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João Dória e o marketing da hipocrisia

Sete verdades que você precisa saber sobre o João “Trabalhador”, que atira flores pela janela quando é lembrado dos mortos na marginal. Todas as informações contidas neste artigo são públicas e contém links e fontes que podem ser pesquisados através do Google  Bill Gates é um dos grandes empreendedores americanos e todo mundo sabe o que a empresa dele produz. João Doria, também é tido como um dos “grandes empreendedores do Brasil”, mas nós não sabemos exatamente o que suas empresas produzem.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Sendo assim fomos pesquisar para saber qual é o “Windows” do “Grupo Doria”,  qual é o grande produto que alavancou o nome de Doria para o panteão do empreendedorismo nacional e por sua vez à prefeitura de São Paulo. Descobrimos coisas muito interessantes sobre o prefeito. Confira abaixo! 1 – O SITE DO GRUPO DORIA AINDA ESTÁ EM CONSTRUÇÃO Com a rotina corrida de acordar cedo pra varrer as ruas de São Paulo,  João Doria talvez ainda não tenha conseguido tempo útil para delegar que uma equipe termine o site do seu “grupo empresarial”. De qualquer forma, o site em construção hospedado sob o endereço https://www.grupodoria.com.br/ nos deu uma pista para nossa segunda descoberta. 2 – SUA PRINCIPAL “EMPRESA”,  LIDE “GLOBAL” POSSUI UNIDADES EM 15 PAÍSES, MAS AINDA NÃO TEM SITE EM INGLÊS Pelo site oficial do Grupo Doria nós não descobrimos exatamente o que suas empresas fazem, então seguimos para o site indicado, que parece não ser exatamente de uma empresa, mas de um “grupo de empresários”, o LIDE “uma organização de caráter privado, que reúne empresários em diversos países.” diz a publicação. O grupo LIDE se diz “GLOBAL”, diz ter atuação em diversos países, mas ainda não possui um site em inglês. Você conhece alguma empresa ou entidade com atuação global que não tenha ao menos um website em inglês? Nós também não, mas se encontrar indique lá nos comentários.  Site:  https://www.lideglobal.com/ A curiosidade só aumentou e isso nos levou para o item a seguir. 3 – ELE VIAJA EM UM JATO PRÓPRIO QUE NÃO FOI DECLARADO AO TSE Pesquisando as últimas notícias sobre o prefeito, descobrimos na coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo,  que ele anda viajando pelo mundo em seu jato particular. Diz a coluna: “O prefeito de São Paulo, João Doria, decidiu viajar pelo mundo, mesmo a trabalho, em seu próprio jato particular. (…)  Doria partiu em seu Legacy 650, de preço estimado em US$ 30 milhões, para visitar o papa Francisco em Roma. (…)  O jato, da Embraer, tem o prefixo PR-JDJ –as iniciais de João Doria Junior.” No site da ANAC, descobrimos que o avião está em situação de alienação fiduciária e pertence à DORIA ADMINISTRACAO DE BENS LTDA,  que declarou um patrimônio de 34 milhões ao TSE.  O jato modelo “Embraer Legacy 650” está avaliado em aproximadamente R$ 90 milhões (US$30 milhões) Todos os bens da declaração ao TSE somam 179 milhões e você pode acessá-la aqui:
http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2016/2/71072/250000004975/bens Só o valor do jato representa metade de todo o valor declarado, o que nos levou a nos levou pesquisar e chegar ao próximo item. 4 – SEGUNDO MATÉRIA DO ESTADÃO, ELE TAMBÉM NÃO DECLAROU 2 APARTAMENTOS EM MIAMI, UM DELES EM NOME DE UMA OFF-SHORE REGISTRADA PELA MOSSAK FONSECA, AQUELA DO PANAMA PAPERS O apartamento também não declarado, vale US$ 11,2 milhões e fica em uma área nobre de Miami. Segundo a matéria do Estadão, o prefeito ainda possui um outro apartamento, também não declarado que vale US$ 243 mil e foi adquirido por meio de uma empresa offshore aberta pela Mossack Fonseca, empresa envolvida no escândalo do Panama Papers. Ainda segundo a reportagem do Estadão a casa onde mora o prefeito foi subvalorizada na declaração de bens enviada ao TSE. O imóvel declarado por R$ 12,4 milhões, valeria ao menos 3 vezes mais. Para os advogados de Doria, a declaração de bens à Justiça Eleitoral foi feita de acordo com a lei, mas segundo os nossos cálculos ou de qualquer um que saiba fazer contas, os bens NÃO declarados somam quase o mesmo valor do que foi declarado ou seja, Doria ocultou no mínimo 50% de todos seus bens. Fomos pesquisar então o que fazem suas empresas para arrecadar tanto e você confere no próximo item. 5 – AS EMPRESAS DE DORIA “EMPREENDEM” EM “PARCERIA” COM O ESTADO Os seguidores do prefeito adoram falar em “Estado Mínimo” e usam como exemplo a “gestão” e “eficiência” e principalmente o corte de gastos, e nós concordamos que o dinheiro do povo não deva ser gasto com banalidades, como as revistas de coluna social que são publicadas pela Doria Editora por exemplo. Mas as empresas do “Grupo Doria” fazem “sucesso” em muitas “parcerias” com o Estado.  São milhões de reais gastos em publicações desconhecidas por 99% das pessoas que pagam impostos no Brasil. Segundo matéria publicada no portal UOL, os governos tucanos repassaram R$ 10,1 milhões a empresas de Doria desde 2010, porém, nem só de verba tucana vivem as empresas de “João Trabalhador”. Com pelos menos 7 CNPJs elas aparecem como fornecedoras de diversas empresas e órgãos ligados à governos estaduais e também em pagamentos do governo federal. Você mesmo pode pesquisar jogando os CNPJs no Google e obviamente só irá encontrar o que foi publicado em portais de transparência. Para ajudar nessa tarefa, listamos abaixo alguns pagamentos e o nome das empresas com seus respectivos CNPJs, cada um com link para a busca do Google. Doria Administração e Eventos LTDA  – CNPJ: 01.409.348/0001-08
 — É a empresa a qual está registrado o Jato Legacy 650 que não foi declarado ao TSE. Este CNPJ aparece em diversos pagamentos do governo federal no portal da transparência como nos exemplos abaixo. • Outras Despesas Correntes Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica   = R$ 104.249,00 • Aluguel de imóveis próprios (????)                                                                           = R$ 160.000,00 Doria Editora Ltda. –   CNPJ: 11.704.394/0001-85
 — A Doria Editora, que também não tem site nem página no Facebook, possui publicações “direcionadas a leitores exigentes”, segundo perfil publicado na plataforma Issu. “São dezesseis revistas, destas, onze direcionadas ao mundo corporativo, economia e negócios, e cinco voltadas a estilo de vida, comportamento,

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Rival do Uber, espanhol Cabify chegará ao Brasil em maio

A empresa espanhola de transporte urbano via aplicativo Cabify deve iniciar suas operações no Brasil a partir de maio, começando por São Paulo, ampliando sua operação na América Latina, onde tem se expandido desde 2012. A companhia foi criada em 2011 na Espanha e atua emmodelo semelhante ao do norte-americano Uber, em que motoristas particulares são conectados a passageiros por meio de um aplicativo próprio da empresa. Em 2012, a Cabify lançou serviços no México, Peru e Chile e em 2014 estreou na Colômbia. Segundo o chefe das operações da Cabify no Brasil, Daniel Velazco Bedoya, o lançamento da operação no Brasil neste momento se deve a um cenário regulatório mais favorável, surgido depois que a prefeitura de São Paulo regulamentou o chamado táxi preto, que trabalha apenas com aplicativos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “O Brasil tem possibilidade de ser a maior fonte de receita da empresa. Vai ter uma operação independente dos outros países na região”, disse Bedoya à Reuters, evitando comentar detalhes como projeções de mercado ou metas da companhia, mas citando a frota de 38 mil táxis da cidade como referencial. O executivo de 26 anos é engenheiro agrônomo, mas optou por trabalhar com mobilidade. Até janeiro, era presidente no Brasil do site de compartilhamento de viagens de longa distância Tripda, que recebeu investimentos da aceleradora alemã de empresas Rocket Internet, mas acabou encerrando operações no início deste ano. Segundo Bedoya, o interesse inicial da Cabify no Brasil envolve mais quatro cidades do país, mas ele evitou comentar os nomes e datas de lançamento do serviço nestas localidades. A companhia também avalia eventual lançamento de modalidades de serviços que envolvam vans de passageiros e até aeronaves particulares, disse ele. A Cabify, que nas próximas duas semanas deve se instalar em escritório próprio em São Paulo, vai operar por meio de motoristas autônomos, mas a empresa não descarta incorporar a seus serviços os táxis pretos recentemente autorizados a operar na cidade. A empresa vai oferecer sistema de cobrança distinto do utilizado pelo Uber na formação dos seus preços. Em vez de uma espécie de leilão em que horários de pico e locais com grande demanda acabam elevando os preços das corridas, a Cabify vai atuar com sistema de tarifa fixa baseada na quilometragem percorrida. “Estamos definindo nos próximos dias as tarifas. Vão ser bastante competitivas tanto em relação ao Uber quanto em relação aos táxis”, disse Bedoya. “Já tivemos alguns encontros com o governo (prefeitura) de São Paulo para discutirmos a melhor forma de entrada da empresa na cidade. Isso nos da confiança para o início das operações, afirmou. Nos últimos meses, protestos de taxistas, alguns violentos, contra o Uber atrapalharam o trânsito de algumas cidades do país onde a empresa opera, como Rio de Janeiro e São Paulo. Bedoya avalia que o ambiente concorrencial no setor ficou mais intenso nos últimos meses no país, mas avalia que a oferta de serviços de empresas como o Uber trouxe mais passageiros às ruas. “Entraram muitos carros no mercado sim, mas eles trouxeram muita demanda que antes nem existia, porque as pessoas nem pensavam em usar esse tipo de transporte”, disse ele. “Mesmo com a queda do poder aquisitivo da população, ainda tem um contingente muito grande que não perdeu condições para usar esse tipo de transporte. Além disso, as pessoas estão deixando de usar carro para economizar.” JB

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Uber concorda em pagar US$ 25 milhões em processo na Califórnia

Empresa foi processada por não rastrear antecedentes criminais de 25 motoristas e por falta de licença para operar em aeroportos. Uber foi processada pelas cidades de Los Angeles e San Francisco (Foto: Youtube)  A Uber concordou em pagar US$ 25 milhões referentes a um processo contra a empresa aberto pelas cidades de Los Angeles e São Francisco, na Califórnia, EUA. Procuradores das duas cidades processaram a empresa por enganar clientes em relação ao histórico de seus motoristas, por estar em desconformidade com o processo de inspeção dos taxímetros e por não ter licença para buscar e deixar passageiros em aeroportos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em um acordo firmado na última quinta-feira, 8, a Uber se comprometeu a pagar US$ 5 milhões para cada cidade, mais US$ 15 milhões adicionais, caso falhe em sanar os problemas apontados no processo. Na quinta-feira, a Uber declarou estar dentro das conformidades exigidas pelas duas cidades. A empresa afirmou que deixou de usar o slogan “A viajem mais segura” em seus anúncios e só permite que seus motoristas busquem e deixem passageiros em aeroportos da Califórnia nos quais têm explícita autorização para atuar. Se os tribunais determinarem que a empresa está respeitando tais regulações, a Uber terá de pagar apenas o total de US$ 10 milhões, divididos entre as duas cidades. No ano passado, como parte do processo, procuradores da Califórnia afirmaram ter encontrado evidências de que a Uber falhou em não detectar os antecedentes criminais de 25 motoristas da empresa, que incluíam condenações por sequestro e assassinato. Fontes: The Wall Street Journal-Uber Settles With California Regulators for Up to $25 Million

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Uber prepara sua frota de helicópteros nos Estados Unidos

Empresa concorrente dos táxis se alia à Airbus para oferecer transporte aéreo Travis Kalanick, fundador e executivo-chefe do Uber. REUTERS MAIS INFORMAÇÕES General Motors investe na Lyft, concorrente do Uber Sem chefe e sem garantia: assim será nosso trabalho no futuro Haddad propõe cobrar Uber com a venda inédita de ‘créditos em quilômetros’ Colômbia, o laboratório do Uber na América Latina O Uber não quer mais se limitar à terra firme. O ar é o seu próximo objetivo. O aplicativo de transporte sob demanda quer ter uma frota própria de helicópteros, e para isso fechou um acordo com o fabricante europeu Airbus para que forneça e gerencie os aparelhos. Os Uberchoppers, como são chamados pela empresa (fusão do nome Uber com a palavra inglesa choppers, helicópteros), já foram oferecidos durante a última edição da feira tecnológica CS, em Las Vegas. Por 99 dólares, era possível sobrevoar a Vegas Strip, principal avenida da cidade.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O primeiro teste, porém, havia sido feito antes, durante o festival musical Coachella de 2014. A diferença com o serviço comum do Uber é que Travis Kalanick, fundador da start-up de San Francisco, não quer terceirizar o serviço a empresas locais, geralmente dedicadas a voos turísticos. No próximo fim de semana, durante o festival de cinema de Sundance, o Uber voltará a oferecer esse transporte que evita congestionamentos, num trajeto fixo entre o aeroporto de Salt Lake City e Park City, onde o evento acontece. Segundo o Uber, o deslocamento irá durar 15 minutos e custará 200 dólares se for de dia, e 300 à noite (813 e 1.219 reais, respectivamente). Como cortesia, a empresa oferecerá um veículo 4 x 4 para o trecho entre o heliporto e o hotel ou outro destino desejado. É uma tarifa muito mais acessível do que na primeira vez em que o Uber tentou decolar. Foi numa viagem de Nova York à sofisticada região litorânea dos Hamptons, no feriado norte-americano de 4 de julho de 2013. Na época, a viagem custou 3.000 dólares, com a possibilidade de levar até cinco passageiros. O novo movimento marca uma mudança de estratégia da companhia, avaliada em mais de 50 bilhões de dólares. Com os carros, muito mais econômicos, ela compartilha a tarifa com os motoristas, que são donos dos veículos; no ar, a divisão será com o fabricante. A Airbus, por sua vez, pretende alavancar sua imagem nos Estados Unidos, onde a indústria aeronáutica se considera mais ligada ao setor armamentista do que à produção comercial de aeronaves. O Uber não oferece apenas uma alternativa ao táxi, embora esse seja o seu produto mais popular. A empresa começa a prestar serviços de entregas – é comum, durante as manhãs, ver seus carros distribuindo compras feitas on-line. Na hora do almoço, em vários bairros de San Francisco a empresa oferece um menu com poucas opções, mas com preços fixos e entrega quase imediata. Periodicamente, o Uber também oferece gatos para adoção ou sorvete para acompanhar um filme. Durante a feira ArtBasel, de Miami, o aplicativo foi adaptado para disponibilizar lanchas, algo que acontece também na Turquia. Na Índia, ele inclui os famosos riquixás, além de bicitáxis. Na Colômbia, sua base de operações para a América Latina, oferece um leque de serviços que transformou Bogotá em seu laboratório. Rosa Ximenes/El País

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Sem chefe e sem garantia: assim será nosso trabalho no futuro

Cada vez mais empresas estão se adaptando à cultura do Vale do Silício. Descrever Jesús Elorza, community manager do Google, sem os anglicismos que ele usa com frequência é um desafio. Seu aspecto – barba, camisa abotoada até o último botão – é de hipster. Sua fascinação pelas redes sociais, pelos gadgets (tem um smartwatchconectado ao smartphone) e seus apps o transformam em um techie. Seu emprego o transforma em protagonista da mudança da atual geração que está com 30 anos e tem uma nova forma de entender o trabalho.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em parte é porque Jesús, 27 anos, que trabalha há quatro na sede da Google em Dublin, passa o dia fazendo videoconferências, com o outro olho na tela do seu celular, onde se misturam vida pessoal e profissional até se confundirem. E, em parte são todas as comodidades que desfruta, e que fazem com que os escritórios da Google sejam qualquer coisa menos aquele espaço espartano no qual trabalhavam as gerações anteriores à dele. Temos muita flexibilidade no trabalho, vários restaurantes com comida de graça e, claro, muito boa, formação contínua, ginásio e piscina dentro do edifício, massagem, centro médico, salão de jogos…”, vai enumerando, recitando o modelo que Laszlo Bock, chefe de RH da Google (lá eles chamam de “gestão de pessoas”), descreve em seu livro Um Novo Jeito de Trabalhar: “Eu chamaria de um projeto de alta liberdade no qual os funcionários gozam de capacidade de tomada de decisão. Os líderes que criam o ambiente adequado vão se transformar em ímãs para as pessoas com mais talento do planeta”, explicou Bock no livro. Mas muito mais importante do que tudo isso é a maneira que Jesús pode projetar no trabalho parte de sua personalidade. Ele ainda tem a caderneta na qual, há quatro anos, escreveu “trabalhar na Google” como um dos seus objetivos. Ele não presta um serviço. Contribui com sua personalidade para o projeto. É um trabalhador do futuro. As grandes empresas tecnológicas e as start-ups mudaram o mercado. Agora estamos lutando todos pelo mesmo talento em um mercado sem barreiras. Procuramos pessoas que querem algo mais que uma carreira para toda a vida. Margarita Álvarez, diretora de comunicação e marketing da Adecco Espanha Primeira Parte: o que faz um empregado como você em um lugar como este? “A tecnologia trouxe mudanças drásticas no mundo do trabalho. Podemos resumi-las na hiperconectividade”, anuncia Juan Martínez-Barea, embaixador na Espanha da Singularity University, instituição acadêmica impulsionada pela NASA e localizada no Vale do Silício. Ele é autor do livro El mundo que viene (O mundo que virá). O telefone acelerou o ritmo de um mundo que deixou de depender do correio físico, mas as novas tecnologias provocaram algo muito mais drástico: tornaram prescindíveis os horários e os espaços comuns, aumentaram a disponibilidade e encorajaram a promiscuidade entre trabalhadores e empregadores. Há empresas muito tradicionais na Espanha que já estão mudando para espaços de trabalho não nominativos, ou seja, que ninguém tem um lugar permanente. Não há papel, não há armários para ninguém. São colocadas em paralelo grandes mesas para incentivar a interatividade   Margarita Álvarez Este último é essencial para começar a entender a mudança. Em um ambiente no qual qualquer um pode expor seus talentos para todos, seja como um portfólio em forma de conta do Instagram ou com currículo no LinkedIn, as empresas têm um acesso exponencialmente mais fácil aos possíveis empregados. São elas, portanto, que precisam ser atrativas para os trabalhadores, e não vice-versa, como até agora. “O fardo agora é da empresa” confirma Margarita Álvarez, diretora de comunicação e marketing da Adecco Espanha, o maior fornecedor mundial de recursos humanos: “As grandes empresas tecnológicas e as start-ups mudaram o mercado. Agora lutamos todos, grandes e pequenos, pelo mesmo talento em um mercado sem barreiras. Procuramos pessoas que querem algo mais que uma carreira para toda a vida, que querem rapidez, propostas constantes de projetos interessantes, flexibilidade, bons companheiros…”. Jesús recebe da Google uma atitude que seria considerada marciana em décadas passadas. “Você controla seu tempo, os objetivos, o que quer aprender, no que quer trabalhar… E acima de tudo, o bom ambiente que existe entre os colegas”, diz ele. Também ressalta a regra dos 20%: “Corresponde à parte do seu tempo que pode dedicar a um projeto ou conceito a ser desenvolvido que esteja ligado à empresa”. Ele tem espaço para fornecer ideias mesmo fora do seu setor. Outras empresas como Adobe ou Deloitte também usam ideias ousadas como licenças sabáticas remuneradas. Gore-Tex eliminou a cadeia de comando e as funções dos trabalhadores, permitindo que os chefes dos projetos sejam divididos e escolhidos por voto. Vai generalizar um tipo de trabalhador autônomo, ou parecido ao autônomo, que trabalhe dentro, graças à tecnologia que é oferecida hoje, de equipes que duram até a conclusão do projeto. Margarita Álvarez Os locais de trabalho também estão se adaptando a estes novos parâmetros. Atribuir áreas específicas do escritório como uma recompensa (uma sala a um trabalhador leal que foi promovido) ou como forma de promover a dinâmica acaba sendo menos produtivo. “Há empresas muito tradicionais já estão mudando para espaços de trabalho não nominativos, ou seja, que ninguém tem um lugar permanente. Não há papel, não há armários para ninguém. São dispostas grandes mesas de forma paralela para incentivar a interatividade”, diz Margarita Alvarez. Identifica-se um projeto, reúne-se uma equipe, trabalha-se o justo e necessário para completar a tarefa e a equipe separa-se. É o modelo com o que agora se constroem pontes, desenham aplicações ou abrem restaurantes. Adam Davidson, colunista econômico do The New York Times Segunda Parte: A ameaça de Hollywood Num ponto extremo, esta promiscuidade nos levará, segundo previsão de Adam Davidson, colunista econômico do The New York Times, ao modelo Hollywood, que aplica a lógica de uma filmagem a todas as áreas de trabalho. “Um projeto é identificado, a equipe se reúne, trabalha apenas suficiente para completar a tarefa e se separa “, explica Davidson. “É o modelo com o

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Economia colaborativa a serviço do turismo

Serviços como Airbnb estão alterando a economia do ramo da hotelaria. Os preços de alta temporada dos hotéis chegam a 200% a mais.(Foto: Instagram) Hotéis na Times Square, em Nova York, custam quatro vezes mais caro na noite de ano novo do que no dia 7 de janeiro; um quarto na propriedade quatro estrelas mais barata de Cancun, no México, custava em 31 de dezembro o dobro do que custa uma semana depois. A lógica por trás dessa flutuação de preços é simples: a construção e contratação de funcionários de um hotel custa caro, e a demanda, para eles, é sazonal. Apenas aumentando os preços nas épocas de maior demanda é que se consegue operar com lucros.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas esse sistema de temporadas causa mais problemas, além de contas altíssimas. Turistas escolhem outro destino, porque hotéis estão lotados nas suas datas desejadas e, apesar de preços mais baixos, reservas acabam prejudicadas em épocas fora de estação. O advento do “consumo colaborativo” pode oferecer a solução. Assim como o preço dinâmico do Uber leva motoristas às ruas na hora do rush, os serviços de aluguel de quartos de empresas como Airbnb, HomeAwy e Onefinestay devem permitir que o número de acomodações de uma cidade seja expandido quando mais pessoas querem se hospedar lá. A Airbnb recentemente liberou dados que apoiam esta hipótese, mostrando que muitos dos anfitriões do site disponibilizam duas propriedades especificamente para lucrar em períodos de alta demanda. Mais ainda, os preços da AIirbnb na cidade americana de Omaha, por exemplo, onde acontecem convenções regulares, sobem apenas 60% durante altas temporadas, enquanto hotéis cobram 200% ou mais. Estes números, porém, não significam o fim dos preços extorsivos dos hotéis. Quartos alugados em residências não são substitutos perfeitos: muitos turistas querem os serviços e a conveniência de um hotel. Mas ao prover vagas temporárias, o aluguel de quartos pode mudar a economia do ramo da hotelaria, pelo menos em cidades pequenas. Fontes: The Economist-Buffett’s revenge

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General Motors investe na Lyft, concorrente do Uber

A indústria automobilística acelera os passos rumo a novos modos de transporte. A General Motors iniciou o ano anunciando uma parceria estratégica com a empresa Lyft, concorrente do Uber na prestação de serviço de táxis alternativos em grandes cidades norte-americanas, como Nova York e San Francisco. Logan Green, presidente da Lyft. Foto: Noah Berger AP O gigante de Detroit injetará 500 milhões de dólares (cerca de 2 bilhões de reais) no negócio, que desenvolverá uma rede de automóveis autônomos. A Lyft é conhecida pelo bigode cor de rosa-choque que os donos de seus carros estampam no para-brisa. Nas últimas semanas, a empresa vinha realizando um processo de arrecadação de fundos para ampliar o seu serviço, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, o qual continua sendo pequeno se comparado ao Uber. O objetivo é obter 1 bilhão de dólares (quatro bilhões de reais). Segundo o que foi anunciado, o aporte da GM cobrirá, portanto, metade do total.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] As novas gerações estão mais abertas à ideia de compartilhar um carro em vez de possuí-lo, o que pode alterar a dinâmica da indústria e do tráfego É o primeiro acordo do gênero em que uma montadora tradicional se associa, ao menos pelo montante envolvido na transação. Também participam o fundo Janus Capital e a empresa japonesa de comércio eletrônico Rakuten, além do grupo de investimentos controlado pelo príncipe saudita Alwaleed bin Talal. Com essa injeção de capital, o valor da Lyft se eleva a 5,5 bilhões de dólares (cerca de 22 bilhões de reais). A Lyft começou a funcionar em meados de 2012, embora tenha sido fundada cinco anos antes. A ideia era focar na realização de viagens entre duas grandes cidades, mais do que em corridas dentro delas. Hoje, a empresa atua em 65 cidades nos EUA. Em julho de 2014, o serviço chegou a Nova York, onde encontrou muita dificuldade para se instalar. Seu aplicativo para celulares funciona de forma muito semelhante ao do Uber. A General Motors não é a única a considerar que serviços como os da Lyft e do Uber serão essenciais na definição de como as pessoas se deslocarão no futuro. A Ford Motor, por exemplo, já possui laboratórios no Vale do Silício dedicados, entre outras coisas, a analisar as mudanças nos hábitos de transporte dos norte-americanos, especialmente nos grandes centros urbanos, como Nova York e San Francisco. MAIS INFORMAÇÕES Sucesso na Europa da crise, chega ao Brasil o “Uber da carona” Colômbia, o laboratório do Uber na América Latina Prefeito de São Paulo cria seu próprio Uber As novas gerações estão mais abertas à ideia de compartilhar um carro em vez de possuí-lo, o que pode alterar a dinâmica da indústria e do tráfego. Paralelamente, grandes empresas de tecnologia, como a Alphabet e a Apple, estão desenvolvendo os seus próprios sistemas de condução autônoma. Uma demonstração do quanto essa tendência tem ganhado força é o amplo espaço que será dedicado a isso na feira de produtos eletrônicos de consumo em Las Vegas. Mary Barra, presidente mundial da General Motors, deve participar, nesta quarta-feira, do evento, no qual se exibem para o mundo inteiro as mais recentes inovações tecnológicas. Fazia muitos anos que a montadora de Detroit não anunciava um investimento tão grande em uma outra empresa como fez no caso da Lyft, que já registra há dois anos entre os seus sócios a chinesa Alibaba e o ativista Carl Icahn. Os executivos das duas empresas compartilham a mesma visão e preveem que a mobilidade urbana pessoal se modificará nos próximos cinco anos de forma mais acelerada do que nos últimos cinquenta anos. Por isso, a GM e a Lyft se concentrarão no desenvolvimento de programas que permitam atender à demanda, tanto de motoristas quanto de passageiros, de veículos que possam se locomover de forma autônoma. Sandro Pozzi/El Pais

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Uber vale mais que o Bradesco, Itaú, Petrobras e Vale; mas merece?

A empresa tem um valor de mercado elevadíssimo, na casa dos US$ 50 bilhões. Não tem aplicativo em uma situação pior agora do que o Uber. Embora seja um negócio sensacional, ele acaba de ser proibido (lei que ainda requer regulamentação) em São Paulo e enfrenta diversos casos na justiça americana que podem fazer com que a empresa reconheça todos os motoristas como empregados – jogando os gastos da empresa na lua.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas mesmo assim, a empresa tem um valor de mercado elevadíssimo, na casa dos US$ 50 bilhões. É um valor muito alto: supera todas as empresas da Bovespa, menos a Ambev (que vale US$ 77 bilhões). Ou seja, vale mais do que Itaú (US$ 40 bilhões), Bradesco (US$ 30 bilhões), Petrobras (US$ 29 bilhões), Vale (US$ 24 bilhões). Quer passar um dia na companhia das 5 maiores aceleradoras do país e conhecer a história de empreendedores das startups de maior sucesso do Brasil? CLIQUE AQUI Na verdade, ela vale mais do que a gigante GM (US$ 48 bilhões) e quase bate a Ford (US$ 54 bilhões) – empresas muito maiores e com muito mais história do que o Uber. Além disso, a empresa que conecta motoristas com pessoas que precisam de locomoção tem sido bastante comparada com duas startups de tecnologia que também alcançaram o valor de mercado de US$ 50 bilhões antes: o Facebook e a Amazon. E essa comparação mostra o quanto o Uber está sobrevalorizado, mostra a Fox. Na época que o Facebook teve esse valor, já era uma empresa bastante lucrativa, com receitas de US$ 2 bilhões, com lucro operacional de US$ 1 bilhão e lucro líquido de US$ 606 milhões. O Uber teve receitas de US$ 400 milhões no ano passado e perdeu US$ 470 milhões – um grande prejuízo. E mesmo com o aumento expressivo de receitas (que podem bater US$ 2 bilhões em 2015), a empresa não chegará nem perto da lucratividade do Facebook na época que ambos bateram esse valor de mercado. Uma comparação mais razoável seria a Amazon, que também presta um serviço físico através da web. A primeira vez que a Amazon bateu o valor de mercado de US$ 50 bilhões, era uma empresa muito parecida com o Uber – receitas de US$ 1,6 bilhão e perdas operacionais de US$ 600 milhões. Mas aí está a pegadinha: isso foi em 1999, no meio da bolha das dot-com. Quando ela estourou, a Amazon perdeu 90% do valor de mercado e só em 2007 voltou a alcançar a marca de US$ 50 bilhões. Na época, a Amazon tinha um lucro líquido de US$ 476 milhões e receitas de US$ 15 bilhões. O Uber precisa de três anos dobrando lucros para alcançar essas receitas. Essa comparação mostra que existe uma bolha no mercado de private equity muito parecida com a do final dos anos 90, que vem sido especulada por muito tempo. E os efeitos dessa possível bolha poderão ser sentido por muitos investidores, principalmente aqueles que forem gananciosos demais. Para as startups, maravilha: dinheiro mais fácil e barato. Mas entenda que isso não significa que não existam bons investimentos por aí (não estamos desaconselhando ninguém!). Quem acertar um investimento em uma boa startup ganhará muito dinheiro lá na frente, mesmo que o retorno seja menor por conta de alguma distorção de mercado. Mas é um investimento que precisa, sim, de racionalidade. Se o Uber escalar seu negócio como a Amazon fez, poderá valer US$ 50 bilhões racionalmente um dia – ao contrário de um mercado exagerado. Mas com a série de buracos que vai se desenhando por agora, vai ser uma jornada bastante complicada. Via InfoMoney

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Cade diz que não há razão econômica para proibir serviços como Uber

Um estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), divulgado nesta sexta-feira (4), revelou que não existem razões econômicas para a proibição de serviços oferecidos por novos prestadores de transporte individual, como o Uber. O aplicativo tem sido alvo de protestos de taxistas no país. O levantamento do Cade, intitulado “O mercado de transporte individual de passageiros: regulação, externalidades e equilíbrio urbano”, aponta que a atuação de novos agentes nesse mercado é positiva para o consumidor e para que haja concorrência. saiba mais Uber x Táxi: entenda as diferenças Polêmica entre Uber e taxistas chega a órgão de defesa da concorrência “Não há elementos econômicos que justifiquem a proibição de novos prestadores de serviços de transporte individual de passageiros. Para além disso, análises econômicas sugerem que, sob uma ótica concorrencial e do consumidor, a atuação de novos agentes tende a ser amplamente positiva”, informa o conselho.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em julho, o Cade instaurou inquérito administrativo para apurar se o combate das entidades de taxistas ao aplicativo Uber representa “infração à ordem econômica”. A decisão foi tomada após representação de movimentos estudantis do Distrito Federal que denunciaram “conduta anticompetitiva” dos sindicatos contrários ao aplicativo. Autorregulação O estudo mostra ainda que serviços prestados por aplicativos como o Uber acabam por contemplar uma demanda que não é hoje atendida pelos táxis. “Os serviços prestados pelos aplicativos que servem de plataforma no mercado de caronas pagas fornecem um mecanismo de autorregulação satisfatório e atendem um mercado até então não alcançado – ou atendido de forma insatisfatória – pelos táxis, além de ocasionar rivalidade adicional no mercado de transporte individual de passageiros”, acrescenta o Cade. O órgão destaca ainda que esse novo serviço poderia ser um “substituto superior” aos carros particulares e também um “substituto superior” aos táxis para determinados consumidores. As mudanças geradas pelo serviço “podem representar uma nova oportunidade inclusive para os motoristas de táxis não proprietários das licenças. Eles terão a possibilidade de permanecer no ramo em que se encontram ou transferir-se para o mercado de caronas pagas”, completa o órgão. O trabalho analisou a possibilidade de desregulamentação do mercado de táxis com base em pesquisas feitas em outros países. A conclusão foi que o fim das regras que limitam o acesso ao mercado, em geral, aumenta a oferta. Prós e contras Os taxistas reclamam de concorrência desleal e de queda no número de corridas, e criticam o fato de motoristas do Uber não serem obrigados a passar pelo longo e caro processo de obtenção de alvará, nem terem de seguir as regras cobradas dos taxistas. Por outro lado, usuários e defensores afirmam que o serviço tem qualidade superior e muitas vezes preço mais baixo. Muitos dizem que é o equivalente a contratar um motorista particular, o que não seria ilegal. G1

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Uber x taxistas: até que ponto o Estado deve intervir na economia?

A sociedade da informação vem mudando o modo de as pessoas se relacionarem com a vida de um modo geral. Em decorrência desse fenômeno, que tornou possível a pessoas de todo o mundo estarem conectadas instantaneamente, novas maneiras de obter bens e serviços também se tornaram realidade. E sendo o ser humano, geralmente, avesso a mudanças, ao longo da história, todas as inovações, sem exceção, sempre foram objeto de resistência e desconfiança, principalmente por parte daqueles que em face da mudança eram obrigados a se “reinventar” para se adaptar à nova ordem social e econômica. A história também registra que as novas tecnologias sempre prevaleceram sobre o pensamento velho e pragmático contrário às mudanças. Por que a tecnologia sempre vence? Porque tecnologia, do grego techne, se traduz pela arte da superação pela técnica. Por conta disso, proporciona às pessoas fazer as mesmas coisas de um modo mais prático, eficiente e/ou barato. Afora isso, a tecnologia tem dois aliados de peso a seu favor: o tempo e a razão. No caso específico da polêmica entre Uber e taxistas, a questão em si é pequena em face a outros aspectos subjacentes ao debate, relativos à estrutura organizacional do Estado.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Nesse contexto, alguns questionamentos vem à tona: qual a vantagem para o cidadão em ter um serviço auditado e fiscalizado pelo Estado, se pode ter um serviço similar, auto regulado e fiscalizado pelos próprios usuários? Outra questão é: qual o benefício que sindicatos representantes de determinadas classes trazem efetivamente aos trabalhadores afiliados e à sociedade? Claro está que se o serviço fosse bem auditado pelo Estado e se os taxistas de um modo geral atendessem o cliente com uma frota nova e qualidade parecida com a que a Uber oferece, talvez sequer houvesse margem para que a concorrência se instalasse. Na verdade, o que constatamos é que às vezes motoristas recusam corridas dependendo do horário e da distância (e isso é proibido por lei), outros sequer conhecessem os itinerários, sendo ainda alguns (não se sabe ao certo quantos) subcontratados pelo titular da permissão, trabalhando em regime de exploração semelhante a que outrora existia no feudalismo entre vassalos e servos da gleba. Não deveria o Estado, que concede as licenças, e os sindicatos, que organizam a categoria, fiscalizarem essas e outras situações irregulares? É legitimo hoje se arvorarem contra o concorrente que soube inovar, após décadas de inércia? Penso que não. Não estariam os sindicatos, que possuem forte influência do pensamento marxista, que condenam a exploração e a “mais valia”, se afastando dos princípios basilares de sua instituição? Nesse sentido, é muito aguçada a visão do deputado estadual Edilson Silva, do Psol de Pernambuco, que declarou à revista Veja: “O Uber será utilizado por seu valor de troca, ou seja, baseado em critérios de produção de bens e serviços em escala de massa. Quem oferecer melhor preço e qualidade levará o cliente. Socialismo com liberdade é assim.” Certamente os sindicatos são de grande importância para a democracia, e devem obviamente defender sua categoria, mas sem com isso prejudicar a sociedade. Relatos de violência contra motoristas e passageiros da Uber denigrem os bons profissionais taxistas, que tenho certeza são a maioria, enfraquecendo a legitimidade da categoria. Não deveria o sindicato combater a concorrência pensando em como superar o concorrente, prestando um serviço melhor? Imagino que sim. Concluindo, mais que regulamentar ou não o aplicativo, a questão que é proposta aos Estados em todo o mundo vai além de regulamentar ou banir o Uber, diz respeito ao seu grau de intervencionismo e ao seu grau de respeito à livre iniciativa, base de qualquer economia saudável. Também está sendo questionada a eficácia e efetividade de legislações e acesso a concessões públicas que, ao se cristalizarem ao longo do tempo, criaram distorções. Por fim, reitere-se que o direito é um processo dinâmico, contínuo e deve tão somente regulamentar situações da vida de modo a garantir a ordem social, com o mínimo de intervenção possível. Esse é o dever do Estado na nova ordem social e econômica global. Artigo de Dane Avanzi, presidente da Aerbras – Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil

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