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Lawrence Ferlinghetti – Versos na tarde – 17/06/2015

Quanto eu saiba ela talvez fosse mais feliz Lawrence Ferlinghetti ¹ Quanto eu saiba ela talvez fosse mais feliz que qualquer um aquela anciã solitária de xale no trem com caixotes de laranja com o passarinho manso no seu lenço e sussurrando-lhe todo o tempo mia mascotta mia mascotta sem que nenhum dos excursionistas de domingo com seus cestos e garrafas prestasse qualquer atenção e o vagão chiava através dos trigais tão devagar que borboletas entravam e saíam Tradução de Nelson Ascher ¹ Lawrence Ferlinghetti * New York, Usa – 24 de março de 1919 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Lawrence Ferlinghetti – Versos na tarde – 24/04/2013

Ao longe sobre um porto cheio Lawrence Ferlinghetti Ao longe sobre um porto cheio de casas sem calefação em meio às chaminés de navio de um telhado mastreado de varais uma mulher hasteia velas sobre o vento expondo seus lençóis matinais com pregadores de madeira. Oh mamífero adorável seus seios seminus arrojam sombras retesadas quando ela se estica para pendurar de alma lavada seu último pecado mas umidamente sensual ele se enrola nela agarrado à sua pele. Capturada assim de braços erguidos ela atira a cabeça para trás numa gargalhada muda e num gesto espontâneo espalha então cabelo dourado enquanto nas inatingíveis paisagens marinhas entre lonas brancas e enfunadas sobressaem radiantes os barcos a vapor para o outro mundo Tradução: Nelson Ascher ¹ Lawrence Ferlinghetti * New York, Usa – 1919 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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