Arquivo

Usina Nuclear de Angra dos Reis: Putin quer meter a colher

Mas nem que a vaca voe do lado de abaixo do equador, a turma “arriba” do Rio Grande irá permitir.José Mesquita – Editor Putin pleiteia aumentar papel russo no complexo nuclear de Angra dos Reis Em Moscou, Temer promete esforço para acordo do Mercosul com bloco que inclui Rússia O presidente russo, Vladimir Putin, apoiou nesta quarta-feira os projetos das grandes estatais russas no Brasil, nos setores de transporte, energia e exploração espacial, após se reunir no Kremlin com seu homólogo Michel Temer.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Uma declaração conjunta – em que ambos os líderes manifestaram a intenção de “reforçar o diálogo estratégico” em política internacional – e quatro documentos de colaboração interagências foram o resultado da visita do presidente brasileiro à Rússia no âmbito de uma viagem à Europa cujo próximo destino é a Noruega. Temer foi recebido também pelo chefe de Governo Dmitri Medvedev, ao qual ressaltou a importância de aumentar os investimentos russos no país, que atualmente equivalem a um valor acumulado de 1,5 bilhão de dólares (cerca de cinco bilhões de reais). Putin e Temer analisaram a colaboração entre os dois países, com especial atenção, segundo o presidente russo, aos “problemas de natureza econômica”. O volume comercial bilateral caiu 11% em 2016, mas aumentou 30% no primeiro trimestre deste ano, segundo Putin (de acordo com Temer, houve um aumento de 40% nos primeiros cinco meses). Em 2012, a Rússia e o Brasil haviam concordado em incrementar seu comércio bilateral para 10 bilhões de dólares (33 bilhões de reais), mas a meta não foi alcançada. O intercâmbio não chegou a superar os 6,5 bilhões de dólares e baixou para 4,3 bilhões em 2016, segundo o jornal russo Nezavísimaia Gazeta. A Rússia e o Brasil colaboram no âmbito do grupo de países Brics, formado também pela Índia, China e África do Sul, mas o tema não foi especialmente exaltado. Putin e Temer “decidiram reforçar o diálogo estratégico entre os dois países em temas de política exterior, no âmbito da ONU, Brics, G20 e outros fóruns internacionais”, diz o comunicado conjunto. Em matéria energética, o líder do Kremlin declarou que existem “projetos com perspectivas no campo da energia atômica” e lembrou que o Rosatom (consórcio de energia nuclear com autoridade de ministério) venceu, no início deste ano, a concorrência internacional aberta pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para o fornecimento de urânio. A Rosatom “está disposta e gostaria também de receber a tarefa de construir um depósito do combustível nuclear utilizado na usina nuclear de Angra dos Reis”, disse Putin. Por sua vez, a empresa de construção de máquinas Silovie Mashini instalou cinco novas usinas hidrelétricas e tem a intenção de produzir peças turbinas de gás no Brasil. O presidente russo também disse que as empresas de transporte russas “estão dispostas a participar da realização do novo programa do Brasil para modernizar a infraestrutura nacional”, lembrando que uma empresa de transporte ferroviário russa já iniciou as conversas para a construção e exploração de um setor da Ferrovia Norte-Sul. Atualmente, já trabalham no Brasil as petroleiras Gasprom e Rosneft, ambas controladas pelo Estado russo. A primeira tem interesse em fornecer gás liquefeito de petróleo ao Brasil e importar equipamentos para a obtenção de gás na plataforma continental, assim como para a construção de depósitos de armazenamento subterrâneos para esse combustível, segundo a informação difundida pelo Governo russo por ocasião da visita de Temer. A Rosneft realiza explorações na bacia do rio Solimões, na Amazônia. No campo da exploração do espaço, Putin mencionou o telescópio russo para detecção de lixo espacial inaugurado no Brasil. Recordou que aqui funcionam quatro estações terrestres do Glonass, o sistema russo de navegação global por satélite, e disse que há estudos sobre a possibilidade de realizar lançamentos conjuntos em base brasileira, além da produção de foguetes portadores de classes leve e média. Putin se mostrou otimista quanto à manutenção das alianças tecnológicas existentes e à criação de outras, mencionando a colaboração entre o centro de inovação russo Skólkovo e o brasileiro Tecnopac. Conselho de Segurança da ONU Na nota conjunta, os dois presidentes enfatizam sua idêntica posição sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU e sua disposição em reforçar a cooperação técnico-militar. A Rússia ressalta o desejo de desenvolver suas relações multilaterais com os países da América Latina e do Caribe, enquanto o Brasil expressa a disposição de colaborar com esse objetivo russo. Em suas intervenções no início e no final da reunião do Kremlin, Putin e Temer adotaram posições simétricas – no caso do Brasil, em relação à América Latina e, no caso da Rússia, em relação à União Econômica Euroasiática (UEE, formada por Rússia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão e Armênia). A Rússia e o Brasil expressaram sua intenção de trabalhar pela rápida assinatura de um memorando de cooperação comercial e econômica entre a UEE e os Governos dos países do Mercosul. No próximo semestre, quando ocupar a presidência do bloco sul-americano, o Brasil fará todo o possível para que a Rússia assine um acordo de colaboração com a UEE, afirmou Temer. Entre os quatro documentos firmados, há um memorando de colaboração econômica e investimento, um plano de consultas entre os Ministérios das Relações Exteriores e um memorando entre a Receita Federal do Brasil e o Serviço Federal Alfandegário da Rússia (SFA) para a troca de informações sobre o transporte de mercadorias, além de um protocolo para troca de informações e ajuda mútua no âmbito do sistema de tarifas da UEE. ElPais

Leia mais »

Wikileaks: O verdadeiro Assange

Ao divulgar e-mails do Partido Democrata em um momento crucial para Hillary Clinton, WikiLeaks mostra que interesse público não é prioridade. Em abril de 2010, o WikiLeaks surgiu para o mundo. A entidade, que divulga documentos governamentais e de empresas recebidos anonimamente, publicou um vídeo que mostrava pilotos americanos matando dois jornalistas da agência Reuters. Confundiram câmeras com armas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Foi o início de inúmeros vazamentos que documentaram abusos de poder americano no Iraque. A entidade ficou, desde então, num espaço ambíguo entre o jornalismo e o ativismo, representado por seu misterioso fundador, Julian Assange. Esta semana, a ambiguidade se foi. O Wikileaks não é uma entidade jornalística. Embora a organização de Assange só tenha se tornado conhecida em 2010, sua fundação ocorreu em 2006. O objetivo, desde o início, era construir uma plataforma tecnológica segura para que pessoas pudessem vazar documentos de forma anônima. Lentamente, foi trazendo informações à tona. Dados sobre a fortuna de um ditador africano aqui, um escândalo político peruano ali. Nem todo documento vazado é de interesse público. Às vezes, o vazamento pode pôr em risco a vida de pessoas. Ou propiciar o rompimento diplomático de países. Pesar interesse público e consequências é, muitas vezes, um duro dilema ético enfrentado por redações em todo o mundo. Num momento inicial, o WikiLeaks construiu laços com empresas jornalísticas como “Guardian” e “New York Times”. Ao invés de tornar público o grande lote, abriu para que repórteres e editores pudessem escolher o que fazia sentido publicar. Sempre houve desconforto com Julian Assange. Um hacker australiano que vive no Reino Unido há anos, se, por um lado, recebeu prêmios importantes como o de Mídia da Anistia Internacional, por outro, pesam contra ele fortes acusações. Entre elas a do abuso sexual de duas mulheres, na Suécia. Ele nega culpa. Mas porque seria extraditado para o julgamento, em agosto de 2012 meteu-se na embaixada do Equador em Londres e, de lá, nunca mais saiu. O grupo de Prisões Arbitrárias da ONU acusa Suécia e Reino Unido de violarem seus direitos ao não permitirem que ele deixe o país. No último fim de semana, o WikiLeaks trouxe à tona inúmeros documentos que mostram as trocas de mensagens entre pessoas da cúpula do Partido Democrata. Provam, sem sombra de dúvidas, que o comando partidário trabalhou pela campanha de Hillary Clinton contra a de Bernie Sanders. Não é ilegal, mas é antiético. O partido deveria ter ficado neutro. Pela primeira vez, o WikiLeaks fez a divulgação sem parceiros da imprensa tradicional. E, neste ponto, não há qualquer problema. O problema é outro: embora já tivesse os documentos há semanas, Assange escolheu o momento em que poderia causar mais dano a Hillary. Justamente o ponto em que ela precisava consolidar o apoio de Sanders para a disputa nacional, contra Donald Trump. O critério jornalístico é simples: se é de interesse público, publica-se. Escolher a data para causar impacto positivo ou negativo a uma candidatura não é jornalismo. É política partidária. Piora. Os documentos, segundo uma empresa de segurança contratada pelo Partido Democrata, foram obtidos por hábeis hackers russos. Em geral, quando hackers russos fazem ataques a grupos políticos ou governos, o fazem por ordem do Kremlin. Do presidente Vladimir Putin. Não é possível afirmar que os hackers estivessem a mando de Putin. Mas é bastante provável. Trump tem laços de negócios com Putin. E, na quarta-feira, inacreditavelmente pediu publicamente que Putin lançasse seus hackers contra Hillary. Assange não gosta de Hillary. Ela era secretária de Estado quando ele vazou os documentos sobre o Iraque. Ela pediu sua prisão. Calha de seus interesses, os de Putin e os de Trump serem os mesmos. E calha de ele ter feito uma escolha. A prioridade do WikiLeaks não é o interesse público. Por Pedro Dória

Leia mais »

Eleições USA: O que Silvio Berlusconi ensina sobre Donald Trump

As semelhanças entre os dois magnatas falastrões que ascenderam na política são impressionantes. Os EUA estão aptos a eleger Trump, assim como a Itália estava pronta para abraçar Berlusconi em 1990 (Foto: Reprodução) Ninguém que acompanhou a trajetória do ex-premier italiano Silvio Berlusconi pode deixar de ficar impressionado com as semelhanças entre ele e o pré-candidato republicano à presidência Donald Trump. Não é apenas a trajetória profissional em comum — do mercado imobiliário à televisão –, nem a admiração que compartilham por Vladimir Putin. Também não se resume à fama de playboy ou de falastrão, ou à obsessão com a própria virilidade e o preconceito. Não é a fortuna, nem o conhecimento de mídia que lhes ensinaram que ninguém perde quando aposta na estupidez humana. Não é nada disso.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os EUA estão “maduros” para Trump, assim como a Itália estava pronta para abraçar Berlusconi na década de 1990. Como o italiano, Trump representa uma reação ao velho sistema político em uma sociedade onde a frustração econômica com empregos exportados para a China é alta. Ele surge depois de duas guerras perdidas, e no momento em que o poder e a influência americana estão em declínio no mundo, enquanto outros governos assumem o palco global. Ele chega num cenário de paralisia política partidária, em um sistema corrompido pelo dinheiro. Ao contrário do estilo contido de Barack Obama, Trump propõe uma política de ressurreição dos EUA enquanto superpotência. Sua resposta à racionalidade é a raiva. Da mesma forma, Berlusconi emergiu quando a Itália deixava de ser um pivô da Guerra Fria, quando o alinhamento político democrata-cristão do pós-guerra implodia no país. Tudo estava em fluxo quando a investigação “Mãos Limpas” foi iniciada por procuradores de Milão, em 1992, e expôs o que todos já sabiam: que a corrupção era pedra angular da política italiana. Não importava que Berlusconi também foi alvo da investigação: ele era diferente, ele não media a fala, ele iria invocar algo novo! Tanto Trump como Berlusconi entraram para a política como autodenominados “antipolíticos”, empresários de sucesso que se opunham à apatia de políticos profissionais que nunca viram uma folha de pagamento. Mas, se Trump for eleito presidente, terá o dedo sobre o botão nuclear. Berlusconi não tinha. Trump será o líder do mundo livre. Berlusconi governou de uma cidade, Roma, cuja lição é que os dias de glória de uma superpotência não duram para sempre. O que Berlusconi ensina é que Trump pode chegar à Casa Branca em uma nação sedenta de uma nova política. Berlusconi acabou condenado por fraude fiscal e por fazer sexo com uma prostituta menor de idade — mas levou 17 anos de escândalos intermitentes e incompetência, de 1994 a 2011, para a Itália esfregar a poeira estelar de seus olhos e enxergar a verdade. Tome nota, EUA, antes que a sorte seja lançada. Fontes: Opinião&Notícia The New York Times – The Trump-Berlusconi Syndrome

Leia mais »

Vladimir Putin – O avião do camarada Presidente

Olha aí a “dureza” que sofre para viajar, o camarada Vladimir Putin, ex-chefe da KGB da extinta União Soviética, e atual Presidente da Rússia. [slideshow=48] Clique nas fotos para iniciar ou aguarde a exibição automática das imagens [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »