em qualquer tipo de robô. O equipamento consiste em uma câmera omnidirecional, capaz de enxergar todo o hemisfério ao seu redor. As imagens capturadas são analisadas pelo mesmo programa utilizado para evitar colisões entre automóveis, desenvolvido pelo mesmo instituto. O programa foi adaptado para conseguir lidar com os ambientes muito mais variáveis por onde circula uma cadeira de rodas.A pesquisa nasceu de uma constatação feita pelos pesquisadores de que o crescente uso de cadeiras de rodas motorizadas tem colocado novos desafios à prevenção de acidentes, principalmente quando estes equipamentos são utilizados por pessoas com grandes deficiências ou com idades muito avançadas – em ambos os casos, o tempo de reação do cadeirante pode ser insuficiente para evitar acidentes em locais públicos. O sistema vai além de um simples detector de obstáculos. Além de evitar trombadas, o equipamento utiliza uma rede sem fios para transmitir dados de riscos a uma central de monitoramento – que pode ser a própria residência do cadeirante. Comportamentos de “direção” anormais, por exemplo, são relatados imediatamente. O sistema de visão artificial reconhece gestos do usuário, parando totalmente a cadeira mediante um simples levantar de mão. O sistema de parada automática também é acionado em locais com inclinações perigosas ou em degraus.