Amarelando.
Quando o futebol brasileiro fica preocupado com uma partida contra a, quem mesmo?, ah, a Austrália… Hum, sei não!
Quando o futebol brasileiro fica preocupado com uma partida contra a, quem mesmo?, ah, a Austrália… Hum, sei não!
Bussunda estava na Alemanha fazendo a “cobertura” da copa do mundo para o Jornal O Globo aonde escrevia uma coluna aos domingos, e, durante a Copa do Mundo, uma coluna diária, ambas com o pseudônimo de Agamenon Mendes Pedreira. Abaixo, a última coluna publicada. Austrália, enterra de contrastes.A seleção vai usar o chope de Munique para matar a sede de gols da torcida brasileira. Senão, esta Copa vai ser um porre. Munique Evans, Urgente — Amanhã, um Brasil amolecido e cabisbaixo entra em campo contra a Austrália, terra do Outback, que fica na Barra. Os australienses são uma fauna muito estranha e exótica. Lá só tem cangurus, coalas, ornitorrincos e o temido e feroz Demônio da Tasmânia, que é um animal contratado exclusivo da Warner Brothers. A seleção australitista é composta por marsupiais, que têm bico de pato, pelo de urso e pernas-de-pau. Além disso, eles preferem viver na água. Na maior água. Apesar destas características esdrúxulas, os marsupiais são mamíferos, ao contrário das nossas marias-chuteiras, que são chupíferas. O time da Austrália parece a imprensa brasileira: bate forte nos nossos jogadores e marca firme em cima de Ronaldo, o Fenômeno. O técnico do Brasil, o genial Carlos Alberto Parreira, que é meu amigo íntimo e pessoal, me concedeu uma entrevista coletiva exclusiva e revelou que tem medo que os rústicos australopitecos usem a tática covarde do Canguru Perneta. Aliás, o Canguru ficou perneta depois de uma entrada desleal do violento zagueiro australista Bilabong. Parreira também avisou que o time tem que seguir o exemplo do Ronaldinho Gaúcho e abrir o olho com o craque australiano Boomerang. O Boomerang é um jogador perigoso e que tem o maior pique: vai e volta o tempo todo com enorme velocidade. Munique é uma fresta! A cidade bávara é a sede mundial da Oktoberfest. Isso aqui tudo parece uma enorme Santa Catarina: todo mundo é louro e fala alemão. Em cada esquina tem uma gigantesca cervejaria cheia de alemães cantando marchas nazistas e brasileiros-pachecos tocando as suas insuportáveis cornetas. AGAMENON MENDES PEDREIRA é marsubilau.