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Supremo analisa prisão de Cunha e seus apoiadores tentam salvar-lhe mandato

Quem assistiu à sessão do Conselho de Ética da Câmara na semana passada tinha todo o direito de se entusiasmar – ou pelo menos suspirar e dizer: “Agora vai!” Seria um sinal de sensatez.  Depois de oito meses de manobra, aprovou-se por 11 votos a 9 o parecer que recomenda a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Mas a reincidência do ilógico parece ser ilimitada na Câmara. E o grupo de Cunha insiste em articular a salvação do mandato dele no plenário da Casa. Simultaneamente, o STF analisa a hipótese de prender o deputado.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A ideia não é original: Cunha renunciaria à presidência da Câmara em troca da preservação do seu mandato. Membros de sua infantaria afirmam que ele já não é refratário à hipótese de abdicar da presidência. Por duas razões: 1) o risco de cassação no plenário tornou-se real; 2) na prática, Cunha não perderia nada, já que foi suspenso por tempo indeterminado de suas atividades parlamentares pelo Supremo. As conversas prosseguem nesta semana. O procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a prisão preventiva de quatro morubixabas do PMDB. Os de Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney foram indeferidos pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Mas o pedido relacionado a Eduardo Cunha permanece sobre a mesa do magistrado como uma granada que pode ser acionada a qualquer momento. Alega-se que Cunha, apesar de suspenso, continuou operando como se nada tivesse sido descoberto sobre ele. Se for decretada, a prisão terá de ser referendada pelo plenário da Câmara. Adversários de Cunha dizem que já se formou no plenário da Câmara uma maioria folgada pró-cassação . Nessa versão, a oferta de renúncia ao comando da Casa teria chegado tarde demais. Pode ser. Mas não convém baixar a guarda. No Legislativo brasileiro, nada tem história e pouca gente tem biografia. Se permitirem que Cunha salve o mandato, ele acabará substituindo Paulo Maluf como símbolo da reabsolvição eterna. BlogJosiasdeSouza

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‘Ser deputado é tranquilo… Faço de conta que trabalho’, diz Paulo Maluf

Depois de ser duas vezes candidato à Presidência, prefeito de São Paulo outras duas, governador do Estado paulista e quatro vezes deputado federal, Paulo Maluf (PP-SP), aos 84 anos, diz preferir o último posto. Image copyright Ag Brasil “Vou cumprir este mandato de deputado federal em 2018, aos 87 anos. Se estiver com boa saúde, não preciso fazer campanha para deputado. É só dizer que sou candidato que estou eleito. Executivo não tem mais”, diz. E completa: “(Ser) deputado é tranquilo: trabalho terça, quarta e quinta metade do tempo. Faço de conta que estou trabalhando.” Criticado por ter faltado a 8 das 10 reuniões da comissão especial que discutiu o impeachment na Câmara (“não tinha obrigação”), o político explica, em entrevista à BBC Brasil, que sua defesa pelo afastamento de Dilma Rousseff é apenas política.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Ela é correta e decente, mas voto pelo impeachment”, diz, acusando o presidente de seu partido, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), de ter negociado apoio ao governo sem consultar os demais políticos de sua base. Para Maluf, a negociação de cargos foi “espúria, para não dizer pornográfica” e Nogueira se comportaria de maneira “monocrática”, como um “ditadorzinho do Piauí”. O político diz ainda considerar “uma vergonha nacional” o fato de seu partido ser o recordista de citações na Lava Jato, com mais de 30 investigados. Ele também comenta os casos de corrupção em que esteve envolvido, como sua recente condenação à prisão pelo Tribunal Criminal de Paris, por lavagem de dinheiro – à qual recorre na Suprema Corte Francesa. Leia também: ‘Cunha quer destruir opositores, um a um’, diz presidente do Conselho de Ética Leia mais: Em enquete ‘bombada’ por movimentos pró-impeachment, Dilma é eleita ‘líder mais decepcionante do mundo’ Leia também: Linha sucessória de Dilma tem três citados na Lava Jato Leia os principais trechos da entrevista: BBC Brasil – Depois de defender o governo, o senhor anunciou que vai votar pelo impeachment. Por quê? Paulo Maluf – Tenho muito respeito pela pessoa física da presidenta Dilma. Por todas as informações que tenho, e tenho informações na área econômica e política, ela é uma mulher correta e honesta. Sob este aspecto, deve ser inocentada. Entretanto, no processo de votação, o meu partido (PP) e seu presidente Ciro Nogueira negociaram de maneira espúria. Toda negociação de partido tem que ser feita ou pela bancada, ou pelo diretório. Não pelo presidente. O presidente negociou presidência da Caixa Econômica Federal, Ministério da Saúde, Ministério das Relações Institucionais. Como ele decidiu monocraticamente, pode parecer perante a opinião publica que fui parte desta negociata. Só tem uma maneira de provar que não fui: votar pelo impeachment. Portanto ela é correta e decente, mas voto pelo impeachment. BBC Brasil – Isso significa o prenúncio de um divórcio com o PP? Maluf – Não. O partido não fechou a questão. Se eu votasse contra uma decisão do diretório nacional eu poderia até ser punido. Mas não. Para provar que não sou base da operação de compra e venda, tenho que votar pelo impeachment. A negociação de cargos é espúria, para não dizer pornográfica. Não é o presidente do partido que vai lá e pega uns carguinhos para seus companheiros. Image copyright Ag Brasil BBC Brasil – E qual deveria ter sido a postura do governo nesta articulação? Maluf – O governo por meio de seu ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, poderia ter procurado a executiva do partido e a bancada e ter uma discussão aberta sobre quais são os pecados ou não do governo e como ele gostaria que fôssemos parte do governo. Foram no mínimo subterrâneos. Fizeram o acordo no porão da igreja e não no altar. BBC Brasil – Como fica o clima entre o senhor e o presidente do partido daqui para frente? Maluf – Não fica nada. Ele que vá ao governo e diga: eu decidi e não consultei o Maluf. Ponto final. Não tem clima nenhum. Uma coisa é a sua amizade pessoal, que tenho com muita gente, inclusive do PT, inclusive com o próprio Lula, que almoçou na minha casa. Mas eu sou independente. Tenho meu eleitorado. O presidente do partido avançou o sinal e não consultou ninguém. Esse é um ditadorzinho do Piauí e quer dar ordem? Ele é senador, não vota na Câmara! BBC Brasil – Acha que o governo vai conseguir apoio suficiente no processo de impeachment? Maluf – É muito difícil. Infelizmente, a oposição radicalizou. Recebi ontem (quarta-feira), sem exagero, cem mensagens me congratulando porque mudei de posição. Eu estou onde estava, não me influencio por mensagens que me mandam. Não preciso do fulano de Rondônia que me mandou um e-mail para conseguir votos. Mas, eu digo, tem muito deputado que se influencia. (Por isso,) Hoje, é mais problemático barrar o impeachment. BBC Brasil – O tiro então saiu pela culatra? Maluf – Acho para Dilma o tiro foi pela culatra. Dos 49 (deputados), ela poderia ter 29 (votos contra o impeachment). Acho que hoje não tem 20. BBC Brasil – Há pedidos de impeachment contra Dilma, contra o vice Michel Temer e contra o ministro Marco Aurélio Mello, do STF. A ferramenta estaria sendo banalizada? Maluf – Vamos falar de coisa séria! Uma entidade que não existe pede impeachment de um ministro do Supremo e você leva a sério? O ministro Marco Aurélio é um dos mais brilhantes, corretos e corajosos ministros que o Brasil já teve. Agora, Movimento Brasil Livre eu não sei quem representa. A mim, não representa! Na minha visão, o impeachment sobre Michel Temer não vai se concretizar porque o Eduardo Cunha, que é muito esperto, pediu aos partidos para indicarem os membros (da comissão especial que avaliará o caso). Enquanto os partidos não indicarem, ele está coberto para não abrir (a comissão). BBC Brasil – Alega-se que o pedido contra Temer é pautado pelos mesmos argumentos que os encaminhados a Dilma. Como avalia? Maluf – Veja, os argumentos contra a presidenta Dilma são fracos. Os argumentos também contra Temer são

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Maluf e o fundo poço

Eu que achava que já havíamos alcançado o fundo do poço! Ledo engano. Há ainda um porão onde tais criaturas operam. O PT começa a pagar a conta do apoio do marginal ao Haddad, aquele que não conseguiu administrar o ENEM, mas tem a pretensão de administrar S.Paulo. Com o apoio de Maluf já se pode deduzir o que virá pela frente. José Mesquita – Editor Deputado Paulo Maluf põe afilhados na direção da Cohab Aliado incômodo na campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf (PP) emplacou afilhados políticos em sete das oito diretorias da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo). Durante a campanha e mesmo depois da eleição, Haddad evitou expor o pepista aliado e repetiu que seu compromisso, no PP, era com o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro. Mas, empossada há nove dias, a nova diretoria da Cohab é composta por antigos colaboradores de Maluf e Celso Pitta. “Pode escrever aí que não sei nada disso”, disse Maluf, antes de dar uma gargalhada. “Procure o ministro Agnaldo Ribeiro”, disse o deputado ao encerrar a conversa.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Interesses A Cohab é responsável pelos projetos habitacionais de interesse social da prefeitura, muitos deles em parceria com o governo federal. É o caso do Minha Casa, Minha Vida, menina dos olhos da presidente Dilma Rousseff. Para este ano, o orçamento previsto da Cohab é de R$ 143 milhões. Seu patrimônio, em 2012, era de R$ 1 bilhão. Maluf nomeou aliados nas diretorias estratégicas, como a técnica e a financeira. O diretor técnico, João Abukater Neto, presidiu a Cohab na gestão Pitta (1997 a 2000). Novo diretor financeiro da companhia, Joel Angrisani Jr. ocupou cargos na gestão Pitta e é apoiador de Maluf. O diretor de patrimônio, Raphael Mário Noschese, atuou como advogado da Paubrasil Engenharia, acusada de caixa dois em benefício de campanhas de Maluf. O presidente da Cohab, Luiz Carlos Antunes Corrêa, foi diretor técnico da companhia no governo Maluf. Em 1986, durante o governo Jânio, foi assessor da diretoria. A vice-presidente, Adriana Alvares da Costa de Paula Alves, é ligada ao secretário-geral do PP e braço direito de Maluf, Jesse Ribeiro. Ela foi candidata à Prefeitura de Itaquaquecetuba em 2012. O presidente municipal do PP, Marcus Vinicius de Freitas, assumiu a diretoria administrativa. O advogado do PP, Jair José Rodrigues, virou diretor comercial e social. Maluf também tem afilhados no comando da política de habitação do Estado. Catia Seabra de Brasília

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Renan Calheiros quer presidir o Senado novamente. Ai!

Com o aval de Lula, afinal o demagogo do agreste freqüenta – não abro mão do trema, e enquanto for dono dos meus escritos, não obedecerei a uma reforma ortográfica estúpida, definida por decreto, por um analfabeto que se vangloria de nunca ter lido um livro – o mesmo antro que o boiadeiro das Alagoas. José Mesquita – Editor Renan Calheiros quer voltar a presidir o Senado. Líder do PMDB, quase cassado em 2007, teria ex-presidente Lula como fiador O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), resolveu ignorar as denúncias que quase resultaram na sua cassação em 2007 e deseja retornar à presidência da Casa para suceder José Sarney (PMDB-AP). Aliados dizem que Renan resolveu não levar em conta uma eventual reação negativa da opinião pública, principalmente depois que o ex-presidente Lula — seu maior cabo eleitoral junto à presidente Dilma Rousseff — apareceu cumprimentando o deputado Paulo Maluf (PP-SP), denunciado pelo Ministério Público por suposto desvio de milhões de reais da prefeitura de São Paulo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] As pretensões pessoais, entretanto, esbarram em parte considerável do PMDB, que tem receio de que a volta de Renan ponha de novo o partido na berlinda, e considera que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão — o preferido de Dilma —, seria a melhor opção. O grupo de Renan e ele próprio reconhecem o risco de desgaste para todos, mas nem assim pretendem abandonar a ideia tão cedo. Ainda querem negociar uma compensação. O temor é que sejam ressuscitadas as denúncias de que o líder peemedebista teria despesas pessoais pagas pelo lobista de uma empreiteira, que lhe custaram a presidência do Senado em 2007. Mesmo assim, os aliados de Lobão admitem, resignados, que Renan flertará até a última hora para encarar a disputa. No PMDB, os senadores Eunício Oliveira (CE), Vital do Rêgo (PB) e até o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, potiguar licenciado do mandato, também aparecem como virtuais candidatos. Alves tem menores chances de se viabilizar, ainda mais com a candidatura do primo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), à presidência da Câmara. Um aliado de Renan afirma que Lula tem sido importante para convencer Dilma a aceitá-lo como presidente do Senado. A presidente prefere Lobão e já ofereceu em troca apoio a Renan na disputa para o governo de Alagoas em 2014. — O interlocutor do Renan não é Michel Temer, nem José Sarney. É o Lula. Ele é o interlocutor que Dilma não tem com o Congresso. Já fez muito favor para a presidenta e vai fazer muito mais — diz um aliado fiel de Renan Calheiros. Renan se animou para disputar a vaga de Sarney após a cassação de seu maior algoz, o ex-senador Demóstenes Torres, e do episódio Lula/Maluf. — Renan está quase que nem Maluf. O Lula, ao apertar a mão de Maluf, deu-lhe um atestado de idoneidade — compara outro senador. Embora grande parte do PMDB goste da alternativa Lobão, houve um mal-estar com o fato de Dilma tentar impor seu nome. A movimentação da presidente foi interpretada como uma interferência do Executivo. É no projeto para eleger o ministro Lobão que crescem também outras especulações, como a de que o governador Sérgio Cabral poderia assumir o Ministério de Minas e Energia, em 2014. Maria Lima/O Globo

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Maluf: STF abre mais uma ação penal contra o notório cidadão

Desde 1974 – escândalo Luftalla/Maluf – que esse elemento frequenta as páginas policiais e as barras dos tribunais. Duas coisas aconteceram: o montante dos valores desviados se multiplicaram exponencialmente, e nada, ‘nadica de nada’ mesmo aconteceu no âmbito da justiça com o notório finório. Os crimes imputados a Maluf e familia não os fazem reincidentes ou reicindencia so vale para as pessoas do povo Ainda assim ele continua solto e quem julga e o deixa solto? O Editor Supremo abre mais uma ação penal contra Maluf. Já é o terceiro processo. E nada lhe acontecerá. Há quem tenha comemorado a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, por sete votos a um, acompanhou o voto do relator do processo, Ricardo Lewandowski, e decidiu pelo recebimento da denúncia contra o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e seus familiares por crime de lavagem de dinheiro. Dessa maneira, o parlamentar passa a ser réu na ação penal. No entanto, a acusação por formação de quadrilha foi rejeitada. Este é o terceiro processo a que Maluf responde no STF. O relator não aceitou a acusação contra Maluf e sua esposa, Silvia, na denúncia do Ministério Público por formação de quadrilha, por questão da idade. O casal tem mais de 70 anos, como se isso fizesse diferença para eles. O inquérito que investiga supostos crimes cometidos por Maluf e por seus familiares envolve mais de US$ 1 bilhão que teriam sido desviados para o exterior. A constatação desse valor foi feita pelo próprio ministro Lewandowski, relator do processo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “Nessa ação, o prejuízo ao erário chega a quase US$ 1 bilhão” – disse ele, acrescentando que a família Maluf movimentou no exterior quantia superior a US$ 900 milhões. Esse valor é superior ao PIB de alguns países como Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe – continuou o ministro. Lewandowski negou a tese apresentada pela defesa de Maluf de que, quando ele era prefeito, entre 1993 e 1996, ainda não havia legislação de lavagem de dinheiro e, portanto, ele não poderia ser processado por isso. A Lei de Lavagem só foi aprovada em 1998. Mas, para o ministro, “a lavagem de capitais configura crime de natureza permanente”. O relator afirmou ainda que foram encontrados recursos de Maluf e de seus familiares em diversos países. “Os indícios apontam para US$ 200 milhões apenasem Jersey. Estima-seque só na Suíça a família Maluf movimentou nada menos do que US$ 446 milhões. Na Inglaterra, há indícios de movimentação de US$ 145 milhões nas contas da família Maluf”. Outro fato que chamou a atenção do ministro foi a presença de mais de uma dezena de empresas off shore no processo. Lewandowski está concluindo o seu voto para, depois, os demais ministros do STF se manifestarem a respeito das acusações. Eles podem arquivar o caso ou determinar a abertura de ação contra Maluf. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu a abertura de ação penal contra Maluf para apurar crimes de formação de quadrilha e de remessa de dinheiro para o exterior. Segundo Gurgel, apenas a construção da avenida Águas Espraiadas,em São Paulo, teve “o custo absurdo” de R$ 796 milhões ou US$ 600 milhões. “Essa obra foi uma das primeiras fontes utilizadas na lavagem de dinheiro” – argumentou o procurador-geral. Gurgel ressaltou que Maluf e os outros denunciados associaram-se, desde 93, quando ele assumiu a Prefeitura de São Paulo, “de forma estável e permanente com o propósito de cometer crimes de lavagem de ativos”. Além do deputado, são investigados seus parentes, como seu filho Flávio e sua mulher, Sílvia. O pior é saber que nada vai lhe acontecer. O REI DA FICHA SUJA Paulo Maluf é o rei da ficha suja, alvo de ações penais movidas pelo Ministério Público Federal por crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica em processos no STF. Responde a processo no TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo. No STF, a inquérito para apuração de crimes contra o sistema financeiro. É alvo de ações civis públicas movidas pelo MPF e pelo MPE – duas no TRF-3 e seis no TJ-SP; No TJ-SP, foi condenado por improbidade administrativa. A Justiça determinou o ressarcimento de danos, pagamento de multa, proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios/ incentivos fiscais ou creditícios e suspensão dos direitos políticos; Em outro processo no TJ-SP, a Justiça determinou a suspensão de direitos políticos e pagamento de multa. Foi condenado pelo TJ-SP em ação popular por violação aos princípios administrativos. A Justiça determinou o ressarcimento ao erário; Foi condenado a pagamento de multa em processo no STJ e o TRE-SP rejeitou a prestação de contas referente às eleições de 2010. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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Eleições 2012: tampem as delicadas narinas

Cai nos braços de Paulo Maluf, o mais corrupto dos corruptos, Alckmin, o último, aparentemente bastião da emplumada moralidade tucana. Para que já teve a imagem associada à integridade e seriedade de Mário Covas, Geraldo Alckmin é mais um político que prefere ter a trajetória política construída pelos caminhos do inferno. Novamente o bordão “fazemos qualquer negócio”, atropela qualquer pretensa firmeza de caráter, emporcalha discursos ditos moralistas e remete à sarjeta qualquer noção de ética. O Editor  Alckmin tricota com Maluf acordo para pleito de 2012 Em política, ensinava o velho lobo Ulysses Guimarães, não convém estar tão próximo que amanhã não possa estar distante nem tão distante que não possa se aproximar. Em São Paulo, o governador tucano Geraldo Alckmin leva o ensinamento às fonteiras do paroxismo. Achega-se, veja você, ao grão-pepê Paulo Maluf.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Há quatro dias, Alckmin ornamentou a festa dos 80 anos de Maluf. O Painel, editado na Folha pela repórter Renata Lo Prete, ajuda a entender o porquê. Leia: – Recurso: Com pontuação entre 15% e 21% no Datafolha, Celso Russomano diz que apelará à direção nacional do PP para se manter no páreo em São Paulo. A seção paulista do partido fechou acordo com Geraldo Alckmin e, embora cortejada também por Gabriel Chalita (PMDB), deve integrar aliança liderada pelo PSDB. Nas inserções de TV da sigla, Russomano nem sequer é mencionado. – Preto no branco: Os tucanos sustentam que o pacto que deu ao grupo de Paulo Maluf o comando da estatal paulista da Habitação foi endossado pelo presidente do PP, Francisco Dornelles. blog Josias de Souza

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Maluf e Alckmin: que bela união de princípios

E prossegue em evidência o primado ideológico da politicagem Tupiniquim: “fazemos qualquer negócio”! Com esse tipo de união e com o “currículo” do Maluf, Alckmin mostra finalmente a que veio. Na fauna não há camaleão cujo mimetismo possa competir com essa turma. O Editor Olha quem Alckmin atraiu como aliado – Maluf! Após negociações entre o deputado e o governador de São Paulo, partido sugere economista Antonio Carlos do Amaral Filho para comandar a companhia; aproximação integra plano de apoio ao PSDB para eleições municipais. Prestes a embarcar no governo paulista, o PP, do deputado Paulo Maluf, indicará o novo presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). O partido sugeriu o nome do economista Antonio Carlos do Amaral Filho, consultor e atual presidente do Instituto Milton Campos, ligado ao PP, em São Paulo. Alckmin ligou para Maluf, de quem já foi adversário político, para convidá-lo a integrar o governo. A partir de então, as conversas foram tocadas pelo secretário-chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo. Os últimos detalhes foram definidos na semana passada. “Acho que a gente pode prestar um bom serviço na CDHU. Principalmente porque, em Brasília, já temos o Ministério das Cidades. Dá para fazer um trabalho articulado entre as duas pastas”, declarou o secretário-geral do PP paulista, Jesse Ribeiro. “O PP é um partido que cumpre acordos. O PP nacional está na base do governo do PT. Em São Paulo, respeitamos o resultado da eleição. Fomos adversários no passado, mas o resultado das urnas respeita-se”, completou. Amaral Filho integrou a equipe de Celso Russomanno na eleição para o governo paulista em 2010 – Russomanno foi adversário de Alckmin na disputa. O nome do economista foi submetido ao Palácio dos Bandeirantes, que o considerou um quadro “técnico” e acatou a sugestão. Nas conversas para o PP compor o governo paulista, houve um entendimento prévio de que o partido marcharia com o PSDB na eleição municipal de 2012. O PP conta com um deputado na Assembleia, Antonio Salim Curiati, que já faz parte da base governista na Casa. Julia Duailibi e Alberto Bombig/O Estado de S. Paulo [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Maluf e Valdemar Costa Neto integram comissão da Reforma Política na câmara Federal

Brasil: da série “só doi quando eu rio!” O que se esperar de qualquer coisa que tenha o notório Paulo Maluf e o mensaleiro Valdemar Costa Neto no meio? Quando são criticados e laureados como a instituição menos confiável pela população, suas (deles) ex-celências, exibem a cândida face dos injustiçados O Editor Na Câmara, comissão da reforma política inclui ‘réus’ Instalada nesta terça (1º) com a pompa de um plenário vazio, a comissão de reforma política da Câmara já nasceu tropeçando nas circunstâncias. Além de trabalhar com prazo e metodologia diferentes dos fixados pelo Senado, o grupo da Câmara inclui deputados cujas biografias não ornam com o relevo da missão. A lista dos 41 membros da comissão está disponível aqui. Integram-na, por exemplo, Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ambos são réus em processos que correm no STF. Valdemar frequenta os autos do mensalão petista, de 2005. Azeredo é protagonista no caso do mensalão mineiro, de 1998.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Também compõe a comissão incumbida de “reformar” a política o poli-investigado deputado Paulo Maluf (PP-SP). Livrou-se do enquadramento na Lei da Ficha Limpa na última hora, numa sessão do TSE. É investigado por desvios da época em que foi prefeito de São Paulo. Outro deputado escalado para “aprimorar” o sistema partidário e eleitoral foi Newton Cardoso (PMDB-MG). Ex-governador de Minas, é famoso pelo patrimônio. Um dos representantes do PT na comissão será o deputado José Guimarães (CE), irmão de José Genoino, ex-deputado e ex-presidente da legenda. Guimarães tornou-se celebridade nacional em 2005. Seu então assessor, Adalberto Vieira, foi pilhado embarcando em São Paulo com R$ 100 mil acondicionados na cueca. O PT também indicou para representá-lo no debate sobre o “aprimoramento” da legislação política o deputado Ricardo Berzoini (SP). Ex-presidente do PT, Berzoini coordenou a campanha reeleitoral em que Lula prevaleceu sobre Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006. Foi sob a presidência de Berzoini que a PF flagrou “aloprados” petistas tentando comprar, com R$ 1,7 milhão de origem até hoje desconhecida, um dossiê antitucanos. Nesta quarta (2), a comissão “reformista” da Câmara realiza sua primeira reunião. Serão eleitos o presidente e o relator. Escalará a presidência, por acordo interpartidário, o deputado Almeida Lima (PMDB-SE). Ex-senador, ele integrou o esquadrão parlamentar que ajudou a livrar da cassação, em 2007, Renan Calheiros (PMDB-AL). O relator, também escolhido por acordo, será o deputado Henrique Fontana (PT-RS), ex-líder do governo Lula. A comissão da Câmara foi instalada uma semana depois do grupo análogo do Senado. Uma terá 41 membros. Outro, 15. Na Câmara, fixou-se prazo de 180 dias para a conclusão do trabalho. No Senado, apenas 45 dias. Os deputados ouvirão especialistas, em audiências públicas. Os senadores optaram por não consultar pessoas de fora. Na Câmara, vai-se perseguir o “consenso”. Presidente da comissão do Senado, Francisco Dornelles (PP-RJ) disse que divergências serão dirimidas no voto. Apartadas em tudo, as duas comissões têm apenas um ponto em comum. Lidam com o mesmo tipo de matéria-prima: o dissenso. A lógica recomendava que as duas casas do Legislativo trabalhassem juntas. Porém, em matéria de reforma política, o Congresso não é movido pelo nexo. Nas próximas semanas, o noticiário será tomado por manchetes desconexas. A começar pelas divergências que separam os interesses de PMDB e PT. Os dois sócios majoritários do consórcio governista divergem em quase tudo. O quadro não é diferente na maioria das outras legendas. A exemplo do que sucedeu em tentativas anteriores de reformar a política, repete-se agora o risco de gastar em vão saliva, papel-jornal e o dinheiro da platéia, que financia o espetáculo. blog Josias de Souza

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Orestes Quércia, a morte e a morte da memória

Millor Fernandes tem razão. Na morte é a única oportunidade em que todos falam bem de nós. Ou algo assim. Vejam o caso do notório Orestes Quércia, recém falecido. Tanto no velório, como agora na missa de 7º Dia, o mínimo que amigos (?) desafetos e opositores contumazes propuseram nas loas desfiadas ao “decujus’, foi a canonização. Fico imaginando o necrológio de Zé Dirceu, Delúbio Soares, Marcos Valério, “et caterva”! O Editor Sobre a missa de Quércia e ‘canonização dos mortos’ O brasileiro nasce e cresce sob a pele de homem. Mas fenece como santo. Entre nós, a morte é de uma eficácia promocional hedionda.[ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda] A morte lava biografias. Os cemitérios do país são hortas de virtudes. O morto com defeitos é uma utopia. Tome-se o exemplo de Orestes Quércia. Celebrou-se em São Paulo uma missa em memória do ex-governador paulista. Deu-se nesta quarta (5), na Catedral da Sé. A lista de políticos que foram cultuar o morto impressiona pela diversidade. Lá estavam José Serra e Geraldo Alckmin, do PSDB –partido nascido de dissidência que largou o PMDB por suposta aversão aos métodos de Quércia. Lá estava Michel Temer, com quem Quércia travou nos últimos anos de sua existência renhida disputa pelo controle do PMDB-SP. Lá estava Gilberto Kassab, um ‘demo’ que ronda o espólio de Quércia e achega-se ao PMDB de Temer com ganas de neogovernista. Lá estava Eduardo Suplicy, cujo partido, o PT, um dia chegou a considerar-se a antítese da política à moda Quércia. Lá estava, por último, Paulo Maluf. Entre todas, talvez, a única presença sincera. Unia-o a Quércia pelo menos afinidade de estilos. A morte não parece guiar-se por critérios lógicos. Ela canoniza a todos, sem distinção. Ela perdoa as fraquezas, purifica as nódoas. Por sorte, a morte é democrática. Ela se distribui igualitariamente. Cedo ou tarde o pó une todo mundo na santidade dos túmulos. blog Josias de Souza

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Senado desce à sargeta. Mais ainda!

Brasil: da série “Acorda Brasil”! Esqueletos saem do armário e sujeiras inacreditáveis emergem dos tapetes. Tudo o que está narrado abaixo, era desconhecido de suas (deles) ex-celências. Acredite, o ínclito Senador Jarbas Vasconcelos e seus (deles) paladinos da ética, com dezenas de anos no exercício de mandatos parlamentares e militância política, não “sabiam” de nadica de nada disso e, pasmem, mostram-se televisivamente espantados com tanta corrupção. Ah é, é? Essa turma nos faz sentir saudades dos “descuidos” – gíria policial para caracterizar pequenos furtos de meliantes insignificantes – de Maluf, Quércia, Severino Cavalcante, anões do orçamento,… Como costuma dizer o jornalista Neno no programa TVNeno na TV Diário: “mar minino!” Há no Senado 131 direitores (!?!?!). Nesta quarta (18), depois de uma reunião com os senadores que integram a Mesa diretora do Senado, Sarney anunciará um lote de providências saneadoras. Decidiu, por exemplo, encomendar ao TCU uma análise de todos os contratos de fornecimento de mão de obra terceirizada do Senado. Deve encomendar à FGV (Fundação Getúlio Vargas) uma avaliação dos métodos de gestão do Senado. Sarney se move sob o assédio de uma onda de denúncias. Começaram depois que ele virou presidente, em 2 de fevereiro. E não pararam mais. Vieram à luz, por exemplo: 1. A mansão não declarada de R$ 5 milhões do diretor-geral Agaciel Maia, já afastado; 2. A existência de 36 servidores fantasmas no setor de comunicação do Senado; 3. O uso irregular de apartamento funcional pelo filho de diretor do Senado; 4. O pagamento de R$ 6,2 milhões em horas extras em pleno recesso parlamentar; 5. A burla à proibição do nepotismo. Parentes de senadores e funcionários do Senado foram contratados por meio de empresas provedoras de mão-de-obra terceirizada. 6. A suspeita de que Roseana Sarney (PMDB-MA) usou passagens aéreas pagas pelo Sendo para trazer amigos e parentes a Brasília. Alguns deles hospedaram-se na residência oficial da presidência do Senado. A saraivada de denúncias envenou a sessão plenária desta terça (17). Derrotado por Sarney na disputa pela presidência do Senado, Tião Viana (PT-AC) foi ao microfone. Repeliu as insinuações, encontradiças nos corredores do Senado, de que estaria por trás das acusações que sacodem a administração do Senado. “Meia dúzia de fofoqueiros estão fazendo insinuações com o meu nome. Não mostram a identidade, o DNA, o rosto. Plantam notinhas nos jornais…” “…Como homem da Amazônia, aprendi a não ter medo de medo de onças. Também não temo os patifes e os canalhas”. O líder tucano Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que Tião não deveria se preocupar com as insinuações. “Mazelas não devem ser jogadas pra baixo do tapete…” “…Se souber de alguma irregularidade, vou denunciar. Não estou aqui pra isso. Eu me elegi senador, quero trabalhar. Isso aqui não é um clube…” “…Estou de saco cheio desse clima de inércia e desmoralização a que está submetido o senado nesse momento… “Não estou aqui para decidir se a próxima festa do Havaí será de sarongue ou de sunga. Quero trabalhar. Precisamos cuidar da crise”. Wellington Salgado (PMDB-MG), membro destado da guarda pretoriana de Renan Calheiros (PMDB_AL), saiu em defesa de Sarney. Disse que “o presidente tem agido prontamente, tomou atitudes imediatas sempre que surgiram denúncias”. Criticou a imprensa. Disse que os repórteres denunciam o Senado, mas se esquivam de informar sobre as mazelas do Poder Judiciário. “Denúncias verdadeiras, tudo bem. Mas precisamos ter mecanismos para processar judicialmente aqueles que fazem denúncias mentirosas”. Salgado não especificou quais seriam as falsidades que enxerga as manchetes que trovejam notícias azedas sobre o Sendo. Em meio ao lufalufa, o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), que presidia a sessão, informou aos colegas acerca da decisão de Sarney. Declarou que o presidente acabara de determinar que os diretores da Casa pedissem exoneração. O líder ‘demo’ José Agripino Maia (DEM-RN) saudou a decisão: “A decisão chega em boa hora…” “…O presidente Sarney vai recomeçar. Com a competência que tem, estou certo de que vai pôr ordem na Casa, para que essa onda de denuncismo não salpique as pessoas que não têm contas ajustar”.

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