Konstantin Andreevich Somov – Pintura
(Russian 1869/1939 Bathers in the Sun,1930 Watercolour and bodycolour on paper, 16.1 x 12.5 cm Ashmolean Museum, Oxford, England
(Russian 1869/1939 Bathers in the Sun,1930 Watercolour and bodycolour on paper, 16.1 x 12.5 cm Ashmolean Museum, Oxford, England
A Ucrânia será um “fiasco humilhante” para a América, tal como o Vietnã, se Washington continuar o seu envolvimento turvo, disse um responsável russo no domingo. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fez o comentário contundente um dia depois de legisladores dos EUA na Câmara dos Representantes terem dado luz verde a um projeto de lei de ajuda de US$ 60 bilhões, há muito adiado, para a Ucrânia, que ajudará a nação cansada da guerra a comprar armas e sistemas de defesa mais avançados. “A imersão cada vez mais profunda de Washington na guerra híbrida contra a Rússia transformar-se-á num fiasco ruidoso e humilhante para os Estados Unidos, como o Vietnã e o Afeganistão”, disse Zakharova, acrescentando que se tornou claro que os EUA querem que a Ucrânia “lute até ao fim”. Ucraniano.” Ela alertou que a Rússia emitirá “uma resposta incondicional e resoluta” aos esforços dos Estados Unidos para se envolver mais na guerra, que começou quando o presidente russo Vladimir Putin lançou uma invasão em grande escala ao seu vizinho ocidental em fevereiro de 2022.
Como um sujeito – Jurista e Jornalista – de origem judaica tem coragem de comparar Mandela a um neonazista? Só Tupã na causa.
“Escutai — eu sei que é melhor não falar! É melhor simplesmente dar um bom exemplo, simplesmente pôr mãos à obra. Eu fiz isso, pus, e… e… oh! como pode alguém, realmente, ser infeliz? Oh! que importa a dor, que importa o infortúnio, se soubermos como ser felizes? Sabei, não consigo compreender como podemos passar por uma árvore verde e não ficarmos felizes só de olhar para ela! Como podemos falar com uma pessoa e não nos sentirmos felizes só por amá-la! Oh, é culpa minha não conseguir expressar-me suficientemente bem, mas há coisas maravilhosas a cada passo que dou, coisas que até a pessoa mais infeliz deve reconhecer como belas. Olhai para uma criancinha, olhai para o amanhecer do divino dia, olhai para a erva a crescer, olhai nos olhos que vos amam, quando eles vos contemplam!”. —FIODOR DOSTOIEVSKI (11 de Novembro de 1821 — 9 de Fevereiro de 1881), escritor e pensador russo, em “O Idiota”. Excerto, que traduzimos da versão inglesa em www.gutenberg.org/ebooks/2638. Existem duas traduções desta obra disponíveis em Portugal: a de António Pescada, na Relógio d’Água, e a de Nina Guerra e Filipe Guerra, na Editorial Presença.
Vinculado aos mais graves ciberataques contra os EUA, ele vive supostamente amparado por Moscou O hacker russo Evgeniy M. Bogachev, em imagem do FBI publicada pelo ‘The New York Times’. Cabelo raspado, olheiras profundas e o sorriso de quem não posa muito convencido para a foto. Evgeniy Mikhailovich Bogachev já saqueou dezenas de bancos, roubou milhares de contas correntes e lançou assaltos em escala planetária. O FBI oferece uma recompensa de três milhões de dólares (9,3 milhões de reais) por sua captura, e dois tribunais dos Estados Unidos o processam por fraude, lavagem de dinheiro, pirataria informática e conspiração. Mais conhecido como Slavic ou lucky12345, é o hacker mais procurado do mundo. Mas ninguém o detém. De nada adiantam as diversas fotos suas conhecidas. Nem saber onde mora e o que faz no tempo livre. Aos 33 anos, Bogachev e seu meio sorriso podem mais que a estrutura judicial e policial da nação mais poderosa do mundo. Slavic se esconde na Rússia, e em dezembro passado foi incluído no grupo sancionado pelo então presidente Barack Obama em conexão com o ciberataque orquestrado pelo Kremlin para prejudicar a campanha eleitoral de Hillary Clinton. Embora a Casa Branca só se referisse a ele como um bandido comum, a ordem, que também afetou quatro altos funcionários do serviço secreto russo, proibiu-o de viajar aos EUA e congelou todas as suas contas. Duas medidas sem efeito para quem fez história fora da lei. Os relatórios do FBI e autos judiciais aos quais o EL PAÍS teve acesso revelam Slavic como um dos hackers mais incisivos de todos os tempos. Ele criou o Cryptolocker, um vírus que bloqueia os computadores e obriga o pagamento de um resgate para a sua liberação. No final de 2013, mais de 234.000 computadores haviam sido infectados. Um golpe com o qual Bogachev arrecadou 27 milhões de dólares (83,7 milhões de reais) em apenas dois meses. Criador do Zeus Mas a sua criatura mais conhecida e reverenciada é o Zeus. Extremamente sofisticado, esse código malicioso nasceu em 2006, quando Bogachev tinha apenas 22 anos. Desde então, com enorme perícia, ele o modificou e melhorou até chegar à versão Gameover. Considerado um dos mais perigosos do planeta, o programa age em duas frentes. Por um lado, rouba os dados bancários e as senhas da máquina que infecta; por outro, sem que o dono saiba, coloca o aparelho a serviço de uma rede oculta (botnet). Produz, assim, um universo de escravos silenciosos que os piratas utilizam livremente para todo tipo de propósitos. “É a rede de programas maliciosos mais avançada que já enfrentamos”, declarou o agente especial encarregado da investigação. Sob o mando de Slavic, essa estrutura chegou a submeter um milhão de computadores (25% deles nos EUA) e se transformou no pior pesadelo já vivido pelo FBI. O troféu superou os 100 milhões de dólares (310 milhões de reais). “Todos os computadores que infectava faziam parte de uma botnet, na qual não apenas roubavam os dados que os usuários introduziam ou tinham gravados, como também usavam a potência desses milhares – ou até mesmo milhões – de computadores infectados e controlados para cometer outros crimes, como ataques de negação de serviço (DDoS) destinados a extorquir as empresas”, diz o especialista David Barroso, fundador da Countercraft. O Kremlin, que embora negue, há anos emprega ciberpiratas para seus fins geopolíticos Após um esforço conjunto internacional, a rede foi desmantelada em 2014. Mas seu criador, sobre o qual pesa a maior recompensa já oferecida a um cibercriminoso, não foi preso. Assim como muitos hackers russos, sua tranquilidade estava garantida longe de Washington. Um relatório de segurança ucraniano indica que Slavic age sob a supervisão de uma unidade especial da espionagem russa. Não é nada extraordinário. O Kremlin, que nunca aceitou tais acusações, há anos emprega ciberpiratas para seus fins geopolíticos. Também fez isso, sempre segundo os informes de inteligência norte-americanos, com o Wikileaks. No ataque cibernético que orquestrou contra Clinton na campanha eleitoral, usou a organização de Julian Assange para difundir material roubado. No caso de Slavic, a própria trajetória e evolução do vírus Zeus o vincula a essas práticas. No apogeu de sua atividade, Bogachev analisava a imensa rede de computadores cativos à sua disposição em busca de informações confidenciais: e-mails de altos funcionários da polícia turca, dados de inteligência da Geórgia, documentos classificados da Ucrânia. “Há tempo, considera-se que Bogachev tenha algum tipo de relação com pessoas próximas dos serviços de inteligência. Inclusive quando a Rússia invadiu a Crimeia, parte dabotnet foi utilizada para buscar informações de vítimas da Ucrânia”, explica Jaime Blasco, especialista em segurança cibernética e chefe científico da Alien Vault. Slavic era e é um pirata, mas não age apenas como tal. Seu objetivo vai além: um território pantanoso do qual pouco se conhece. O Kremlin mantém silêncio, e as autoridades dos EUA evitam dar detalhes sobre os ciberataques a Clinton. Como sempre, a escuridão ampara. Slavic pode continuar sorrindo. UMA VIDA DE LUXO NA COSTA Casado e com uma filha, Evgeniy Mikhailovich Bogachev, codinome Slavic curte a vida como um rei na pequena e portuária cidade de Anapa, no Cáucaso Ocidental. Ali, segundo relatórios policiais, ele coleciona carros de luxo, navega pelo Mar Negro e, quando pode, visita a Crimeia. Slavic tem adoração pelos felinos. Tanto que seu animal de estimação é um gato-de-bengala (fruto do cruzamento entre o gato doméstico e o gato-leopardo) e sua roupa preferida é um pijama com estampa de leopardo. Segundo a inteligência ucraniana, Slavic tem uma frota de automóveis espalhada por toda a Europa só para não ter de alugar nenhum veículo quando está de férias. O hacker costumava passar alguns dias num dos chalés que possuía na França e viajava com um dos três passaportes russos de que dispunha para transitar com liberdade. ElPaís
RÚSSIA aponta mísseis para as principais cidades da Europa A afirmação foi feita pelo exército dos Estados Unidos Moscou está sendo acusada de implantar o SSC-8, um míssil de cruzeiro que pode atingir facilmente qualquer lugar da Grã-Bretanha e exterminar milhares de vidas em segundos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O Tratado das Forças Nucleares de 1987, assinado entre os EUA e a Rússia, previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou não, cujo alcance estivesse entre 500 e 5 500 km. O General Paul Selva, membro do Estado Maior, disse que esse tipo de míssil ameaça “a maioria” das instalações americanas na Europa: “Acreditamos que eles representam uma ameaça dentro da área de responsabilidade da OTAN” disse o general. Ele não revelou como o governo americano pretende lidar com essa ameaça, disse apenas que há um “conjunto de opções” a considerar. “Eu não tenho informações suficientes sobre a intenção deles. Temos que aguardar para ver se eles voltam a cumprir o acordo de 1987.” acrescentou. O general da Força Aérea dos EUA não confirmou se o míssil SSC-8 é capaz de transportar uma ogivas nucleares. No último mês, o presidente Donald Trump informou que iria discutir essa questão quando se encontrar pessoalmente com Vladimir Putin. Imprensa britânica diz que a Rússia possui mísseis apontados para as principais cidades da Europa O britânico The Sun alertou: “Vladimir Putin está chegando” De acordo com a publicação, navios de guerra da Rússia estão se movendo em direção ao Canal da Mancha. O jornal afirmou que a Marinha do Reino Unido está pronta para soar o alarme: “A frota de navios nucleares russos está se dirigindo para a Grã-Bretanha” Dois navios russos (o Serpukhov e o Zeleny Dol) estão ‘armados até os dentes’ com mísseis de cruzeiro Kalibr que têm um alcance de 3 mil km. A imprensa russa confirmou que navios de guerra estão sendo posicionados taticamente e apontados para as maiores cidades da Europa: “A Rússia está apenas se precavendo de futuros ataques e protegendo seus cidadãos” informou o The Sun.
O último escândalo em torno do presidente dos EUA envolve um filho dele, um cantor de música pop e uma advogada, entre outros. Donald Trump e seu filho mais velho, Donald Trump Jr: participação ativa na campanha do pai à presidência. Quem é quem na rede de contatos criada a partir de um concurso de Miss Universo em Moscou. As alegações de conluio com a Rússia continuam a assombrar o presidente americano, Donald Trump. As descobertas mais recentes envolvem seu filho mais velho, Donald Trump Jr.: ele admitiu ter se encontrado com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho do ano passado, com o objetivo de obter informações que poderiam incriminar Hillary Clinton. O encontro foi organizado pelo profissional de relações públicas britânico Rob Goldstone. Nos e-mails publicados por Trump Jr., Goldstone diz que a ideia era do cantor de música pop russo Emin Agalarov. Quem são essas pessoas e que laços as unem? Donald Trump Jr. Don Jr., como é conhecido nos EUA, vai fazer 40 anos este ano. Ele nasceu em Nova York, filho de Donald Trump com sua primeira esposa, a modelo tcheca Ivana Marie. Como seu pai, ele estudou na Wharton School da Universidade da Pensilvânia. Formou-se em economia e depois tirou um ano “sabático”, que passou caçando e pescando no Colorado. Ele relatou ter lutado com problemas de álcool em sua juventude. Donald Trump Jr. negou que advogada russa tenha lhe fornecido informações incriminatórias sobre Clinton Voltou a Nova York em 2001, aos 24 anos, e se juntou ao império de negócios de seu pai. Don se tornou vice-presidente executivo da Trump Organization, onde é responsável pela construção de hotéis, casas de férias, campos de golfe e outros projetos, tanto nos EUA como no exterior. Quando se trata de sua vida pessoal, Don seguiu os passos de seu pai, se casando com uma modelo: Vanessa Haydon, em 2005. Eles têm cinco filhos. Donald Trump Jr. apoiou fortemente a campanha presidencial do pai. Ele provocou controvérsia por postar uma foto comparando imigrantes sírios com pastilhas envenenadas. Ele antes também havia sido criticado por fotos mostrando-o com um leopardo que matou enquanto caçava em 2010. Outra foto o mostrava segurando o rabo ensanguentado de um elefante. Depois que Trump assumiu o cargo, ele declarou que entregaria as rédeas de suas empresas aos filhos Don e Eric. Os dois estão atualmente planejando a construção de uma série de hotéis de padrão intermediário nas cidades onde seu pai ganhou mais votos, de acordo com o site de notícias Business Insider. Natalia Veselnitskaya A advogada de 42 anos nascida na Rússia começou a carreira no escritório de um procurador nos arredores de Moscou. De acordo com um artigo do New York Times, ela ganhou reputação como uma adversário temível, intimidando dentro e nos corredores do tribunal, onde era conhecida por ameaçar rivais com a ira do governo. Natalia Veselnitskaya disse que encontro com filho de Trump foi “privado” Veselnitskaya representou por muito tempo a família Katsyv, mais conhecida por Pyotr D. Katsyv, que foi secretário de Transportes de Moscou por mais de 12 anos e agora é o vice-presidente das Ferrovias Russas. Ela também desempenhou um papel fundamental na elaboração de uma solução para o seu filho, Denis Katsyv, acusado de cumplicidade na lavagem de milhões de dólares em Nova York. A empresa de Denis Katsyv, Prevezon Holdings, recentemente resolveu o caso pagando multa de 6 milhões de dólares. Veselnitskaya nega ter qualquer ligação com o Kremlin. Ela também negou ter oferecido qualquer informação incriminatória sobre Hillary Clinton e disse que seu encontro com Donald Trump Jr. foi “privado” e “não era, de alguma forma, relacionado” à campanha de Trump. Nos últimos anos, ela tem trabalhado como lobista contra a chamada Lei Magnitsky, que tem como alvo funcionários russos, bloqueando a entrada deles nos EUA e congelando seus ativos. Donald Trump Jr. disse que ela tentou discutir este tema quando o encontrou em junho, fazendo-o acreditar que a suposta informação sobre Hillary fosse apenas um pretexto para que ela conseguisse o encontro. Rob Goldstone Goldstone é um profissional de relações públicas que dirige a empresa Oui 2 Entertainment. Ele diz ter trabalhado com celebridades como Michael Jackson, BB King e Richard Branson. Nascido no Reino Unido, também trabalhou como jornalista. Relações públicas britânico Rob Goldstone Em 2013, Goldstone ajudou a família Trump a organizar o concurso de Miss Universo em Moscou e serviu como um dos juízes da competição. Ele também representou o cantor pop russo Emin Agalarov, que ele cita no e-mail para Donald Trump Jr: “Emin acabou de ligar e pediu para contatá-lo com algo muito interessante”, escreveu ele. “O procurador ‘máximo’ da Rússia se reuniu com [o pai de Emin] Aras e, no encontro, se ofereceu para fornecer à campanha de Trump alguns documentos oficiais e informações que incriminariam Hillary e seus negócios com a Rússia.” Emin Agalarov Nascido no Azerbaijão, foi um músico popular na antiga União Soviética. Também é conhecido como filho do magnata do mercado imobiliário Aras Agalarov. A empresa de seu pai tem laços estreitos com o Kremlin, segundo a revista Forbes. Emin estudou na Suíça e nos EUA e foi casado com Leyla Aliyeva, a filha do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, até seu divórcio em 2015. Cantor de música pop Emin Agalarov O pai do cantor, Aras Agalarov, teria pago bilhões a Trump pelos direitos de realizar o concurso de beleza em Moscou. Os Trump e os Agalarovs continuaram em contato depois que o projeto terminou – Donald Trump participou de um videoclipe de Emin, em 2013, e felicitou o jovem músico pelo seu 35° aniversário em dezembro de 2014 em um vídeo publicado na internet. As duas famílias também planejam construir uma Trump Tower em Moscou, embora o projeto esteja parado. Comentando sobre o encontro entre Don e Veselnitskaya, Aras disse que a história foi “inventada” e que ele não conhece Goldstone “tão bem”. “Eu acho que isso é algum tipo de ficção. Não sei quem está inventando isso”, disse à rádio russa Business FM. ” O que Hillary
EUA e Rússia podem estar em rota de colisão na Síria Caça americano F/A-18E Super Hornet, semelhante ao que derrubou aeronave síria Derrubada de aeronave síria é mais recente sinal do crescente envolvimento militar de Washington no conflito, o que pode levar a um confronto direto com forças russas. Nenhum dos dois lados, porém, tem interesse nisso.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Quando o caça F/A-18E Super Hornet derrubou um avião militar sírio de fabricação russa SU-22, depois que a aeronave supostamente atacou combatentes apoiados pelos Estados Unidos perto da cidade de Raqqa, não demorou muito para que a Rússia respondesse ao que considerou uma “agressão” às forças do governo sírio, apoiadas pelo Kremlin. As autoridades russas não só suspenderam o chamado “canal para redução de conflitos” com os Estados Unidos, criado para evitar possíveis incidentes militares entre os dois países, como ainda disseram que seus militares derrubariam qualquer avião estrangeiro a oeste do rio Eufrates, que consideram área para operações do Kremlin. Yezid Sayigh, especialista em Síria do centro de estudos Carnegie Middle East Center, diz que a questão-chave sobre o incidente é a razão para o governo do presidente Bashar al-Assad enviar um avião de combate a Raqqa, o que não havia feito há anos. “Minha avaliação é que o regime está testando lá e em Badia, a área desértica do sudeste sírio, as ‘linhas vermelhas’ dos Estados Unidos, e os Estados Unidos estão simplesmente delineando essas linhas vermelhas, não mais do que isso”, avalia. Riscos de recrudescimento O incidente chamou a atenção para o conflito na Síria entre as forças apoiadas pela Rússia e as apoiadas pelos Estados Unidos, o qual tem potencial para colocar os dois países em combate direto na batalha pelo futuro da Síria. Antes da derrubada do avião de guerra, as forças dos Estados Unidos atingiram as forças pró-governo sírio três vezes nas últimas semanas para contra-atacar o que afirmaram ser ataques a grupos aliados. Soldados russos em Aleppo: apoio militar de Moscou tem sido vital para sobrevivência do governo sírio Os EUA elevaram recentemente o apoio militar a seus aliados na Síria, num esforço para expulsar o chamado “Estado Islâmico” da cidade de Raqqa, considerada a última fortaleza dos jihadistas no país. “Os riscos de recrudescimento e de confronto direto entre os Estados Unidos e a Rússia aumentaram, e alguns podem até dizer que isso já existe, pois o número de incidentes aumentou”, ressalta Jonathan Stevenson, ex-assessor da Casa Branca para assuntos de segurança político-militares, Oriente Médio e África do Norte. “É uma situação muito perigosa”, alerta Iwan Morgan, professor de estudos americanos na universidade britânica University College London. “As chances de confronto aumentaram significativamente.” Embora vejam um risco maior de confronto direto, tanto Stevenson quanto Morgan avaliam que nem os Estados Unidos nem a Rússia têm interesse em deixar a situação se acirrar ainda mais. O governo dos EUA provavelmente quer evitar ver as coisas piorarem a tal ponto que se torne necessário um emprego de tropas terrestres na Síria maior do que o pretendido, de acordo com Stevenson. Novas hostilidades são prováveis Na opinião do especialista, a Rússia também teme que uma piora na situação possa sobrecarregar suas forças militares a ponto de elas não conseguirem responder à altura das capacidades dos Estados Unidos. Morgan pondera que, embora nem os Estados Unidos nem a Rússia tenham interesse no confronto, “é claro que você poderia dizer isso sobre muitos conflitos na história que mesmo assim chegaram a um certo ponto e transbordaram”. Ele acrescenta, ainda, que um possível confronto entre os Estados Unidos e o Irã, outro país que apoia o governo sírio, também é preocupante. Já em maio, num incidente que recebeu comparativamente pouca atenção, caças americanos atacaram forças xiitas que haviam se aproximado demais dos soldados dos Estados Unidos na fronteira da Síria com o Iraque. Os analistas concordam que, embora seja difícil discernir uma estratégia mais ampla dos EUA – que vá além da atual operação contra o “Estado Islâmico” –, a mudança de regime está, ao menos por enquanto, fora da agenda de Washington. Mas Stevenson avalia que novas hostilidades entre a Rússia e os Estados Unidos – intencionais ou acidentais – são prováveis, especialmente se o uso do canal para redução de conflitos se tornar mais esporádico e os EUA aumentarem gradualmente suas operações em apoio às forças da oposição.
Campanha de Macron foi alvo de hackers russos, dizem especialistas de segurança Empresa afirma que coletivo Pawn Storm tentou interferir na campanha do candidato à presidência da França. Grupo é suspeito de ligação com os serviços secretos russos. A campanha eleitoral do candidato à presidência da França Emmanuel Macron foi alvo de ciberataques realizados por hackers russos, afirmaram especialistas da empresa japonesa de segurança cibernética Trend Micro nesta terça-feira (25/04).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os pesquisadores acreditam que o grupo por trás da ação é um coletivo de hackers conhecido pelos nomes Pawn Storm, Fancy Bear, Tsar Team e APT28 e suspeito de ter vínculos com serviços secretos russos. Eles já haviam sido acusados de ciberataques ao Partido Democrata durante a campanha de Hillary Clinton à Casa Branca em 2016. Segundo o relatório da Trend Micro, os ataques à campanha de Macron consistiram em várias tentativas de phishing, uma técnica utilizada por hackers para roubar informações pessoais de usuários por meio de e-mails fraudulentos ou direcionando o internauta para páginas falsas na internet. De acordo com o jornal francês 20 minutes, entre meados de março e abril, o coletivo russo lançou na internet quatro domínios com endereços similares aos do movimento político “Em Marcha!”, de Macron, na tentativa de enganar os apoiadores e funcionários da campanha que tentavam acessá-lo. A equipe de Macron já havia anunciado em meados de fevereiro ter sofrido “milhares de ciberataques provenientes das fronteiras russas”. O diretor da campanha online do candidato centrista, Mounir Mahjoubi, confirmou a tentativa de espionagem à agência de notícias AP, mas disse que ela não foi bem-sucedida. “É algo sério, mas nada foi comprometido”, garantiu o funcionário. Nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negara qualquer envolvimento russo na campanha eleitoral francesa. “Que grupos? De onde? Por que a Rússia? Tudo isso lembra as acusações de Washington que permanecem vazias e desonram seus próprios autores”, afirmou. Macron venceu o primeiro turno da eleição presidencial francesa com 24,01% dos votos e enfrentará a populista de direita Marine Le Pen no segundo turno, marcado para 7 de maio. EK/afp/ap/efe/lusa/ots
Da série “Meu ofício é incomodar” Ilustrações de Andrei Popov,Rússia [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]