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Não dêm poder a quem nos considera inferior

Hã? Câmara dos EUA acabou de aprovar projeto para para proibir o TIKTOK, caso a empresa não seja entregue aos americanos. Os mesmos parlamentares republicanos que acusaram o Alexandre de Moraes de não defender a liberdade de expressão, votaram para banir a rede social dos EUA. Inclusive, os principais nomes do gado do Mentecapto continuam em silêncio, sem criticar essa censura. Conseguem entender agora que a liberdade de expressão deles só serve pra eles, e não para os outros? É preciso que o terceiro mundo entenda que USA e União Europeia formam um Mundo de hipocrisia, onde o que é certo e o que é errado pode ser manipulado por eles quando isto for de interesse deles. Nos dias de hoje a única maneira de quebrar essa Pirâmide do Poder que foi instaurada há alguns séculos é fortificando suas Nações e colaborando com outras que não fazem parte desse Sistema de injustiças. Não dêm poder a quem nos considera inferior! Nunca se esqueçam! Sem dinheiro não se tem poder.

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Soros e os parlamentares da União Européia

Vazamento inédito: quase um terço dos deputados europeus têm ligações com Soros Graças ao primeiro-ministro húngaro e ao seu partido, foi tornada pública uma lista de políticos que trabalham para os interesses do financista bilionário George Soros nas instituições europeias. O registro enumera os membros do Parlamento Europeu que promovem projetos do magnata através de emendas na legislação da UE. © AFP 2017/ ERIC PIERMONT A ideia de que o bilionário George Soros estaria interferindo ativamente na política mundial e que poderá controlar países inteiros geralmente foi considerada uma das típicas teorias da conspiração.No entanto, a questão veio à tona de novo quando o deputado Hollik Istvan anunciou perante o parlamento húngaro que o financista já controla pelo menos um terço dos deputados do Parlamento Europeu. Istvan se baseou em um enorme registro de documentos internos de George Soros, revelado pelo portal DCLeaks, que enumera os deputados europeus e determina quem é patrocinado por organizações filiadas na Open Society Foundation, entidade chefiada por Soros. No total, nessa lista aparecem 226 dos 751 deputados do Parlamento Europeu. © AP PHOTO/ KEVIN WOLF Entre as ideias que se recomenda promover estão a democracia, a igualdade social e a de gênero, a abertura das fronteiras à imigração, a aproximação da Ucrânia à UE e, claro, a luta contra quaisquer de seus laços com a Rússia.Esta “rede” europeia da Open Society Foundation inclui políticos de baixo calibre, mas também outros de grande peso, como o presidente do Parlamento Europeu entre 2012 e 2017, Martin Schulz, o premiê da Bélgica entre 1999 e 2008, Guy Verhofstadt, e o atual líder do grupo socialista europeu, o italiano Gianni Pittella. “A partir desses arquivos e documentos, podemos descobrir que a rede de George Soros tem uma influência significativa sobre os líderes da União Europeia residentes em Bruxelas”, disse o político aos deputados húngaros. De acordo com os documentos, nas vésperas das eleições europeias de 2014, o financista doou 6 milhões de dólares (cerca de 20 milhões de reais) a 90 organizações não governamentais para que influenciassem a tomada de decisões conforme a linha da fundação. © REUTERS/ LUKE MACGREGOR O caso mais recente foi protagonizado pela Comissão das Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos (LIBE) do Parlamento Europeu, que adotou uma proposta favorável à imigração apesar da oposição do Grupo de Visegrad (Hungria, Polónia, República Tcheca e Eslováquia).A maioria dos membros da LIBE está na lista de Soros, observa o político. Os documentos apontam para a contribuição especial de Sylvie Guillem, dos socialdemocratas franceses, e de Jean Lambert, dos verdes britânicos, sendo ambos ardentes promotores da reforma imigratória na UE que prevê uma maior aceitação dos refugiados. “O assassino em massa mais procurado no Paquistão, acusado de 70 assassinatos pelas autoridades, foi capturado na fronteira do sul da Hungria. Apesar disso, ele conseguiu receber o status de refugiado na Grécia e chegar à fronteira com a Hungria”, contou Istvan com indignação. Hollik Istvan é membro do movimento político Fidesz, do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban. Já faz muito que o dirigente húngaro vem tentando combater os projetos de interferência de Soros em seu país. Desde março de 2017, não cessam os litígios para encerrar a Universidade Central Europeia, fundada graças ao dinheiro de Soros em Budapeste e que formou várias gerações de elites políticas da UE. 

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Economia: FMI prevê que Brexit vai frear economia mundial

Insegurança causada pela decisão dos britânicos de deixar a UE é o principal motivo mencionado pelo Fundo para reduzir suas previsões de crescimento econômico mundial. O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta terça-feira (19/07) suas projeções de crescimento para a economia mundial para os próximos dois anos, citando como motivo a insegurança causada pela decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Este é o quinto corte consecutivo, e o FMI afirma agora que espera um crescimento global de 3,1% em 2016 e de 3,4% em 2017, um recuo de 0,1 ponto percentual, para cada ano, em relação às projeções anteriores, segundo o relatório Panorama Econômico Mundial (WEO, em inglês). Segundo o Fundo, apesar de melhoras no Japão e na Europa no início de 2016, “o resultado do referendo no Reino Unido, que surpreendeu os mercados financeiros globais, implica a materialização de um risco descendente importante para a economia mundial”. Para o FMI, o Brexit atingirá sobretudo a economia do próprio Reino Unido. A instituição cortou sua previsão de crescimento do país em 2016 em 0,2 ponto percentual, para 1,7%. Para 2017, o corte é ainda maior, de 0,9 ponto percentual, para 1,3%. No caso da zona do euro, a projeção para 2016 se manteve praticamente inalterada, com recuo de 0,1 ponto percentual, para 1,6%. Na projeção para 2017 houve um corte de 0,2 ponto percentual, chegando a 1,4%. Já a economia dos Estados Unidos deverá crescer 2,2% este ano, um recuo de 0,2 ponto percentual, e 2,5% em 2017, mesma previsão de abril. May é a esperança de um final feliz para o Brexit Nova primeira-ministra britânica quer unificar o Partido Conservador e disse que vai fazer o que for preciso para uma saída segura do país da União Europeia.  A nova primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, foi ministra do Interior durante seis anos. A ausência de ataques terroristas de grande porte e o combate à corrupção policial são sinais do sucesso dela na pasta. No entanto, ela não atingiu o objetivo de reduzir a migração para menos de 100 mil pessoas por ano, uma questão-chave da campanha pelo Brexit.

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Hungria desafia UE e confirma referendo sobre refugiados

A União Europeia voltará a ser contestada nas urnas, desta vez pelos húngaros: a consulta popular sobre o sistema de cotas de imigrantes estabelecido por Bruxelas será em outubro. Premiê defende “independência do país”. Refugiados na fronteira entre a Sérvia e Hungria, que foi a principal porta de entrada do Espaço Schengen A Hungria vai realizar um referendo no próximo dia 2 de outubro sobre um possível sistema permanente de cotas de refugiados estabelecido pela União Europeia (UE), anunciou o governo do país nesta terça-feira (05/07). Segundo o gabinete do presidente, Janos Ader, a pergunta da consulta popular será: “Você quer que a União Europeia prescreva a alocação obrigatória de cidadãos não húngaros na Hungria mesmo sem o consentimento do Parlamento?”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O primeiro-ministro conservador Viktor Orbán, opositor ferrenho da imigração, afirmou anteriormente que uma vitória do “não” no referendo seria “em favor da independência da Hungria e em rejeição ao plano de alocação obrigatório”. A consulta popular já havia sido . Na ocasião, Orbán defendeu que não é possível “colocar nas costas dos povos, contra a vontade das pessoas, decisões que mudam as vidas das pessoas e das gerações futuras”, salientando que as cotas vão “redesenhar a identidade cultural e religiosa da Europa”. Cerca e multa Durante um período do ano passado, a Hungria foi a principal porta de entrada no Espaço Schengen. No entanto, após centenas de milhares de migrantes do Oriente Médio e da África cruzarem o país a caminho do norte da Europa, o governo de Orbán ergueu uma cerca de arame farpado na fronteira com a Croácia e com a Sérvia para barrar os estrangeiros. Uma série de países do sudeste da Europa seguiu o exemplo. Em dezembro do ano passado, a Hungria contestou no Tribunal de Justiça da União Europeia um plano anterior de redistribuir milhares de requerentes de asilo entre os 28 países-membros do bloco, ao longo de dois anos. O sistema foi estabelecido em setembro passado, após mais de 1 milhão de pessoas entrarem na UE, em busca de refúgio na Alemanha e em países ricos do norte do continente. Agora, o bloco discute mudanças nas regras de asilo que iriam requer que os Estados-membros aceitassem uma cota de refugiados ou pagassem uma .

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O Reino Unido pós-Brexit e o modelo norueguês

Em meio a especulações decorrentes do voto britânico anti-UE, evoca-se o status adotado pela Noruega. Uma mistura complexa de privilégios e desvantagens – que exigiria improvável dose de tolerância de ambos os lados. Na alentada discussão sobre os destinos do Reino Unido e da União Europeia (UE) após a consumação do assim chamado Brexit, tem-se ouvido com frequência crescente o conceito “modelo norueguês”. Embora não seja membro da UE, a Noruega integra a Área Econômica Europeia (AEE). Assim, da mesma forma que a Islândia e Liechtenstein, ela está sujeita às normas do bloco, mas sem poder votar sobre elas. Suas exportações para a UE são igualmente passíveis de controles alfandegários, já que os noruegueses não são membros da União Aduaneira Europeia.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A filiação à AEE – que também inclui os não membros da UE Andorra, Mônaco e San Marino – significa que mercadorias circulando dentro das fronteiras do bloco não são taxadas, e que seus membros aplicam uma taxa comum a todas as importações externas. Os países também pagam contribuições anuais para manter a filiação. Segundo números publicados pelo governo em Oslo e pela Missão Norueguesa na UE, a quantia per capita desembolsada pela Noruega é equivalente à do Reino Unido. A Noruega também paga aos países mais pobres da UE subsídios que são periodicamente renegociados, além de contribuir para programas da UE de que deseje participar, como, por exemplo, o Erasmus, de intercâmbios universitários. Diante de tais dados, parece não haver razão para a Noruega não ser membro da UE. De fato, ultimamente parte da população argumenta que seria melhor o país se filiar ao bloco, já que está pagando contribuições equivalentes. Desvantagens do modelo Um relatório publicado por Londres em março aponta um dos problemas em adotar o modelo norueguês: “Se o Reino Unido negociasse o modelo, estaríamos subordinados a muitas das regras da UE, mas não teríamos direito de voto ou veto na criação dessas regras.” Por que os mais velhos votaram pelo Brexit? Não sendo membro, a Noruega tampouco tem representação ou direito de votação das leis europeias. O primeiro-ministro norueguês não participa do Conselho Europeu, e o país não integra o Conselho de Ministros nem ocupa assentos no Parlamento Europeu. “A Noruega não tem um membro nacional na Comissão Europeia, nenhum juiz na Corte Europeia de Justiça, e seus cidadãos não têm direito de votar nas eleições da UE ou de trabalhar em suas instituições”, prossegue o relatório. “Medidas de salvaguarda” Ainda assim, talvez haja para o Reino Unido uma luz no fim do túnel do Brexit. O Capítulo 4º do acordo da AEE, intitulado “Medidas de salvaguarda”, permite aos Estados-membros “tomar unilateralmente medidas apropriadas” em casos de “sérias dificuldades econômicas, sociais ou ambientais […] com o fim de remediar a situação”. Ou seja: em caso de emergência, os britânicos poderiam, em tese, evocar essas medidas de salvaguarda, declarando uma crise. A Islândia acionou esse mecanismo em 2008, em reação à crise econômica nacional. Assim como a Noruega investe milhões de euros em programas conjuntos com a UE, o Reino Unido talvez também pudesse, então, escolher suas cooperações, permitindo que seus cidadãos trabalhassem e estudassem na UE. Algumas instituições financeiras também teriam permissão para operar no bloco – para alívio dos britânicos apreensivos em ambos os campos. Renegociações complicadas Em contrapartida, o relatório do governo britânico enfatiza que o modelo norueguês daria acesso considerável, mas não completo ao Mercado Único, de livre-comércio. “Estaríamos fora da União Aduaneira e perderíamos acesso a todos os acordos comerciais da UE com 53 outros mercados por todo o mundo”, e “renegociá-los exigiria anos”, adverte a publicação de Londres. Foto da semana: a desilusão do Brexit A Suíça, por exemplo, mantém 120 diferentes pactos com a União Europeia, cuja negociação em parte levou vários anos, o que torna extremamente difícil reproduzir essa situação. E o país não é o único com uma relação complexa com a UE. Ao contrário da Noruega, a Turquia pertence à União Aduaneira. Seus acordos com a UE cobrem mercadorias industriais e processadas, mas não serviços ou produtos agrícolas crus. E nas áreas em que os turcos têm acesso ao mercado europeu, eles têm que impor normas equivalentes às vigentes dentro do bloco. Ficar com o bolo e comê-lo também? Outra lacuna na aplicação do modelo norueguês ao Reino Unido seria o quesito da livre circulação de pessoas, que consta do acordo da AEE. A Noruega é obrigada a aceitá-la, e por isso optou por aderir ao Espaço de Schengen, em que estão abolidos os controles nas fronteiras internas. A julgar pelos diversos incidentes recentes de xenofobia no Reino Unido, apelidados “racismo pós-Brexit”, parte da população dificilmente acataria uma imposição dessa parte do acordo. Por fim, mesmo que o Reino Unido optasse por acionar as medidas de salvaguarda previstas no acordo da AEE, não está claro quanto tal situação poderia durar. E nem por quanto tempo os demais membros da União Europeia estariam dispostos a tolerar que os britânicos desfrutem das vantagens de ambos os sistemas. Com dados do DW

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Brexit:

Caso o “Brexit” seja mesmo implementado – o parlamento tem que criar e aprovar uma lei para fazer valer a ‘pool’ – , vai ser usado como “motivo” para fabricar a próxima crise econômica, a exemplo de 2008, já que a economia mundial está à beira do colapso. Como a economia mundial está à beira da explosão – o dólar não tem lastro. É papel pintado -, o cartel de banqueiros vai por a “culpa” no “Brexit”. PS. E irão aproveitar para imprimir mais trilhões e trilhões de dólares americanos, a exemplo de 2008. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Como o Reino Unido ainda pode voltar atrás no Brexit

A maioria dos britânicos votou por sair da UE. Mas, diante das consequências, alguns já se arrependem, há ameaça até de desintegração do Reino Unido.  Conheça quatro possibilidades – teóricas – de reverter a situação. O Reino Unido, no momento, é tudo, menos unido. No referendo histórico de 23 de junho sobre a permanência ou não na União Europeia, quase 52% dos votantes optaram pelo “Leave“, os demais marcaram “Remain“. Na Escócia e na Irlanda do Norte, contudo, a maioria dos eleitores preferiria permanecer na UE, ao contrário dos da Inglaterra e País de Gales.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Ainda não é uma crise”, explica à DW Jo Murkens, professor de direito da London School of Economics (LSE). “Mas estamos nos estágios preliminares do que poderá ser não apenas uma crise constitucional, mas a partida final constitucional do Reino Unido.” Alguns defensores do “Leave” estão preocupados pelo que acontecerá em seguida. E os que votaram contra a saída estão desolados, de qualquer forma, temendo as possíveis consequências do Brexit. Premiê David Cameron lavou as mãos no futuro processo de negociação do Brexit Londres ainda não evocou o Artigo 50 do Acordo de Lisboa, que estabelece o procedimento para um Estado-membro deixar a UE. O primeiro-ministro teria que informar o Conselho Europeu da intenção de seu país de se retirar da comunidade. Mas David Cameron, que anunciou sua renúncia assim que os resultados do referendo se definiram, declarou que esse passo caberia ao novo chefe de governo britânico. Até que se evoque o Artigo 50, ainda é tecnicamente possível evitar a consumação do Brexit. A seguir, quatro alternativas. 1. O Parlamento vota contra o Brexit Essa, aparentemente, é a solução mais clara e limpa. Muito provavelmente, os membros do Parlamento britânico terão que votar se o país realmente se desligará da UE. Como o referendo foi puramente consultivo, e não vinculativo, os representantes podem votar como quiserem. E, em tese, decidir que o país deve permanecer no bloco europeu. “Parlamentares são representantes do povo, não delegados”, diferencia Murkens. “Seu papel não é implementar a vontade do povo, mas sim tomar decisões com base no próprio julgamento político, filiação partidária e consciência.” Populista Nigel Farage (c) e demais pró-Brexit comemoraram: cedo demais? É improvável, entretanto, que os membros do Parlamento venham a anular a decisão do referendo, uma vez que “ignorar a vontade do povo não os ajudará a se reelegerem”, aponta James Knightley, economista-chefe do banco global ING. Ainda assim, o deputado trabalhista David Lammy, por exemplo, encorajou no Twitter seus colegas a votarem “Remain“: “Acordem. Nós não temos que fazer isso. Podemos parar essa loucura e dar fim a esse pesadelo, através de um voto no Parlamento.” Enfatizando o caráter não vinculativo da votação, ele afirmou que “alguns já desejam que não tivessem votado para Leave“. Por isso, “não vamos destruir nossa economia com base nas mentiras e na prepotência de Boris Johnson”, apelou. 2. Realizar outro referendo Os resultados da consulta foram bastante apertados, e os perdedores reivindicam agora um segundo turno. Além disso, mesmo alguns que optaram a favor de um Brexit podem estar se perguntando, pós-voto, em que é que se meteram, de verdade. Consultas do tipo “O que significa deixar a UE?” e, mais básico ainda, “O que é a UE?” apresentaram um pico na máquina de busca do Google após o referendo. Os partidários do “Remain” obviamente torcem para que os demais reconsiderem seu primeiro voto, depois de ter constatado, por exemplo, como a cotação da libra esterlina despencou. Pânico nas bolsas de valores no “dia seguinte”: maus augúrios para os britânicos Uma petição no site do Parlamento britânico para convocar os britânicos de volta às urnas já reuniu mais de 3,6 milhões de assinaturas, e, segundo o site, “o Parlamento considera para um debate todas as petições que obtêm mais de 100 mil assinaturas”. Esta opção, entretanto, é igualmente improvável. Já antes do referendo, o premiê Cameron descartou uma repetição do escrutínio. Isso também poderia dar a péssima impressão de que os políticos são capazes de fazer a população votar repetidamente, até conseguirem o resultado que desejam. 3. A União Europeia faz concessões suficientes para manter o Reino Unido Como o Artigo 50 não foi evocado, tecnicamente as autoridades de Bruxelas ainda têm espaço para adoçar a pílula ao ponto de os políticos britânicos poderem apresentar a permanência como uma opção viável. As chances de tal acontecer, contudo, são ínfimas. O referendo “foi visto, em grande parte, como um, protesto contra a imigração”, lembra Knightley, do ING. “Portanto o que precisaríamos ver são concessões significativas na questão da imigração vinda da Europa – o que parece altamente improvável, uma vez que a livre circulação de mão de obra e cidadãos são doutrinas essenciais da política da UE. É uma das regras-chave da fundação [da comunidade].” 4. A Escócia veta uma decisão parlamentar sobre o Brexit A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, declarou que pediria aos membros do Parlamento nacional para não darem seu “consentimento legislativo” a uma decisão de Londres de se retirar da UE. Certos analistas sustentam a tese que decisões relativas à UE necessitariam do aval expresso de Edimburgo. Premiê Nicola Sturgeon: Escócia sair do Reino Unido, se este deixar UE O professor Murkens, contudo, é um dos muitos observadores que não concordam com essa interpretação. Ainda assim, ressalva, os deputados de Londres não devem ignorar as opiniões dos eleitores escoceses e norte-irlandeses. “Acho que [o resultado do referendo] deve ser lido como um empate 2 x 2: a Escócia e a Irlanda do Norte votaram para ficar, a Inglaterra e o País de Gales votaram por sair.” O docente da LSE se preocupa com a eventualidade de que sejam anulados séculos de processos de paz entre as quatro nações que compõem o Reino Unido, caso os parlamentares em Westminster ignorem a vontade dos votantes escoceses e norte-irlandeses. Aí, ambos os países poderiam se desligar da comunidade britânica, numa tentativa de permanecer ou de voltar a integrar a União Europeia. “A

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Votação a favor do ‘Brexit’ anima os xenófobos europeus

A francesa Le Pen, o holandês Wilders e o italiano Salvini reagem com euforia. Marine Le Pen, nesta sexta-feira. AFP Se existem ganhadores claros da vitória do não britânico à União Europeia são os partidos da extrema direita europeia. A eclosão do ceticismo europeu britânico ocorre em um momento de profundo desencanto e renovados sentimentos nacionalistas no Velho Continente que as forças xenófobas souberam explorar com eficiência.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] MAIS INFORMAÇÕES Primeiro-ministro David Cameron renunciará em outubro ‘Nacionalista europeu, independentista inglês’, por JOHN CARLIN ‘Melhor dentro do que fora, please’ O júbilo dos radicais se traduziu desde o começo da manhã de sexta-feira em exigências concretas. “A Liberdade venceu”, publicou no Twitter Marine Le Pen, presidenta da Frente Nacional francesa. “Como peço há anos, agora é preciso convocar um plebiscito na França e nos outros países da UE”. O holandês Geert Wilders pediu a mesma coisa, o político de cabeleira oxigenada que lidera as pesquisas de seu país com um projeto político abertamente anti-imigração. “Queremos ser donos de nosso próprio país, de nosso dinheiro, nossas fronteiras e nossa política imigratória”, disse em um comunicado. “Nós holandeses precisamos ter a oportunidade de expressar nossa opinião sobre nossa permanência na UE o quanto antes”, acrescentou agitando o fantasma do chamado Nexit, uma hipotética saída da Holanda do bloco comunitário que hoje se mostra mais possível do que nunca. Os dois países são membros fundadores da União. Na Itália, Matteo Salvini, da Liga Norte, felicitou “os cidadãos livres” que não sucumbiram “à chantagem, às mentiras e às ameaças”. Wilders é junto com Le Pen a grande referência dos partidos xenófobos bem-sucedidos na Europa continental e que mostram uma crescente coordenação e assertividade, conscientes de que o vento sopra a seu favor. O Brexit é o grande suporte a seu ideal, cuja espinha dorsal é composta pela xenofobia, o recuo identitário, o binômio povo-elite e o protecionismo econômico. Ou seja, a recusa de tudo o que venha de fora de suas fronteiras, com as políticas europeias na cabeceira. A crise econômica, os refugiados, o islã… vale tudo para transformar Bruxelas no perfeito bode expiatório. O Brexit é o ponto de inflexão que esperam há anos e agora acreditam que será o início do fim do projeto europeu. São respaldados por milhões de eleitores aborrecidos com a UE. Os holandeses expressaram claramente sua ira no começo do ano, no plebiscito contra o acordo de associação da UE com a Ucrânia vencido por larga margem pelos contrários à União. Em 2005, os holandeses já refutaram o projeto de Constituição Europeia, depois rebaixado no formato do Tratado de Lisboa. “Se eu me tornar primeiro-ministro, ocorrerá um plebiscito para deixar a UE”. As eleições estão previstas para o começo de 2017 e Wilders arranca como franco favorito nas pesquisas. O boicote dos outros partidos prejudica, entretanto, suas possibilidades de Governo. Seis dias antes do plebiscito, os críticos à UE realizaram uma reunião em Viena, batizada de “a primavera dos patriotas”. Era um respaldo aos partidários do Brexit, mas também para demonstrar seu crescente poderio pan-europeu como membros de um grupo na Eurocâmara, de onde destroem por dentro o projeto comunitário. Lá, Le Pen – que será o principal nome da Frente Nacional nas eleições presidenciais em 2017 – defendeu uma Europa por conta própria, que cumpra os desejos e exigência de cada país membro. O líder da também bem-sucedida ultradireita austríaca, Heinz Christian Strache, enfatizou a democracia direta e a conveniência de se consultar a população sobre seu futuro, tal como os britânicos acabaram de fazer. Disse que a Suíça é seu modelo. Seu partido, o FPÖ, acaba de perder as eleições presidenciais por muito pouco e agora disputa o resultado nos tribunais. O cansaço dos austríacos com o bipartidarismo e a busca de uma identidade que acreditam que corre o risco de se diluir com a chegada de 90.000 asilados ao país, impulsionaram os radicais no país centro-europeu. O timing do Brexit, como dizem os britânicos para se referir ao momento dos fatos, não poderia ser melhor para os populistas de direita. Sabem que o caldo de cultura é propício para seus interesses e acreditam que os partidos tradicionais e Bruxelas serão incapazes de reagir a tempo e de acordo com as regras. Sentem que seu momento chegou. Ana Cabajosa/ElPaís

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Economia: As consequências econômicas do Brexit

No Reino Unido, na UE e na Alemanha, especialistas advertem sobre possíveis repercussões de uma eventual saída do Reino Unido do bloco europeu, incluindo perda de empregos e queda de investimentos. No próximo dia 23 de junho, quando os cidadãos britânicos votarem no referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), eles devem se deparar com uma questão existencial em relação ao futuro do próprio país: seria melhor permanecer agarrado ao que é familiar ou dar um salto no escuro? Para muitos eleitores, também é uma questão de analisar quão profunda essa escuridão pode ser. Economistas tentam antecipar os possíveis impactos neste período que antecede o referendo. Leia a seguir uma compilação de algumas das previsões – algumas estremecedoras, outras tranquilizadoras – do Reino Unido, da Alemanha e da UE.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Economistas alemães A maioria esmagadora dos economistas alemães é contra o chamado Brexit, ou seja, a saída do Reino Unido da UE. O instituto de pesquisas Ifo, baseado em Munique, e o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung publicaram recentemente uma pesquisa sobre o tema, apontando que 85% dos economistas do país são contra o Brexit. Na pesquisa, mais da metade dos economistas opinou que uma saída do Reino Unido da UE causaria danos econômicos severos ao Reino Unido, enquanto 32% acreditam que o efeito seria negativo, porém modesto. Além disso, 65% acreditam que a economia alemã sofreria um pouco com o Brexit, e outros 12% acreditam que o efeito negativo seria grande. Mas nem tudo é escuridão e trevas entre os economistas alemães. Um deles respondeu à pesquisa dizendo que “no longo prazo, o Brexit traria vantagens consideráveis para toda a UE, já que o Reino Unido tem sido um obstáculo para a integração europeia”. O Banco Central Europeu O Banco Central Europeu (BCE) não se posicionou oficialmente nem a favor nem contra o Brexit, mas alguns dos membros de seu conselho não parecem preocupados. Ewald Nowotny, presidente do Banco Central da Áustria, afirmou ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung que a saída do Reino Unido “seria pior para os britânicos do que para o resto da Europa”, já que o centro financeiro de Londres “perderia o seu status”. “Não vejo problema algum para o sistema financeiro, porque o cenário de um Brexit está sendo discutido há algum tempo”, completou Nowotny. “Se realmente acontecer, quem será pego de surpresa?” Já François Villeroy de Galhau, presidente do Banco Central francês, não encara a possibilidade com tanta tranquilidade. Recentemente ele disse que o Brexit pode resultar em tempos turbulentos – especialmente para os bancos britânicos, mas também para a zona do euro. O Tesouro britânico O Ministério da Economia britânico foi bem explícito. Uma saída da UE desencadearia um choque econômico intenso e imediato, afirmou Sajid David, secretário de Estado britânico para Negócios, Inovação e Capacitação. Num estudo publicado pelo ministério, David aponta que o Brexit custaria meio milhão de empregos e resultaria no encolhimento da produção econômica do Reino Unido em até 3,6% nos próximos dois anos. Sindicatos britânicos O Trades Union Congress (TUC), federação que representa a maior parte dos sindicatos da Inglaterra e do País de Gales, não se cansa de advertir sobre as possíveis consquencias de um Brexit. “É bem provável que o custo das exportações britânicas suba no caso de uma saída da UE”, disse Owen Tudor, líder do departamento de assuntos europeus do TUC. “Presumimos que os investimentos originários de países terceiros vão despencar”, completou Tudor, apontando uma tendência que pode desencadear um ciclo vicioso. Custos mais altos combinados a investimento reduzido podem resultar na perda de quatro milhões de empregos, estima. Vagas no setor de exportação – nas indústrias automotiva e química, por exemplo – seriam as mais ameaçadas. Direitos trabalhistas também poderiam ser afetados no caso de uma saída do Reino Unido do bloco, aponta o TUC. A federação acredita que milhões de trabalhadores britânicos podem acabar tendo a jornada de trabalho estendida no caso de um Brexit. A economia alemã Empresários alemães não estão animados com a perspectiva de uma saída do Reino Unido do bloco europeu. No pior cenário, segundo estudo de um banco alemão, o Brexit pode resultar num prejuízo de 45 bilhões de euros para a economia da Alemanha somente em 2016 e 2017 – o que poderia fazer o país mergulhar numa recessão. “Os danos do Brexit vão ser enormes para ambos os lados [Reino Unido e Alemanha]”, afirmou Markus Kerber, diretor-geral da Confederação da Indústria Alemã (BDI). Ele prevê que a saída resulte num processo de negociações que pode se arrastar por anos e incluir uma série de acordos, envolvendo questões delicadas sobre acesso ao mercado e adequação a padrões regulatórios. Nesse cenário, cada um dos lados tentaria obter maior vantagem. “Poderia virar uma situação de vale-tudo”, teme Kerber. Ao mesmo tempo, consultores e advogados estão certos de que vão se beneficiar, já que vão poder cobrar por longas horas de trabalho enquanto empresas se preparam para o novo cenário. DW

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George Soros alerta para colapso da UE em caso de “Brexit”

Logo quem! Soros especula nos mercados financeiros mundiais através de uma firma clandestina extracontinental. A “Quantum Fund NV”, é um fundo de investimentos privados que administra para uma série de especuladores anônimos, um capital estimado entre 4 e 7 bilhões de dólares. O Quantum Fund está registrado em um paraíso fiscal do Caribe, nas Antilhas Holandesas, em Aruba. Para evitar o controle das autoridades fiscais dos USA, sobre suas movimentações financeiras, Soros contrata exclusivamente cidadãos europeus para seu Conselho Administrativo. José Mesquita George Soros: “Se o Reino Unido sair, isso poderia desencadear em um êxodo geral e a dissolução da União Europeia passará a ser praticamente inevitável” Dono de uma fortuna de US$ 24 bilhões, o megainvestidor George Soros disse nesta quinta-feira que há boa chance de a União Europeia (UE) entrar em colapso caso o Reino Unido opte por deixar o bloco (ação conhecida como “Brexit”), além de uma crise imigratória e desafios com a Grécia.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Se o Reino Unido sair, isso poderia desencadear em um êxodo geral e a dissolução da União Europeia passará a ser praticamente inevitável”, disse ele. Ainda assim, Soros disse que a força recente na libra britânica é um sinal de que uma votação pela saída da UE é menos provável. “Os mercados nem sempre têm razão, mas neste caso eu concordo com eles”, disse o investidor em uma entrevista ao The Wall Street Journal. O bilionário de 85 anos, dono de um fundo que administra cerca de US$ 30 bilhões, também mostrou preocupação e ceticismo em relação à economia chinesa. “A China continua a sofrer com a fuga de capitais e tem esgotado suas reservas em moeda estrangeira, enquanto outros países asiáticos têm acumulado moeda estrangeira”, disse Soros. “A China está enfrentando um conflito interno dentro de sua liderança política e durante o próximo ano isso irá dificultar a sua capacidade de lidar com questões financeiras”, destacou. Soros teme que novos problemas surgirão na China, em parte porque o país não parece disposto a abraçar um sistema político transparente que ele afirma ser necessário para aprovar reformas econômicas duradouras. Pequim iniciou reformas no ano passado, mas voltou atrás em alguns esforços em meio a mercados turbulentos. Alguns investidores estão começando a antecipar o aumento da inflação em meio a ganhos salariais recentes nos EUA, mas Soros disse que está mais preocupado que a fraqueza continue na China e exerça uma pressão deflacionária – uma espiral prejudicial de queda dos salários e preços – sobre os EUA e economias globais. Fonte: Dow Jones Newswires/Estadão/Exame

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