Paul Verlaine – Frase do dia – 14/04/2016
“Não julgue as pessoas pelas suas amizades. Judas, por exemplo, tinha amigos impecáveis.” Paul Verlaine
“Não julgue as pessoas pelas suas amizades. Judas, por exemplo, tinha amigos impecáveis.” Paul Verlaine
Em surdina Paul Verlaine¹ Calmo, na paz que difunde a sombra dos altos ramos, que o nosso amor se aprofunde neste silêncios em que estamos. Coração, alma e sentidos se confundam com estes ais que exalam, enlanguescidos, medronheiros e pinhais. Fecha os olhos mansamente e cruza as mãos sobre o seio. Do teu coração dolente afasta qualquer anseio. Deixemo-nos enlevar ao embalo desta brisa que a teus pés, doce, a arrulhar, a relva crestada frisa. E quando a noite sombria dos carvalhos for baixando, o rouxinol a agonia da nossa alma irá cantando. ¹Paul Verlaine Um dos maiores representantes do simbolismo francês * Metz, França – 30 de Março de 1844 d.C + Paris, França – 8 de Janeiro de 1896 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Poema Paul Verlaine¹ Antes de qualquer coisa, música e, para isso, prefere o Ímpar mais vago e mais solúvel no ar, sem nada que pese ou que pouse. E preciso também que não vás nunca escolher tuas palavras em ambigüidade: nada mais caro que a canção cinzenta onde o Indeciso se junta ao Preciso. São belos olhos atrás dos véus, é o grande dia trêmulo de meio-dia, é, através do céu morno de outono, o azul desordenado das claras estrelas! Porque nós ainda queremos o Matiz, nada de Cor, nada a não ser o matiz! Oh! O matiz único que liga o sonho ao sonho e a flauta à trompa. Foge para longe da Piada assassina, do Espírito cruel e do Riso impuro que fazem chorar os olhos do Azul e todo esse alho de baixa cozinha! Toma a eloqüência e torce-lhe o pescoço! Tu farás bem, já que começaste, em tornar a rima um pouco razoável. Se não a vigiarmos, até onde ela irá? Oh! Quem dirá os malefícios da Rima? Que criança surda ou que negro louco nos forjou esta jóia barata que soa oca e falsa sob a lima? Ainda e sempre, música! Que teu verso seja um bom acontecimento esparso no vento crispado da manhã que vai florindo a hortelã e o timo… E tudo o mais é só literatura. ¹Paul Verlaine * Metz, França – 30 de Março de 1844 d.C + Paris, França – 8 de Janeiro de 1896 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Seguidilla Paul Verlaine ¹ Morena aún no teñida, yo te quiero casi desnuda sobre um sofá negro en um salón amarillo como em mil ochocientos treinta. Casi desnuda y no tan desnuda, um desnudo a través de encajes que muestren tu carne por donde va corriendo mi boca que delira. Yo te quiero muy sonriente y mui dominante, maliciosa y perversa y peor si eso te gusta pero tan lujuriosa! Ah, tu cuerpo, que repose sobre mim alma taciturna y la ahogue, si puede, si tu capricho lo desea, más, y más, y más! Espléndidas, gloriosas, bellamente furiosas en sus jóvenes retozos, abates mi orgullo bajo tus jubilosas nalgas! ¹ Paul Verlaine * Metz, França – 30 de Março de 1844 d.C + Paris, França – 8 de Janeiro de 1896 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
A batalhas de amor campo de pluma Paul Verlaine ¹ Languidez, languidez! tem paciência, formosa! Acalma esse febril e indômito desejo; A amante deve ter, no embate mais sobejo. o abandono da irmã, tímida e carinhosa. Em teus afagos, pois, sê branda e langorosa, como do teu olhar o dormente lampejo, que embora fementido, um prolongado beijo vale mais que a expressão da carne luxuriosa. Tu me dizes, porém, que no teu seio ardente, ruge a fulva paixão, famulenta e bravia; pois deixá-la rugir desenfreadamente! A fronte em minha fronte e a mão na minha presa, choremos, doce amor, até que venha o dia, jurando o que amanhã negarás com certeza! Tradução de Baptista Capellos ¹ Paul Verlaine * Metz, França – 30 de Março de 1844 d.C + Paris, França – 8 de Janeiro de 1896 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]